domingo, 28 de novembro de 2010

OBRAS DA TENDA 28-11


















OBRIGADO A TODOS OS IRMÃOS QUE NOS AJUDAM A CONSTRUIR ESTE
TEMPLO DE FÉ.

CONHECENDO AS ERVAS - ESPADA DE OGUM

Com certeza, a planta mais conhecida de OGUM. São conhecidas também a Lança-de-Ogum (Sansevieria Stuckyi), a Estrela de Ogum (Sansevieria Zeylandica). Há uma variedade (similar à Estrela-de-Ogum) que possui espinhos em toda a borda da folha. Essa é chamada de Rosa-de-Ogum.


A variedade com bordas amarelas pertence à IANSÃ.

Suas folhas são usadas para quase tudo que se refere à purificação de pessoas e ambientes e proteção, trabalhos de sacudimento, banhos e também em amacis dos filhos desse Orixá. É conhecida popularmente por proteger os ambientes, sendo plantada sempre à frente das casas,

Não tem uso medicinal.




DIVULGAÇÃO


TENDA DE UMBANDA FILHOS
DA VOVÓ RITA 

FESTA DE COSME E DAMIÃO
MAFRA, SANTA CATARINA - Brasil









"SOMOS FILHOS DE UMBANDA, GUIADOS POR OXALÁ


COM SUA LUZ DIVINA, MISSÃO MAIS LINDA NÃO HÁ.

E VOVÓ RITA NOS CERCA, COM SEU ROSÁRIO SAGRADO, TEMOS CABOCLO FLEXEIRO, CAMINHANDO AO NOSSO LADO.

SOMOS FILHOS DE UMBANDA, GUIADOS POR OXALÁ

COM SUA LUZ DIVINA, MISSÃO MAIS LINDA NÃO HÁ.

SEU BEIRA MAR NOS DEFENDE, COM SUA ESPADA BENDITA, DANDO PAZ E PROTEÇÃO AOS FILHOS DA VOVÓ RITA!


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PARABÉNS VOVÓ RITA E OBRIGADO PELAS FOTOS,


ASSIM PODEMOS DIVULGAR AO MUNDO INTEIRO NOSSA SAGRADA UMBANDA.
NILO COELHO





Sara, rainha, mãe dos Ciganos

Considerada padroeira do povo cigano, a história da Santa remonta ao início do cristianismo.

Os primeiros cristãos eram perseguidos pelos romanos e Sara, uma escrava indiana ou egípcia ( não se sabe ao certo) de propriedade de José de Arimatéia foi capturada juntamente com as três Marias (Maria Madalena, Maria Salomé e Maria Jacobé).

As quatro mulheres foram colocadas em um barco que foi lançado ao oceano, sem remos e sem provisão.

Por um milagre, após mais de 30 dias vagando sem rumo pelo mar, o barco aportou em Laguendoc, no Sul da França, na Ilha de Camargue, um local que seria conhecido mais tarde como Saintes Maries-de-La Mer ( traduzindo Santas Marias que vieram do Mar ).

Um grupo de ciganos que vivia por ali, socorreu as quatro mulheres e elas, em troca, levaram ao grupo os ensinamentos de Jesus, trazendo para eles a doutrina cristã.

Após a partida das chamadas "Três Marias", conta a história que Sara continuou convivendo com os ciganos e passou a ser chamada de Sara Kali, a palavra Kali significa "negra" na língua romani.

 
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Santa Sara

Segundo relato cristão, poucos anos depois da morte de Jesus, José de Arimatéia fugiu da Palestina, levando consigo a Maria Jacomé, Maria Salomé, Lázaro e suas irmãs Maria e Marta.

Esse grupo aportou na costa francesa na foz do rio Ródano, a partir de onde Lázaro realizou seu trabalho apostólico por toda a província romana da Gália; o local tornou-se, por isso, um dos grandes centros de peregrinação da Europa Medieval.

O resultado do encontro da religião antiga com as novas crenças cristãs foi o surgimento, na região, do culto de uma santa negra, provavelmente o sincretismo da Grande Mãe-Terra pré-cristã com a Virgem Maria (o que foi muito comum na Europa, durante a Idade Média).

De acordo com uma lenda, o grupo de José de Arimatéia trouxera uma escrava negra chamada Sara; outra versão diz que Sara era uma habitante do lugar, que acolheu os exilados, seja como for, cresceu na região da Camargue o culto de Santa Sara.

