sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

MEDIUNIDADES: ESPIRITA X UMBANDA

ESTAMOS RECEBENDO MUITOS EMAILS COM DUVIDAS SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE
KARDECISTAS E UMBANDISTAS.
ABAIXO UMA DELAS:


“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista (espírita) e a mediunidade de Umbanda ?



Resposta : Sim. A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto é, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorre-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista (espírita) reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista (espírita), após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.


É da tradição espírita kardecista (espírita) que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as idéia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.


Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas (espírita), os

espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista (espírita).


A faculdade mediúnica do médium ou cavalo de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista (espírita), considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.


Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em conseqüência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecista (espírita)s. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja : banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás ,Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra. Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.

Dai as descargas fluidicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espirito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.


Na corrente kardecista (espírita), isto não é necessário, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características. Enato vemos caboclos e pretos-velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem deturpada para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas. “


No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista (espírita)” e a mediunidade de Umbanda :


(Não existe a Religião ou denominação Kardecista e sim Espírita, este é o motivo de ter entre parenteses a palavra “espírita”, ou seja, foi adicionada por mim (NILO) e não pelo Autor)


-----------------------------------------------------
VOLTAREMOS AO ASSUNTO EM BREVE COM ENTREVISTAS A BABALORIXÁS E ESPÍRITAS AQUI NO BLOG.




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SALVE OXOSSI

ORAÇÃO AO PAI OXOSSI
Oh caçador! Guerreiro de uma única flecha. Rei das Matas, Rei da Umbanda. Pai da Inspiração e da Esperança, daí-me as bênçãos da prosperidade e inspira-me os pensamentos do bem.



Ajuda-me no sustento da minha fé; a fim que possa cumprir com minhas obrigações e meus deveres neste mundo.


Indica-me com sua flecha sagrada os verdadeiros caminhos da prosperidade.


--------------------------------------


MEU PAI OXOSSI!
Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.

Dai-nos paciências para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Dai-nos, enfim, a vossa proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a vossa vibração!
----------------------------------------------


 

Correndo gira - Uma canção de amor

Ditado pelo Sr. Caboclo Sete Estrelas
Certo dia ao me deitar, e já era tarde da noite, senti alguém a me pedir que fizesse uma prece: agradecendo primeiramente pelo dia que tivera e, posteriormente, pelas bênçãos que eu queria em minha vida e por uma ótima noite de sono.



Assim eu fiz e tomei um enorme susto ao acordar e perceber que me encontrava em algum terreiro de umbanda. Quando digo susto eu quero dizer susto mesmo: Eu estava apavorado por perceber que me encontrava sozinho e em um terreiro que eu nunca estivera na vida.


Mas o que mais me apavorava era o fato de que eu estava em um terreiro, onde uma gira estava prestes a se iniciar, sem ter sido ao menos convidado e, para piorar, NENHUM MÉDIUM CONSEGUIA ME VER!!!!. Eu não sabia se estava morto ou vivo e já estava começando a me descontrolar quando uma voz em minha mente pediu que eu me acalmasse.


Na verdade era uma voz bastante familiar para mim e, devido a este fato, eu fiz uma prece a Deus e pedi que acalmasse os meus nervos. Instantes depois escutei a mesma voz a dizer em minha mente:


— Gostei de ver companheiro, a fé é a mãe de todas as virtudes, mas ela só pode se manifestar plenamente se houver equilíbrio.


— Obrigado meu irmão, mas a sua voz não me é estranha, por acaso o Senhor não é o preto velho.....


— .... Desculpe lhe interromper companheiro, mas é que, na verdade, o meu nome é o que menos importa. Prioritário mesmo é a tarefa que você tem a desempenhar esta noite.


— Eu !?!?!?


— E por que não? Sente-se indigno ou não crê na magnitude de Deus?


— Não é isso não; é que estou em um templo desconhecido e não posso nem mesmo Lhe ver.


