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domingo, 20 de setembro de 2015
O QUE É ORIXÁ

O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.
Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.
Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. Orixá é potência de luz emanada de Deus, O Criador.
Ordinariamente entendemos a manifestação do Orixá, através das forças da natureza, é o máximo que conseguimos, pois em sua essência verdadeira é pura luz. E como entender isso? É como querer entender e explicar Deus, tarefa impossível a qualquer um de nós.
Na realidade o que a Umbanda fez foi “organizar” as manifestações divinas, em uma linguagem que pudéssemos compreender.
Pensemos a princípios nos Sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de incorporação: Oxosse, Ogum, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã.
A manifestação, em nível de terreiro, de cada um se dá através de espíritos enviados de cada uma destas forças. Importante ressaltar que na Umbanda não incorporamos o Orixá, mas sim os seus enviados ou representantes, que são espíritos que já encarnaram e que tem cada um o seu próprio karma, história, característica missionária, evolutiva, de personalidade etc.
Temos a tendência de acreditar ou pensar que cada Orixá é o reino ao qual está associado, entretanto Orixá é muito mais do que isso, é o amor de Deus espalhado e ao mesmo tempo condensado em 7 raios básicos, destinados ao planeta Terra, que objetivam, ao chegarem aqui, traduzidos pelos diversos sub-planos que passaram, nos auxiliar no nosso karma, e que se manifestam através das forças e reinos da natureza. O Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. Enfim... É mais uma benção de Deus.
Cada Orixá tem função específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas necessidades, por Graça do Criador.
Para uma melhor compreensão nesta que está parecendo uma viagem ao mundo dos Orixás, vamos falar sobre as funções e especialidades de cada um ao nível de terra.
O Orixá Oxossi corresponde a nossa necessidade de saúde, nutrição, expansão, energia vital, equilíbrio fisiológico.
O Orixá Ogum corresponde a nossa necessidade de energia, defesa, prontidão para ação, determinação, tenacidade.
O Orixá Xangô corresponde a nossa necessidade de discernimento, justiça, estudo, raciocínio concreto e metódico.
O Orixá Obaluaê/Omulu corresponde a nossa necessidade de compreensão de karma, de regeneração, de evolução, transformações e transmutações kármicas.
A Orixá Oxum corresponde a nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, amor, complacência e reprodutiva.
A Orixá Iemanjá corresponde a nossa necessidade familiar, estrutural de amor fraternal e filial e bens materiais.
A Orixá Iansã corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos.
Tudo isso estando equilibrado nos torna pessoas melhores e facilita a nossa passagem na Terra, por isso falei em benção de Deus, e também e manifestações básicas e harmônicas dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo complementares.
Os 7 Orixás básicos ao se combinarem formam outros Orixás os quais chamamos de desdobramentos do Orixá ou Orixás que foram combinados, mas mesmo assim ainda não são estes que se manifestam em nível de terreiro, mas sim os seus enviados.
O único Orixá na Umbanda que não tem desdobramentos é a Orixá Iansã, pois as suas combinações são tão rápidas que não criam reinos, mas apenas manifestações rápidas desta conjugação, não chegando a formar ou fixar-se durante muito tempo a ponto de formar um novo Orixá. Além do mais, outro motivo para isto e o próprio elemento por Ela representado: o Ar. O Ar não se desdobra, não se fixa, mas mistura-se aos demais, entretanto sem mudar a sua essência. O Ar em movimento é o vento que causa mudanças rápidas e essas mudanças são a própria Orixá.
