Aos 90 anos de idade, morreu Mãe Dede de Iansã, do Terreiro de Oyá.
Mas Mãe Dede não faleceu de morte natural. Foi assassinada, de forma premeditada e cruel.
A ialorixá mais idosa de Camaçari, foi mais uma vítima da crescente intolerância religiosa que contamina o país.
Tudo começou há cerca de um ano, quando a bendita "Casa da Oração" resolveu instalar-se nas proximidades do terreiro de candomblé.
Imediatamente após a inauguração, estimulados por pastor Lucas, fiéis da seita evangélica iniciaram rituais de hostilização à casa religiosa e também à mãe Dede.
Comandados pelo fanatismo religioso, desordem pública, ofensas e perseguição a devotos da religião de matriz africana, passaram a ser uma constante na Rua da Mangueira na localidade de Areias.
A violência gratuita e incessante fez com que o caso fosse parar na polícia. Com o registro de ocorrência na 26ª Delegacia de Vila de Abrantes, no último dia 15 de maio, foi determinada audiência para apurar a denúncia de ameaça, injúria e intolerância religiosa.
No entanto, infelizmente, Mãe Dede não conseguiu acompanhar a condenação dos culpados.
Durante a noite do último sábado, 30, e a madrugada de domingo, 31, fanáticos da seita, em transe coletiva, promoveram uma vigília de "Libertação" com o intuito de reforçar as injúrias à sacerdotisa.
Horas a fio, aos berros de "queima essa satanás, liberta senhor, destrói a feitiçaria" integrantes da seita - alucinados - rogaram pragas, ameaças e maldições para a dirigente do centro religioso de cultura africana.
Como resultado, com muito medo e nervosa devido à gravidade dos impropérios - após noite sem dormir - a nonagenária sacerdotisa sofreu infarto do miocárdio e faleceu durante as agressões psicológicas.
Agora cabe a polícia e à justiça buscarem apuração e condenação deste crime dolosamente premeditado de intolerância e injúria religiosa.
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Em longa reunião no último dia
12 de setembro, na Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
com o secretário Mariano Beltrame, o deputado Átila Nunes e seu filho, o
coordenador do Movimento da Juventude Umbandista, Átila Alexandre Nunes, pediram
providencias para que sejam retirados do ar os sites que estimulam o ódio
religioso. Pediram ainda à Beltrame que os delegados e demais policiais lotados
nas delegacias de todas as cidades fluminenses, recebam orientação específica
para identificarem crimes de intolerância religiosa, que hoje são registrados
apenas como "briga de vizinhos".
Átila Alexandre Nunes pediu ao
secretário a intervenção da Delegacia de Repressão Contra Crimes de Propriedade
Imaterial, que investiga crimes perpetrados através da internet.
"É impressionante a quantidade
de sites e blogs que estimulam o ódio religioso contra os umbandistas e
candomblecistas, mostrando cenas deturpadas, declarações discriminatórias,
preconceituosas, que levam fieis fanáticos a agredirem nossos irmãos de fé,
apedrejarem os centros e destruírem seus altares"- destacou indignado o
coordenador do Movimento da Juventude Umbandista.
Já o deputado Átila Nunes,
manifestou sua preocupação com os registros efetuados nas delegacias policiais.
"Quase todos os registros são feitos como brigas entre vizinhos, quando na
verdade, é mais do que isso: trata-se de inequívoco crime de vilipêndio
religioso" - disse.
O parlamentar acha que a saída
é preparar os policiais das delegacias onde incidem com frequência os crimes de
agressões religiosas, a exemplo do que foi feito com os crimes de homofobia que
antes, eram registrados apenas como desentendimento comum.
O secretário Beltrame disse que
pedirá à Chefe da Policia Civil, delegada Martha Rocha para tratar do assunto,
já que policiais precisam ser orientados a identificar os crimes de intolerância
religiosa e não interpretá-los como simples conflitos de vizinhos.
Quanto aos crimes através da
internet, usada por fanáticos de seitas eletrônicas para estimular ações
violentas contra membros de outras religiões, Beltrame imediatamente agendou uma
reunião do coordenador do Movimento da Juventude Umbandista com o delegado
titular da Delegacia de Repressão Contra Crimes de Propriedade Imaterial, órgão
responsável pela identificação dos responsáveis por esses sites e blogs.
Ele garantiu ao coordenador
Átila Alexandre Nunes, que a equipe da Polícia Civil que atua nessa área é muito
competente e chegará facilmente aos autores dos atos de vilipendio
religioso.
O secretário Mariano Beltrame,
que se notabilizou nacionalmente por diminuir o índice de criminalidade no Rio,
desmantelando organizações criminosas e implantando as Unidades Pacificadoras
nas favelas e comunidades, disse que "o mais importante é manter a paz entre os
praticantes de todas as religiões professadas no Rio de Janeiro".
Um grupo de evangélicos está tirando doce de criança com uma mão para dar com a outra. A troca acontece em pleno Dia de São Cosme e São Damião, comemorado em 27 de setembro na cultura popular. E dentro da igreja Projeto Vida Nova, na Vila da Penha, onde os pastores “convidam” mil meninas e meninos a entregar-lhes os saquinhos que conseguiram na rua para receber outros, “abençoados por Deus”.
- É apenas um convite. Só entrega os doces quem quer. Geralmente, os saquinhos são queimados, representando fim de todo o mal que, por ventura, foi direcionado às crianças - avisa o pastor Isael Teixeira.
O pastor Isael Teixeira diz que sua igreja pede para trocar o doce abençoado pelo amaldiçoado Foto: Fernanda Dias / Extra
Ele conta que geleia, pipoca doce, bananada e pirulito chegam às mãos de oito a dez mil crianças, nos 70 templos da unidade, ao lado de uma surpresa: a Bíblia. É para comer “orando”.
- A gente pede para trocar o doce abençoado (da igreja) pelo amaldiçoado. Nosso projeto é um meio de trazer as crianças (que não são evangélicas) para o bem, livrando-as do mal. Se a criança come doce (de rua), pode plantar uma semente dentro dela. Eles (outros religiosos) invocam os espíritos para que entrem nos doces - diz.
Além dos doces, a igreja Projeto Vida Nova oferece uma Bíblia Foto: Fernanda Dias / Extra
A entrega dos sacos gospel é promovida na igreja há mais de 20 anos. Três deles com a presença da cabeleireira Raquel Cristo, de 36 anos, uma fiel convertida.
- Se alguém dá doce para meu filho na rua, eu até pego para não fazer desfeita. Mas depois jogo fora. Minha mãe foi espírita e nós vivíamos doentes. Ela fazia mesa de doces de Cosme e Damião e chamava sete crianças para comê-los. Hoje, acredito que a função disso era transferir a nossa doença para elas.
