quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pular as sete ondas no final do ano


Porque pular 7 ondas no ano-novo
Trata-se de uma tradição africana ligada à umbanda e ao candomblé. O 7 é um número considerado espiritual (são 7 os dias da semana e os chacras). Pular 7 ondas ajudaria a invocar os poderes de sete Orixás poderosos e no final a Iemanjá a deusa do mar, que purifica e nos dá força para vencer os obstáculos do ano que está por vir.



Primeira Onda Pai Obaluaê
Que nosso Pai Obaluaê retire todas as doenças de nossas vidas
Segunda Onda Pai Xangô
Que nosso Pai Xangô nos de a Justiça em nossas vidas
Terceira Onda Pai Ogum
Que nosso Pai Ogum proteja nossos caminhos
Quarta Onda Mamãe Oxum
Que nossa Mamãe Oxum proteja nossa família e amigos
Quinta Onda Pai Oxossí 
Que nosso Pai Oxossí proteja nosso trabalho e nos de força na caminhada
Sexta Onda Cosme e Damião
Que nossos queridos Cosme e Damião proteja nossas crianças e nosso futuro
Sétima Onda Mamãe Iemanjá
Que nossa Mamãe Iemanja ilumine e proteja o ano novo que se inicia.


No final saia de costas do mar e saúde nosso Pai Oxalá, fazendo uma corrente de força em todos seus pedidos e que receba sua firmação aqui com muito amor ao próximo.


Pai Emidio de Ogum

SIMPATIAS PARA 2012 E CRENDIÇES.


Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos

Crendices e superstições de Ano Novo

Acredita-se que comer lentilha traz sorte, pois, como é um alimento que cresce, faz a
pessoa crescer também;

Uma das simpatias mais comuns feitas no Ano Novo para atrair dinheiro é a da romã. Chupe sete sementes na noite de Réveillon, embrulhe todas num papel e guarde o pacotinho na carteira para ter dinheiro o ano inteiro;

O consumo de aves, como o peru e o frango, e o de caranguejo não é indicado na ceia de Ano Novo. Como esses animais ciscam ou andam para trás, acredita-se que quem comê-los regride na vida;

Guarde uma folha de louro na carteira durante o ano inteiro para ter sorte;
Coma três uvas à meia-noite, fazendo um pedido para cada uma delas;

Jogue moedas da rua para dentro de casa para atrair riqueza;

Dê três pulinhos com uma taça de champanhe na mão, sem derramar nenhuma gota, e jogue todo o champanhe para trás para deixar tudo o que for ruim no passado;

Passe as 12 badaladas em cima de uma cadeira ou banquinho e depois desça com o pé direito;

Pule num pé só (o direito), à meia-noite, para atrair coisas boas;

Não passe a virada do ano de bolsos vazios para não continuar o ano inteiro com eles vazios;

Coloque uma nota no sapato para chamar dinheiro;

No dia 31, faça uma boa limpeza na casa, varrendo-a de trás para frente. Coloque para fora todo lixo, objetos quebrados e lâmpadas queimadas. Não guarde as roupas do avesso;

Para evitar energias ruins, muitas pessoas lavam os batentes das portas com sal grosso e água e borrifam água benta nos quatro cantos da casa;

Na primeira noite do ano, use lençóis limpos;

À meia-noite, para ter sorte no amor, cumprimente em primeiro lugar uma pessoa do sexo oposto;

Quem pretende viajar bastante no ano que se aproxima, deve pegar uma mala vazia e dar uma volta dentro de casa;

Abra as portas e janelas da casa e deixe as luzes acesas;

O primeiro negócio do ano nunca deve ser fiado nem com pessoa pobre.

E as simpatias ajudarão, com toda certeza. O importante é acreditar! Feliz Ano Novo e Boa Sorte!

Banho mágico para atrair prosperidade financeira


Você vai precisar de um ramo de salsa, uma colher de sopa de pó de canela, uma noz-moscada ralada, uma colher de chá de mel e uma colher de chá de gengibre ralado. Prepare o chá tradicionalmente. Deixe amornar e depois coe. Tome seu banho normalmente e depois jogue lentamente essa mistura sobre o corpo. Seque-se sem o auxílio da toalha. Faça esse banho no último dia do ano e verá que dinheiro não vai faltar!

Para atrair sorte durante o ano todo I


Material necessário: uma garrafa de champagne ou cidra. No momento exato da passagem de ano, lave a calçada de sua casa com o champagne, sem derramar toda garrafa. Guarde um pouquinho e deixe-a durante sete dias junto à porta de sua casa, pelo lado de fora. Passado esse período, jogue-a fora, em água corrente.

Para atrair sorte o ano todo II

Uma simpatia que já virou tradição é a do uso de roupas íntimas com determinadas cores, durante a virada do ano. Dizem que é uma das mais eficazes. Para quem quer atrair dinheiro e fartura, use peças amarelas ou douradas; as brancas atraem paz e felicidade; as vermelhas são ótimas para as grandes paixões. Para quem quer viver um grande amor, prefira as de cor rosa.

Simpatia da uva

No dia 31 de dezembro, à meia-noite em ponto, coma 12 uvas. Ao comer cada uma delas, mentalize saúde, paz, amor, união e prosperidade, para você e sua família. Cada uva representa um mês do ano. Desta forma você estará mentalizando todas estas coisas positivas para o ano todo. Depois, guarde os caroços onde achar melhor.

Para ter sorte no amor

Quando der meia-noite, cumprimente uma pessoa do sexo oposto. Mas tem que ser antes de qualquer outra pessoa!

Magia para conquistar quem deseja
Esta magia pode ser feita durante o ano todo... Coloque uma folha de papel branco sobre um prato. Desenhe um coração do tamanho do fundo deste mesmo prato. Depois, recorte o desenho e escreva, nas três primeiras linhas, o nome da pessoa desejada. Em outras três linhas, escreva seu próprio nome. Ponha o desenho do coração no fundo do prato e derrame um pouco de mel sobre ele, juntamente com algumas pétalas de rosa branca. Acenda uma vela branca no meio do prato, deixando-a queimar totalmente. Quando a vela terminar de queimar, firme o pensamento na pessoa desejada. Guarde o prato durante uma semana. Feito isso, lave as pétalas e coloque-as dentro de um livro de sua preferência. O prato com o coração deverá ser deixado debaixo de uma árvore bem bonita!