Quando os Orixás se combinam, se unem e se conjugam temos os diferentes desdobramentos que são manifestados através do encontro de um reino com outro, ou manifestações de força da natureza, que em terreiro também recebem nomes diferentes.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
REFLITA
o que você FAZ com aquilo que fica SABENDO???…
“(…) Sua visão do mundo determina tudo em sua vida, ela determina as suas decisões, determina seus relacionamentos, determina seu nível de confiança, ela realmente determina tudo em sua vida(….) Então todo esse dinheiro que começou a entrar e toda essa fama começou a chegar, eu pensei, o que eu faço com isso? Minha esposa e eu tomamos 5 decisões sobre o que fazer com o dinheiro: primeiro, nós não vamos gastá-lo conosco(….) A segunda decisão foi: eu parei de receber o salário da igreja onde sou pastor. A terceira foi: eu somei tudo o que igreja me havia pago nos últimos 25 anos e devolvi a ela. Eu devolvi porque eu não queria que ninguém pensasse que faço o que faço por dinheiro – eu não faço. (…) Acreditem em mim, existem meios mais fáceis de ganhar dinheiro(….) vocês sabem, o teste da sua visão do mundo não é como se age em momentos bons, o teste é como você age no funeral.
Então nós doamos tudo e depois criamos 3 fundações trabalhando em alguns dos problemas principais do mundo(…) e a última coisa que fizemos foi nos tornamos o que eu chamo de “dizimistas ao reverso”(… ) Este [o dizimo] é um ato bíblico que fala para darmos 10% do que recebemos para a caridade, doar para ajudar outras pessoas. Portanto nós começamos a fazer isso, e a cada ano nós aumentávamos o nosso dízimo 1%(….) Por que fiz isso? Porque isso quebra a força do materialismo em minha vida(…) O propósito na vida não vem do status, porque você sempre vai encontrar alguém que tem mais que você. Não vem do sexo. Não vem do salário. Vem de servir. É doando nossas vidas que encontramos sentido, encontramos significado. Foi desta forma que fomos programados, eu acredito, por Deus. E assim nós começamos a doar, e agora após 30 anos, minha esposa e eu, somos dizimistas ao reverso, nós entregamos 90% e vivemos com 10% (…)”
Estas palavras são do Pastor Rick Warren, um dos cristãos mais influentes do mundo, autor do livro “Uma Vida com Propósito” que já vendeu mais de 30 milhões de cópias no mundo todo. Ele ensina quefazer o bem é a única forma que os humanos têm para criarem SIGNIFICADO em suas vidas. Sua voz tornou-se imensamente influente e procura aplicar os valores de sua fé em questões como a pobreza global, HIV/AIDS e da injustiça. Além disso, dá um show quando o assunto é contribuição, dízimo, colaboração ou se preferirem podemos chamar de ‘mensalidade’ às instituições religiosas. As Casas Santas que trabalham de forma caritativa como fazem a maioria dos terreiros.
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“(…)As pessoas vivem baseadas na síndrome do “de repente”, mas ela existe? Existe a pessoa que perde o emprego de repente? Existe o começar uma crise econômica de repente? Um relacionamento acaba de repente? NÃO, TUDO É UM PROCESSO.
Tudo é um processo, tudo é um caminho onde Deus é o Criador, onde nós não somos donos de nada, somos apenas administradores. Se não administramos bem o que temos, a “Luz” tira de nós até aprendermos a administrar, a compartilhar. Ficamos debilitados.
“Sou apenas gerente de minha vida”, deve-se pensar nisso antes de qualquer atitude, de qualquer fala. Deve-se usar melhor tudo que a gente recebe, pensar ‘para que’ ou ‘porque’ tenho isso? Qual o propósito disso???
Receber uma benção significa crescer e a ferramenta que permite “o receber” é o dízimo.
Dízimo parece sombroso, mas a kabbalah – sabedoria milenar que revela como o Universo e a vida funcionam – enxerga o dízimo como uma ferramenta para ajudar nossa transformação, nossa mudança de hábito, nosso crescimento. O dízimo ajuda a gente receber cada vez mais.
A ideia do dizimo é dar 10 % daquilo que você recebe do Criador, 10% porque a árvore da vida tem dez níveis diferentes de energia: nove são níveis espirituais e um é o mundo físico, mundo da transformação que corresponde a 10 % de um todo. Assim, o dízimo tem a haver com o mundo físico, o momento que nos desconectamos da materialidade, automaticamente nos conectamos com o espiritual e este é um plano muito maior que comporta os 90%.
