domingo, 19 de fevereiro de 2012

MÉDIUNS SENSACIONALISTAS


A frase de João Batista: "É necessário que Ele cresça, e que eu diminua", tem atualidade no comportamento dos médiuns de todas as épocas, especialmente em nossos dias tumultuados. 

À semelhança do preparador das veredas, o médium deve diminuir, na razão direta em que o serviço cresça, controlando o personalismo, a fim de que os objetivos a que se entrega assumam o lugar que lhes cabe.

A mediunidade é faculdade neutra, a que os valores morais do seu possuidor oferecem qualificação.
Posta a serviço do sensacionalismo entorpece os centros de registro e decompõe-se. Igualmente, em razão do uso desgovernado a que vai submetida, passa ao comando de Entidades, perversas e frívolas, que se comprazem em comprometer o invigilante, levando-o a estados de desequilíbrio como de ridículo, por fim, ao largo do tempo, empurrando o médium para lamentáveis obsessões.
Entre os gravames que a mediunidade enfrenta, a vaidade e o personalismo do homem adquirem posição de relevo, desviando-o do rumo traçado, conduzindo-o ao sensacionalismo inquietante e consumidor. 

Neste caso. o recolhimento, a serenidade e o equilíbrio que devem caracterizar o comportamento psíquico do médium cedem lugar à inquietação, à ansiedade, aos movimentos irregulares das atrações externas, passando a sofrer de irritação, devaneios, e à crença de que repentinamente se tornou pessoal especial, irrepreensível e irreprochável, não tendo ouvidos para a sensatez nem discernimento para a eqüidade.

Torna-se absorvido pelos pensamentos de vanglória, e, disputado pelos irresponsáveis que lhe incensam o orgulho, levam-no à lenta alucinação, que o atira ao abismo da loucura.

A faculdade mediúnica é transitória como outra qualquer, devendo ser preservada mediante o esforço moral de seu possuidor, assim tornando-se simpático aos Bons Espíritos que o inspiram à humildade, à renuncia, à abnegação.

Quando ao personalismo sensacionalista domina o psiquismo do homem, naturalmente que o aturde, tornando-se mais grave nos sensores mediúnicos cuja constituição delicada se desarticula ao impacto dos choques vibratórios dos indivíduos desajustados e das massas esfaimadas, insaciadas, sempre à cata de novidades e variações, sem assumirem compromissos dignificantes.
S. João Bosco, portador de excelentes faculdades mediúnicas, resguardava-as da curiosidade popular, utilizando-as com discrição nas finalidades superiores. 

Santa Brigida, da Suécia, que possuía variadas expressões mediúnicas, mantinha o pudor da humildade, ao narrar os fenômenos de que se fazia objeto.

José de Anchieta, médium admirável e curador eficiente, agia com equilíbrio cristão, buscando sempre transferir para Jesus os resultados das suas ações positivas.

S. Pedro de Alcântara, virtuoso médium possuidor de vários "dons", ocultava-os, a fim de servir, apagado, enquanto o Senhor, por seu intermédio, se engrandecia.

Santa Clara de Montefalco procurava não despertar curiosidade para os fenômenos mediúnicos de que era instrumento, atribuindo-os todos à graça divina de que se reconhecia sem merecimento.

Os médiuns que cooperaram na Codificação do Espiritismo, sensatamente anularam-se, a fim de que a Doutrina fixasse nas almas e vidas as bases da verdade e do amor como formas para a aquisição dos valores espirituais libertadores.

Todo sensacionalismo altera a face do fato e adultera-lhe o conteúdo.

Quando este se expressa no fenômeno mediúnico corrompe-o, descaracteriza-o e põe-no a serviço da frivolidade.

Todos quantos se permitiram, na mediunidade, o engano do sensacionalismo, não obstante as justificações sob as quais se resguardam, desceram as rampas do fracasso, enganados e enganando aqueles que se deixaram fascinar pelos seus espetáculos, nos quais, o ridículo passou a figurar. 

O tempo, este lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e demonstrar que a "árvore" que o Pai não plantou "termina" por ser arrancada.

Quando tais aficionados da mediunidade bulhenta se derem conta do erro, caso isto venha acontecer, na Terra, possivelmente, o caminho de retorno à sensatez estará muito longo e o sacrifício para percorrê-lo os desencorajará.

Diante do sensacionalismo mediúnico, recordemo-nos de Jesus, que após os admiráveis fenômenos de socorro às massas jamais aceitava o aplauso, as homenagens e gratulações dos beneficiários, recolhendo-se à solidão para, no silêncio, orar, louvando e agradecendo ao Pai, a Eterna Fonte geradora do Bem.