— Bem companheiro, esta é uma casa de oração composta por cinqüenta médiuns, todos hoje aqui presentes, contando com o auxílio de Jesus para a prática da caridade, pois foi ele mesmo quem disse que onde houvesse duas ou mais pessoas reunidas em seu nome ele estaria presente, certo?


— Sim senhor.


— Então, neste templo, neste exato momento, há a presença de Jesus, certo?


— Sim senhor.


— Sendo assim você não está sozinho e por isso a nada deve temer. Quanto a me ver eu posso lhe dizer que os olhos às vezes podem pregar muitas peças e lhe peço, portanto, que possa me enxergar através de seu coração tudo bem?


— Tudo bem, acho que entendo o que o senhor quer dizer. Mas você poderia me informar que tarefa eu poderia realizar aqui neste terreiro se nenhum médium pode me ver?


— Perfeitamente. Sua tarefa é observar o desenrolar desta gira desde o seu início até o seu término.


— ??????????


— Pode dar inicio a sua tarefa companheiro!


— Olha o senhor queira me desculpar até a ousadia, pois se me disse que aqui neste terreiro os médiuns vivenciam as lições de Jesus, com certeza deve ser porque aqui é um terreiro exemplar; mas é que eu já visitei outros templos que também são bastante valorosos e não consigo entender o que este possui de diferente dos outros aos quais me referi.


— De diferente? Nada.


— Mas então por que....


— ....Acalme-se companheiro, emudeça a sua curiosidade e você observará nesta noite situações claras onde falar é prata e calar-se é ouro.


— Sim senhor.


Disse isso ainda um tanto sem entender nada e comecei a observar a abertura da gira que já estava para começar. Os médiuns começaram a cantar os pontos de abertura e só por esse inicio já dava para perceber que havia uma sinergia muito grande naquela casa de caridade; entretanto, excetuando-se este fato, não observei nada de inédito no inicio da gira; a maioria dos pontos, inclusive, eu conhecia. Mas, lembrando do recado do amigo espiritual eu procurei calar a minha curiosidade e minha impaciência e pus-me a observar a gira com todo respeito que merece toda casa de oração.


Tudo ocorria naturalmente em minhas observações quando de repente eu vi algo mágico: um cordão dourado de mais ou menos cinco centímetros de espessura foi conectado nas costas do sacerdote da casa, na região do coração, e imediatamente após a ocorrência deste fato ele incorporou a entidade responsável pelos trabalhos espirituais.


Instantes depois eu pude observar esta Entidade bater três vezes as duas mãos e todos os médiuns de incorporação também terem seus corpos conectados por um cordão de mesma espessura que, de uma forma incrível, fez com que todas as entidades que os acompanham incorporassem.


Já não agüentava mais de tanta curiosidade quando a voz amiga veio em minha mente para me esclarecer:


— Por que este espanto companheiro? Você não acreditava que na incorporação o espírito, literalmente, entrava no corpo do médium, certo?


— Não senhor, eu sabia que não era assim, só não sabia que o processo da incorporação poderia se dar desta forma que eu acabei de ver. Agora o Senhor poderia me dizer o porquê de cada um dos médiuns de incorporação ter os cordões conectados em partes diferentes de seus corpos e nas mais diversas cores?


— Sim companheiro. Isto é algo que eu posso lhe informar, veja bem, cada cor representa o orixá a qual cada uma destas Entidades serve no plano espiritual, ou seja, aos quais ela esta fatorada; assim o cordão conectado ao sacerdote deste templo é dourado porque a Entidade que o acompanha pertence à falange de Oxalá e assim por diante, entende?


— Sim senhor.


— Já no que diz respeito ao local de conexão do cordão eu só estou autorizado a lhe dizer que as Entidades só acessam no corpo do médium os chacras em que estão autorizadas a trabalhar para realizarem sua ligação mental, emocional, energética e até mesmo física com os mesmos; assim, no sacerdote desta casa, o cordão está conectado em suas costas por que o chacra cardíaco é aquele que a entidade que lhe acompanha está autorizado a trabalhar, entendeu?


— Meu Deus, isto é impressionante!!! Entendi sim senhor!!!


— Muito bem, continue a observar.