Segredo: dar 10 % é no início totalmente desconfortável para todos porque está relacionado com a energia física do “sair”, consequentemente “sair da zona de conforto”, porém as bênçãos são nítidas. É crer para ver. Aliás, normalmente esperamos ver para crer, mas a kabbalah fala que precisamos crer para ver e afirma: não se recebe ninguém em casa com as portas trancadas, Dar é Receber.
O ensinamento cabalístico explica que somos como copos cheios de Luz – a Luz é uma força infinita que não para de compartilhar, não para de dar – se não esvaziarmos um pouco do copo a Luz transbordará. A Luz não chegará até nós.
Já em alguns momentos, somos levados a perder alguma coisa para receber outra quando o mais simples e perfeito seria compartilhar, dar voluntariamente para receber em perfeição.
É necessário haver um fluxo: compartilhar e receber – quanto mais compartilho mais recebo. Assim funciona o mundo, é necessário tirar a energia parada. Receber sem dar não existe, transborda.
A kabbalah afirma que Dar é igual a Receber, quando compartilhamos 10% daquilo que recebemos do Criador acontece algo mágico no plano espiritual.”
Estes trechos são da palestra sobre abundância que participei no Kabballah Centre, nível 2. Pontual, claro e indiscutível: Receber uma benção, significa crescer e a ferramenta que permite “o receber” é o dízimo, é dar 10% como fluxo natural de esvaziamento do copo na certeza NATURAL de receber o novo.
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“Essa lei de salva é tão antiga quanto o uso da magia. Existe desde que a humanidade nasceu. Os magos do passado jamais se descuidavam de sua regra, ou seja, da lei de compensação que rege toda e qualquer operação mágica, quer seja para empreendimentos de ordem material, quer implique em benefícios humanos de qualquer natureza, especialmente nos casos que são classificados na Umbanda como demandas, descargas, desmanchos etc.
Dessa lei de salva, ou regra de compensação sobre os trabalhos mágicos, nos dão notícia certos ensinamentos esotéricos com a denominação de lei de Amsra(…) Nenhum magista pode executar uma operação mágica tão somente com o pensamento e “mãos vazias” – isto é, sem os elementos materiais indispensáveis e adequados aos fins(…) Essa história de pura magia mental é conversa para entreter mentalidades infantis ou não experimentadas nesse mister. Qualquer ato ou ação de magia propriamente dita requer os materiais adequados, sejam eles grosseiros ou não. Vão dos vegetais às flores, aos perfumes, aos incensos, às plantas aromáticas, às águas dessa ou daquela procedência até ao sangue do galo ou bode preto. A questão é definir o lado: – ou é esquerda, ou é direita, negra ou branca. Ora, como toda ação mágica traz sua reação, um desgaste, uma obrigação ou uma responsabilidade e uma consequência imprevisível (em face do jogo das forças movimentadas) é imprescindível que o médium-magista esteja coberto ou que lhe seja fornecida a necessária cobertura material ou financeira a fim de poder enfrentar a qualquer instante essas possíveis condições(… )Então é forçoso que tenha uma compensação.
Aí é que entra a chamada lei de salva, ou simplesmente SALVA(…) Mesmo porque, todo aquele que, dentro da manipulação das forças mágicas ou da magia, dá, dá e dá sem receber nada, tende fatalmente a sofrer um desgaste, pela natural reação de uma lei oculta que podemos chamar de vampirização fluídica astral, que acaba por lhe enfraquecer as forças ou as energias psíquicas… E naturalmente o leitor, se é médium iniciado na Umbanda, nessa altura deve estar interessadíssimo em saber como será essa compensação. Claro, vamos dizer como é a regra, para que você possa extrair dela o que seu senso de honestidade ditar: DE QUEM TEM, PEÇA TRÊS, TIRE DOIS E DÊ UM A QUEM NÃO TEM; E DE QUEM NÃO TEM, NADA PEÇA E DÊ ATÉ SEU PRÓPRIO VINTÉM. (…) É claro que essa lei de salva ou de compensação, própria e de uso exclusivo em determinados trabalhos de magia, não pode ser aplicada em todos os “trabalhinhos” corriqueiros que se pretenda ser de ordem mágica.”