Para arrumar namorado(a)

Na última semana de dezembro, ferva 3 litros de água numa panela. Depois coloque sete flores de amor-perfeito, uma rosa vermelha, deixando abafado por cinco minutos. Após seu banho normal, pingue cinco gotas do seu perfume favorito, jogando a mistura no corpo, do pescoço para baixo. Deixe o corpo secar naturalmente. Feito isso, ponha uma roupa vermelha. As sobras do banho deverão ser embrulhadas num pedaço de jornal e jogadas no lixo.

Para arrumar um novo emprego
Escreva seu nome completo em um papel branco. Depois, pegue um copo virgem e coloque o papel com seu nome dentro, acrescentando uma colher de açúcar ou mel de abelhas. Encha esse mesmo copo com água limpa e coloque num lugar alto por uma semana completa. Reze um Pai-Nosso e uma Ave-Maria todos os dias em frente ao copo. Quando arrumar o emprego, tome um banho e depois jogue a água do copo pelo corpo do pescoço para baixo. O copo deverá ser jogado fora, de preferência no mar.

(Nota da Redação do site: sugerimos que o copo não seja jogado ao mar, pela preservação da Natureza. Hoje em dia, já há coleta seletiva para fins de reciclagem).


DICAS PARA SUA SIMPATIA DAR CERTO:


Lembre-se sempre que a fé é o melhor ingrediente para qualquer simpatia.
Não tenha ansiedade. Faça sua simpatia e aguarde os resultados, sem pressa.


Não conte para ninguém que fez esta ou aquela simpatia. O silêncio é a alma do negócio e evita o famoso "olho gordo".

Facilite o resultado da simpatia. Pense sempre que dará certo e não espere que a simpatia faça tudo sozinha. Crie boas oportunidades e seja feliz!


Atrair ou manter um amor

Quem é casada e quer manter o relacionamento deve acender duas velas amarelas. Peça a Oxum - a deusa do amor, da fertilidade, da pureza e do ouro - estabilidade no relacionamento. Se for solteira, acenda uma, e peça para que apareça alguém especial em sua vida. Depois de acesa, derrame mel em volta da vela, coloque quatro búzios, quatro moedas de mesmo valor e oito ou dezesseis rosas amarelas. Para dar certo é preciso ficar na praia até a vela terminar de queimar.

Para o amor voltar

Escolha oito pedaços de fitas coloridas com 1 metro (todas devem ter cores diferentes, menos preto e vermelho). Olhe na direção do mar e coloque quatro fitas em cada ombro. Com os pés na água, despetale três rosas amarelas. Jogue as pétalas por cima da sua cabeça e deixe que elas caiam no mar. Solte então uma fita de cada vez na água e peça que Oxum traga de volta quem você ama.

Para ter sorte no amor

Pegue cinco ou oito rosas brancas, perfume de alfazema, fitas com as cores da harmonia (azul, amarelo, rosa, branco e verde), espelho, talco, sabonete e bijuterias. Forre uma cesta com celofane, amarre uma fita no cabo de uma flor e jogue um pouco de talco e de perfume por cima. Depois, coloque o espelho, o sabonete e as bijuterias na cesta e leve para o mar. Conte três ondas e, na quarta, ofereça a cesta à Iemanjá e a Oxum.

Para ter felicidade

Comece a usar, a partir do dia 28 de dezembro, um par de meias brancas novas. No quarto dia, coloque a meia do pé direito no sol. Depois atire-a longe -cuidado para ela não cair em nenhum lugar úmido. À meia-noite do dia 31 coloque a meia do pé esquerdo ao luar e depois jogue longe dizendo: “Minhas meias foram longe. Não têm teia, nem idade. Se elas se foram, porque se foram, virá a felicidade. Assim seja”.

Para afastar maus fluidos

Na beira do mar, com a água na altura da canela, derrame pipoca ao longo de seu corpo, da cabeça aos pés. Deixe que o mar leve a pipoca, que é um elemento do orixá Omolu, senhor da vida, da cura e da saúde.

Para ter paz, tranqüilidade e prosperidade

Misture pétalas de rosa branca, arroz cru e uma essência e passe pelo corpo. Olhando para o mar, reze pedindo paz e prosperidade para o ano que se aproxima. Tire os sapatos e entre no mar vestida com uma roupa branca. Dê três mergulhos e dê costas para a areia.

Para ter dinheiro o ano inteiro

Leve para a praia sete rosas brancas, sete moedas do mesmo valor, perfume de alfazema
 e um champanhe. Reze para Iemanjá e para os orixás que têm força no mar. Conte sete ondas e jogue as flores no mar. Em seguida, coloque o conteúdo do champanhe e ofereça aos orixás. Lave as moedas com o perfume e coloque-as na mão direita. Mergulhe a mão na água e peça proteção financeira. Deixe o mar levar seis moedas e fique com uma, que deve ser guardada como amuleto durante o ano.
Que Oxalá nos abençoe sempre


3 sinagogas, 2 igrejas católicas, 2 templos evangélicos, 1 centro espírita



Ainda pessoas, ao redor do mundo, se enfrentam, apesar de suas religiões pregarem o amor. São pessoas que entenderam errado a mensagem certa que ouviram ou entenderam certo as mensagens erradas que lhes comunicaram.
Então, saudemos o nosso país e continuemos a fazer dele a casa da liberdade de expressão e da tolerância de culto.
A ilustrar a convivência, cito o quadrado onde vivo.
Em duas quadras, os católicos romanos cultuam em dois templos. O mesmo fazem os judeus, que encontramos de quipá pelas ruas, em três sinagogas.
Quase ao lado de uma delas, um centro espírita se ergue em vários andares. A poucos metros de outra delas, os membros de uma igreja batista (a minha) celebram seus cultos, cujos cantos poderiam ser ouvidos pelos participantes de uma igreja pentecostal, não fossem as proteções acústicas.
Esse quadrado é um tributo à liberdade. Abençoado seja.
Abençoado seja porque é um símbolo do Brasil.
Brasil que seria um lugar ainda melhor para se viver, se a corrupção não fosse uma fábrica de desigualdade.
Desigualdade que seria menor se as religiões, além de cultuar, pregassem mais o valor de uma vida íntegra para todos os seus integrantes.
Israel Belo Azevedo, no Prazer da Palavra

QUANTOS FILHOS TEM SUA CASA?




Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de Santo, perguntou: “Quantos filhos a sua casa tem?”.
A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta. E assim foi no sábado pouco antes de iniciarem os trabalhos lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais ou menos 40 médiuns, quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o inicio dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou para colocar algum assunto em dia. Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos.