Embora Sara não seja canonizada (e seja, possivelmente, uma figura lendária), é aceita pela igreja como uma santa popular regional.

Quando os ciganos chegaram à região, em meados do século XV, já encontraram estabelecida a devoção à santa negra.

Seu aspecto lembrou-lhes uma importante deusa hindu, geralmente cultuada pelas castas inferiores, Kali, a negra, consorte de Shiva (o destruidor), que representa o lado ameaçador da Grande Mãe.

Assim, para os ciganos, Santa Sara tornou-se Sara Kali, passando a ser com o tempo a grande padroeira de todos os ciganos.

PARABÉNS NOVEMBRO

05 - PRISCILA
08 - NELSON
09 - ZICO
11 - ISABEL
12 - NEY, ALSAN
13 - MARCOS
14 - ALEX
15 - LEONARDO, LUAN E AGNUS
16 - RUTH
17 - ROMEU
18 - TENDA ESPÍRITA
27 - SANDIR, MARCELA E CESJB MÃE LEILA
29 - CATIMBÓ.

PARABÉNS A TODOS E QUE OXALÁ SEMPRE ABENÇOE.

TIRANDO DÚVIDAS

P.: Porque vocês dão as costas para o Congá, na hora de salvar Exú?

R.: Os Exús guardam os trabalhos das vibrações baixas e espíritos zombeteiros. Eles ficam na porta do terreiro.
Pois é. Você não vira de costas para o congá, vira de frente para as pessoas que cumprimenta. Seria deselegante saudar alguém de costas, não?

 
Nilo Coelho

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P.: Uma amiga me perguntou o seguinte:
Sera necessário as entidades fumarem e beber
pois sabe que o cigarro e a bebida fazem mal a saude? Dei os esclarecimentos para ela
Mas ela me pediu para colocar aqui essa questão.


R.:  Dependendo da vibração, sim! Faz-se necessário, porém um médium de fato incorporado com uma entidade de Luz, é amparado em seus chakras e plexos não permitindo a interferencia contida no tabaco. Detalhe uma Entidade também não traga. O efeito do charuto ou similares é para a limpeza do corpo astral do consulente. Quanto a bebida, poderá ser utilizada por uma Entidade num momento de esburrifo, na elaboração de uma magia, mas na minha singela opinião não para o consumo. Numa oferenda ela se utiliza do éter dos elementos.


Ramires Chagas

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P.: A água na umbanda é muitissimo usada em varios trabalhos no terreiro e nas oferendas.

     Temos varios tipos de águas: cachoeiras, mineral, da chuva, do  mar e etc.

     Fale a respeito de sua utilidade no terreiro.

R.: NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia


altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de
firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo,em muitos rituais da Umbanda e
principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de
realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de
nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento
natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.


ÁGUA DE MAR
Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da
praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está
sem ondas. A energia salina do marâ queima as larvas e miasmas astrais,
principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à
medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um
bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas
espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em
mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.



ÁGUA DE CACHOEIRA
Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda
da água provoca um excelente choque em nosso corpo, restituindo as energias, ao
mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas
quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas
das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada
em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de
matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d'água.



ÁGUA DE RIOS E LAGOS
Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco
movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia
decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com
corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora.
Saudemos Mamãe Oxum.



ÁGUA MINERAL
Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras
desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se encontrar, por
isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.



ÁGUA DE POÇO
É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo
astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com
a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia
ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa
graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico,
químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.



ÁGUA DE CHUVA
É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de
vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro
estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por
isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da
chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se
pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também para
banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as
encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais.
Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades.

Fátima Britto

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ONDE ESTÁ MINHA COROA?!?!

Em alguns terreiros de Umbanda é comum a confirmação ao trabalho de um médium em desenvolvimento através do ritual conhecido pelo nome de Coroação. Já outros terreiros usam o ritual do Amaci (lavagem da cabeça com ervas específicas) como ato confirmatório da preparação ao serviço mediúnico daquele que por alguns meses ou anos freqüentou a corrente e participou das giras de desenvolvimento. Já outros terreiros sequer utilizam algum ritual preparatório.