Vianna de Carvalho (espírito)
Mensagem psicografada por Divaldo P. Franco em 1989,
transcrita em o Reformador

Guardiã Rosa Negra


A Pombagira Rosa Negra pertence à falange de Dona Rosa Caveira. Contou-me que sua última encarnação foi uma escrava em uma fazenda na Bahia. Adotou o nome Rosa por pertencer à falange de Rosa Caveira, e Negra, devido a sua última encarnação, como escrava, numa alusão à sua pele. Existem muitas Pombagiras Guardiãs, que se apresentam como mulheres negras. Como bela negra que era, sofreu muito com os abusos sexuais por parte de seu senhor e feitores. Para vingar-se, utilizava a magia negra contra o seus agressores. Morreu aos 28 anos, vítima de doença venérea. O desencarne, aliviou o sofrimento da carne, mas não o da alma. Dona Rosa Negra hoje, arrependida, dos males que causou com seus feitiços, trabalha para sua evolução como Pombagira na Falange de Dona Rosa Caveira. Não se interessa muito pelos romances, atua nos casos de proteção contra contra magos negros. Não recebe oferendas, pois age somente com o mando e permissão de Dona Rosa Caveira. Dona Rosa Negra se encontra hoje em paz, buscando evoluir cada vez mais.
Trabalha na linha das almas e faz parte da falange do Exú Caveira. Ela viveu aproximadamente á 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, seu nascimento deu-se na primavera e sua mãe tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que os procuravam, sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, estava perdendo muito sangue e podendo morrer . Foi quando a avó da Rosa Caveira quejá havia falecida há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batiza-se com o nome de Rosa Caveira, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e em cima de um Campo Santo e também pela aparência astral de sua mãe que aparentava uma caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de Rosa Caveira do Cruzeiro
Ela cresceu com as irmãs, mas sempre foi tratada de modo diferente pela suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversário sua avó ia visitá-la espiritualmente e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar Rosa, debochar dela, dizer que ela era amaldiçoada pois havia nascido em cima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta.E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que sabia, e também ensinou-a a manejar espadas, lanças, punhais. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, porções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro.

Os Toques do Candomblé


“O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Abre canais de comunicação que facilitam o tratamento. Além de atingir os movimentos mais primitivos, a música actua como elemento ordenador, que organiza a pessoa internamente”

O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura.
Os Atabaques, são os principais instrumentos da música do Candomblé, cuja execução é da responsabilidade dos Ogãs.
São de origem africana, usados em quase todos rituais, típicos do Candomblé. De uso tradicional na música ritual e religiosa, são utilizados para convocar os Orixás. 
O Atabaque maior tem o nome de Rum, o segundo tem o nome de Rumpi e o menor tem o nome de Le. 
Os atabaques no candomblé são objectos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim. 
As membranas dos atabaques são feitas com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás: independente da cerimónia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados (o couro que veio da loja geralmente é descartado), só depois de passar pelos rituais é que poderão ser usados no terreiro. 
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo Rum (o atabaque maior), e pelos Ogãs nos atabaques menores sob o seu comando. 
É o Alagbê que começa o toque, e é através do seu desempenho no Rum que o Orixá vai executar a sua coreografia de dança, sempre acompanhando o floreio do Rum.

O Rum é que comanda o Rumpi e o Le. 
O Agogô, tocado para marcar o Candomblé, também de tradição Alaketo, chama-se Gan. As Varetas usadas para tocar o Candomblé nos Atabaques, chamam-se Aguidavis. Também se utiliza ainda o Xequerê. 

Nomes dos Toques dos Orixás na Nação Ketu:

 ADABI – Bater para nascer é seu significado. Ritmo sincopado dedicado a Exú. 
ADARRUM – Ritmo invocatório de todos os Orixás. Rápido, forte e contínuo marcado junto com o Agôgô. Pode ser acompanhado de canto especialmente para Ogum.
AGUERE – Em Yorubá significa “lentidão”. Ritmo cadenciado para Oxóssi com andamento mais rápido para Iansã. Quando executado para Iansã é chamado de “quebra-pratos” 
ALUJÁ – Significa orifício ou perfuração. Toque rápido com características guerreiras. É dedicado a Xangô. 
BRAVUM – Dedicado a Oxumaré .Ritmo marcado por golpes fortes do Run. 
HUNTÓ ou RUNTÓ – Ritmo de origem Fon executado para Oxumaré. Pode ser executado com cânticos para Obaluaiê e Xangô 
IGBIN – Significa Caracol. Execução lenta com batidas fortes. Descreve a viagem de um Ancião. É dedicada a Oxalufã. 
IJESA – Ritmo cadenciado tocado só com as mãos. É dedicado a Oxum quando sua execução é só instrumental. 
ILU – Termo da língua Yorubá que também significa atabaque ou tambor 
BATA – Batá significa tambor para culto de Egun e Sangô . Ritmo cadenciado especialmente para Xangô. Pode ser tocado para outros Orixás. Tocado com as mãos. 
KORIN- EWE – Originário de Irawo, cidade onde é cultuado Ossain na Nigéria. O seu significado é “Canção das Folhas”. 
OGUELE – Ritmo atribuído a Obá. Executado com cânticos para Ewá. 
OPANIJE – Dedicado a Obaluaiê, Onile e Xapanã. Andamento lento marcado por batidas fortes do Run. Significa “o que mata e come” 
SATÓ – A sua execução lembra o ritmo Bata com um andamento mais rápido e marcado pelas batidas do Run. Dedicado a Oxumaré ou Nanã. Significa a manifestação de algo sagrado. 
TONIBOBÉ – Pedir e adorar com justiça é o seu significado. Tocado para Xangô.

SIMBOLOGIA OS ANIMAIS PARA OS CIGANOS


Os ciganos reconhecem nos animais, através de sua natureza, suas qualidades, seus códigos, suas leis e, assim, inspiraram-se neles para estabelecer sinais secretos de comunicação com a sabedoria. 