E foi assim que eu me aproximei de uma roda de descarrego para observar, com todo o respeito, o trabalho das Entidades e o que eu vi me deixou muito, mas muito, assombrado por que o que eu pude ver era tão incrível que talvez eu não consiga nem mesmo descrever: havia cinco Senhores caboclos participando desta roda de descarga a qual me refiro e na região exata acima de onde se encontrava a roda de descarga havia um portal aberto do tamanho exato da mesma.


A dinâmica do trabalho dos Senhores Caboclos na roda se dava da seguinte maneira: os passes cada um Deles dava da sua forma, mas o que era invariável é o fato de que com o estalar dos dedos da mão direita Eles jogavam sobre os assistidos várias formas de energias que provocavam naqueles um enorme bem-estar; já com a mão esquerda Eles absorviam destes uma espécie de gosma que desaparecia por encanto quando Eles estalavam os dedos desta mão.


Procurei saber do amigo espiritual que estava fazendo companhia para mim o porquê daquela gosma terrível desaparecer quando os Senhores Caboclos estalavam os dedos, mas dele só ouvi a resposta de que aquela gosma retirada das pessoas eram energias negativas que os elementais cuidavam de eliminar.


Perguntei, então, a ele por que eu não conseguia ver os elementais, foi quando ouvi sua resposta:


— Você não consegue ver porque isto não lhe é permitido e antes que me pergunte o porquê eu lhe peço encarecidamente que não se prenda a detalhes e continue a observar o desenrolar desta gira.


Entendi o recado velado do amigo espiritual e procurei continuar a observar o trabalho das entidades na roda de descarga e considero importante ressaltar que no preciso instante que as Entidades fechavam o trabalho na roda, do alto do portal localizado acima desta, um enorme feixe de luz banhava a todos dentro dela ( tanto consulentes quanto Entidades) e logo após este portal se fechava para só se abrir novamente quando também era aberta uma nova roda de descarga.


Após observar estes fatos eu me pus a analisar como Deus pode ser tão perfeito e ao mesmo tempo manifestar esta Sua perfeição de forma tão simples e foi então que eu ouvi novamente em minha mente a voz do amigo espiritual que estava a me acompanhar:


— Realmente companheiro a simplicidade é uma virtude inerente ao Divino Criador, ou você acha que Jesus mentia ao dizer que o reino dos céus é dos simples e humildes? Agora cabe a vocês desenvolverem esta divina virtude cada vez mais em suas existências. No dia em que você perceber que está perdendo esta preciosa virtude procure sempre lembrar da Divina simplicidade dos Senhores Caboclos ao ministrarem seus passes energéticos: fazem-no por meio do ato simples e discreto de estalar os dedos e, no entanto, quantas maravilhas este ato gera na vida de seus assistidos não é mesmo?


— É verdade!


—Companheiro, estou notando que você está observando por aqui fatos realmente proveitosos, mas agora eu gostaria que você os escutasse, você me permite?


— Claro,digo, sim Senhor.


Dito isto eu fechei meus olhos por breves instantes e senti um leve formigamento em minha cabeça, foi ai que eu abri meus olhos e o que vi e escutei me fez sentir que estava ficando louco: os médiuns que não estavam incorporados cantavam pontos da linha de Xangô e as Entidades incorporadas estavam cantando o mesmo ponto só que, no caso destas, eu não estava escutando em nosso idioma que é o português, explico: estes médiuns incorporados estavam cantando em português, só que as entidades “ligadas” a estes médiuns cantavam os pontos em uma língua desconhecida e que só posso denominar de mágica porque os pêlos de todo o meu “corpo” estavam eriçados e não voltavam a seu estado normal de forma alguma; além disto, meu chacra umbilical começou a irradiar uma forte e fosforescente coloração alaranjada. Antes que eu perdesse o equilíbrio por tanta curiosidade clamei a Entidade amiga que me explicasse alguma coisa e, graças a Deus, ela veio em meu socorro.


— Está se sentindo confuso companheiro?


— É, o senhor sabe não é?