Para o presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), babalaô Ivanir dos Santos, a ação evangélica “dá sentido a uma mentira”.
- Estão fazendo troca simbólica com as crianças porque, no fim das contas, também dão doces. Demonizar a fé de outra religião e ter um mesmo sentido, que é o doce, é um ato de intolerância. E isso, sim, é pecado.
O padre José Roberto Devellard critica a medida da igreja evangélica Foto: Fernanda Dias / Extra
A vice-presidente do Movimento Umbanda do Amanhã (Muda), Marilena Mattos, concorda.
- Isso é um fiel retrato da intolerância religiosa. Eles estão mostrando que não aceitam a Umbanda como religião, pois estão denominando nossos rituais como sendo do mal - defende.
Outra casa de Deus onde também há entrega de doces é a católica Paróquia da Ressureição, no Arpoador. Mas algumas crianças atendidas lá ouviram que os saquinhos seriam do diabo.
- Algumas disseram que a professora falou isso. Esse fanatismo de alguns evangélicos pode nos levar a um extremismo. Incutem o medo nas crianças ao dizer que o doce é do diabo. E isso não é de Deus - diz o padre José Roberto Devellard.
Psicóloga especializada em crianças, Katia Campbell diz que as polêmicas religiosas não conseguem competir com o verdadeiro interesse dos pequenos.
- As crianças não entendem isso. Elas só querem o doce.
Intolerância assusta
SurpresaO padre José Roberto Devellard, da Paróquia da Ressurreição, no Arpoador, conta que ficou impressionado quando uma menina, sem saber quem ele é, lhe disse que os saquinhos de doce não são de Deus.
Um novo cicloO pastor Isael Teixeira diz que a partir de amanhã pode ser aberto um ciclo de trabalhos em cima de crianças e jovens, já que São Cosme e São Damião são festejados pela igreja católica no dia 26; na Umbanda e no Candomblé, no dia 27, e na igreja ortodoxa em 1º de novembro.
RecadoNo lugar da foto dos santos gêmeos, o saco de doces do Projeto Vida Nova, na Vila da Penha, estampa a frase: “Jesus, o único protetor das crianças”.
LiberdadeA troca de sacos de doce na igreja evangélica não é um ato de intolerância religiosa, afirma o pastor Isael Teixeira. “Temos a liberdade”, alerta.
Igualdade“Nossos doces são tão iguais ao dos pastores. Vamos à loja, compramos, enchemos os saquinhos e distribuímos às crianças. Não há nada que faça mal a elas. Respeitamos a distribuição de doces deles, mas repudiamos a troca dos saquinhos”, diz pai Renato de Obaluaê, presidente da Irmandade Religiosa de Cultura Afro-Brasileira.
Divergência“O problema não é dar doce, mas trocar os sacos”, opina o babalaô Ivanir dos Santos.
O Instituto Cultural Aruanda (ICA), em
nome de seu
presidente Rodrigo Queiroz, de seus membros,
alunos,parceiros e de
toda comunidade umbandista, vem por
meio desta
nota manifestar repúdio ao
posicionamento tomado pela Igreja Universal do Reino de Deus
(IURD) no programa Exército Universal, exibido pela Rede
Record e pela IURD TV,e divulgado na internet em
07/06/2012, no qual um vídeo de palestra ministrada por Rodrigo
Queiroz sacerdote de Umbanda na cidade de Bauru (SP) gravado
no ICA – Templo em 05/02/2010 (integrante da série Gira
Aberta, produzida pela TV Umbanda Sagrada)foi utilizado sem
prévia autorização,para agredir, ofender e desmoralizar a
Umbanda,bem como outras religiões de matriz africana, seus
seguidores, suas entidades sagradas e seus sacerdotes, além do
próprio presidente do ICA.
Uma vez que não só a utilização deste material sem autorização, mas
sobretudo o preconceito, perseguição e intolerância religiosa são crimes
previstos em lei, o ICA informa que está tomando todas as providências judiciais
cabíveis frente a este infeliz incidente, divulgado ao vivo em rede nacional, a
fim de conquistar o direito de resposta do instituto. “Lutamos para engrandecer
a bandeira da Umbanda há oito anos. O ICA vem desenvolvendo um trabalho sólido,
contínuo e crescente em vários campos da religião e da sociedade, e não é de
hoje que estamos estafados da truculência, dos crimes e da incitação ao ódio
preconizados pela IURD. Sabemos que fomos apenas um rápido alvo em meio a tantas
ações depreciativas, mas nem por isso ficaremos em silêncio”, declarou Rodrigo
Queiroz.
Para que mais este crime contra a comunidade umbandista não fique
oculto, pedimos o apoio da mídia, parceiros, irmãos de fé e de toda a sociedade
na divulgação deste ocorrido. O trecho do programa exibido pela IURD TV pode ser
acessado em http://www.youtube.com/watch?v=lnPlkZFM9Q4&feature=player_embedded;
A prisão de
Edmar Santos de Araújo – o pai Bruno – por extorsão e formação de quadrilha
deveria servir para que os sacerdotes de matrizes africanas tomassem uma postura
junto aos muitos classificados de jornais que publicam anúncios cada vez mais
surpreendentes sobre os ‘trabalhos espirituais’ que fazem e desfazem qualquer
coisa.
Edmar (ou pai Bruno de
Pombagira) foi preso ao extorquir uma cliente. Ele prometia trazer o amor
perdido de volta, em – Pasmem! - cinco horas. E cobrava caro! O fato, veiculado
por quase todos os veículos de comunicação do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira
(13/06), propõe que a mídia e os religiosos repensem sobre as ignorâncias e
desconhecimentos que grassam sobre as muitas práticas religiosas de origem
africana que permeiam o imaginário da população. Para muitos é apenas menos um
marmoteiro em ação.
Para quem não sabe o que significa marmoteiro, eu
explico: na linguagem dos adeptos e iniciados dos cultos dos orixás, voduns e
inkices (e também dos umbandistas) é aquele que se diz sacerdote, se faz passar
por sacerdote, mas não é nem nunca foi um sacerdote.
É um espertalhão,
que se aproveita da ignorância da grande maioria das pessoas sobre os princípios
que regem a vida dos religiosos de matrizes afro. O objetivo? Cobrar por coisas
que nem Deus se prontificaria a fazer. Em resumo, é um estelionatário das
práticas ancestrais dos espíritos africanos.
Há muito que os religiosos
tradicionais da Umbanda e do Candomblé denunciam esses falsos sacerdotes. Nada
incomoda mais uma iyalorisá, um ogan, uma ekedji – ou aqueles que conhecem um
pouco mais de perto os ritos e práticas de matrizes africanas – que esses
marginais do astral.