Águia
Representa a liberdade, a altivez, a força para ser livre.
Seu símbolo é o alvo a ser atingido. 

Garça
È considerada uma ave cigana por ser incapaz de verter lágrimas de dor.
È uma ave sagrada. 

Rato
Símbolo de perdas e prejuízos, problemas de saúde. 

LOBO
Símbolo de força, lealdade e honra, pois só mata para se alimentar ou para eliminar um adversário.
Antigamente os lobos eram companheiros dos ciganos e não atacavam seus cavalos por lealdade. 

SAPO
Simboliza a sabedoria, luz e feminilidade, potencial magnético ( usado para magias ). 

GATO
Representa a prudência, cautela, paciência, capacidade de esperar o momento certo, independência e disponibilidade 

POMBA
Desprezada pelos ciganos, pois não tem vontade própria e se deixa domesticar e abater sem resistência.
A pomba tem também grande significado se ela for escura, serve na magia, para afastar espíritos malignos; se for branca, representa a pureza, humildade, simplicidade, é ave conciliadora. 

CORVO
Representa a justiça, boa sorte e sabedoria, é o único animal que se prejudicar seu semelhante, suicida-se. Para o cigano, mais vale morrer, do que viver sem honra. 

SERPENTE
Significa a força, energia, feminilidade, sexo, boa sorte. 

LAGARTO
Símbolo da fragilidade, pois perde a cauda quando o querem pegar.

fonte:pesquisa Day Paes

A ENERGIA OCULTA DAS PLANTAS


É possível ter em casa, na horta, no jardim ou em um simples vaso uma fonte pura de energia, capaz de emanar bons fluidos. Para isso, basta plantar uma folhagem, uma erva, uma flor. Algumas espécies são mágicas! 

O fascínio pelas plantas e sua energia benéfica está na ordem do dia. Hoje, ninguém mais é considerado lunático se for surpreendido conversando com seu vasinho de flores preferido. Ou mesmo se, passeando por um parque, tiver o impulso irresistível de abraçar uma árvore centenária, só para lhe "roubar" um pouquinho de energia. 

Há quem diga que são os ventos da Nova Era, com a chegada do terceiro milênio, que trazem essa nova consciência, menos racional e mais intuitiva, em sintonia com as vibrações da natureza. O fato é que, na roda do tempo, a magia que envolve o verde não tem idade. 

Por transmitirem sensação de bem-estar e conforto, as plantas sempre foram companhia obrigatória nos diferentes momentos da vida. Seja num simples jantar, na comemoração de nascimento, em casamentos, ou na morte. 

Muitas espécies estão carregadas de simbolismos desde a Antiguidade, quando eram oferecidas aos deuses como prova de adoração. Um exemplo é o alecrim (Rosmarinus officinalis), que pela facilidade de reprodução de seus galhos, era usado pêlos egípcios para confeccionar coroas, ofertadas para Ísis. Reconhecia-se, assim, a fertilidade que a deusa e a planta simbolizavam. 

Algumas, por outro lado, têm justamente na beleza exótica de suas flores a explicação de como essa força energética atua positivamente no homem. O lírio (Lilium candídum), símbolo da pureza da alma, sempre é lembrado na proteção contra bruxarias e encantamentos. O lírio-da Espanha (Íris xiphium) tem no nome uma alusão à deusa íris, divindade do arco-íris e mensageira dos deuses. O lótus (Nelumbo nucifera) era planta sagrada do alto Egito e atributo dos deuses nas religiões orientais evocando a vida eterna. O maracujá (Passiflora wacrocarpa) já foi muito plantado nos cemitérios, à volta do túmulos. Acreditava-se que sua flor de formas inusitadas, era um sinal divino: as pétalas circulares e de pontas afiadas lembram uma coroa de espinhos; os três estigmas do centro evocam os cravos usados na crucificação de Cristo, daí o nome "flor da paixão". Já a recatada malícia da dormideira (Mimosa pudica) apresenta um comportamento incomum para quem acredita que as plantas não têm movimento: a um leve toque, suas folhas se recolhem, como se estivessem murchas. 