Os chefes verificam a incorporação e o teor de algumas mensagens das entidades incorporadas e depois enviam o médium para o trabalho na corrente. Tais procedimentos, entretanto, variam de uma casa para outra. Como não há nenhuma determinação geral e única, cada agrupamento de umbandistas pratica aquilo que aprenderam com seus pais ou mães de santo e perpetuam o ritual em seus templos.

A coroação do médium não se restringe a apenas uma lavagem de cabeça com ervas aromáticas, ou raspagem, ou cortes, ou quaisquer outros rituais meramente externos de demonstração pública. Considerando todas as etapas do processo de preparação, o médium em desenvolvimento não perde seu tempo em interrogações inoportunas ao Dirigente ou ao Guia-Chefe pelo dia em que será finalmente coroado.

A espera é salutar, mas a pressa torna o aprendizado deficiente. A ansiedade, a intemperança e a impaciência são entraves para um saudável processo de aprendizado e um manuseio firme e seguro do seu instrumento de trabalho, a mediunidade. Uma corrente de Umbanda é composta basicamente de médiuns em preparação, médiuns preparados e Guias Espirituais. O preparo do médium que irá servir de instrumento dos Mentores Espirituais da Umbanda é etapa importante para o bom e seguro trabalho de uma corrente umbandista.

Essa preparação engloba tantos passos que grande parte dos médiuns em desenvolvimento desistem do serviço sacerdotal que iriam desempenhar. O fato é que muitos não aprenderam a controlar seus impulsos e gostariam de já estar “trabalhando” com seus Guias. Acreditam que somente o fato de sentir “uma vibração” intensa das Entidades já é suficiente para ouvir o consulente, aplicar-lhe passes e rezas, receitar obrigações, oferendas e banhos ou realizar trabalhos de desmanches de magia – serviço muito perigoso, mas comum nos terreiros de Umbanda.Os médiuns em preparação, ou em desenvolvimento, desconhecem algumas nuances da mediunidade que podem ser prejudiciais a si mesmos e até mesmo a todo o corpo mediúnico. Não têm a percepção de que a mediunidade pode ser-lhes útil ou poderá se transformar num grande trampolim colocado à beira de um precipício.

Tal a necessidade do preparo acompanhado de perto pelo Guia-Chefe e sob os olhos sempre atentos do Dirigente Espiritual do Terreiro.O médium que age pelo impulso é comparável àquele discípulo que mereceu várias vezes as reprimendas de Jesus Cristo, tamanha era sua impulsividade. Por impulso, Pedro arrancou a orelha de um soldado. Noutra ocasião, o mesmo Pedro que antes havia sido corrigido por Jesus exclamou que iria para a cruz no lugar do Mestre. Também por impulso, o apóstolo respondeu a Jesus, logo depois da Ressurreição, que o amava. O indivíduo que usa a mediunidade sem o devido preparo é como o homem que empunha a espada sem o treino da habilidade: fatalmente alguém sairá ferido no fim das contas.Pedro teve que aprender a controlar os impulsos e, acima de tudo, a ser paciente.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada por todo aquele que deseja servir à Espiritualidade Maior.O primeiro passo que o postulante ao exercício mediúnico deve dar, a partir da real compreensão do chamado realizado pelos Mentores da Corrente Astral da Umbanda é o abandono dos velhos costumes por uma promessa de grandes resultados futuros.

Assim como Pedro abandonou a rede que consertava e iniciou uma trajetória de aprendizado contínuo, o médium em desenvolvimento literalmente lança ao chão os velhos dogmas e as concepções errôneas acerca da vida espiritual, da caridade e do seu papel na vida comum.As palavras ”é necessário ao homem nascer de novo” implicam em deixar para trás todas as amarras do velho homem que todos levam consigo para as correntes mediúnicas, sejam em formas de pensamentos, atitudes ou visões do exterior.

É preciso deixar para trás alguns conceitos que outrora cultivou com tanto afinco e sem resultado concreto, tal como a crença em condenações eternas, ou o temor a um Deus vingativo e cruel, ou a unicidade da existência, ou ainda a religiosa supremacia de uma única raça e a demonização de irmãos e amigos desencarnados. Conceitos que afastam o médium de sua importância no intercâmbio espiritual e o lança a um mundo materialista e obscuro.