Acima transcrevi trechos do livro “Umbanda e o Poder da Mediunidade” (1987 – 3a. edição – Livraria Freitas Bastos) do Mestre Yapacani – W. W. da Matta e Silva – sobre a Lei de Salva. Lei que traz diversas reflexões, colocações e contestações no meio umbandista, mas que, a meu ver, merece ser lida e relida palavra por palavra com muita atenção e inteligência, merece ser pensada e repensada com nenhum juízo de valores, sem reducionismo e com muita atenção às Leis Cósmicas e Divinas como a Lei de Ação e Reação, Afinidade, Atração e a Lei do Merecimento.
Para ajudar um pouco mais, leiam o depoimento abaixo, mas leiam também despidos de qualquer enrijecimento conceitual ou construção sem embasamento:
“Há muitos anos, quando penetrava nos Véus da Umbanda, fui procurado por um grupo de Umbandistas na cidade em que residia para dar uma palestra para o grupo. Como batalhador pela elucidação, realizei a palestra. Passadas duas semanas, fui procurado por parte dos integrantes daquele grupo, que concluíram que não estavam praticando Umbanda e sim, algo confuso com diversos caminhos. Após as ponderações, concluíram que o mais adequado era encerrar as atividades. E, precisavam de uma ajuda para tal feito. Disse-lhes na oportunidade, que nunca tinha tido aquela experiência e precisaria consultar o meu Mestre na oportunidade para receber uma orientação adequada, que infelizmente foi por telefone. Este, foi categórico: manda tirar tudo, enterra no mato e defuma bastante o pessoal, que estarei orando por você aqui! Na sequência, perguntei se deveria pedir alguma coisa ou fazer algo extra, pois apesar de não saber com profundidade, meus Mentores ficaram deveras preocupados. “Não, faça apenas o que disse”. Chamei o grupo de volta à minha residência para concluir e agendar o feito. Dia tal, peguem “as coisas” e vamos para a floresta. Vou pedir autorização ao órgão ambiental etc. Quando acabei de falar, um dos integrantes do grupo perguntou-me quanto custaria, qual seria a Salva, pois o grupo estava consciente da responsabilidade que fora depositada nas minhas costas. Com aquele ar de que estava ciente da dimensão, parei por alguns instantes, com aquele ar pensativo e disse de boca cheia: “uma vela de sete dias, sete charutos, sete caixas de fósforos e um marafo”. Quando acabei de falar, ficaram me olhando com aquela expressão de que estavam aguardando o grande valor. Um deles perguntou: o que mais? Fui lacônico, nada! Neste instante, comentaram que a cada trabalho com os médiuns da casa, o mais barato tinha sido uma máquina de lavar roupas. Bem, eu só queria aquilo. No mínimo, deviam estar pensando que eu era o cara, isso, aquele com o maior poder do mundo. Na data aprazada, chegaram os dez carros abarrotados com “as coisas” e fomos à floresta. Lá chegando, orientei que cavassem um buraco, quebrassem e enterrassem tudo. Intuído, preparei uma oferenda na mata, com muitas flores e frutos, no sentido de agradecer a permissão por lá deixar as “coisas”. E não eram poucas… Inclusive, a contragosto, alguns médiuns ficaram inconformados em enterrar o ouro e prata que faziam parte das “coisas”. Bom, terminado o trabalho, com sinais positivos da natureza (só quem estava pode registrar o que aconteceu), fomos embora. Chegando em casa com a Salva que pedi, assentei e… bom, os oito anos seguintes foram o terror e até hoje me recupero… Mais tarde, quando fui ao encontro daquele que era o meu mestre na ocasião, fui chorar as mágoas, pois eu estava “mais por baixo que sovaco de cobra”. A coisa estava pegando. Aí, ele me perguntou: “e aí, quanto você pediu para fazer o serviço?” Ora, respondi eu, uma vela de sete dias, sete charutos, sete caixas de fósforos e um marafo. Ele bradou… “Só isso, você tinha que pedir X, pois o entrechoque vai ser muito violento”. Pensei: É, né…
Em função desta triste experiência, comecei a analisar a Lei de Salva e conclui, que pode e deve ser aplicada em alguns casos. Como a Salva vai além de um mimo, na Umbanda esta questão veio mais presente na Raiz Africana, quando Salva não é para remunerar o Espírito, óbvio, a Salva existia e existe para remunerar um serviço, pois o realizador será “cobrado” de várias formas por parte dos descontentes, deste e de outros planos.” Por Thashamara – um Iniciado da Umbanda do Cruzeiro do Sul
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Nesse contexto vale saber a definição de dízimo para o padre Rafael Bluteau, – autor do “Vocabulário Português e Latino” considerado o primeiro grande dicionário de nossa língua (século XVIII) – em que mistura definição objetiva e justificação moral:
A décima parte, que é paga às Igrejas, párocos delas, e pessoas eclesiásticas para sua (…) sustentação; que assim como estes sustentam aos fiéis com o pasto espiritual da doutrina e sacramentos, assim é razão, que os fiéis sustentem aos tais ministros com a décima parte dos frutos que colhem.