fonte:os 7 elementos

A VERDADEIRA CARIDADE


A Caridade sem dúvida é o princípio base da Umbanda, junto com a humildade e a paz formam os fundamentos principais. Mas o que vemos em templos, tendas e terreiros é a distorção da verdadeira Caridade.
Algumas casa se privam apenas a praticar a caridade perante os consulentes na assistência. Qual Caridade é essa, doar o tempo para que a entidade se manifeste? Infelizmente enxergamos em muitos lugares que o propósitos de muitos médiuns não é a caridade e sim usam da entidade e da mediunidade escoras e muletas para vaidades, orgulhos, soberbias e pior ainda para a imposição do medo. Nessas horas me pergunto será que é isso que nós entidades nos despusemos a fazer nos templos, em vez de nos manifestarmos par ajudar o próximo viemos em terra para causar intrigas, brigas e desavenças. 
Ora nós espíritos do bem não nos prestamos a fetiches e vontades das matérias que usamos, somo espíritos em busca da evolução, alguns afirmam que viemos para fazer o bem e o mal, mas isso é MENTIRA. Nós só praticamos o bem, a caridade e fazemos trabalhos ditados por Deus. Ora o que teriámos a ganhar por desfazer um casamento? Ou pior por amarrar uma pessoa?
Nós entidades vendemos nossa luz por uma garrafade pinga numa esquina? Não queridos filhos, nós entidades não nos prestamos a trabalhinhos pois isso não nos evoluirá. Deus a energia criadora é que nos dá força. Nós trabalhamos pra Deus sim, pois foi Ele que nos criou, foi Ele que nos amou e é Ele a quem somos subordinados.
Por isso digo, você que se preocupa em tantas firmezas espirituais, escudos energéticos, a âncora maior de um casa de oração é a caridade pura, é lá que mora a maior firmeza, pois é ali que há o verdadeiro propósito, por isso você como Sacerdote tem a OBRIGAÇÃO de praticar a caridade, tem a RESPONSABILIDADE de ajudar o próximo pois somente assim você realmente estará buscando sua evolução. Você médium em desenvolvimento, entenda que ajudando uma casa, dando carinho a quem precisa uma palavra em boa hora, será a sua maior evolução, muitos pensam que nós entidades moramos nos templos, mas não nós vivemos com nossas matérias, sabemos 24 horas o que se passa com vocês, por isso cuidado, não seja santinho no Templo e um errado fora, seja um verdadeiro Sacerdote todo o tempo.
Outro ponto relevante, é que você se lembre de antes de ajudar um terceiro respeite sua familia, ame seus familiares pois é ali que mora um dos maiores carmas, é com eles que seu resgate começa e é maior. Que Deus esteja com todos vocês.


Exu Lord Corcunda

Médium: Pai Léo Del Pezzo

Que Oxalá nos abençoe sempre


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Zélio de Moraes por Zélio de Moraes




Com 82 anos de idade, este homem é considerado por um pequeno grupo de umbandistas “o fundador da Umbanda”. Cabelos grisalhos, fisionomia serena e simples, Zélio de Moraes, através de seu guia espiritual, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, só sabe praticar o amor e a humildade.

“_Na minha família todos são da Marinha: almirantes, comandantes, um capitão-de-mar-e-guerra... Só eu que não sou nada” – comentava sorrindo Zélio de Moraes, aos amigos que o visitavam, nessa manhã ensolarada.

E a repórter antes mesmo de se apresentar retrucou:

“_Almirantes ilustres, capitães-de-mar-e-guerra há muitos; o médium do Caboclo das Sete Encruzilhadas, porém, é um só”.

Levantando-se, Zélio de Moraes, magrinho, de estatura mediana, cabelos grisalhos, fisionomia serena e de uma simplicidade sem igual – acolheu-me, como se fôssemos velhos conhecidos. Nesse ambiente cordial, sentindo-me completamente à vontade, possuída de um estranho bem-estar, esquecendo quase a minha função jornalística, iniciei uma palestra, que se prolongaria por várias horas, deixando-me uma impressão inesquecível.

Perguntei-lhe como ocorrera a eclosão de sua mediunidade e de que forma se manifestara, pela primeira vez, o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

“_Eu estava paralítico, desenganado pelos médicos. Certo dia, para surpresa de minha família, sentei-me em minha cama e disse que no dia seguinte estaria curado. Isso foi a 14 de novembro de 1908. Eu tinha 18 anos. No dia seguinte amanheci bom. Meus pais eram católicos, mas diante dessa cura inexplicável, resolveram levar-me à Federação Espírita de Niterói, cujo presidente era o senhor José de Souza.

Foi ele mesmo quem me chamou para que ocupasse um lugar à mesa de trabalhos à sua direita. Senti-me deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causei logo um pequeno tumulto. Sem saber porque, em dado momento, eu disse: “falta uma flor nessa mesa, vou buscá-la”. E, apesar da advertência de que não poderia me afastar, levantei-me, fui ao jardim e voltei com uma flor que coloquei no centro da mesa.

Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, verifiquei que os espíritos que se apresentavam aos videntes como índios e pretos eram convidados a se afastar. Foi então que, impelido por uma força estranha, levantei-me outra vez e perguntei porque não se podiam manifestar esses espíritos que, embora de aspecto humilde, eram trabalhadores. Estabeleceu-se um debate e um dos videntes, tomando a palavra, indagou:

“_O irmão é um padre jesuíta. Por que fala dessa maneira e qual é o seu nome?”

Respondi sem querer:

“_Amanhã estarei em casa deste aparelho, simbolizando a igualdade e a humildade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas”.

Minha família ficou apavorada. No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na Rua Floriano Peixoto, onde eu morava, no número 30. Parentes, desconhecidos, os tios, que eram sacerdotes católicos, e quase todos os membros da Federação Espírita, naturalmente em busca de uma comprovação. O Caboclo das Sete Encruzilhadas manifestou-se, dando-nos a primeira sessão de Umbanda na forma em que, daí para frente, realizaria seus trabalhos.

Como primeira prova de sua presença, através do passe, curou um paralítico, entregando a conclusão da cura ao Preto-Velho, Pai Antônio, que nesse mesmo dia se apresentou.

Estava criada a primeira Tenda de Umbanda, com o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como a imagem de Maria ampara em seus braços o Filho, seria o amparo de todos que a ela recorressem.

O Caboclo determinou que as sessões seriam diárias, das 20 às 22 horas e o atendimento gratuito, obedecendo o lema “daí de graça o que de graça recebestes”. O uniforme totalmente branco e o sapato tênis.