A próxima etapa nesse vagaroso processo de aprendizado é a caminhada diária e constante, sempre guiado pelo Mestre e Amigo. Pedro, assim como os demais discípulos, precisou caminhar ao lado de homens que mal conhecia. Alguns deles até mesmo eram mal-vistos pela tradição religiosa da época. E, nessa caminhada diária, muitas coisas viu e ouviu do Mestre Nazareno. Nas idas e vindas pelas terras da Judéia, Pedro atravessou um longo estágio de aprendizado.

O médium em preparação carece de um tempo para assimilar todas as coisas que ouvirá do Guia Espiritual e todas as informações são dosadas diariamente. Não se aprende tudo em um único dia ou em um único mês. É preciso tempo e observação constante de tudo o que estará vivenciando ao longo dos meses. Há que compreender também as diferentes opiniões e modos de agir dos seus irmãos de corrente.

O desenvolvimento envolve, ainda que dolorosamente, a aceitação das diferenças comportamentais, ideológicas, religiosas, sociais e morais de co-participantes dos rituais umbandistas. Mesmo que tenha um pouco mais de conhecimento, não deverá se colocar acima dos demais como o senhor da verdade apontando-lhes as falhas e os tropeços da caminhada.A oração constante, a busca pela essência divina e o esforço por uma vida espiritual mais elevada devem estar no trabalho individual de preparação ao serviço mediúnico nos terreiros de Umbanda. Para obter grandes e preciosas inspirações dos Mentores de Aruanda, o médium em desenvolvimento colocar-se-á em humilde posição de alma necessitada e buscará a força necessária através de horas de conexão com o Plano Superior.

Assim, terá experiência suficiente para discernir entre a comunicação de um Guia Superior ou a ardilosa verborragia de uma Entidade embusteira.A confirmação para o trabalho mediúnico chegará no tempo certo não sem antes a verdadeira compreensão do ministério repetido várias vezes dentro de si. Como fez o discípulo quando interpelado pelo Cristo sobre o seu amor incondicional.

Após a confirmação íntima de sua responsabilidade como médium a serviço da Espiritualidade Maior, virá do Alto o poder necessário para desempenhar o trabalho corretamente. É quando descem da Corrente Astral as irradiações poderosas dos Orixás que formam as Sete Linhas de Umbanda. A partir daí, o médium poderá ter sua “coroa” confirmada pelo Guia Chefe e pelos seus próprios Mentores.

Pai Ricardo de Oxossí

domingo, 21 de novembro de 2010

Somente Omulu pode salvar seu filho……

……….. porque ele está com a doença de macaco.

Foram essas palavras que dona Luiza ouviu da negra Judite benzedeira, enquanto segurava o filho de quarenta dias contra o peito. A mãe desesperada já tinha levado o filho recém nascido à vários médicos mas nenhum deles conseguiu diagnosticar a doença do menino. O último deles, médico renomado da pequena cidade, havia tirado dessa mãe todas as esperanças, e aconselhado que ela aguardasse em casa a partida do bebê. Aos prantos dona Luiza caminhava beirando o trilho do bonde de volta para sua casa, quando foi cercada pela feirante Maria da laranja, que percebera o desespero da mulher. Depois de ouvir o drama em que dona Luiza se encontrava, Maria feirante sugeriu que ela fosse a casa da negra Judite benzedeira, pois era a última chance do filho. Era final dos ano 50, e nessa época lá no interior de São Paulo havia muito preconceito em relação ao espiritismo, que era considerado coisa do diabo.
 
O filho era pele colada sobre ossos, e dona Luiza teve que vencer seus medos e ir a procura da negra Judite, logicamente escondida do marido que era congregado mariano atuante na paróquia matriz.

Horas de caminhada carregando o filho, e dona Luiza chegou a uma casa muito simples, construída sobre um barranco vermelho, corroído pela erosão. Ela já tinha ouvido falar daquela casa e como todos da região, evitavam a todo custo passar muito próximo, uma vez que alí morava uma mulher que falava com espíritos. O soluço do filho lhe devolve a coragem, então ela sobe os degraus em barro e bate a porta, que se abre silenciosa. Aparentando uns 60 anos, Judite convida a visitante para que entre, pois o caboclo já a havia avisado que ela estava vindo. Enquanto a mãe explicava que o bebê não se alimentava há dias, Judite já com o menino sobre o colo salpica-lhe pipocas sobre a cabeça, enquanto recitava uma fala estranha. Sobre a mesa de vime surrado havia um prato com arroz cozido, Judite coloca uma colher daquele alimento em sua boca, e depois de bem mastigar vai colocando na boca do bebê que começa a se alimentar com dificuldade. Em prantos dona Luiza vê o filho reagir depois de dias, e ouve que o filho tinha doença de macaco, incurável para os homens de branco, mas que os caboclos sabiam como curar. O ritual deveria ser repetido por quatorze dias, mas já no décimo dia o menino buscava sozinho o arroz na boca de Judite, que se divertia com a recuperação do menino.
 