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Há ainda a ética, ou a ideologia, ou a filosofia africana UBUNTU, aquela que, numa tentativa de tradução pode ser interpretada como: “a crença no compartilhamento que conecta toda a humanidade” e ainda “Sou o que sou pelo que nós somos”. Afirma o Arcebispo Desmond Tutu – arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984; Prêmio Albert Schweitzer em 1986; Prêmio Gandhi da Paz em 2005 e Medalha Presidencial da Liberdade em 2009.
Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.
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Enfim, …
Para esclarecimento:
Deixando bem claro:
… não estou, com esses textos e com minhas palavras ditando regras, dizendo o que é certo, levantando uma bandeira. Estou compartilhando expressões, afirmativas, conhecimentos e experiências para que reflitamos melhor e assim, tomemos decisões mais sábias e mais acertadas com nossos propósitos.
Particularmente, além de levar em conta todos esses ensinamentos adquiridos (pontuo a existência de pessoas que sugam saberes, mas nada fazem com eles) também comungo com:
“na dúvida, prefira pagar a mais, prefira pagar o dobro” (lição que aprendi e exercito com Exu)
“quem deve paga, quem MERECE RECEBE” (verdade que aprendi na Umbanda)
“é dividindo que se multiplica” (conta que aprendi com minha mãe carnal)
“é dando que se recebe “(convicção que também aprendi ao rezar e ao conhecer um pouco sobre a vida e obra de São Francisco de Assis).
Assim, relembrando a afirmativa do último post “ainda dá tempo”, qual é mesmo seu propósito de vida? Qual é sua verdade? Filosofia? Ética???
O que você quer? No que você acredita? Como você compartilha aquilo que recebe do Criador? Aliás, você compartilha???
Você tem coragem para sair de sua área de conforto?
Você realmente quer um 2014 diferente? Uma vida transformada??? Você realmente está disposto a usar a ferramenta certa que capacita o “receber”?
É hora de avaliar: como está seu copo???
Por Mãe Mônica Caraccio
terça-feira, 29 de outubro de 2013
LOGUM EDÉ
Logum Edé à filho de Oxossi e de Oxum. É mulher durante seis meses, vivendo na água, e nos outros seis meses é homem, vivendo no mato, propicia a caça e a pesca. Quando em seu aspecto feminino, veste-se com saia cor-de-rosa, usa uma coroa de metal dourado (não o Adé das rainhas), um arco e uma flecha. Com seu aspecto masculino usa capacete de metal dourado, capangas, arco e flecha ou espada. Só se veste com cores claras. Sempre acompanha na dança Oxum e Oxossi.
Um Orixá essencialmente Ijexá (da Nigéria). Caçador e pescador. Sendo filho de Oxossi e Oxum, assume características de ambos. É dito que ele vive metade do ano nas matas - domínio do pai, comendo caça; e a outra metade nas águas doces - domínio da mãe, comendo peixe.
No Brasil tem numerosos adeptos.Logun-Edé, é o ponto de encontro entre os rios e florestas, as barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logum Edé representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas percam suas características. É filho de Oxossi Inlé com Oxum Yeyeponda. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina.