O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns porque queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do inicio arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos.
Na segunda feira havia um momento de estudo no terreiro e ele foi convidado, ao chegar ao local, chovia muito e, viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aqueles cinco estavam lá.
Na quinta feira haveria um trabalho na Lina do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente apareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles.
No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou:
─ Você conseguiu descobrir quantos filhos tem em nossa casa?
─ Contei 43 minha mãe – respondeu.
─ Não, filhos de verdade tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa.
─ E os outros?
─ Os outros são como se fossem “sobrinhos” de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a “tia” se não houver nenhum atrapalho ou programa ‘melhor’, e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabarem os trabalhos.
O rapaz muito sério perguntou:
─ E por que a senhora não impõe regras para mudar isso?
─ Meu filho a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante, a Umbanda respeita o livre arbítrio de todos os seres…
E nós, somos “filhos” ou “sobrinhos” de Umbanda?
Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro?
Agora reflita em suas ações e pergunte pro seu coração…
Você é filho ou sobrinho?
Desconheço o Autor deste sábio Texto .




Guardiã Sete Rosas


A Pombagira Sete Rosas pertence à falange de Dona Rosa Caveira. É uma Pombagira bastante misteriosa e reservada. Costuma preparar muito bem seu médium, antes de se apresentar. Quando incorporada, trabalha sempre com sete rosas vermelhas, que o médium deve levar, tirando todos os espinhos. Costuma ficar no meio do terreiro, dançando suavemente, e fazendo sua magia, sempre com uma de suas rosas nas mãos. Gosta em suas roupas, das cores vermelha e roxa ou preta e roxa. É uma pombagira conhecedora da magia e poderosa para quebrar feitiços. Ainda não tenho autorização para revelar detalhes de sua vida, que a levaram a essa escolha. Se quer agradá-la, leve sete rosas vermelhas abertas, a um médium que trabalhe com ela, a um terreiro que aceite receber oferendas, ou a uma encruzilhada em T.



''Eu Vejo Espíritos''


"Para a ciência, ver e ouvir fantasmas não tem nada de sobrenatural: tudo é criado pelo cérebro. Agora os cientistas tentam explicar por que tanta gente, em diferentes épocas e civilizações, afirma ver espíritos".