No décimo quarto dia, como previsto por Judite o marido católico de dona Luiza a acompanhou até a casa da benzedeira, agradeceu muito, e ouviu uma frase estranha que nunca pôde compreender:

- Não agradeça a mim pois nada fiz. Agradeça ao Pai Omulu que deu o alimento que curou seu filho, e aos caboclos que trouxeram sua mulher até aqui.
 
Dona Luiza nunca mais retornou àquela casa em cima do barranco, mas toda vez que por lá passava, pedia a Deus que iluminasse aquela operária dos Orixás.
 
Atotô meu Pai Omulu

Por: Wilson de Omulu

 
Nota: SEMIOTO, popularmente conhecida como doença de macaco, mata por desnutrição, uma vez que a criança recém nascida não consegue se alimentar.

Caboclo 7 Flechas

Caboclos são entidades iluminadas, são guerreiras por criação, nada se pede aos Caboclos sem ter uma resposta, mas lembre-se esta entidade pede que o filho sempre lute por seus objetivos, para falarmos de determinada Entidade temos que levar em consideração diversos pontos, para afirmar então que essa ou aquela história pertence a tal Entidade é uma responsabilidade muito grande, para inicio de conversa quem escreve tal história tem ter em mente que a mesma pertence a Entidade que trabalha com ele e não todas Entidades que carregam o mesmo nome, médiuns diferentes espíritos diferentes.



Vamos falar um pouco deste maravilhoso Caboclo, que de passagem já vos digo que não se trata apenas de uma Entidade e sim de toda enorme Falange que podemos encontrar a serviço de todos Orixás, que usam o nome deste caboclo, de inicio iremos começar com uma frase muito bonita.


“Voce que fala da Umbanda.



Não sabe o que a Umbanda é


A Umbanda é força divina


A Umbanda é pra quem tem fé.


A Umbanda é de Preto-Velho


E de Caboclo de pé no chão


A Umbanda é de gente humilde


Pois a Umbanda é amor e perdão”


Aqui eu não irei contar nenhuma história da Entidade e sim alguns fatores que devemos levar em consideração a respeito deste Caboclo.



A vibração original do Caboclo 7 Flechas é a vibração de Oxossi, porém temos que ter em mente que o Caboclo foi agraciado com 7 flechas em que cada uma representa uma vibração de cada Orixá, tendo assim a incumbência de enviar seus Falangeiros a todas as outras vibrações. Por este fato é que encontramos Caboclos que usam o nome do seu chefe de legião (Caboclo 7 Flechas), espalhados por todas as 7 Linhas e sub-Linhas da Umbanda, ou seja, em todas vibrações existentes dentro da Umbanda. O Caboclo das 7 Encruzilhadas e a Falange que ele comanda vibra junto a todos Orixás.


O Caboclo 7 Flechas, recebeu essas flechas de 7 Orixás, a mando de Oxalá e essas flechas podemos tentar definir cada uma, lógico que esta definição não é algo que repasso de forma pretensiosa, mesmo porque eu não trabalho com este Caboclo, eu O tenho em grande estima e sempre o rogo vossa proteção, pois este era o Caboclo que trabalhava com meu Pai no Santo (desencarnado).


- Oxossi colocou uma flecha no seu braço direito, flecha da saúde para que derrame sobre nós os bálsamos curadores.


- Ogum colocou uma flecha no seu braço esquerdo, flecha da defesa para que sejamos defendidos de todas as maldades materiais e espirituais.


- Xângo cruzou uma flecha em seu peito, para nos defender das injustiças da humanidade.


- Iansã cruzou uma flecha em suas costas, para nos defender de todas as traições de nossos inimigos.


- Iemanjá colocou uma flecha sobre sua perna direita, para abrir nossos caminhos materiais e na senda da espiritualidade.


- Oxum colocou uma flecha sobre sua perna esquerda, para lavar os nossos caminhos, iluminar os nossos espíritos e nos defender de todas as forças contrárias à vontade de Deus.