É considerado o príncipe dos orixás. Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.
Dizem os mitos que sendo Oxossi e Oxum extremamente vaidosos, não puderam viver juntos, pois competiam pelo prestígio e admiração das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu pai Oxossi. Ambos ensinariam a Logum Edé a natureza dos seus domínios. Ele seria poderoso e rico, além de belo.

Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à liberdade. Diz o mito que Logum Edé tinha tudo, menos amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogum por Xangô, abandona Logum Edé com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logum Edé, já que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.
Logum Edé nunca se casou, devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados.
Na verdade, esse orixá tem livre acesso aos dois reinados, adquirindo o conhecimento de ambos. Consegue adaptar-se, com facilidade, aos mais diversos ambientes, agindo e comportando-se de diferentes formas, dependendo da situação.
Ele herdou, também, muitas das características de seus pais, como a habilidade de caçar e conseguir fortuna, o encanto e a beleza, bem como um grande conhecimento de feitiçaria, como sua mãe. Além desses atributos, é, também, responsável pela fertilização das terras, através da irrigação, contribuindo, assim, com a agricultura.
Esse orixá possui muita riqueza e sabedoria, não admitindo a imperfeição em suas oferendas e rituais. Tem aparência doce e calma, mas, quando contrariado, torna-se muito enfurecido.
Uma outra característica de Logum Edé é a de importar-se com o sofrimento dos outros, distribuindo riquezas e caças para os que não têm.
CARACTERÍSTICAS
Cor
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Azul Celeste com Amarelo
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Fio de Contas
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Contas e Miçangas de Cristal Azul Celeste e Amarelo
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Ervas
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As mesmas de Oxum e Oxossi
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Símbolo
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Abebê e Ofá
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Pontos da Natureza
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Margens dos rios que ficam na mata.
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Flores
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As mesmas de Oxum e Oxossi
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Essências
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As mesmas de Oxum e Oxossi
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Pedras
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Turquesa, Topázio
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Metal
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Latão e Ouro
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Saúde
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problemas nos órgãos localizados na cabeça, problemas respiratórios
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Planeta
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Dia da Semana
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quinta-feira e sábado
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Elemento
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Água e Terra
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Chakra
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Saudação
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Lossi Lossi Logum Edé
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Bebida
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As mesmas de Oxum e Oxossi
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Animais
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cavalo marinho
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Comidas
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As mesmas de Oxum e Oxossi
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Numero
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Data Comemorativa
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19 de Abril
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Sincretismo
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santo expedito
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Incompatibilidades |
Cor Vermelha ou Marrom, cabeça de bicho, abacaxi
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ATRIBUIÇÕES
Dá alegria, sorte e beleza; protege os que trabalham com águas.
LENDAS DE LOGUM EDÉ
Logum Edé é salvo das águas
Oxum proibiu Logum Edé de brincar nas águas fundas, pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade. Mas Logum Edé era curioso e vaidoso como os pais. Logum Edé não obedecia à mãe. Um dia Logum Edé nadou rio adentro, para bem longe da margem. Obá, dona daquele rio, para vingar-se de Oxum, com quem mantinha antigas querelas, começou a afogar Logum Edé. Oxum ficou desesperada e pediu a Orumilá que lhe salvasse o filho, que a amparasse no seu desespero de mãe. Orumilá que sempre atendia à filha de Oxalá, retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra. Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces. Alguns dizem que Iansã foi quem retirou Logum Edé da água e terminou de criá-lo juntamente com Ogum.
Logum Edé - O Orixá da Magia e da Boa Sorte
Estava Oxossi o rei da caça a caminhar por um lindo bosque em companhia de sua amada esposa Oxum, dona da beleza da riqueza e portadora dos segredos da maternidade.