Desse dia em diante, já ao amanhecer havia gente à porta, em busca de passes, cura e conselhos. Médiuns que não tinham a oportunidade de trabalhar espiritualmente por só receberem entidades que se apresentavam como caboclos e pretos-velhos passaram a cooperar nos trabalhos. Outros, considerados portadores de doenças mentais desconhecidas revelaram-se médiuns excepcionais, de incorporação e de transporte”.

Citando nomes e datas com precisão extraordiária, Zélio de Moraes relata o que foram os primeiros anos de sua atividade mediúnica.

Dez anos depois, o Caboclo da Sete Encruzilhadas anunciou a segunda fase da sua missão: a fundação de sete templos de Umbanda e, nas reuniões mediúnicas que se realizavam às quintas-feiras, foi destacando os médiuns que assumiriam a direção das novas tendas: a primeira com o nome de Nossa Senhora da Conceição e, sucessivamente, Nossa Senhora da Guia, São Pedro, Santa Bárbara, São Jorge, Oxalá e São Jerônimo.

“_ Na época – prossegue Zélio – imperava a feitiçaria, trabalhava-se muito para o mal, através de objetos materiais, aves e animais sacrificados, tudo a preços elevadíssimos. Para combater esses trabalhos de magia negativa, o Caboclo trouxe outra entidade, o Orixá Malé, que destruía esses malefícios e curava obsedados. Ainda hoje isso existe: há que trabalhe para fazer ou desmanchar feitiçarias só para ganhar dinheiro.

Mas eu digo: não há ninguém que possa contar que eu cobrei um tostão pelas curas que se realizavam em nossa casa; milhares de obsedados, encaminhados inclusive pelos médicos dos sanatórios de doentes mentais... E quando apresentavam ao Caboclo a relação desses enfermos, ele indicava os que poderiam ser curados espiritualmente; os outros dependiam de tratamento material”.

Perguntei então a Zélio a sua opinião sobre o sacrifício de animais que alguns médiuns fazem na intenção dos orixás. Zélio absteve-se de opinar, limitou-se a dizer:

“_Os meus guias nunca mandaram sacrificar animais, nem permitiram que se cobrasse um centavo pelos trabalhos efetuados. No Espiritismo não pode pensar em ganhar dinheiro, deve-se pensar em Deus e no preparo para a vida futura”.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas não adotava atabaques nem palmas para marcar o ritmo dos cânticos e nem objetos de adorno, como capacetes, cocares, etc. Quanto ao número de guias a ser usado pelo médium, Zélio opinina:

“_A guia deve ser feita de acordo com os protetores que se manifestam. Para o preto-velho deve-se usar a guia de preto-velho; para o caboclo, a guia correspondente ao caboclo. É o bastante, não há necessidade de carregar cinco ou dez guias no pescoço...”

Considera o Exu um espírito trabalhador como todos os outros:

“_O trabalho com os exus requer muitos cuidados. É fácil ao mau médium dar manifestação como exu e ser, na realidade, um espírito atrasado, como acontece também na incorporação com criança. Considero o exu como um espírito que foi despertado das trevas e, progredindo na escala evolutiva, trabalha em benefício dos necessitados.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas ensinava que o exu é, como na polícia, o soldado.

O chefe de polícia não prende o malfeitor; o delegado também não prende. Quem prende é o soldado que executa as ordens dos chefes. E o exu é um espírito que se prontifica a fazer o bem, porque cada passo que dá em benefício de alguém é mais uma luz que adquire. Atrair o espírito atrasado que estiver obsedando e afastá-lo é um dos seus trabalhos. E é assim que vai evoluindo. Torna-se, portanto, um auxiliar do orixá.

CINQUENTA ANOS DE ATIVIDADE MEDIÚNICA 

Relembrando fatos passados em mais de meio século de atividade espiritualista, Zélio refere-se a centenas de tendas de Umbanda fundadas na Guanabara, Rio de Janeiro, estado de São Paulo, Minas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. A Federação de Umbanda do Brasil, hoje União Espiritista de Umbanda do Brasil, foi criada por determinação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em 26 de agosto de 1939.

Da Tenda Nossa Senhora da Piedade saíam constantemente médiuns de capacidade comprovada, com a missão de dirigir novos templos umbandistas; entre eles José Meireles, na época deputado federal; José Álvares Pessoa, que deixou uma lembrança indelével de sua extraordinária cultura espiritualista; Martinho Mendes Ferreira, presidente da atual Congregação Espírita Umbandista do Brasil; Carlos Monte de Almeida, um dos diretores de culto da T.U.L.E.F; João Severino Ramos, trabalhando ainda hoje ativamente, inclusive na Assessoria de Culto do Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda.

Outros, fugindo às rígidas determinações de humildade e caridade do Caboclo das Sete Encruzilhadas, desvirtuaram normas do culto. Mas a Umbanda, preconizada através da mediunidade de Zélio de Moraes, difundiu-se e hoje podemos encontrar suas características em tendas modestas e nos grandes templos, como o Caminheiros da Verdade a Tenda Mirim, nos quais a orientação de João Carneiro de Almeida e Benjamin Figueiredo mantém elevado nível de espiritualidade, no Primado de Umbanda, uma das mais perfeitas entidades associativas da nossa religião.