Dona Rosa, a tia de Maurício que apareceu no carro de repente, reclamava de que estava perdida e ninguém tinha ido buscá-la. "Só vi o Zé [o irmão dela], mas parecia que ele estava de fogo", disse. Sem saber o que fazer, o sobrinho sugeriu que ela aguardasse para seguir seu caminho. Antes de sumir do veículo, a mulher agradeceu a coroa de flores e só não deixou mais perplexo o administrador e engenheiro eletricista Maurício Casagrande porque essa não era a primeira vez que algo parecido acontecia. As primeiras manifestações estranhas apareceram na infância, mas foi depois dos 27 anos que ele passou a protagonizar cenas de horror: acordava durante a noite e via figuras cadavéricas no quarto, ouvia vozes e começou a adivinhar data e hora da morte de pessoas próximas. Entre o susto e o incômodo, buscou ajuda médica com psicólogos, psiquiatras, neurologistas. Nunca encontrou nada errado.
Para a ciência, espíritos não existem. Nossa personalidade, nossa inteligência, nosso caráter, tudo é determinado pelas conexões cerebrais. Quando morremos, as células têm o mesmo fim, sem deixar possibilidade para alma ou fantasmas aflorarem. Mas os próprios cientistas reconhecem que relatos de experiências sobrenaturais e de contato com os mortos, como o do engenheiro Maurício, estão presentes em diversas civilizações e são quase tão antigos quanto a escrita. A possessão por deuses e demônios aparece desde 2000 a .C. O Tratado do Diagnóstico Médico e do Prognóstico, um conjunto de 40 pedras babilônicas dedicadas à medicina, descreve as alucinações auditivas e as ausências súbitas com um caráter sobrenatural. Hieróglifos também revelam que os egípcios acreditavam que mortos ou demônios entravam no corpo dos vivos e provocavam tais sintomas. O caráter sagrado também esteve presente na Grécia antiga, onde alucinações eram chamadas de "doença sagrada" ou "doença da Lua". Com o advento do cristianismo, os inúmeros deuses deixaram de ser a causa para esses fenômenos. Surgiram as explicações naturais, como a de que a Lua provocava o aquecimento da Terra e isso faria o cérebro derreter, gerando as crises. Na Idade Média, quem tinha alucinações era considerado herege. Joana D'Arc, queimada em 1431 quanto tinha 29 anos, começou a ouvir vozes e perceber luzes estranhas ainda adolescente. Hoje, os espíritos inspiram todo um gênero de cinema - os filmes de terror -, sem falar em contos da literatura universal, novelas e conversas em família. Com tantas histórias distantes, porém parecidas, é muito fácil acreditar que há algo além ao nosso redor.
Apesar de tantos relatos semelhantes, só nos últimos 20 anos é que o assunto saiu dos filmes de terror e voltou a ocupar as páginas de estudos científicos sérios. As pesquisas focam desde o perfil dos chamados médiuns a análises neurológicas que relacionam alucinações a epilepsia e ao fenômeno do déjà vu. Ainda não existe uma explicação definitiva do fenômeno da mediunidade, mas há conclusões suficientes para destruir vários mitos sobre o tema.
Quem vê gente morta?
Primeiro mito: o de que pessoas que afirmam ver espíritos são malucas. Em boa parte dos casos, quem vive esse fenômeno são profissionais com ensino superior, pais e mães de famílias de classe média e alta, que mantêm a experiência em segredo e recorrem a dezenas de médicos para saber o que está acontecendo. Em 2005, o psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e membro do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos (Neper) da USP, aplicou testes psicológicos em 115 médiuns da capital paulista. A maioria deles era formada por pessoas que afirmavam incorporar espíritos, falar coisas que estão sendo ditas por mortos, ter visões e ouvir vozes. Almeida descobriu que pessoas bem instruídas e ocupadas formavam sua amostra: 46,5% tinham escolaridade superior e apenas 2,7% estavam desempregados. "Esses dados mostram que não são pessoas desajustadas socialmente", diz. A maior revelação veio dos resultados do SQR (Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire), um questionário aplicado para detectar transtornos mentais. Quanto mais respostas positivas, mais alta é a probabilidade de a pessoa ter um transtorno. "Em menos de 8% delas o resultado deu positivo, o que é muito pouco. Na população brasileira, esse índice fica entre 15% e 25%." Outra surpresa veio com o teste de Escala de Adequação Social. O psiquiatra verificou que os médiuns que relatavam incorporar espíritos com uma freqüência maior eram os mais ajustados socialmente e também aqueles que menos tinham sintomas de transtornos psiquiátricos.
A notícia é um alívio para quem sofre a pressão de viver experiências mediúnicas e se pergunta o tempo todo onde está o limite entre a loucura e a sanidade. "Sou um cara cético. Até hoje me pergunto se o que vejo não é criação da minha cabeça", diz Maurício Casagrande. "Quando as imagens ficaram mais freqüentes, achei que estava ficando esquizofrênico e fui procurar ajuda na medicina." Maurício chegou a dormir duas noites no Hospital São Paulo, vigiado por equipamentos de mapeamento cerebral, e a tomar ansiolíticos, que não o impediram de continuar acordando com presenças fantasmagóricas. Apesar das inúmeras tentativas, não se descobriu nenhum transtorno mental. "Até que um dia um médico falou para eu procurar um lado mais espiritual. Veja só: um médico falando isso!", diz ele.
As consultas médicas também fizeram parte da adolescência de Regina Braga, hoje com 52 anos. Aos 15, ela começou a acordar rodeada de estranhos. "Eram figuras grotescas. Eu via pessoas com os olhos esbugalhados em cima de mim. Comecei a entrar em parafuso", diz. Os pais passaram a levá-la a médicos, que receitavam calmantes. "O tranqüilizante era uma porta de acesso maior. Eu relaxava, ficava indefesa e os ataques à noite eram mais ferozes." Aos 17 anos, Regina entrou em uma espécie de coma. "Os médicos fizeram de tudo para que eu despertasse, mas eu não tinha nenhuma reação." Ao sair do que chama de "transe", foi transferida para a clínica de um médico espírita, que soube tratá-la (leia sobre a doutrina nos links relacionados). "Se fosse outro médico, acho que me mandaria para um hospício."
O medo de ter problemas mentais impede muitas pessoas de falarem abertamente sobre o assunto. "A literatura médica diz que de 15% a 30% da população tem algum tipo de vivência sobrenatural. Essas pessoas não contam para ninguém por medo de acharem que estão loucas", afirma o psiquiatra Almeida. O engenheiro Maurício é um exemplo de quem evita propagandear. "Se tem uma coisa que não suporto são os 'esochatos', aquele bando de esotéricos que ficam tentando convencer a pessoa a seguir alguma idéia. Tenho medo de rótulos, por isso prefiro não comentar", diz.O que diz o espiritismo?É por causa de perguntas sem respostas satisfatórias que doutrinas como o espiritismo fazem adeptos. Por dia, passam pela sede da Federação Espírita de São Paulo cerca de 9 mil pessoas. O entra-e-sai não é só de quem vê assombração - aliás, essa é uma minoria. Muitos chegam lá à procura da cura para uma doença ou desejam se comunicar com mortos. Para o espiritismo, não há dúvida: espíritos existem e vivem em simbiose com pessoas de carne e osso, algumas vezes dando uma forcinha e em outras tocando o terror.
Segundo a religião, existem vários mundos em diferentes estágios de evolução. Espíritos de luz, mais evoluídos, dificilmente são vistos vagando por aí - em geral, só os médiuns conseguem senti-los. Nós, pobres mortais, estamos mais sujeitos a topar com um brincalhão - daqueles que gostam de assustar, fazer caretas e atrapalhar o bom andamento da vida. "Podemos ver esses espíritos zombeteiros principalmente em situações de desequilíbrio. Se aceitarmos vibratoriamente a sua condição, e isso acontece quando não estamos desprendidos do egoísmo, do orgulho, das vaidades e do apego material, eles poderão nos acessar", diz Silvia Cristina Puglia, presidente da Federação Espírita de São Paulo.
O que vemos, explica ela, não é o espírito em si, mas seu perispírito - um meio-termo entre o corpo e a alma. "Temos mais condição de ver espíritos atrasados, que parecem carnais." Para a doutrina, a comunicação só acontece por causa de uma troca do que Allan Kardec, o pai do espiritismo, chamou de "fluido". O protestante francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), que mais tarde viria a adotar o nome "Allan Kardec", teve o primeiro "contato espiritual" aos 50 anos. Na época, as festas francesas eram animadas pelos fenômenos das mesas girantes - as mesas giravam, pulavam e responderiam a perguntas dando pancadas no chão. Dessas e de outras observações, Rivail chegou à conclusão da existência de um plano espiritual e reuniu suas idéias em O Livro dos Espíritos (1857).
"Os espíritos revelaram a Kardec que a natureza material é uma coisa fluida, que tem o mesmo princípio da matéria densa, mas é mais sutil", afirma o físico espírita Alexandre Fontes da Fonseca, da USP. "Há hipóteses tratando os fluidos como ondas eletromagnéticas." Os fluidos seriam a base da explicação para a materialização das assombrações e fenômenos como as portas que abrem sozinhas, os copos que mexem e os ruídos inexplicáveis.

Por Aryane Cararo, para a revista Super Interessante.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Arvore de natal desenhada Arvore de natal
ENSINE AOS OUTROS QUE O NATAL REPRESENTA PRA VOCÊ AMOR, GRATIDÃO E COMPROMISSO DE UM MUNDO MAS JUSTO E FRATERNO.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

YEMANJÁ LHE PEDE


PERGUNTAS SOBRE EXÚ.


A algum tempo atrás respondi a um leitor que se ele fosse filho de Exú sua mãe provavelmente seria uma Pomba Gira. Isso causou uma tremenda polemica entre leitores do blog que começaram a enviar perguntas sobre Exús. Resolvi responder para esclarecer algumas, lembrando que as respostas são minhas opiniões pessoais e coloquei junto respostas de outros médiuns esclarecidos.


1 - Exú e Pomba Gira podem ser donos de coroa na Umbanda?
Nunca na Umbanda! Em alguns outros rituais sim.