E não adianta dizer que estou exagerando:
Marginais, sim! Uma corja que não apenas lesa os mais desavisados (em busca da
resolução de seus problemas), mas que humilha os afro-religiosos com anúncios
ridículos que prometem até teletransportar os amores perdidos. Pensa bem, gente!
Ninguém com o trânsito caótico do Rio de Janeiro ou São Paulo chega a
lugar nenhum em cinco horas. Só de helicóptero ou teletransporte (que ainda
precisa ser inventado!). Acreditar que uma coisa dessas é possível nem a falta
de conhecimento básico sobre os princípios da Física ou do trânsito,
explica.
Mas, por que as pessoas acreditam nisso? Será que os sacerdotes
da Umbanda e do Candomblé são tão poderosos e macabros que seriam capazes de
realizações dessa natureza? Ou seriam eles (os sacerdotes) pessoas dotadas de um
conhecimento transcendental tão absurdo que beiraria o cômico? Religião e/ou
prática religiosa tem que servir para alguma coisa? Tem que dar resultado? Tem
que resolver o problema de uma pessoa que foi desprezada por um amor perdido? Tá
certo que o sofrimento deixa muita gente com miopia ou falta de discernimento. E
que as práticas rituais das religiões de matrizes africanas são envoltas de
'mistérios' e 'segredos'.
Mas, tem alguma coisa por detrás disso que
precisamos refletir.
Não é apenas o desconhecimento da população sobre os
princípios religiosos de umbandistas e candomblecistas que faz com que
estelionatários abusem de religiões já tão historicamente vilipendiadas. Os
veículos de comunicação precisam decidir se propaganda religiosa é igual a
publicidade religiosa e/ou venda de serviços.
Propaganda – como o
próprio termo explicita – é propagandear ideias ou conceitos sobre determinado
assunto ou produto. Ela pode ser feita para construir opiniões sobre partidos
políticos, religiões, times de futebol... Publicidade é a venda de uma
mercadoria ou serviço. E toda publicidade é passível de regulamentação.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) existe
para fiscalizar se um anúncio é idôneo ou não. Se não for, tanto a empresa que
anunciou quanto o veículo que publicou são passíveis de pesadas multas. Ora, se
um anunciante contrata um espaço de publicidade para vender um serviço religioso
ele não está fazendo propaganda (construindo ideias). Ele está anunciando o seu
produto para venda. E isso deveria fazer diferença.
Outra coisa que
devemos pensar é sobre como controlar esse tipo de anúncio. Se os veículos de
comunicação não têm como saber quem é ou não um sacerdote afro-religioso, eles
deveriam perguntar a quem de fato deve ter este tipo de conhecimento.
Se
não existe uma instituição que represente todos os religiosos de matrizes
africanas – como a diocese católica, por exemplo – que os veículos, então,
elejam um sacerdote reconhecido pela sociedade para que ele possa atestar que o
possível anunciante dos classificados não é apenas mais um estelionatário.
Mudança de atitude? Sim. Mas só porque a mídia – e as nossas relações com o que
é divulgado nos veículos de comunicação, em tempos globalizantes – mudou.
O que é informado - nos jornais, rádios, TVs e revistas - é entendido
como verdade pelos leitores/ouvintes/espectadores. Mesmo que a informação esteja
no caderno de classificados. Isso porque quem não é jornalista ou publicitário
não tem a obrigação de saber o que é assunto noticioso ou o que é anúncio. Os
Informes Publicitários são caríssimos porque fazem publicidade com ares de
notícia... Este é um dos nós contemporâneos que os veículos de comunicação
respeitáveis deveriam tentar desatar.
Se por um lado, a Umbanda e o
Candomblé são expressões religiosas legítimas e autênticas dos brasileiros, por
outro, a grande maioria da população desconhece o que efetivamente esses
religiosos fazem.
O problema é que desconstruir o senso comum – do
estereótipo, do folclore, da discriminação – que rondam essas religiões deveria
ser também assunto dos veículos de comunicação que efetivamente se comprometem
com a liberdade de expressão - que não é sinônimo de irresponsabilidade com os
leitores, suas fontes e anunciantes.
A TV Globo em seus noticiários
de hoje, 14 de junho, reconheceu seu erro na divulgação de uma noticia em que um
falso pai de santo foi preso em Nilópolis (RJ) por extorquir " clientes"
afirmando trazer a " pessoa amada" em 3 horas.
O Movimento da Juventude
Umbandista, coordenado por Átila Alexandre Nunes, enviou ontem àquela emissora
de TV, a nota abaixo:
Senhor Editor-Chefe de
Jornalismo da Rede Globo de Televisão,
O noticiário de hoje aponta
Edmar Santos de Araújo, o Pai Bruno da Pombagira, preso em Nilópolis (RJ) por
extorsão, como " pai de santo". Ele não é e nunca foi diretor de culto
umbandista. Não tem um centro com médiuns, nada. Trata-se apenas de um
oportunista que se fazia passar por dirigente de centro.
Por isso, encarecemos, em
nome do Movimento da Juventude Umbandista, que seja corrigida a divulgação,
nominando o criminoso como falso pai de santo.
É assim que ocorre com os
falsos médicos, pastores e padres, que se valem da ingenuidade e boa fé das
pessoas.
Por último, lembro que não
existe dentro do culto umbandista qualquer prática de trazer a "pessoa amada".
Este não é o objetivo da nossa religião.
ÁTILA ALEXANDRE
NUNES
Movimento da Juventude
Umbandista
Hoje, no seu primeiro noticiário, o " Bom Dia Rio" , faz a correção. Assista:
Policiais civis da 14ª DP (Leblon) comemoraram o dia dos namorados colocando atrás das grades uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes em pessoas emocionalmente abaladas. Com a alcunha de Pai Bruno de Pombagira, Edmar Santos de Araújo, de 23 anos, prometia “trazer a pessoa amada em três horas”. Ele e um comparsa foram presos na noite desta terça-feira e na madrugada de quarta, aplicando um golpe em um morador do Arpoador. A quadrilha, que ainda contava com o apoio de duas secretárias, extorquiu quase R$ 2 mil da vítima, através de três pagamentos, sempre com a desculpa de que o Diabo e demônios queriam mais dinheiro para que o trabalho fosse realizado.
De acordo com a delegada adjunta da 14ª DP, Flávia Monteiro, a vítima procurou a delegacia na tarde desta terça-feira para registrar a ocorrência. Segundo o depoimento, no domingo, a vítima entrou em contato com Pai Bruno para que ele o ajudasse a reatar um antigo relacionamento. Para que o serviço fosse feito, o religioso cobrou R$ 350.
Para que o pagamento fosse realizado, o motoboy Alex Alberto de Souza, de 26 anos, se encontrou com a vítima no arpoador e pegou o dinheiro. Três horas depois, quando terminou o prazo para que o namoro da vítima fosse reatado, Pai Bruno ligou para a vítima e alegou que, à pedido dos demônios, o serviço só seria terminado se houvesse o pagamento de mais R$ 500. O que foi feito. Alex voltou ao bairro da Zona Sul e buscou o segundo pagamento.