— Da sua curiosidade? Sei sim e posso tentar lhe esclarecer em algumas coisas. Primeiramente eu posso lhe dizer que você não está louco e sim com sua capacidade auditiva momentaneamente potencializada, entende?


— Sim senhor.


— O som que você está ouvindo as entidades firmarem e que não é da sua língua, na realidade, são mantras, entende?


— Agora que o senhor me explicou eu até entendo, mas por que Elas não firmam em português.


— Companheiro, os Senhores Caboclos firmam o ponto cantado em português, mas entenda que a linguagem original de pontos como estes, conhecidos como pontos de raiz, na verdade, é a linguagem mântrica; vocês aqui na terra podem até cantar em suas linguagens de origem, mas entenda que no plano espiritual estes pontos evocam mantras ancestrais que ativam as energias das linhas de umbanda a qual se refere o dito ponto e trazem estas energias para o terreiro em favor dos assistidos. Você só pôde ouvir os Caboclos entoando estes mantras a fim de que pudesse perceber auditivamente, mesmo que de forma ainda bastante imprecisa, que eles existem e que os efeitos das ações destes mantras são reais. Na realidade eu só dilatei sua capacidade auditiva para que aprendesse de verdade uma das formas como as entidades se utilizam da energia e poder de concentração de vocês quando estão a firmar os pontos cantados umbandistas com discrição, dedicação e desejo de ao próximo fazer o bem, e os pêlos eriçados do seu corpo e esta forte coloração alaranjada em seu chacra umbilical refletem isto, entendeu?


— Sim, agora eu entendi. Mas será que o senhor poderia me esclarecer uma outra coisa?


— Pergunte primeiro companheiro.


— É que depois que eu senti o formigamento na cabeça eu também comecei a perceber que a maioria dos médiuns que estão cantando os pontos estão irradiando em torno de si cores que são divinamente maravilhosas e eu gostaria de saber, se possível, o porquê disto.


— Isto eu posso lhe responder companheiro, mas eu devo lhe dizer que ainda estou esperando uma determinada pergunta de sua parte. Quanto a esta que você acaba de me fazer eu volto à pergunta anterior que era relacionada à questão dos mantras, lembra?


— Sim senhor.


— Eu havia lhe dito que o cantar dos pontos ativa energias da linha de umbanda evocada no ponto que está sendo cantado, certo?


— Sim senhor.


— Pois entenda companheiro que os sons destes pontos geram cores porque sete são as cores do arco-íris e sete são as notas musicais, está acompanhando?


— Sim senhor.


— Pois então, o divino Criador permite que as cores geradas através das notas musicais dos pontos cantados, que na realidade são bênçãos divinas ativadas para a caridade na forma de cores, também possam colorir, ou seja abençoar, aqueles que estão cantando os pontos e é por isso que você está vendo tantos médiuns “coloridos”, percebe?


— Sim senhor.


— Além deste motivo ainda existem outros que justificam a “coloração” dos médiuns e eu posso te revelar mais um destes que consiste no fato das entidades do templo também banharem os médiuns da casa com as cores das linhas de umbanda a que estão fatoradas, percebe?


— Sim senhor, agora o senhor poderia me dizer se eu devo justificar a ausência de irradiação de cores em certos médiuns que estou a observar pelo fato deles não estarem firmando os pontos?


— Graças ao Criador você fez a pergunta que eu passei esta gira toda querendo escutar de ti antes que ela chegasse ao seu fim, como está prestes a acontecer. E na verdade eu lhe respondo companheiro que a ausência de irradiação de cores por partes destes médiuns que você citou não se deve pela ausência do canto por parte deles; Entenda que cantar é meramente um ato externo, entenda que em uma gira o que faz o templo e a vida de vocês ficar “colorida” é a concentração no que está sendo cantado e o desejo que este canto possa fazer o bem ao próximo. Entenda que as entidades no plano astral,quando é fundamental, também estão a firmar os pontos cantados e você, na noite de hoje, está sendo testemunha disto, não é verdade?


— É sim Senhor.