Quando de seu passeio, foi avistado por Oxum um lindo menino que estava a beira do caminho a chorar, encontrando-se perdido. Oxum de pronto agrado, acolheu e amparou o garoto, onde surgiu nesse exato momento uma grande identificação, entre ele, Oxum e Oxossi. Durante muitos anos Oxum e Oxossi, cuidaram e protegeram-lhe, sendo que, Oxum procurou durante todo esse tempo a mãe do menino, porém sem sucesso, resolveu tê-lo como próprio filho. O tempo foi passando e Oxossi, vestiu o menino com roupas de caça e ornamentou-o com pele de animais, proveniente de suas caçadas. Ensinou a arte da caça, de como manejar e empunhar o arco e a flecha, ensinou os princípios da fraternidade para com as pessoas e o dom do plantio e da colheita, ensinou a ser audaz e a ter paciência, a arte e a leveza, a astúcia e a destreza, provenientes de um verdadeiro caçador. Oxum por sua fez, ensinou ao garoto o dom da beleza, o dom da elegância e da vaidade, ensinou a arte da feitiçaria, o poder da sedução, a viver e sobreviver sobre o mundo das águas doces, ensinou seus segredos e mistérios. Foi batizado por sua mãe e por seu pai de Logum Edé, o príncipe das matas e o caçador sobre as águas. Viveu durante anos sobre a proteção de pai e mãe, tornando-se um só, aprendendo a ser homem, justo e bondoso, herdando a riqueza de Oxum e a fartura de Oxossi, adquirindo princípios de um e de outro, tornando-se herdeiro até nos dias de hoje de tudo que seu pai Oxossi carrega e sua mãe Oxum leva. Esse é Logum Edé.
Logum Edé ganha domínio dado por Olorum
No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza, não permitindo que nada, nem ninguém, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro. É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Oxum, e o grande caçador Oxossi. Esses dois orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito próximos. Oxossi ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e transbordavam de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta.
Oxum argumentava, junto a ele, que sua água era necessária à irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorum. Oxossi não lhe dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação. Olorum resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para tentar apaziguá-los. A floresta de Oxossi logo começou a sentir os efeitos da ausência das águas. A vegetação, que era exuberante, começou a secar, pois a terra não era mais fértil. Os animais não conseguiam encontrar comida e faltava água para beber. A mata estava morrendo e as caças tornavam-se cada vez mais raras. Oxossi não se desesperou, achando que poderia encontrar alimento em outro lugar. Oxum, por sua vez, sentia-se muito só, sem a companhia das plantas e dos animais da floresta, mas também não se abalava, pois ainda podia contar com a companhia de seus filhos peixes para confortá-la.
Oxossi andou pelas matas e florestas da Terra, mas não conseguia encontrar caça em lugar algum. Em todos os lugares encontrava o mesmo cenário desolador. A floresta estava morrendo e ele não podia fazer nada. Desesperado, foi até Olorum pedir ajuda para salvar seu reinado, que estava definhando. O maior sábio de todos explicou-lhe que a falta d’água estava matando a floresta, mas não poderia ajudá-lo, pois o que fez foi necessário para acabar com a guerra. A única salvação era a reconciliação. Oxossi, então, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Oxum, propondo a ela uma trégua. Como era de costume, ela não aceitou a proposta na primeira tentativa. Oxum queria que Oxossi se desculpasse, reconhecendo suas qualidades. Ele, então, compreendeu que seus reinos não poderiam sobreviver separados, unindo-se novamente, com a benção de Olorum.
Dessa união nasceu um novo orixá, um orixá príncipe, Logum Edé, que iria consolidar esse "casamento", bem como abrandar os ímpetos de seus pais. Logum Edé sempre ficou entre os dois, fixando-se nas margens das águas, onde havia uma vegetação abundante. Sua intervenção era importante para evitar as cheias, bem como a estiagem prolongada. Ele procurava manter o equilíbrio da natureza, agindo sempre da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade. Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não havendo limites definidos. Logum Edé, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam Logum Edé muito irritado. Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição para o reinado de seu pai, mas não conseguiu, pois a terra estava muito escorregadia. Voltou, então, para o fundo do rio, onde começou a cavar freneticamente, com a intenção de suavizar a passagem da água para a terra. Com essa escavação, machucou suas mãos, pés e cabeça, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fácil sua transição. Logum Edé criou, assim, as margens dos rios e córregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local.