2 - Porque Exú não pode ficar de frente na coroa?
* Na UM-BAN-DA não pode mesmo porque exu é uma Linha Espiritual AUXILIAR, agregada e, como já visto antes, composta por falanges de espíritos em sua maioria amorais e de pouco conhecimento sobre princípios evolutivos, ou seja, de curta visão espiritual a despeito de muito conhecimento que possam ter sobre os princípios de vida material.
Se exu ou pomba gira estiverem à frente na coroa de um médium, o certo é (como nos foi ensinado desde muitos anos atrás) que se trabalhe no sentido de afastá-los desta posição para que espíritos GUIA possam assumí-la.
Já para outros cultos, aqueles que não se preocupam com evolução espiritual do médium e das entidades e que pretendem entender que "é assim porque deve ser ou porque sempre foi", aí a pregação é outra e exu vira até "orixá de coroa".



3 - Zé Pilintra é Exú?
Originalmente Zé Pilintra, Maria Padilha e alguns outros Exús, eram Mestres Encantados no norte do Brasil. Com a vinda dos povos do norte para o resto do Brasil, principalmente para o Sul e o Sudeste, o culto aos Encantados veio junto. Aos poucos, esse culto foi se misturando a outros cultos e criou-se entidades que trabalham em várias falanges. Como trabalhar com Encantados era um processo complicado nestas áreas do Brasil, principalmente pela questão de lugar, firmeza, etc., começou-se a trabalhar dentro da Umbanda e Candomblé com as mesmas entidades, criando-se assim o Exú Zé Pilintra e a Pomba Gira Maria Padilha. No Norte ainda cultua-se como Encantados. Um outro motivo é que o nome de Zé Pilintra acabou por criar uma relação com Pilantra, ou seja, malandro, golpista, mulherengo, características de Exú.


4 - De onde surgiu o nome Zé Pilintra?
Em cada lugar existe uma história sobre este nome. Ninguém sabe exatamente a verdadeira história, José Phelintra, José de Aguiar, Chapéu de Couro,  Mestre Zé são alguns nomes dados a esta entidade. Tal como sua morte, dizem que morreu do coração em um cabaré, Maria Navalha cortou seu pescoço numa crise de ciúmes, emboscada na rua e outras tantas. Mas se era Encantado não pode ter morrido, Encantados não morrem, desaparecem da terra num processo sobrenatural.


5 - Exú fala palavrão e bebe cachaça?
Sim, é normal. O que não é normal e depois da entidade desencorporar o médium ficar bêbado e aprontar.
*Tenho a dizer é que SÃO EXUS. E por serem-no agem de acordo com seus princípios e formas de ver a espiritualidade e, além disto, usam desses artifícios como formas de impressionarem suas platéias, em grande parte normalmente ávidas por esses fatos.
Tenho a dizer que, em termos de comportamento, esta é a essência dos espíritos que realmente merecem este apelido - EXU!

6 - Trabalho com uma Pomba Gira e quando ela desencorpora sinto uma imensa excitação sexual, sou casada e deixo meu marido surpreendido quando chego na cama após o trabalho, isso é normal?
Isso é chamado em alguns rituais de "Estar com a Pomba Gira/Exú de frente". As entidades destas falanges tem a tendencia de mexer com áreas neurais do corpo diretamente ligadas a sexualidade. você deve ter percebido que as Pomba Giras dançam muito sensualmente e Exús estão sempre cortejando as mulheres.
O que não pode acontecer é você encontrar Exús excitados durante a incorporação, dando cantadas do tipo: depois da sessão encontre meu cavalo em tal lugar, etc. (já testemunhei um Exú dando o número do celular). E, existe também, médiuns despreparados que as vezes por serem tímidos, mentalizam a entidade para poder fazer aquilo que não tem coragem de dizer quando desencorporados. 
Em alguns casos pode ser obsessores atuando e o Zelador deve trabalhar com o médium para tirar o "Exú  de frente".

7 - Os Exús já viveram aqui?
Com certeza, são almas desencarnadas que retornam a este plano por motivos diversos. Alguns quando estavam vivos foram pessoas normais e trabalhadoras como nós. A história de cada um é segredo deles mesmos, normalmente eles contam sobre suas vidas passadas somente para alguns de sua confiança. Exús não andam garganteando por aí que foram médicos, engenheiros e bispos aos quatro ventos, são entidades muito discretas com relação a isso. O retorno a esta vida através da incorporação é feito para que este espirito possa desenvolver-se e praticar a caridade e, em alguns casos, cumprir com deveres outrora deixados para trás.

8 - Deve-se dar menga para Exú sempre?
Depende, cada espirito é doutrinado de uma forma diferente de outro. Se o Exú aprendeu que pode salvar uma vida com menga ele vai pedir, se aprendeu a mesma coisa com uma vela ele pede a vela.
A menga só não pode ser dada sem motivo plausível, por cisma do médium que acha que dando menga seu Exú fica mais poderosos, por querer aparecer aos olhos das pessoas que desconhecem a religião e nunca para trabalhos feitos para o mal. Quem dá menga a Exú com intensão de fazer mal a alguém na verdade está dando menga a um Kiumba ou rabo de encruza. Exú não faz mal a ninguém.

9 - Porque não se firma Exú no Congá?
Foi dado a Exú na criação a função de mensageiro e guardião.
A firmeza da tronqueira é necessária para a segurança da casa e para que o Exú possa avisar os Orixás sobre o que é necessário. Em muitos terreiros achasse que estando firmado o Exú na tronqueira (ou Cangira) os kiumbas não entram, mera especulação. Se esse fosse o caso as outras entidades não precisariam descarregar os médiuns e a casa. As entidades trabalham juntas e Exú ajuda a todos e todos ajudam o Exú.

10 - Estive em um terreiro que apagaram as luzes na sessão de Exú, os Exús falavam muito palavrão, bebiam, fumavam, cuspiam e dançavam uns com os outros se sarando e passando a mão tanto em homens como em mulheres. Isso acontece em todos os lugares?
Bom, primeiro isso não era Umbanda! Podia ser uma orgia, uma festa, um baile ou qualquer outra coisa. Quando isso acontece é culpa somente de pessoas que se dizem Umbandistas mas na verdade são mistificadores. Vou explicar: Apagar as luzes e deixar o ambiente na penumbra é um ato normal, os Exús não gostam de aparecer e ser discreto é uma de suas características. Falar palavrão também pode ser normal, depende do desenvolvimento e das normas apregoadas pelos zeladores e da própria concentração do médium, mentalizar a entidade antes da incorporação é o melhor meio de doutrinar a entidade. Bebidas são usadas como ferramenta de trabalho da entidade e até mesmo uma forma de aquecer o médium. O médium incorpora um ser morto e, repare bem, quem está incorporado ou depois da incorporação tem o corpo extremamente gelado. Um estudo provou que alguns médiuns chegam a ter temperatura corporal de 27 a 29 graus, quando o normal é 36 a 37 graus. Fumo também é considerado da mesma forma que a bebida, servindo também de fundanga para descarrego.
Quanto a dança e atitudes libidinosas, pode acreditar que é mistificação! Como disse acima existe a sensualidade discreta destas entidades, mas discreta mesmo! Sarar e passar a mão em outras pessoas é safadeza. Já fui em muitos terreiros e vi coisas que deixariam os piores dos kiumbas de boca aberta. Exús são entidades iguais e com o mesmo valor que um Preto Velho, vem para fazer o bem e sem safadeza.