— Agora o que jamais deve ser esquecido é o fato de que, por serem seres desencarnados, o canto das entidades tem efeito mínimo em uma gira de umbanda: vocês médiuns é que são a parte fundamental em uma gira de umbanda por que são vocês que estão no plano onde fisicamente acontecem as giras que é o plano material. Então vocês médiuns devem fazer a parte de vocês com perfeição para que nós possamos fazer a nossa. Entenda a maior e mais profunda verdade: em uma gira de umbanda, sem a firmeza e vibração de vocês, nós pouco podemos realizar em favor do próximo, entendeu?


— Sim senhor.


— Eu disse que estava ansiosamente esperando esta sua pergunta por que este é o recado que eu desejo que você, por obséquio, passe aos seus irmãos de fé, afinal de contas você não acha que foi trazido até aqui esta noite apenas para realizar “turismo espiritual”, não é?


— Não senhor. O senhor pode deixar que eu passarei agora mesmo este Vosso recado.


— Agora mesmo não companheiro, a gira vai se encerrar agora e eu, como disse anteriormente, gostaria que você ficasse até o seu término, tudo bem?


— Sim senhor.


E dito isto eu pude observar que enquanto no plano material os médiuns estavam todos de mãos dadas em volta do gongá a fazer as orações de agradecimento a Deus; no plano espiritual as entidades também estavam todas de mãos dadas só que cantando uma canção que, desde o momento que começara a ser entoada, serviu como um dispositivo para que um enorme feixe de luz com singela coloração rósea jorrasse do alto e banhasse a médiuns e entidades ao mesmo tempo que uma verdadeira cascata de pétalas de rosas vermelhas também banhasse a ambos. Sei que a gira já estava terminando e que eu deveria prezar pelo silêncio, mas a curiosidade e o desejo de saber foram maiores que a prudência e eu, respeitoso, perguntei:


— Irmão sei que não é a hora mais apropriada, mas o Senhor poderia me dizer que canção é aquela que as Entidades estão cantando?


— Companheiro, não se acanhe. Na verdade eu também estava esperando por esta pergunta; eu só gostaria que você, após a dúvida ter esclarecido, também passasse esta mensagem para todos os seus irmãos de umbanda, tudo bem?


— Sim senhor.


— Então companheiro, diga a seus irmãos de fé que em todo templo de umbanda onde a única meta é a caridade, ao término de cada gira, quando os médiuns dão-se as mãos e põe-se a orar em agradecimento a Deus pela oportunidade do trabalho a favor do próximo; nós, as entidades espirituais de cada uma destas casas de caridade também damo-nos as mãos e nos pomos a orar, através de uma canção, e a agradecer ao Criador, por meio desta, pelo fato Dele nos ter dado a benção de contarmos com a presença de vocês médiuns, apesar das dificuldades de cada um, para todos juntos realizarmos a caridade em favor do próximo em mais uma gira de umbanda. E o nome desta canção que todas as entidades de todos estes terreiros põem-se a cantar no final de cada gira para agradecer a Deus a presença, dedicação, amor e firmeza de todo filho de fé tem um nome que se representa em três palavras: CANÇÃO DE AMOR.



Salve Deus pai todo poderoso!!!!


Saravá as sete linhas de umbanda!!!!


Saravá a todas as linhas de trabalho da umbanda!!!!

A FLOR MADURA

Sexta-feira, são 6h35 e o relógio despertador começa a tocar.



Ele ainda cansado e sonolento bate a mão no aparelho pra que desligue...mais alguns minutos e se levanta. Ao escovar os dentes sua memória o alerta: - Hoje tem trabalho no Centro, preciso terminar tudo o mais rápido, hoje quero chegar no inicio, vamos ver o que ocorrerá. Um leve arrepio percorre pelo seu corpo e uma ansiedade já começa a lhe tomar conta... O dia só está começando.


No plano Astral, Aruanda, alguns espíritos combinam a noite que viria e como seriam os preparativos para a gira logo mais.


- Olá Sr. Fogo!


- Saudações Tupinambá.