Logum Edé Rouba Segredos De Oxalá
Logum Edé era um caçador solitário e infeliz, mas orgulhoso. Era um caçador pretensioso e ganancioso, e muitos os bajulavam pela sua formosura. Um dia Oxalá conheceu Logum Edé e o levou para viver em sua casa sob sua proteção. Deu a ele companhia, sabedoria e compreensão. Mas Logum Edé queria mais, queria muito mais...
E roubou alguns segredos de Oxalá. Segredos que Oxalá deixara à mostra, confiando na honestidade de Logum Edé. O caçador guardou seu furto num embornal a tiracolo, seu adô. Deu as costas a Oxalá e fugiu. Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do caçador que levara seus segredos. Oxalá fez todos os sacrifícios que cabia oferecer e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Logum Edé usasse um dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio:
"Que maravilha o milagre de Oxalá!". Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar.
Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta. O caçador era presumido e ganancioso, acostumado a angariar bajulação. Oxalá determinou que Logum Edé fosse homem num período e no outro depois fosse mulher. Nunca haveria assim de ser completo. Parte do tempo habitaria a floresta vivendo de caça, e noutro tempo, no rio, comendo peixe. Começar sempre de novo era sua sina. Mas a sentença era ainda nada para o tamanho do orgulho de Logum Edé. Para que o castigo durasse a eternidade, Oxalá fez de Logum Edé um orixá.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Os Espíritos Não Resolvem Seus Problemas
Muita gente procura o centro de Umbanda em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de auto-piedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No Espiritismo e na Umbanda, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.
Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detém o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.
Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das consequências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.
Pai João de Aruanda (psicografia de Robson Pinheiro)
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Saravá, Motumbá, Kolofé, Mukuiu, Mojubá – O que significam?
Saravá, Motumbá, Kolofé e Mukuiu são saudações.
Mukuiu é um pedido de bênçãos (para a nação Bantu e para as Umbandas derivadas) a resposta é Mukuiu N´Zamby (que Deus te abençoe). Para os Jejê e també, Ketu (e Umbandas derivadas), o pedido de benção será Kolofé e a resposta Kolofé Olorum.
Entre os grupos Nagôs (yorubás) a temos a saudação Motumbá, e a resposta é Motumba Axé, mas essa normalmente um significado mais específico.
Saravá ficou uma saudação genérica entre a maioria das casa de Umbanda, independente da sua derivação.
Algumas correntes Umbandistas também usam o Namastê, que siginifica: “o Deus que habita em mim, sauda o Deus que habita em você”. Palavra pequana, mas de um grande significado.
Outras saudações:
Êpa Babá – saudação ao Orixá Oxalá significando: olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.
Okê! Okê Arô! – saudação ao Orixá Oxossi significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que é aquele que fala mais alto.
Ogum iê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum.
Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá.
Ora Aie Ie o – Aieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.
Odoia ou Odociaba – saudação a Orixá Yemanjá e significam Mãe das águas.
Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando “Silêncio! Ele está aqui!”.
Saluba Nanã– saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é: “nos refugiamos em Nanã” ou salve, a senhora do posso, da lama”..
É para as Almas ou Adorei as Almas – saudação que fazemos aos Pretos-Velhos.
Kaô kabecilê! (ou Kaô kabecilê obá) – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa.
Laroyê, Exu! Exu é mojubá! – Mensageiro, Exu! Exu a vós meus respeitos!
Oke Aro ou Oke Ode ou Oke Oxossi – Salve, aquele que grita, brada; Sale, o caçador; Salve, Oxossi. També usado como saudação aos Caboclo (Oke, Caboclo).
Xeto, Matomba Xeto – Usada para Goiadeiros. Salve, aquele que tem braço forte, pulso forte.
Mojubá – significa respeito, os meus respeitos. Uma saudação em que a pessoa externa seus respeitos a outra pessoa, orixá ou entidade.
Existem outras saudação e expressões inerentes a rituais e outros, empregados em diversos seguimentos de Umbanda que existem por ai.
Fonte: religiaoespirita.com
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