- Omulu/Obaluaiê entregou em suas sagradas mãos a flecha da força astral superior, para distribuir à humanidade a Divina força da fé e da verdade.


O Caboclo 7 Flechas tem um conhecimento profundo das ervas e das folhas de nossa flora e da flora de outros países, trabalha na cura, exímio vencedor de grandes demandas espirituais e como alguns costumam dizer ele é um Caboclo Mandingueiro, ou seja, quebrador de mandingas destinadas a seus filhos e a seus protegidos, manipulador das energias do Astral e não fica “preso” a nenhuma vibração, ele trabalha dentro de todas as vibrações com os Falangeiros que ele comanda. Infelizmente alguns de nossos irmãos O confundem com o Caboclo Pena Branca justamente por ele trabalhar em todas as Linhas e em todas as vibrações junto a seus Falangeiros, assim também acontece com o Caboclo Pena Branca e seus Falangeiros, mas são Caboclos diferentes, vibrações diferentes e principalmente “ordenanças” diferentes, um tem sua vibração original junto a Oxossi e o outro junto a Oxalá.


Após estas poucas linhas que tento repassar o que penso conhecer sobre este Caboclo, que eu sempre respeitei e de imediato rogo ao mesmo Agô por algum erro, por algum equivoco ao tentar repassar aos meus amados irmãos de Umbanda algo em sua homenagem e na tentativa de ser entendido por todos, que de nada adianta histórias e sim o que estes espíritos do Astral superior vem fazer em nossos Terreiros em nome Deus, dentro da humildade, dentro da caridade, do amor e da Fé e aqui termino deixando abaixo algumas linhas de um livro escrito pelo nosso irmão Wilson T. Rivas que ele deu como titulo Umbanda é Luz, que segundo o autor é uma mensagem do Caboclo 7 Flechas.


Não vá contra a sua consciência, só ela mostra a verdade , ela é a visão clara das coisas que a idolatria pode cegar!


Às vezes, em fase já avançada, se perde a noção e a diferenciação entre idolatria e idolatrado, confundem-se em uma só coisa, pois esse ( O idolatrado) já é ídolo para si mesmo e fica numa dependência tamanha da idolatria, irmã gêmea da vaidade, orgulho, e pompa que a visão que os outros têm, passa a ser necessariamente a sua, por isso é que daí vem a cegueira fatal, sem cura e eterna.


O maior antídoto contra a idolatria e de quem impõe ser idolatrado, é a consciência tranqüila das coisas que o cerca, sua vontade, honestidade, e acima de tudo, a razão, irmã gêmea da compreensão e da verdade, essa mostra o que realmente é importante: que é servindo que se é servido, que é ensinando que se aprende que é dignificante ser digno e que é mostrando o caminho real que se encontra Deus.


Paz profunda!


Amor eterno!


Razão e verdade, seja sempre o seu lema!!!


Assim seja!


(Caboclo 7 Flechas, Do livro: Umbanda é Luz – Wilson T. Rivas)


Alguns Falangeiros do Caboclo 7 Flechas:


7FlechasCaveira


7FlechasDouradas


7FlechasLigeiras


7FlechasDouradas


7FlechasdeAngola


7FlechasdaMataVirgem


7FlechasdeUrucaia


7FlechasdeAruanda


7FlechasdaJurema


7FlechasdaPenaBranca


7FlechasdasMontanhas


7FlechasdasAlmas


7FlechasdasMatas


7FlechasdaLuaNova


7FlechasdoOriente


7Flechasdapedreira


7FlechasdoPanaiá


7FlechasdeOxossi


7FlechasdeOgum


7FlechasdaLua


7FlechasAzuis


(..)


Acima apenas alguns Falangeiros que eu conheço, mas com toda certeza existe muitos outros o importante é que já deu para perceber que a Falange do Caboclo das 7 Flechas trabalham em diversas vibrações junto a diversos Orixás.


Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum

DIVULGAÇÃO

FESTA DE SEU ZÉ PILINTRA
E MARIA PADILHA















Que oxala posa trazer muita paz e amor no dia de hoje a todos voces....
Pai José da Bahia

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PARABÉNS PAI JOSÉ DA BAHIA E OBRIGADO PELAS FOTOS,


ASSIM PODEMOS DIVULGAR AO MUNDO INTEIRO NOSSA SAGRADA UMBANDA.

NILO COELHO