- Amigo, hoje precisaremos de você lá no templo pra gira de hoje, apenas conduzirei os trabalhos do lado espiritual e você comandará se utilizando do nosso mediador em comum.


- Isto por algo especifico?


- Sim, aliás, muitos, hoje muitos encarnados serão encaminhados pra lá e suas necessidades são mesmo consciênciais, além do que temos em especial o desabrochar de um médium que nos é importante e vamos focar muito no que deveremos fazê-lo sentir.


- Compreendo, conte comigo.


- Ótimo Fogo, lá trabalhará com seus amigos falangeiros as emoções das pessoas, faze-las através de vosso magnetismo, repensar seus atos e começar a reequilibrar pensamentos, atitudes e emoções.


- Tupinambá, isto é o que faço, será um prazer.


- Muito bem, será um grande dia.


Caboclo do Fogo se dirigiu ao templo em questão e começou a localizar aberturas negativas que deveriam ser “queimadas” neste dia. Foi até o médium responsável, do qual se serviria para a noite e iniciou todo o trabalho de inspiração e preparação para a noite.


Tarso, em seu emprego, sentia-se ancioso, estranhamente fica imaginando como seria a noite e se estranhava por tamanha vontade que o tomava em querer que chegasse rapidamente o horário.


De longe, seu mentor tutor emanava vibrações e fluídos em sua direção para ir preparando seu corpo até o momento certo. Tarso não sabia, mas estas sensações que sentia, provinha destas emanações... Tarso como há muito tempo não fazia, começava a recordar a sensações mediúnicas sentidas á 10 anos atrás... Muitas desventuras o desanimaram e o afastou da Umbanda...a pouco tempo retornava a freqüentar um Templo de forma bastante expectadora.


Caboclo Ubiratan, recostado numa árvore próximo ao leito de um córrego de água cristalina e irradiante, segurava sua pedra portal por onde emanava seus fluidos até o tutelado.


- Salve Ubiratan, é hoje?


- Saudações Tupinambá, sim, hoje espero ser o grande dia, meu grande amigo está de coração aberto e ansiando me sentir. Não podemos perder esta grande oportunidade, não é a todo momento que um coração endurecido se permite a bater vivo.


- Temos muitas expectativas amigo, isto representa renascimento no coração de meu amigo tutelado e o reencontro mágico de dois espíritos que vivem nesta encarnação como irmãos consangüíneos e que juntos trazem uma irmandade espiritual para beneficiar milhares de pessoas.


- Sim amigo, então hoje tocaremos seu coração, estou o preparando.


- Logo mais nos dirigiremos ao templo.


Já são um pouco mais da metade do dia, Tarso acelerando seus afazeres e com a mente na noite, uma ansiedade que não se explicava, mas que o fazia sentir-se bem. Concentrado em seus afazeres, atrás dele chega Ubiratan, que o toca no peito, seu corpo físico capta este toque como uma descarga eletromagnética onde reage com um arrepio a percorrer o corpo e uma leve sensação de frio na barriga, voltou a pensar na noite.


Assim, muitos e muitos espíritos guias preparavam seus mediadores para a noite, onde mais uma gira de caridade seria realizada em nome da Sagrada Umbanda...


Passaram-se as horas, Tarso encerrou seu expediente e apressado seguiu para sua casa afim de tomar banho e seguir estrada, a caminho da cidade vizinha onde o Templo se localiza. Seu coração por vezes acelerado e sentia-se inquieto, pensamentos do passado com uma gostosa lembrança insistiam em não sair de sua mente.


São 20h00 e é dado o toque de início dos trabalhos. O médium dirigente já sabendo da presença do Sr. Caboclo do Fogo, sem entender prosseguia com o ritual. Defumação, preleção inicial, oração, hino da umbanda, cantos de firmeza...


Tarso já está atrasado e perdendo a paciência...


No astral do templo, luzes multicoloridas circulam freneticamente ao redor da corrente mediúnica.