11 - Você falou a um tempo que um terreiro de Umbanda não poderia ser comandado por um Exú. Estive falando com meu zelador e ele disse que é engano seu.
me lembro de você. Se o chefe espiritual do terreiro é um Exú mesmo, seu terreiro é de Quimbanda nunca de Umbanda. Quanto a seu zelador mande ele me escrever, quem sabe  posso ensinar alguma coisa a ele sobre Umbanda.

12 - Posso firmar Exú dentro do terreiro?
Depende do ritual! Se for Quimbanda sim se for Umbanda não.

13 - Existe uma rádio em que um suposto Exú dá entrevistas e palestras, inclusive citando certos trechos da Bíblia e Provérbios, isso é natural?
Não! Este tipo de entidade normalmente ,como já foi dito, é muito discreta. Pode acontecer de um outro espirito ou entidade estar dando estas entrevistas e se identificando como Exú. Pode até mesmo ser um médio tentando pregar coisas que aprendeu ou que ouviu falar dizendo-se Exú. A mistura de trechos bíblicos e provérbios com a doutrina espiritual nos faz lembrar mas o Kardecismo que Umbanda, logico que o sincretismo colocou muito dos rituais católicos na Umbanda. Entrevistas e palestras são dadas por seres humanos, nossas entidades podem enviar mensagens que são transcritas e divulgadas. Exú não precisa ensinar nada no rádio, ele ensina no terreiro e além de tudo: Exú fala pouco e trabalha muito! Nem mesmo os espíritos que trabalham na linha branca ou kardecismo vivem dando entrevistas, tome como exemplo o grande Chico Xavier, discretíssimo e avesso a reportagens.

14 - De onde vem os nomes dos Exús?
Deles mesmos! Normalmente a própria entidade se apresenta com o nome que lhe foi dado por seu superior. Muitos nomes foram criados pelo próprio povo. Muitos nomes mudam de uma região para outra ou ritual para outro e muitos ficam o mesmo em rituais diferentes como Maria Padilha na Encanteria e na Umbanda. Alguns adotam o nome de sua área de atuação: 7 Encruzilhadas ou Maria do Cruzeiro. Alguns adotam nomes de lembranças passadas: Rosa Caveira ou Exú da Lira. 

15 - Porque existem tantos Exús Tranca Rua?
Bom tenho duas teorias:
A primeira é que a falange de Tranca Rua cresceu muito, e existem muitos Tranca Ruas que tem outro nome mas o povo chama de pelo mesmo nome (o Exú que trabalho se chama Exú Guerreiro, e da falange de Tranca Rua, se veste como tal e muita gente o chama de Tranca Rua) causando assim este grande contingente.
A segunda é que todo mundo quer trabalhar com  Tranca Rua, assim como Maria Padilha, Exú veludo, Exú Meia Noite, muitos ainda acham que pelo nome ser conhecido as pessoas confiam e procuram mais a entidade. Do mesmo jeito que acontece com Ogum Beira-Mar, Caboclo Cobra Coral, etc.

16 - Toda Pomba Gira foi prostituta?
Não! Como já foi dito a vida passada da entidade na terra continua sendo um mistério que só ela sabe. As características da entidade, o jeito de vir ao terreiro, sua dança, seu caráter é de uma pessoa alegre e brincalhona, como todo Exú de Umbanda. Muitas pessoas difundem este  conceito sobre esta entidade por falta de conhecimento e muitas vezes a própria entidade mistificada passa isso adiante.


Continua....


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* respostas de C. Zeus.

CABOCLO ARARIBÓIA



Araribóia existiu. Chefe indígena da tribo Temiminó, um grupo Tupi, vivia numa das ilhas da Baía de Guanabara. Ali ostemiminós eram minoria. A tribo Tamoio, com 70 mil índios, dispersa entre a Guanabara e a região onde hoje se localiza a cidade deBertioga (SP), detinha folgada superioridade numérica contra os temiminós, que só contavam com 8 mil cabeças.Os tamoios, liderados pelo chefe Cunhambebe, eram aliados antigos dos franceses, que viviam tentando invadir a Baía deGuanabara. Em 1555, depois de subjugar os temiminós e os portugueses com a ajuda de Cunhambebe, a França passou a dominar aCapitania do Rio de Janeiro.O Reino de Portugal mandou então para o Brasil o terceiro governador-geral da colônia, Mem de Sá, com a missão de retornarao Rio. Selando uma aliança com Araribóia, os portugueses conseguiram. O chefe indígena recebeu como gratidão a sesmaria deNiterói, onde passou a morar, converteu-se ao cristianismo e tornou-se íntimo do governo. Adotou, inclusive o nome do portuguêsMartim Afonso de Souza, donatário do Rio de Janeiro. Morreu em 1574, brigado com Antonio Salema, sucessor de Mem de Sá. O nome indígena Araribóia significa Cobra Feroz ou Cobra das Tempestades.“Araib”, em Tupi, significa “Tempo Mau, Tempestade, Tormenta” e “Bói” significa “Cobra”. Herói de Vária BatalhasEm 1560, a expedição de Mem de Sá foi combater os franceses no Rio de Janeiro. Levava Maracajaguaçu e Araribóia e outrosÍndios Flecheiros do Espírito Santo.No dia 15 de março de 1560, a expedição de Mem de Sá promove um ataque à Ilha Henri e consegue vencer, destruindo oForte Coligny. Derrotados os franceses conseguiram escapar em grande número, refugiando-se no Continente.