A vítima só se deu conta que estava caindo em um golpe quando Pai Bruno voltou a ligar pedindo mais dinheiro. Nas ligações, o estelionatário alegava que se o pagamento não foi feito o Diabo iria matá-lo e que ele pessoalmente se encontraria com a vítima e varia coisas muito ruins. Dessa vez ele queria R$ 950.
Na delegacia, a delegada Flávia Monteiro pediu que a vítima entrasse em contato com Pai Bruno para que o pagamento fosse realizado. Porém, dessa vez, o golpista solicitou que o pagamento fosse feito através de depósito bancário em uma conta poupança no nome do motoboy. Com certa insistência, o líder da quadrilha aceitou que Alex fosse até o Arpoador buscar o novo pagamento.
Ao chegar no local combinado, às 19h de terça-feira, Alex foi preso em flagrante. Em depoimento, ele contou que não sabia o que Pai Bruno fazia, e que apenas buscava os pagamentos. Ele ainda informou o endereço da casa de Pai Bruno.
Os policiais foram até Nilópolis, na Baixada Fluminense e prenderam Pai Bruno, na madrugada desta quarta-feira. Ele não quis prestar depoimento e só falará em juízo. Ele apenas confirmou que se conseguia trazer o amor em três horas.
Contra ele já havia outros dois registros pelo mesmo crime. Um na delegacia de Niterói e outro na de Comendador Soares. Para atrair clientes, o pai de santo fazia anúncios em jornais. Pai Bruno irá responder por formação de quadrilha e estelionato, e pode pegar até 10 anos de cadeia.
Até quando iremos tolerar a desconfiança contra cidadãos negros ou mestiços por parte de uma visão elitista e conservadora, provinda dos longínquos tempos da escravatura, ao compactuarmos com uma conduta execrável e abjeta, que interpreta pela cor da pele o tratamento a ser direcionado pelo algoz ao réu?
Ao assistir, estupefato, ao episódio vivenciado pela cantora do conjunto Orquestra Imperial, Thalma de Freitas, no noticiário televisivo, lembrei-me de que, habitualmente, parte da população brasileira se refere aos policiais militares como capitães do mato, por estes se dedicarem à captura de marginais homiziados em quilombos/favelas.Em alusão aos negros e mestiços que serviam aos senhores de engenho, em busca de consideração e recompensas pecuniárias, os caçadores de escravos aprisionavam os negros fujões e os arrastavam até a senzala, a fim de que se preservasse a ordem e a propriedade.
Ao descer as ladeiras do Morro do Vidigal, a talentosa artista negra fora abordada por sujeitos fardados possivelmente em sua maioria pertencentes aos mesmos traços e padrões étnicos, que desconfiaram não só de sua procedência; mas, sobretudo, de sua origem racial porque, de acordo com depoimento da vítima, havia no local uma jovem branca que os homens da lei sequer ousaram suspeitar ou pôr em revista.
No romance histórico intitulado O sonho do Celta, Mario Vargas Llosa retrata uma identificação nominal destinada aos indígenas peruanos "castelhanizados", responsáveis pela vigília e aplicação dos castigos ou mutilações nos selvagens recrutados em "correrias" – leia-se, caçadas que sequestravam homens, mulheres e crianças –, para labutação nos seringais amazônicos no início do século 20 – racionais. Sim, alcunhavam desta propícia maneira os silvícolas ameríndios evangelizados e, por conseguinte, aptos a colaborar com os métodos de exploração impostos pelos europeus desbravadores da Floresta Amazônica.
Em retorno ao ofício dos capitães do mato ou indígenas racionais, poder-se-ia concluir que os soldados que detiveram a promissora Thelma de Freitas o fizeram por preconceito étnico ou por uma espécie de revanchismo paradoxalmente contra a própria raça negra? Uma vez que disfarçados de uma autoridade onipresente, os policiais militares se sentiriam no pleno dever de descontar as atrocidades e injustiças antepassadas, que povoaram as suas existências abalroadas de recordações de uma pobre infância de subúrbio ou favela?
Ao que parece o ódio da abominação oriunda de um remoto período de humilhação ainda não foi cicatrizado; entretanto, quando se utilizaram da força bélica de um fuzil ou metralhadora para obrigar uma pessoa pública ao constrangimento de acompanhá-los, dentro de uma suposta legalidade, até a delegacia mais próxima para revista feminina, não imaginavam que a coragem desta mulher negra iria impulsioná-la a denunciar, diante das câmeras em rede nacional, a recorrente prática de desrespeito a que estes incautos guardiões da moral e dos bons costumes estão afeitos a impunemente lidar com os habitantes da cidade do Rio de Janeiro.
Quantos de nós já presenciamos, em blitz, as tais abordagens a negros e mulatos, protagonizadas por membros da guarda estadual da mesma origem racial dos suspeitos incriminados por uma desprezível atitude de autoritarismo diante de um suposto delito de nascença – a negritude ou mestiçagem? Quantos cidadãos anônimos sofrem, cotidianamente, em aterrorizante lei do silêncio, com o abuso de autoridade destes impetuosos cães de guarda mal treinados, que se travestem de capitães do mato ou racionais para, sem educação nem princípios, insultarem o direito de cidadania dos milhares de centenas de trabalhadores fluminenses – frutos da tão decantada miscigenação pátria?
A repulsa da esdrúxula situação impele ao atroz descaso com o ser humano por intermédio do assassínio de sua integridade física e moral, mutilada por irresponsáveis ações já corriqueiras de pessoas detentoras de um direito de ir e vir castrado por um ímpeto de aberrante desobediência constitucional. Até quando iremos tolerar a desconfiança contra cidadãos negros ou mestiços por parte de uma visão elitista e conservadora, provinda dos longínquos tempos da escravatura, ao compactuarmos com uma conduta execrável e abjeta, que interpreta pela cor da pele o tratamento a ser direcionado pelo algoz ao réu? Que não cessem os questionamentos de ordem intelectual mediante mordaz hipocrisia, que marginaliza pelo olhar do inquisidor a serviço da opressão, que aprisiona pelo ato de vil julgamento étnico e que condena pela antilei professada pela discriminação racial.