Quando num toque de chamada de Orixá, uma explosão se faz no meio do templo e uma labareda se forma indo a direção da médium concentrada... Mãe Egunitá (sua intermediária), mediuniza a mulher e com a aceleração do toque no tambor, começa emanar faíscas de energia que são absorvidas pelos médiuns e consulentes presentes, é tudo muito rápido e intenso, a médium sai do transe, mas a labareda permanece acesa no meio do templo, isto claro, do lado espiritual. Continuam algumas saudações.


Tarso chega e seu corpo já começa a vibrar, senta-se e aguarda ser chamado...


Ubiratan vai a sua direção, Ubiratan aparenta uma forma física de 50 anos de idade e é um trabalhador de Oxalá. Aproxima-se de seu tutelado e continua emanando seus fluídos...


O médium dirigente inicia:






Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...


Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...






Caboclo do Fogo sai do meio da labareda e projeta seu cordão conector no plexo frontal do médium o levando ao transe, já mediunizado inicia seu trabalho, de suas mãos flamejantes saíam pequenas salamandras que corriam pelas paredes e pulava nas pessoas para “comerem” os cascões energéticos mais grosseiros, dessa forma sutilizando o espírito dos presentes...


A curimba entoa:






Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...


Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...






Do lado do Congá se abre um portal por onde começam chegar os mentores trabalhadores da noite e vão indo mediunizar seus instrumentos...


Firmam os pontos riscados, se preparam...


Caboclo do Fogo abre seu ponto riscado que do lado astral projeta luzes e energias que aos olhos do menos desenvolvido aparentava uma imensa fogueira ateada...


O trabalho transcorre...Tarso está ansioso...chega sua vez.


Ubiratan projeta suas vibrações na direção do médium incorporado pelo Caboclo do Fogo, este percebe o que está prestes a ocorrer...


Tarso é colocado dentro desta “fogueira” agora combinado com as vibrações de Ubiratan, seu corpo começa a vibrar...






Urubatan de Guia que com seu manto ele vem saudar...


Ele arrebenta cadeia de bronze e de aço...


Urubatan não encontra embaraço...






Ubiratan aproveita a entrega de seu tutelado e o abraça, transmitindo sua forma física...Tarso carranca a face e sente seu corpo enrijecer e ter a sensação de estar crescendo...Ubiratan se apresenta aos olhos do médium dirigente que mesmo incorporado se emociona...


Ali por alguns minutos Ubiratan envolveu profundamente seu tutelado e inspira em sua mente:


- Estamos sempre juntos filho, você precisa pensar sobre isso que está sentindo...


Tarso perde os sentidos por alguns momentos, se entrega e felicita-se em poder estar sentindo todas aquelas sensações...


Após alguns minutos, Ubiratan desliga seus cordões de Tarso e o mesmo retorna á consciência, ainda sentindo o corpo grande e pesado...


Caboclo do Fogo, sem dialogar o abraça e beija...Tarso sente seu coração acelerar e segura as emoções e ainda consegue soltar uma frase:


- Como ele se chama Sr.?


- Ubiratan filho!






Assim começa um processo de desabrochamento de mais um mediador da luz na Umbanda...que venham...

MILHO DE PIPOCA

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou Sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande Transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.


Autor: Desconhecido

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PARABÉNS PELA CAMARINHA

NOSSO IRMÃO MARCELO DE OGUM PARABENIZA SEU AFILHADO DOUGLAS PELA CAMARINHA DE BABALORIXÁ REALIZADA NO DIA 15 DE JANEIRO.






OBRAS 15 DE JANEIRO

ATENÇÃO:
ESTAMOS TRABALHANDO EM NOSSA OBRA
AGORA NOS SÁBADOS.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS.

SÁBADO - DIA 22 DE JANEIRO 
REUNIÃO GERAL APÓS OS TRABALHOS NA OBRA.
PRESENÇA OBRIGATÓRIA DE TODOS.













































AGRADECEMOS A PRESENÇA DE:
DANILO,
RENATO,
MARCELO,
RICARDO,
OLIVIA,
VERIDIANA,
NILO,
MULEKE
E NUVEM.
MUITO AXÉ A TODOS.