Durante mais de cinqüenta anos, o Caboclo da Sete Encruzilhadas dirigiu a Tenda Nossa Senhora da Piedade; após esse tempo, passou a direção à filha mais velha do médium, Zélia, aparelho do Caboclo Sete Flechas. Entretanto, Pai Antônio continua trabalhando, na cabana que mantém o seu nome, localizado num sítio maravilhoso, em Cachoeiras do Macacu. O Caboclo manifesta-se ainda em datas especiais, como foi o exemplo do 63º aniversário daquela tenda. Da gravação feita durante a celebração festiva, reproduzimos para os leitores a gravação final da mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

“A Umbanda tem progredido e vai progredir muito ainda. É preciso haver sinceridade, amor de irmão para irmão, para que a vil moeda não venha a destruir o médium, que será mais tarde expulso, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.

É preciso estar sempre de prevenção contra os obsessores, que podem atingir o médium. É preciso ter cuidado e haver moral, para que a Umbanda progrida e seja sempre uma Umbanda de humildade, amor e caridade. Essa é a nossa bandeira.

Meus irmãos, sede humildes, trazei amor no coração para que pela vossa mediunidade possa baixar um espírito superior; sempre afinados com a virtude que Jesus pregou na Terra, para que venha buscar socorro em vossas casas de caridade, todo o Brasil... Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio à Terra na humildade manjedoura, não foi por acaso, não. Foi porque o Pai assim o determinou.

Que o nascimento de Jesus, o espírito que viria traçar à humanidade o caminho de obter a paz, saúde e felicidade, a humildade em que ele baixou nesse planeta, a estrela que iluminou aquele estábulo, sirva para vós, iluminando vossos espíritos, retirando os escuros da maldade por pensamento, por ações; que Deus perdoe tudo que tiverdes feito ou as maldades que podeis haver pensado, para que a paz possa reinar em vossos corações e em vossos lares.

Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos espíritos, que me rodeiam nesse momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes desse templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos curados e a saúde para sempre em vossa matéria. Com o meu voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, serei sempre o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Reportagem feita por Lila Ribeiro, Lucy e Creuza para a revista “Gira de Umbanda”, nº 1, em 1972.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