Para ilustrar o entrevero entre a atriz Thalma de Freitas e os policias militares do Vidigal, quiçá em descabido e secular revanchismo, reporto-me ao livro Memórias póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881. Em criança, Brás Cubas fazia o escravo Prudêncio de negro de montaria, com arreios e chicote; e, quando o preto reclamava dos maus-tratos impostos, o sinhozinho branco o repelia com um providencial e supremo: “Cala boca, besta!...”. Anos depois, o memorialista deparou-se com uma curiosa cena em que um homem de cor alforriado humilhava em praça pública, com xingamentos e ameaças, um seu negro cativo, indulgente e beberrão. Entrementes, qual não foi a sua surpresa quando reconheceu o seu antigo animal de montaria de outrora na figura daquele que o parafraseava, pois que o velho e bom Prudêncio, ao retorquir as reclamações do pobre diabo que, aos bofetões e impropérios, era castigado, soberbo e majestoso, obtemperava: “Cala boca, besta!...”.
Wander Lourenço de Oliveira, doutor em letras, é professor da Universidade Estácio e autor dos livros ‘Com licença, senhoritas (A prostituição no romance brasileiro do século 19)’ e de ‘O enigma Diadorim’.
AOS AMIGOS: O CONTEÚDO DESTE BLOG PODE SER COPIADO E DISTRIBUIDO SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO, POIS SUA FINALIDADE É LEVAR AO MUNDO INTEIRO A BANDEIRA DE OXALÁ.
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DIVULGAÇÃO
Você quer divulgar as gíras, homenagens aos orixás e saídas de Camarinha realizadas em seu Terreiro, no nosso blog?
Que poder específico você precisa para manter um grupo poderoso e unido? Você precisa de fé e do poder de acomodar.
Mesmo que um colega tenha feito algo errado, isto está de acordo com a personalidade dele.
Só pode haver sucesso num grupo quando há tal fé um no outro.
Não tenha pensamentos inúteis antecipadamente.
Não espalhe os erros mas tente fundi-los dentro de você.
Considere os erros dos outros como sendo seus próprios erros.
Seja capaz de acertar tudo com o poder do amor.
Se tiveres que chorar por alguém que errou, chora por ti mesmo.
Se tiveres de alterar a voz com irmãos que julgares incursos em erro,
altera a voz contigo mesmo.
Se tiveres de anunciar alguma virtude que não possuis,
fala das qualidades dos companheiros e dos esforços que eles fazem para melhorar.
Espírito Miramez
SIMPATIAS
Conseguir Trabalho Adquira um maço de velas brancas comuns e acenda cada uma delas diante da imagem de Santa Rita. Para cada vela que acender, peça com fervor à Santa que lhe ilumine e ajude a conseguir um bom emprego. Após a última vela ser acesa e feito o pedido, apague todas elas, uma a uma, e as embrulhe juntas em papel de cor azul. Arranje barbante suficiente para amarrar o pacote deixando-o deitado ao lado da imagem. Quando já tiver conseguido o emprego, retire apenas uma das velas do pacote, acenda-a e faça uma prece agradecendo pela graça recebida. Deixe a chama da vela se extinguir normalmente. No dia seguinte, à mesma hora, selecione outra vela e repita o ritual. Faça isso a cada dia até que não reste mais nenhuma vela no pacote. Para maior segurança, arranje um castiçal para apoiar a vela acesa ou utilize um recipiente de vidro, barro ou louça, pingue em seu centro algumas gotas de cera da vela para fixá-la. Certifique-se que ela esteja bem firme e afastada de quaisquer outros materiais que o fogo possa consumir.
Oração aos orixás
Que a irreverência e o desprendimento de Exú nos animem a não encarar as coisas de forma como elas parecem á primeira vista e sim que nós aprendemos que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso!LARO YÊ EXU!!
Que a tenecidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança, desobstruam nosso caminho e seu escudo nos defenda! OGUM YÊmeu Pai!
Que ao labor de Oxossi nos estimule a conquistar sucesso e fartura á custa de nosso próprio esforço. Que suas flechas caiam á nossa frente, á nossas costas, á nossa direita e á nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja. OKÊ ARÔ ODE!!
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure nossas energias, mantendo nossa mente sã e corpo são. EWE OSSANHE!
Que Oxum nos dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces -que seguem desbravadoras no curso de um rio, entercortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar-assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos. ORA YEYÊO OXUM!!!
Que o arco íris de Oxumaré tranporte para o infinito nossas orações, sonhos e anseios, e que nos traga as respostas divinas, de acordo com nossos merecimentos. ARROBOBO OXUMARÉ!!
Que os raios de Iansã alumiem nosso caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe de nós aqueles que se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossas fraquezas. EPA HEY OYÁ!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência, e sua balança nos incuta o bom senso. CAÔ CABELECILE!
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor, e que seu seio materno nos acolha e nos console. ODOYÁ,IEMANJÁ!
Que as cabaças de Obaluaiê tragam não só a cura de nossas mazelas corporais, como também ajudem nosso espírito a se despojar das vicissitudes. ATOTÔ OBALUAIÊ!
Que a sabedoria de Nanã nos dê uma outra perspectiva de vida, mostrando que, cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os incensatos. SALUBA NANÃ!
Que a vitalidade dos Ibejis nos estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que nós não percamos a pureza mesmo que, ao nosso redor, a tentação nos envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim, refinamento moral! ONI DI BEIJADA!!
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegaremos ao nosso objetivo mais nobre, aos pés de Zambi Maior! EPA BABÁ Grande Pai Oxalá!
Que assim seja, porque assim o é, porque assim o será!
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JURAMENTO UMBANDISTA
Ao abraçar a fé umbandista, eu juro solenemente perante Deus e os Orixás: Aplicar os meus dons de mediunidade somente para o bem da humanidade; Reconhecer como irmão de sangue, os meus irmãos de crença; Praticar com amor a caridade; Respeitar as leis de Deus e a do homem, lutando sempre pela causa da JUSTIÇA e da VERDADE; Não utilizar e nem permitir a utilização dos conhecimentos adquiridos num terreiro para prejudicar a quem quer que seja. Salve a Umbanda, Salve os Sagrados Orixás.
de Pai Ronaldo de Linares
ACHAMOS QUE ESTAMOS DESENVOLVENDO UM TRABALHO MUITO BONITO DENTRO DA NOSSA RELIGIÃO TÃO PERSEGUIDA E DESCRIMINADA,E LEVANDO ESCLARECIMENTOS A PESSOAS DE FORA DA RELIGIÃO QUE POSSUÍAM UMA NOÇÃO MUITO DISTORCIDA DA NOSSA UMBANDA SAGRADA.
10 APONTAMENTOS DE PAZ
1. Aprenda a desculpar infinitamente para que os seus erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.
2. Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3. Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4. Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a idéia de superestimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5. Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.
6. Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.
7. Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
8. Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.
9. Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.
10. Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca mas, sim, testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.