O ataque a Ilha Henri está relatado em carta do padre Francês André Thevet na obra “La Cosmographie Universelle", editadaem Paris, França, em 1575. Lá consta referências aos atos de bravura do Índio Fundador da Serra, Maracajaguaçu e de seu filhoAraribóia.Mem de Sá volta a Salvador, na Bahia, a 3 de abril de 1560 e os franceses e Tamoios reagruparam-se e estabelecerampoderosas fortificações na Ilha da Carioca e na Ilha de Paranapuã.Quando Araribóia volta a segunda vez para guerrear contra os franceses e Tamoios, em 1564, está com 40 anos de idade,conforme Luís Carlos Lessa no livro “Araribóia, o Cobra das Tempestades”, publicado pela Editora Francisco Alves do Rio de Janeiro,página 8.Em 1564, com Estácio de Sá, combate na tomada da Fortaleza de Uruçumirim, na hoje Praia da Glória e depois destaca-secomo herói na Batalha de Paranapecu, trecho da Ilha do Governador, que ia da Ponta do Galeão até as Flecheiras.


Reportagem de Eduardo Bueno para a revista Época de 05/07/99



Um filho de fé


Numa praia deserta caminhava um filho de fé...



Atormentado por suas mágoas e provações, buscava por um alento um consolo.


Buscava forças e um sinal de esperança, para poder continuar lutando....


Olhava fixamente para as águas do mar, as ondas se quebrando, vindo do horizonte aos seus pés se esparramar...


Uma lágrima entristecida, cobriu-lhe a face, seu coração apunhalado pelas intrigas e maldades dos seu irmãos, já se tornava insuportável....


"Então"...


Quando percebeu, já estava distante, foi quando notou que já estava entardecendo...


O vento soprou em seu rosto e veio a sua intuição..


A Senhora dos Ventos, Mãe Iansã, e a saudou com alegria e sentiu suas magoas serem levadas pelo vento, a paz começou a renascer...


Olhou para o poente e viu no céu as nuvens avermelhadas, então com grande força saudou o Senhor das Demandas, seu Pai Ogum, e aos poucos o peso que lhe afligia se quebrava, e continuou caminhando...


Observou na beira das águas, peixinhos dourados a cintilar, foi então que seu coração se encheu de doçura e saudou Mamãe Oxum, que o abençoava com seu sagrado e divino manto...


Aos poucos, leves gotas de chuva tocaram a sua pele e a paz de espírito e o amparo que sentiu o fez lembrar-se de Nanã Buruque, que com sua lama sagrada, aliviou por completo suas dores causadas pelos tormentos materiais e espirituais, e a saudou com grande festividade...


Perdido em seus pensamentos o filho de fé, caminhava fascinado, quando de repente a brisa tocou seus cabelos e junto com elas trouxe folhas distantes, sem hesitar saudou Pai Oxossi, e pediu em sua mente que aquelas folhas lhe purificassem e o livrassem de todos os sentimentos impuros.


Sua concentração foi interrompida ao ver um raio iluminar o céu, e ouviu um alto estrondo que lhe encheu o peito de coragem.


"Kaô Kabecilê", e sentiu a mão forte do seu pai Xangô, então confiante, não mais sofria pelas injustiças,pois seu pai lhe protegia...


Então admirado, sentou-se a beira mar, olhou para o céu e viu uma constelação, e lembrou-se das almas benditas e dos adoráveis pretos velhos, e sem se esquecer do bondoso Pai Obaluaê, que aos poucos com seu fluido curava as chagas do seu corpo e espírito...


Fixou o olhar no céu, e nas nuvens brancas a rodear as estrelas e uma delas brilhava e cintilava,


como se fosse o centro do Universo, então humildemente, nosso irmão de fé agradeceu a Pai Oxalá por ter lhe dado o Dom da Mediunidade e poder levar alento e paz aos irmãos necessitados...


Então um perfume exalava de dentro do mar, eram rosas perfumadas que chegavam até ao seus pés, e foi ai que avistou Mãe Iemanjá, seu coração não se continha de tanta alegria, sua mãe o amparava e o confortava, e veio a sua mente.......


"A elevação do filho de fé....


Não está na força ou sabedoria, mas sim em seu coração...


Porque ele pode saber pouco ou não ter força alguma.


Mas sente a essência e o fundamento da verdadeira Umbanda...


Paz, Amor e Caridade!!!"




(autor desconhecido)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BAIANA DO ACARAJÉ


Esta sexta-feira, 25 de novembro, é o dia dedicado às baianas de acarajé. Pelas ruas de Salvador, são mais de quatro mil profissionais que viraram símbolo da Bahia vendendo o tradicional bolinho feito à base de feijão fradinho e frito no azeite de dendê.
As homenagens começaram cedo com uma alvorada e às 9h30 será realizada uma celebração na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Centro Histórico de Salvador. Depois da cerimônia, os festejos seguem pelo Terreiro de Jesus, também no Centro Histórico. A comemoração será incrementada pelo samba de roda no monumento da Cruz Caída, onde será servido um almoço às 12h. No local, está instalada o Memorial das Baianas.
A atividade das baianas de acarajé já é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil. O historiador Manoel Passos explica que o tombamento traz, sobretudo, "mais respeito". O especialista explica que bolinho de Oiá, ou de Iansã, como é chamado no Candomblé, começou a ser vendido em maior escala pelas mulheres alforriadas após a abolição da escravatura e a partir daí, ganhou a cidade. Para o pesquisador, a conquista das baianas serve para "barrar o preconceito que ainda insiste em se manter na sociedade".
Nos tabuleiros das vendedoras mais famosas em Salvador, um acarajé custa em média R$ 5, mas o bolinho pode ganhar um preço mais baixo em bairros populares da cidade.
Rita dos Santos, coordenadora da Associação de Baianas de Acarajé, comemora o dia, mas ressalta que a luta das baianas está na tentativa de regulamentação da profissão. "Estamos comemorando este passo para que o Ministério do Trabalho reconheça a nossa profissão", diz. A baiana ainda relata as dificuldades diárias em comercializar a iguaria na capital. "Hoje está muito difícil sustentar a família com a venda do acarajé, principalmente por conta do comércio em delicatessens e outros estabelecimentos fechados", salienta.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EXU na Umbanda o Grande Mistério. Um Mistério? PARTE V




PEDINDO AGÔ, ANTES DE QUALQUER COISA, MAS, Interessante a figura ao lado, não?
Não lhe dá uma sensação de coisa misteriosa, lúgubre, poderosa e até mesmo infernal?

Não lhe passa uma idéia de que possa representar uma entidade cheia de mistérios não desvendáveis ou apenas desvendável por quem a tem por companhia ou foi capaz de tal feito?