PERISPÍRITO, OBSESSÃO E CURA


POSSESSÃO DEMONÍACA, EXORCISMO, OBSESSÃO. AO LONGO DO TEMPO, VEM SENDO PROPAGADA A IDÉIA ERRÔNEA DE QUE A VIOLÊNCIA É NECESSÁRIA PARA “EXPULSARMOS” UM ESPÍRITO OBSESSOR. HOJE, À LUZ DO ESPIRITISMO, SABEMOS QUE SÓ O AMOR TRAZ A LIBERTAÇÃO
Ney Prieto Peres
Associação Médico-Espírita do Brasil
Para fundamentar o nosso estudo, vamos analisar os conceitos de espírito e de matéria inseridos no pensamento do codificador Allan Kardec.
ESPÍRITO
O espírito, originado do princípio inteligente do universo, embora de natureza não palpável, é algo que existe como individualização desse princípio. É incorpóreo e não pode ser percebido pelos nossos sentidos. Pode existir independentemente do corpo que anima e, na sua forma, seria comparado a uma chama, um clarão, uma centelha luminosa, cuja cor pode variar do escuro ao brilho do rubi. Pode penetrar e atravessar a matéria e se deslocar ao espaço tão rapidamente como o pensamento. Mesmo não se dividindo, se irradia para diferentes lados, como o sol envia seus raios a muitos lugares distantes ,parecendo estar neles simultaneamente.
Entende-se por alma o espírito encarnado, que, não estando enclausurado no corpo, se irradia e se manifesta, se exteriorizando como a luz elétrica através de um globo de vidro.
MATÉRIA
A matéria é o segundo elemento geral do universo, tanto como o espírito, é também criado por Deus, constituindo, esses três, o princípio de tudo que existe, a Trindade Universal: Deus, espírito e matéria.
A matéria pode ser entendida como aquilo que tem extensão, é impenetrável e pode impressionar os nossos sentidos, mas ela existe em outros estados desconhecidos, tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão aos sentidos físicos.
Ao elemento material deve-se acrescentar uma de suas formas de apresentação, entre as inumeráveis combinações distinguidas por propriedades especiais: o Fluido Universal, que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria.
FLUIDO UNIVERSAL
Este Fluido Universal, ou Primitivo, ou Elementar, é o princípio da matéria ponderável cujos elementos e compostos químicos são transformações dele, nas modificações que as moléculas elementares sofreram ao unirem-se em determinadas circunstâncias, lhes dando diferentes propriedades, como o sabor, o odor, as cores, as ações cáusticas, salutares, nutritivas, radioativas etc.
O Fluido Universal é suscetível de inúmeras combinações com a matéria e, ainda, sob a ação do espírito, produzir infinita variedade de coisas. E o agente de que o espírito se serve para animar, agregar, transmitir, alterar, condensar, dispersar, materializar, vitalizar, dar forma e estrutura a todas as constituições físicas, quer sejam minerais, vegetais, animais ou humanas.
Entre as muitas modificações do Fluido Universal, duas se revestem de maior importância para os seres vivos: o Princípio Vital e o Perispírito.
PRINCÍPIO VITAL
O Princípio Vital é a força motriz dos corpos orgânicos. A sua união com a matéria a animaliza, diferenciando-a dos corpos inorgânicos. Ele dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. É também chamado fluido magnético ou fluido elétrico animalizado, é o intermediário entre o espírito e a matéria. Ao mesmo tempo que impulsiona os órgãos, a ação destes o mantém, conserva e desenvolve, como o atrito produz o calor e a corrente elétrica produz o campo magnético ou a irradiação luminosa.
O Princípio Vital ou fluido magnético pode ser transmitido pela vontade dirigida do seu portador a outros seres vivos, contribuindo em favor do seu reabastecimento ou reequilíbrio orgânico.
PERISPÍRITO
O Perispírito, ou corpo fluídico do espírito, ou ainda psicossoma, ou corpo espiritual, é um dos produtos mais importantes do Fluido Universal, é uma condensação dele em torno de um foco de inteligência ou espírito.
Os espíritos compõem seu Perispírito do ambiente onde se encontram. Isto quer dizer que se forma dos fluidos ambientais e, portanto, varia em conformidade com o mundo em que vivem. A natureza do Perispírito está sempre relacionado com o grau de adiantamento moral do espírito.
PARA SE PROTEGER DOS ESPÍRITOS OBSESSORES, É PRECISO, COMO INDICOU O MESTRE, ORAR E VIGIAR, ALÉM DE PROCURAR LEVAR UMA VIDA DE ACORDO COM OS ENSINAMENTOS EVANGÉLICOS
O Perispírito pode ser entendido como a vestimenta do espírito, o que lhe dá propriamente forma.
Entre as muitas atribuições do Perispírito, se coloca aquela de intermediário entre o espírito e o corpo.
É ele constituído de substância vaporosa, não visível aos olhos humanos, porém assumindo consistência nos planos do Espírito.
Ao Perispírito se pode atribuir a qualidade de estruturador do corpo orgânico, a partir da fecundação, na embriogênese, bem como estar diretamente relacionado à memória biológica, isto é, o registro das múltiplas experiências nos campos dos seres vivos, no decurso dos milênios, a partir das primeiras manifestações das formações protoplásmicas. Nele aglutinamos todo o equipamento de recursos automáticos que governam as bilhões de células, adquiridos vagarosamente pelo ser através dos tempos, nos esforços de recapitulação pelos diversos setores da evolução anímica.
Pode-se visualizar o Perispírito ou Corpo Espiritual à semelhança de uma estrutura eletromagnética integrada, enriquecida de informações que se foram acumulando experimentalmente num mecanismo de estímulo-resposta, dentro de uma diretriz evolutiva, ou seja, de auto-seleção e auto-aprimoramento, conduzida por um principio de conservação de energia, onde o máximo de informações são armazenadas com o mínimo dispêndio de energia.
Esse Corpo Espiritual vem se diversificando e aumentando de complexidade do mesmo modo como se observou nos seres vivos a evolução biológica e a formação dos aparelhos e sistemas no organismo animal.
É ele sensível aos impulsos ou às irradiações dos nossos pensamentos, refletindo as imagens fluídicas plasmadas pelas idéias.
Pode também o Perispírito se alterar no seu equilíbrio magnético em decorrência das próprias impregnações que as nossas imagens perniciosas e deteriorantes nele se projetem e se gravem.
Interligado como se acha, interagindo na intimidade celular por contato molecular, portanto, nas estruturas atômicas da matéria, tais desequilíbrios se transmitem ao organismo físico, nas áreas mais sensíveis ao tipo de impulso desencadeado, determinando desordens físicas, causas de certas moléstias.
Assim, os descontroles emocionais, nos ódios, na irritação, as extravagâncias no comer e no beber, a maledicência, os desequilíbrios do sexo, o fumo, o álcool, os tóxicos, podem gerar enfermidades, tais como, respectivamente: cardiopatias, doenças hepáticas, gastralgias, surdez e mudez, cansaço precoce e distrofias musculares, asmas e bronquites, loucura, idiotia.
AÇÕES MAGNÉTICAS NO PERISPÍRITO: NAS OBSESSÕES
Entende-se por obsessão o domínio que alguns espíritos podem adquirir sobre certas pessoas.
Pressupõe-se na obsessão a ação de espíritos inferiores com tal tenacidade que a pessoa sobre quem atua não consegue se desembaraçar.
Na obsessão, não ocorre a simultânea coabitação de corpos pelo espírito encarnado na posição de vítima e pelo espírito desencarnado na posição de algoz. Há, no entanto, o efeito de constrangimento de um sobre o outro, ou seja, de tolher, forçar, compelir, obrigar pela força, induzir.
OS TIPOS DE OBSESSÃO
As principais variedades da obsessão classificam-se em: obsessão simples, fascinação e subjugação.
Na obsessão simples, o espírito malfazejo se impõe, intrometendo-se contra a vontade do indivíduo, impedindo a ação de outros espíritos que possam vir em seu auxílio e causando-lhe inconvenientes como embaraço nas comunicações mediúnicas, insinuações levianas, incentivos à vaidade e a desejos ilícitos. Evidentemente, essas ações exteriores serão mais acentuadas e exercerão maior influência na medida em que mais apoio encontrarem no íntimo das criaturas por elas atingidas.
Na fascinação, a ação do espírito no pensamento do indivíduo é de tal ordem que ele não se considera iludido, nem é capaz de compreender o absurdo do que faz, podendo até ser arrastado a cometer ações ridículas, comprometedoras ou perigosas. Admite-se, nesses casos, estarem agindo espíritos inteligentes, ardilosos e com objetivos de maior alcance no mal, pois quase sempre utilizam a tática de afastar do seu intérprete aqueles que possam abrir os seus olhos ou esclarecer sobre seus erros. Os homens mais instruídos e inteligentes não estão livres desse tipo de obsessão.