SABER CONSTRUIR
O Construtor
Um construtor estava para se aposentar. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial. O construtor consentiu mas, com o tempo, era fácil ver que seus pensamento e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão de obra e matéria prima de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o construtor terminou o trabalho,o patrão veio inspecionar a casa e entregou lhe a chave da porta ."Esta casa é ", disse ele, "Meu presente para você". Que choque! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, ele teria feito completamente diferente, não teria sido relaxado. Agora iria morar numa casa feita de qualquer maneira. "Assim acontece conosco.Construímos nossas vidas de qualquer maneira, reagindo mais do que agindo, desejando colocar menos do que o melhor, não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos e que poderíamos ter feito uma construção muito melhor.
DE JOELHOS SIM !!!
Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento. É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais O Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelho fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar a assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha, como instrumentos de trabalho dos bons espíritos. Infelizmente, é do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras tantas orgulhosas, vaidosas, "auto-suficientes", que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência, de aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito e para seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí meus irmãos é que termina a tarefa dos encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda, e assim, dando luz a estas pessoas e reconduzindo-as ao rebanho Divino.
Joelhos ao chão sim !!!!
A Ostra e a Pérola
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...
As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !!!
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso fala mais que mil palavras...
Autor Desconhecido
UMBANDA
Sou a fuga para alguns, a coragem para outros. Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas. Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos. Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás. Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pombo-Gira e o doce da Criança. Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Tranca-Rua. Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda; a traquinada de Mariazinha e Doum e a sabedoria de Urubatão. Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz. Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores. Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti. Sou de Deus. Quem eu sou? Umbanda.
NÃO DIREI MAIS !
Não direi mais "não posso", pois Ogum me trará a persistência, determinação e tenacidade para conseguir.
Não direi mais "não tenho", pois Oxossi me dará a energia vital para trabalhar e obter.
Não direi mais "não tenho fé", porque Omulu me ensinará a compreender e aceitar meu karma.
Não direi mais "sou fraco", porque Oxum me trará equilíbrio emocional, Iemanjá a auto-estima e Iansã clareza de raciocínio para que eu entenda as minhas limitações.
Não direi mais "não sei", pois Xangô me trará o conhecimento, para que eu o use com discernimento e justiça.
Não direi mais "estou derrotado", porque aprendi com cada entidade da Umbanda que nada supera a força de sermos filhos de Deus.
Não direi mais "estou perdido", pois encontrei a Umbanda, que com a luz do amor e da caridade, iluminou minha alma e me deu um caminho.
Marcilene Lima
UMBANDA
"Você que fala da Umbanda
Não sabe o que a Umbanda é
A Umbanda é força divina
A Umbanda é pra quem tem fé.
A Umbanda é de Preto-Velho
E de Caboclo de pé no chão
A Umbanda é de gente humilde
Pois a Umbanda é amor e perdão"
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegarem, cordas e correntes se arrebentarão sem ao meu corpo amarrarem. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja o meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos. E o Glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, em nome da Falange do Divino Espírito Santo, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais, e todas as suas más influências, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olhar se quer que me possa prejudicar. Assim seja com os poderes de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. Amém!
Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!
Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!
Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.
Dai-nos paciências para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados! Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!
Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!
Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!
Dai-nos, enfim, a fossa proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a vossa vibração!
(Babalorixá Paulo Newton de Almeida)
Boiadeiro Capitão
Sou boiadeiro, sou sim Senhor
Sou boiadeiro lá do sertão
Conhecido como Zé do Mato
Mas o apelido é Capitão
Sou caboclo de suporte
Sou temido como o trovão
Protegendo a boiada
Com meu cavalo alazãoBebo pinga e chimarrão
E como proteção
Tenho no meu peito
Deus Nosso Senhor
Oração de São Francisco de Assis
Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz. Onde houver ódio que eu leve o amor. Onde houver ofensa que eu leve o perdão. Onde houver discórdia que eu leve a união. Onde houver dúvida que eu leve a fé. Onde houver erro que eu leve a verdade. Onde houver desespero que eu leve a esperança. Onde houver tristeza que eu leve a alegria. Onde houver trevas que eu leve a luz.Oh! Mestre, fazei com que eu procure mais consolar do que ser consolado, compreender do que ser compreendido, amar do que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se nasce para a vida eterna. Amém.
Psicografia de Chico Xavier
Ser médium não é simplesmente fazer-se veículo de fenômenos que transcendem a alheia compreensão.
Acima de tudo, é indispensável entendamos na faculdade mediúnica a possibilidade de servir, compreendendo-se que semelhante faculdade é característica de todas as criaturas. Acontece, porém, que o homem espera habitualmente pelas entidades protetoras em horas de prova e sofrimento, para arremessar-se ao estudo e ao trabalho quase sempre com extremas dificuldades de aproveitamento das lições que o visitam, quando o nosso dever mais simples é o de seguir, em paz, ao encontro da Espiritualidade Superior, movimentando a nossa própria iniciativa, no terreno firme do bem.
A própria natureza é pródiga de ensinamentos nesse particular. A terra é médium da flor que se materializa, tanto quanto a flor é medianeira do perfume que embalsama a atmosfera.
O Sol é o médium da luz que sustenta o homem, tanto quanto o homem é o instrumento do progresso planetário.
Todos os aprendizes da fé podem converter-se em médiuns da caridade através da qual opera o Espírito de Jesus, de mil modos diferentes, em cada setor de nossa marcha evolutiva.
Ampara aos teus semelhantes e encontrarás a melhor fórmula para o seguro desenvolvimento psíquico.
Na plantação da simpatia, por intermédio de uma simples palavra, estabelecemos, em torno de nós, renovadora corrente de auxílio. Não aguardes o toque de inteligências estranhas à tua, para que te transformes no canal da alegria e da fraternidade, a benefício dos outros e de ti mesmo.
Podes traduzir a mensagem do Senhor, onde quer que te encontres, aprendendo, amando, construindo e servindo sempre, porque acima dos médiuns dessa ou daquela entidade espiritual, desse ou daquele fenômeno que muitas vezes espantam ou comovem, sem educar e sem edificar, permanecem a consciência e o coração devotados ao Supremo Bem, através dos quais o Senhor se manifesta, estendendo para nós todos a bênção da vida melhor.
Encaminhando-nos para a caridade e a prática do bem
Creio na invocação, na Prece e na Oferenda
Como atos de Fé
E creio na Umbanda, como Religião Redentora
Capaz de nos levar pelo caminho da Evolução
Até o nosso glorioso pai Olorum
Glória à Olorum, glória à Oxalá, glória aos Orixás
E as Entidades Trabalhadoras da Seara Umbandista.
Enviado por Viviane de Oxum
Anjo da Guarda como acender sua velinha
-Alguns amigos pedem uma dica de como ascender velas para seu anjo da guarda, eles são seres de luz que nos guarda no dia a dia, e estão ali ao nosso lado o tempo todo nos protegendo e guiando. Algumas pessoas de tão negativa afastam o seu próprio anjo da guarda. Você sabia? Perdendo assim sua proteção e luz que é tão valiosa.Para que isso não aconteça, e nem venha a aconteçar, ensinarei um ritual de purificação onde tera sempre a proteção de luz do seu anjo da guarda.