No entanto posso lhe afimar que é apenas uma representação criada e montada por mim a partir de uma figura que roda na Net e a superposição de um gif animado para criar a sensação de que a "entidade" está no meio do fogo ou "possui plenos poderes sobre este elemento". Enfim, é apenas uma figura que se cria e se espalha e que muitas vezes passa a infestar a mente de muito humanos como se ela fosse a própria realidade.

Não o fiz, mas se tivesse dado um nome a essa "entidade", como por exemplo Exu Pinga Fogo (pra sair das mesmices atuais), não tenho a menor dúvida de que, se repetida em vários sites, ela passaria a representar o já meio esquecido Exu Pinga Fogo (maleime). E também não tenho a menor dúvida de que, com o passar dos tempos, o reforço e a continuidade desta crença sem constatações, haveria até quem discutisse defendendo a ferro e fogo a tese de que o senhor Pinga Fogo se apresenta exatamente assim como na figura.

Se a partir desta figura eu criar uma ou algumas lendas sobre seus "poderes incontestáveis", sobre alguns de seus "milagres constadados" (por quem não importa), sua capacidade de ser amigo de quem é seu amigo e inimigo de quem é seu inimigo ... não tenha a menor dúvida de que o senhor Pinga Fogo sairia do ostracismo (não total) em que se encontra e iria disputar com Tranca Ruas e Tata Caveira (hoje em dia os mais falados), o posto de Exu principal na "cabala umbandista", quiçá "quimbandista".

Em outras palavras, íamos  começar a ver muito mais "médiuns" dando cabeça para Pinga Fogo do que vemos hoje.

Esta é uma das formas de se criarem MITOS e esses se enraizarem no psiquismo grupal a ponto de se criarem fanáticos defensores de causas e teses que não conhecem a fundo mas apenas por ouvirem falar!

Assim como criei uma imagem para exaltar uma entidade ou falange, criar mitos e lendas não é nada difícil. Dificil mesmo é conscientizar a muitos que esses mitos e lendas (que quando sérios têm no máximo a intenção de exaltar algumas características conhecidas) não podem virar fundamentos para que mais mitos mistérios e lendas se criem em torno de, seja uma entidade, uma falange ou mesmo de uma Linha de trabalho, porque as pessoas começam a levar ao pé da letra cada palavra, cada imagem, cada conto, como se realidades fossem e, para se desfazer esta "realidade" depois ...

O pior desta situação é que é aí mesmo que "mora o perigo" ou parte dele.

Como os nomes Pinga fogo, Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, Barabô (ou Marabô), etc, são nomes de falanges (grupos, escuderias) e não de espíritos particularmente, assim como em todos os grupos que se reúnem na matéria, nunca se sabe profundamente como funciona a cabeça de cada um deles ou quem foram na realidade, como já vimos, e qualquer lenda ou "história" que se escreva sobre um dos que assumem esses nomes,ainda que possa ser verdade, será relativa a apenas UM MEMBRO DA FALANGE e nunca a todos os outros, de forma que se eu, por exemplo, tiver ao meu lado um espírito que tenha sido um mago tibetano e que se apresente hoje como Exu do Lodo, isto nunca vai querer dizer que todos os Espíritos Exus que se apresentem como Exu do Lodo tenham sido tibetanos ou sequer magos, inclusive.

Obter as características pessoais das entidades que se apresentem por você será sempre uma possibilidade que terá, ou não, de acordo com o bom entrosamento que haja entre você e elas e, principalmente delas quererem, ou não, lhas repassar.

Aliás, é sempre bom lembrar que quando uma entidade se enaltece muito, dá muitas "dicas" sobre quem foi, principalmente se colocando sob títulos pomposos, cuidado!

Não há caminho mais fácil para se  deixar um humano encarnado debaixo dos pés, do que o método de fazê-lo crer que tem junto de si um rei, uma rainha, um "supermegablaster" destruidor de "inimigos", um mago que deixaria Merlin ao nível de Madame Mim....

Oh, como isto fascina!

Aliás, falando-se em fascinação, para não me dar muito trabalho de ter que explicar a importância do conhecimento sobre este aspecto, vou lançar mão de ensinamentos trazidos pelos espíritos a Alan Kardec que, mesmo tendo sido passados no século 19, nunca foram observações tão atuais e dígnas de serem ensinadas aos mais novos na Umbanda LEAL, SINCERA!

Observe pelo texto e suas observações "em campo", como podem haver por aí médiuns se iludindo, com espíritos e "suas doutrinas" por conta do que vem abaixo:

LIvro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII, da Obsessão 

"Fascinação

239. A fascinação tem conseqüências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.

Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.


Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem diferir de caráter. Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre."


Pois é! Mas tente você explicar para um fascinado que ele está cego, inventando ou seguindo teorias sem base, criando deuses e divindades, mistérios onde não existem dogmas para esconder o que não sabe explicar ... !


Simplesmente não dá. O máximo que se pode fazer é deixar as sementes plantadas e esperar que em algum dia elas tenham a capacidade de florescerem em terras tão áridas, e rezar ao mesmo tempo, para que essas mesmas sementes possam servir de alerta para os casos de outros que possam estar indo pelos mesmos caminhos, dando-lhes a oportunidade de repensarem sobre seus atos e possíveis "viagens mentais" que possam estar assumindo como "verdades".


Sobre os Espíritos Exus que, volto a dizer (a despeito de saber estar quebrando muitas fascinações), são Espíritos como quaisquer outros, com todos os acertos e defeitos de muitos de nós que ainda estamos aqui dentro da matéria, alguns buscando evolução, outros não, também como nós que aqui estamos, vou findando por aqui, deixando aberto, no entanto, o espaço para que qualquer um faça seu comentário, venha tirar outras dúvidas ou até mesmo complementar o já exposto por seus conhecimentos.


Só não me venham com essas "viagens" de que Exu manobra os átomos da criação, que é o "dono dos misteriosos mistérios da humanidade", controla o tempo através das eras, o ar, o fogo, a terra e a água porque além disto não proceder, fica claro que quem assim pensa não passa de mais um fascinado ou exumaníaco, com todo o respeito que devo e presto a esses amigos que desde há muito deveriam ser cognominados por outros vocábulos como GUARDIÃES, PROTETORES, AMIGOS DO PEITO e até mesmo por COMPADRES E COMADRES, como também já foram chamados, deixando-se o vocábulo EXU de lado, para uso apenas pelos manos dos cultos africanos.


Seria bom que você, se ainda não leu, acessasse este link : EXUMANIA e raciocinasse mais um pouco sobre  o que veio lendo até agora!


FIM DA MATÉRIA ... 

Mas até quando?

por C.ZEUS