MESTRE JESUS É O GRANDE MÉDICO DAS ALMAS. ENQUANTO ESTEVE ENCARNADO, ATRAVÉS DA IMPOSIÇÃO DE MÃOS E COM O PODER DE SUA PALAVRA, ELE CURAVA MULTIDÕES
A subjugação é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir mesmo contrariamente ao seu desejo. A subjugação pode ser moral ou corpórea. Na primeira, o indivíduo é levado a tomar decisões freqüentemente absurdas e comprometedoras. Na segunda, a pessoa realiza movimentos involuntários, nos momentos inoportunos, e até atos ridículos. Na subjugação, estão compreendidos os casos de possessão, cuja denominação pressupõe a ocupação do corpo da vítima, fato esse não admitido pelo Codificador.
CARACTERÍSTICAS
Há uma relação de características pelas quais se pode reconhecer os casos de obsessão.
Tais caracteres vão da insistência dos espíritos em se comunicar, ilusão do médium que não reconhece a falsidade das comunicações, crença na infalibilidade dos espíritos comunicantes, aceitação dos elogios feitos pelos espíritos, reações agressivas às críticas feitas sobre as comunicações recebidas, a quaisquer formas de constrangimento moral ou físico, ou ainda ocorrências de ruídos e movimentos de objetos sem causas normalmente explicáveis.
CAUSAS
Os motivos ou causas da obsessão podem ser geralmente admitidos como originados de:
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a) Vinganças de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vidas anteriores;
b) Desejo simples de fazer outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia;
c) Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem os seus afins a cometê-los;
d) Apego às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida;
e) Por interesse em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de inteligentes espíritos das hostes inferiores.
A TERAPÊUTICA NAS OBSESSÕES
No estudo de O Livro dos Médiuns, Cap. XXIII, o autor indica alguns meios para se combater a obsessão, aqui apresentados para discussão, como segue:
–“Paciência para com os obsessores”(id., ib. item 249):
No trato com as entidades incorpóreas que estejam agindo mentalmente sobre as criaturas, há que compreender-lhes seus motivos de perseguição e, com espírito humanitário, induzir-lhe pacientemente a mudarem suas disposições.
Mesmo entre criaturas humanas, uma abordagem respeitosa e compreensiva transmite sempre um envolvimento fraterno e uma radiação de amor que, certamente, age sobre as próprias estruturas perispirituais, de forma confortadora, carinhosa, estabelecendo importantes apoios para as necessárias mudanças comportamentais. A severidade, no entanto, ao lado da benevolência, aliadas à prece em favor deles, constituem fatores eficazes na solução dessas influências.
– “Apelo ao anjo bom e aos bons espíritos” (id., ib. item 249):
Recorrer à assessoria daqueles que operam no mesmo plano da vida espiritual é fator preponderante em qualquer trabalho dessa natureza quando, na maioria das vezes, todo o encaminhamento e aproximação com aqueles perseguidores (às vezes, nossas vítimas) realizam-se nos territórios do imponderável, livre ao acesso desses auxiliares espirituais.
– “Interrupção das comunicações escritas”(id., ib. item 249):
Alterando-se o intermediário, na posição de instrumento mediúnico nas comunicações psicografadas, ou mesmo na psicofonia, por ações de mentes perturbadoras (encarnadas ou desencarnadas), a interferir no fluxo das mensagens transmitidas por meios telepáticos, como providência criteriosa e prudente, a interrupção provisória desses exercícios mediúnicos é de todo aconselhável, até que se restabeleçam os canais de vazão telepática com os bons espíritos e se afastem as infiltrações prejudiciais.
– “Intervenção de um colaborador que atue pelo magnetismo ou pelo império da vontade”(id. ib., item 251):
A ação mental de apoio diretamente sobre o paciente, estimulando-lhe os próprios recursos de reação, tanto pela aplicação das energias fluido-dinâmicas nos mecanismos do passe, como pelo esclarecimento renovador, elevando-lhe o padrão dos próprios pensamentos e fortalecendo a vontade no bem, atinge as estruturas perispirituais e os campos de radiações da psicosfera (ou mente) momentaneamente desarticulados, devolvendo-lhes a ordem e a sanidade.
Os resultados benéficos obtidos serão tanto mais significativos quanto maior for a superioridade moral dos colaboradores e menores as imperfeições do obsediado. Essas imperfeições morais constituem freqüentemente para o paciente obstáculos à sua libertação (id. ib., item 252).
Ensina-nos André Luiz: “… almas regularmente evoluídas, em apreciáveis condições vibratórias pela sincera devoção ao bem, com esquecimento dos seus próprios desejos, podem, desse modo, projetar raios mentais, em vias de sublimação, assimilando correntes superiores e enriquecendo os raios vitais de que são dínamos comuns”.