Material:
1 vela de sete dias branca 1 copo com água 1 saquinho de sal fino
Arrume tudo dentro de um prato claro e coloque no canto de seu quarto em cima de uma comoda (tem que estar no canto da parede); abra o saquinho de sal, coloque do lado esquerdo da vela e o copo com água do lado direito, ascenda a vela e leve o teu pensamento à Deus depois ao seu Anjo da Guarda e peça à eles que se tornem presente em sua vida, que derrame sobre tua matéria sua benção e proteção para que todo o mal seja desfeito e purificado, converse com seu Anjo da Guarda, explique à ele o que está acontecendo em tua vida e do que você precisa, para finalizar reze um Pai Nosso, Ave Maria. Faça com fé.
Oração a Ogum
Deus adiante paz e guia Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe .. Os doze apóstolos meus irmãos Andarei neste dia e nesta noite Com meu corpo cercado vigiado e protegido Pelas as armas de são Jorge São Jorge sentou praça na cavalaria Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem Tendo mãos não me peguem não me toquem Tendo olhos não me enxerguem E nem pensamento eles possam ter para me fazerem mal Armas de fogo o meu corpo não alcançará Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge Jorge é da Capadócia.
Salve Jorge!
PRECE A OXUM
Oxum eu te chamo! Não te chamo por causa de morte. Não te chamo por causa da doença de alguém. Te chamo para que tenhamos dinheiro. Te chamo para que tenhamos filhos. Te chamo para que tenhamos saúde. Para que tenhamos uma vida serena. Para que não sejamos vitimados pela ira das águas.
Santo Antonio de Batalha, Faz de mim batalhador, Santo Antonio de Batalha, Faz de mim batalhador, Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Santo Antonio de Batalha, Faz de mim batalhador, Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Santo Antonio de Batalha,(Barô Exu) Faz de mim batalhador, Santo Antonio de Batalha, Faz de mim batalhador. Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Santo Antonio de Batalha, Faz de mim batalhador, Corre e Gira Pomba Gira, Tranca Rua e Marabo Laroyê Exu
ALICERÇANDO A ESTRADA!
Para bem exercer o compromisso com a Umbanda todo adepto deve se lembrar em primeiro que tudo de se exercitar na humildade. A humildade tão esquecida e que nada custa aos filhos. Que digo! Para o filho que está em alerta custa muito e o custo baseia-se no sentimento de poder viver com a consciência tranqüila por já ter entendido que todos são viajores de eras milenares em contínuo estágio evolutivo. Aportar no seio do Brasil tento essa Mãe Terra por abrigo é dádiva que nenhum filho deve desperdiçar. Para muitos já soaram os clarins convocando ao trabalho, outros ainda esperam o toque dessa convocação e outros há que passam alheios a tudo que acontece ao seu redor embora, a tecnologia esteja caminhando sempre a passos largos. Quantos não há que esperam receber os benefícios das Entidades que militam na Umbanda para só depois buscarem trabalhar em prol do seu semelhante. Quanto engano! Quanto tempo perdido! Quantas lágrimas muitos filhos já não poderiam ter enxugado! Está na hora de mudar conceitos pré-estabelecidos meus filhos! Pois o trabalho na querida Umbanda não é de escambo, mas, sim de parceria, de doação. Se nego veio num tá errado, há uma melodia cantada por todos suncês que assim diz: " Umbanda é paz, é amor, é um mundo cheio de luz, é força que nos dá vida e a grandeza nos conduz". Nego veio então pergunta meus fios: como ser grande sem ter aprendido a viver na simplicidade das pequenas coisas? Como ser grande sem aprender a ser humilde? A gota de orvalho faz sua parte no roseirá! E os filhos de Umbanda como estão alicerçando sua estrada? Oxalá abençoe suncês
ESTATUTO DA MULHER
POR JOVITA LEVI
Art. I Fica decretado que a partir de agora vale a utopia. Valem os sonhos os possíveis e os impossíveis. E que eles se façam verdade e se desdobrem em luz no escuro de nossas incertezas.
Art. II Fica constituído, por decisão soberana, o Poder Feminino. Porque feminina é a Lei e feminina é a Justiça. A Liberdade é feminina; A Verdade, a Paz, a Igualdade, a luta, a conquista, a vitória; a paciência, a tolerância, a paixão; e feminina é a Esperança que nos permite confiar no futuro.
Art.III A partir de agora... Carolinas deixarão as janelas por onde o tempo passou ...e elas não viram; e se atirarão à vida, fazendo sua própria história. Não mais “mulheres de Atenas que fustigadas não choram, se ajoelham, pedem, imploram mais duras penas, serenas.” A partir de agora, seremos todas Marias, de raça, de força, de gana; Marias com mania de terem fé na vida. Marias de nosso tempo, Marias de nossos dias.
Art. IV Fica decretado que, a partir de hoje, está banida dos dicionários a palavra violência pela inutilidade de seu uso. Os gestos serão suaves mesmo nas decisões mais fortes, porque a palavra será a grande espada na defesa dos direitos e da liberdade.
Art. V Nossas fichas registrarão: Nome: Joana... ou Maria; Idade: Não importa... Sonhos: ... Negros ou brancos, homem ou mulher, viveremos os mesmos direitos, sonharemos os mesmos sonhos. . .
Art. VI Fica permitido o amor, sempre; e obrigatória a felicidade. As manhãs serão azuis. Não haverá filhos da miséria ou do medo. Serão todos frutos do amor Porque a mulher só se deitará com o homem que ama.
Art. VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade. Haverá trabalho para todas e igualdade de salário; a saúde será um bem que passará de mãe para filho. A lei será cumprida e os direitos respeitados. À porta de cada escola brilhará um arco-íris envolvendo em cores e luz nossas crianças.
Art.VIII Fica proibido O desemprego, a discriminação. Fica proibida a velhice Porque seremos jovens de setenta, oitenta e cem anos. Somente a paciência, a temperança e a sabedoria Marcarão o tempo em nossas vidas.
Art. IX “Olharemos os gerânios nas janelas E contemplaremos as flores nos campos. Haverá sorriso nos rostos das crianças.”
Art. X Governos governarão! E ficará instituído, desde já, o Ministério da Vida Onde a dignidade substituirá o lucro E o cidadão será parte essencial de seu plano.
Art. XI E agora é definitivo... Mulheres, Tomem seus lugares, Respirem fundo, E alcem vôo na direção de seus sonhos! Revoguem-se as disposições em contrário!
CALCULE SUA PEGADA ECOLÓGICA
A LEI
O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
"Os artigos 1º e 20 da Lei nº 7.716/89 (lei que pune os crimes resultantes de raça e cor), passam a vigorar com a seguinte redação:
Artigo 1º - Serão punidos na forma da Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional".
Artigo 20 – Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional:
Pena: Reclusão de 01 a 03 anos e multa.
Parágrafo primeiro: .....................
Parágrafo segundo: Se qualquer dos crimes previstos neste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza:
Pena: Reclusão de 02 a 05 anos e multa.
Parágrafo terceiro: No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público (promotores de justiça) ou a pedido destes, ainda antes do Inquérito Policial, sob pena de desobediência:
I - O recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II - A cessação das respectivas transmissões radiofônicas e televisivas.
O artigo 140 do Código Penal (crime de Injúria), fica acrescido do seguinte parágrafo:
Artigo 140 – parágrafo terceiro – Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional:
Pena: Reclusão de 01 a 03 anos e multa.
Para conhecimento segue abaixo capitulo III do estatuto da igualdade racial, que trata sobre a liberdade de culto.
Manoel Lopes
Estatuto da Igualdade Racial
COMISSÃO DIRETORAPARECER Nº 923, DE 2010Redação final do Projeto de Lei do Senadonº 213, de 2003 (nº 6.264, de 2005, naCâmara dos Deputados).
CAPÍTULO III
DO DIREITO À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA E AO LIVRE EXERCÍCIO DOS CULTOS RELIGIOSOS
Art. 23. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana compreende:
I – a prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação e manutenção, por iniciativa privada, de lugares reservados para tais fins;
II – a celebração de festividades e cerimônias de acordo com preceitos das espectivas religiões;
III – a fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas às respectivas convicções religiosas;
IV – a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos adequados aos costumes e às práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as condutas vedadas por legislação específica;
V – a produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das religiões de matriz africana;
VI – a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais e jurídicas de natureza privada para a manutenção das atividades religiosas e sociais das respectivas religiões;
VII – o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas religiões;
VIII – a comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais.
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas internados em hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, inclusive àqueles submetidos a pena privativa de liberdade.
Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância com as religiões de matrizes africanas e à discriminação de seus seguidores, especialmente com o objetivo de:
I – coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições, imagens ou abordagens que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;
II – inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor artístico e cultural, os monumentos, mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às religiões de matrizes africanas;
III – assegurar a participação proporcional de representantes das religiões de matrizes africanas, ao lado da representação das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder público.
Oração de Proteção do Lar
Oh, Meu Pai Celestial, todo poderoso
Tu que guardaste minha casa, meu corpo e minha familia
Guardarás as entradas e saídas de meu lar
Tanto a porta de casa como a do coração de meus familiares
Não deixeis cairmos em tentação
Que o mal não invada nosso lar e nem nosso coração
Que o alicerce seja firme, e as paredes sejam imunes
Que as portas e janelas sejem travadas com as correntes divinas e celestiais
E que todo mal que aqui tentar entrar seja arrebatado pelo força do bem
Que o amor puro e verdadeio permaneça e habite neste lar
Qualquer pessoa que aqui chegar ou habitar lave sua alma
Entre com o coração puro, pois ao sair daqui levará tudo de bom que aqui emanamos
Harmonia, conforto, paz, alegria e principalmenteo Amor de Deus.
Que assim seja
Eu pedi a Ogum
Eu pedi a Ogum, para retirar os meus vícios.
Ogum disse: Não!
Eles não são para eu tirar, mas para você desistir deles.
Eu pedi a Ogum ,
para fazer meu filho aleijado se tornar completo.
Ogum disse: Não!
Seu espírito é completo, seu corpo é apenas temporário
Eu pedi a Ogum para me dar paciência.
Ogum disse, Não!
Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é aprendida.
Eu pedi a Ogum para me dar felicidade.
Ogum disse: Não!
Eu dou bênçãos; Felicidade depende de você.
Eu pedi a Ogum para me livrar da dor.
Ogum disse: Não!
Sofrer te leva para longe do mundo e te traz para perto de mim.
Eu pedi a Ogum para fazer meu espírito crescer.
Ogum disse: Não!
Você deve crescer em si próprio! Mas eu te podarei para que dês frutos.
Eu pedi a Ogum todas as coisas que me fariam apreciar a vida.
Ogum disse: Não!
Eu te darei a vida, para que você aprecie todas as coisas.
Eu pedi a Ogum para me ajudar a AMAR os outros, como Ele me ama.
Ogum disse: . Ahhhh, finalmente você entendeu a idéia.. Muita Luz!
Autor: Renata de Oxossi
Prece ao Caboclo Ventania
Meu Pai Ventania, receba meu preito de agradecimento pela tua presença constante e amiga em minha vida. Tu, querido amigo e pai, que carregas o nome místico de Ventania, faz com que os bons ventos espirituais soprem fortemente em torno de mim e em meu interior, arrastando e livrando-me de todas as negatividades produzidas por mim ou por irmãos que ainda se deixam levar pelas inferioridades do mau querer e desamor. Arremessa, querido Caboclo, essas energias desequilibrantes nas sagradas pedreiras, a fim de que sejam desfeitas e anuladas, para a glória de Oxalá e o bem espiritual de teus filhos Abençoa, Pai Ventania, teu filho que ora te busca como o Pai Conselheiro e Forte, e conduz-me pelos caminhos seguros, nesta mata virgem da encarnação presente, para que sempre possa caminhar sob a luz divina, em busca do Bem Maior, que é Deus Protege minha família, cercando meu lar com tuas energias sempre a soprar o vento da harmonia, da prosperidade e do amor. Irrompe, querido Caboclo, na minha vida, o teu sopro de paz e de alegria, que me faça andar na estrada da segurança, sem temer a influência do mal ou ser por ele atingido Perdoa a minha fraqueza e pequenez de fé. Carrega-me, com tua força, Caboclo de Xangô, para as altas montanhas da espiritualidade, onde possa respirar o ar da fidelidade e da paz Sopra sobre mim, querido amigo, as bênçãos da Divina Mãe, Maria, que é a tua energia essencial, para que me faça encontrar sempre a ação do Divino Oxalá, nosso amado Jesus Obrigado, Caboclo Ventania, pelo teu olhar constante sobre mim. Não me percas de vista, abençoando-me sempre e orientando os meus passos pelo caminho do Bem, mesmo quando doam os meus pés, pelos espinhos e pedregulhos existentes no caminho, dentro da mata virgem desta encarnação Que a Paz e a Alegria do teu coração me harmonize com a natureza e me faça estar seguro e feliz, vendo em ti, o mensageiro de Deus a me indicar o caminho da evolução Que todos aqueles que me cercam, os afetos e desafetos, sejam agora beneficiados, Pai Ventania, pela sua bênção, em nome de Oxalá.