segunda-feira, 24 de novembro de 2014

História Pomba Gira Dama da Noite


Quem nunca ouviu falar na Pomba-Gira Dama da Noite? É uma entidade muito conhecida e prestigiada. Muitas pessoas erroneamente dizem que a Dama da Noite é uma unidade de Maria Padilha, o que na verdade não é! Em todo o nosso estudo a respeito destas maravilhosas entidades, descobrimos que a Gira Dama da Noite foi uma das amantes de D. Pedro I na corte do Brasil.
Conta a história que esta entidade na sua época aqui na terra foi uma mulher muito bonita e rica, pois era uma das mais requisitadas cafetinas da época. Devido a sua beleza e mistério, causava um verdadeiro alvoroço nos corações e desejos dos homens da corte.. que chegavam a ofertar a esta mulher verdadeiras fortunas para passar uma noite em seus braços.
E foi através desta magia da sedução que fez esta linda mulher se afortunar e despertar curiosidade no principe herdeiro do Brasil , D. pedro I.
Na história do Brasil seu nome não é citado, pois chamava-se Helena, mais nas cartilhas e jornais da época este envolvimento chegou a gerar um certo escândalo.
Foi através da psicografia de Fábio Freitas que descobrimos a verdadeira história desta linda entidade que quando chega ao mundo, trás com ela a sua magia e sensualidade. Adora ganhar perfumes e rosas vermelhas nas encruzilhadas, sempre em cima de um pano vermelho seja de morim ou cetim, fuma cigarrilhas longas e toma champgne de Sidra

Outra História conhecida:

Carmem vagava pelas ruas sem saber para onde ir. Perdera os pais, quando tinha cinco anos, e fora morar com seus tios. Tratada como escrava por anos, nunca soube o sentido da palavra felicidade. Analfabeta, somente conhecia os segredos da cozinha e da limpeza que era obrigada a fazer diariamente. O assédio de seu primo tornara-se insuportável conforme crescia em formas e beleza. Tanto o rapaz insistiu que acabou levando-a para a cama, onde foram flagrados pela velha tia, que em nenhum momento duvidou da palavra do filho que acusava a moça de seduzi-lo dia após dia. De nada valeram os apelos e juras de inocência. Imediatamente foi posta na rua sem um tostão e apenas com a roupa do corpo. Agora estava ali perambulando por ruas que não conhecia em uma noite escura e com lágrimas correndo pelo belo rosto. Um homem aproximou-se dela: - O que faz uma moça tão bonita perdida por aqui? E porque chora? Desalentada, começou a falar tudo que havia se passado. Não tinha nada a perder. Quem sabe aquele rapaz não a ajudaria? Fora o único que mostrara interesse no seu drama. Após ouvir tudo ele disse: - Venha comigo, tenho um lugar para você ficar! Sem outra opção a jovem o seguiu. Entraram em um casarão escuro em que somente uma pequena luz bruxuleava. Uma senhora vestida e maquiada com extravagância para àquela hora da noite, atendeu-os prontamente: - Mais uma menina, Jorginho? De maneira brusca, o rapaz agarrou a mulher pelo braço e sussurrou-lhe: - Esta é minha, vou querer somente para mim! - Calma lá garotão! Se você pagar não vejo motivo para que não seja sua. A partir desse momento Carmem transformou-se em mais uma menina da famosa Madame Eglantine. A principio deitava-se com Jorge pela gratidão, aos poucos, porém foi tomando-se de amores pelo rapaz, que em pouco tempo enjoou do que tinha com facilidade. Depois de dois meses de amor incondicional, o rapaz procurou pela Madame e falou: - Já está na hora da garota fazer a vida, não tenho mais como pagar pela sua estadia aqui. Eglantine sorriu com desdém, pois já sabia que o final seria esse, não era a primeira que passava por isso em sua casa. Ao ser informada de suas novas atribuições, a moça desesperou-se, chorou uma tarde inteira. Sem ter como fugir da situação, preparou-se para cumprir o combinado. Sentada no grande salão mal iluminado Carmem aguardava. Cada vez que uma das meninas subia acompanhada de alguém, ela suspirava de alivio por não ter sido escolhida. No entanto, quando já achava que estaria livre por aquela noite, Madame aparece com um senhor: - Querida, trate muito bem o Comendador Belizário, ele é prata da casa! Ao olhar o homem, sentiu o estômago revirar, ele podia ser seu avô! Eglantine percebeu e fixou um olhar gélido sobre ela: - Leve-o para seu quarto e faça tudo para agradá-lo. Com os pés pesados ela subiu as escadas que a levariam para o sacrifício, puxando o comendador pela mão. O velho fungava em sua nuca e ela tentava desviar do contato, ao sentir o hálito mal cheiroso, não resistiu, pediu que ele a soltasse e o empurrou com violência. Isso somente excitou mais o homem que agora literalmente babava em seu pescoço. Instintivamente agarrou a haste de bronze do abajur e desferiu com ódio na cabeça de Belizário. O sangue correu imediatamente manchando seu seio. Mas o velho não caiu, tomado de ira, apertou o pescoço da jovem até que, com os olhos vidrados, ela deu o último suspiro. Assustado pelo que fizera e com o sangue escorrendo pelo rosto, o comendador correu para as escadas onde tropeçou e rolou caindo morto no meio do salão de Madame Eglantine. Durante muitos anos o espírito de Carmem vagou por regiões escuras onde reviu e reviveu carmas e pecados de vidas anteriores. Amparada por linhas auxiliares começou seu trabalho de evolução espiritual utilizando a roupagem da Pomba-Gira Dama da Noite. Quem já se consultou com essa grande mulher sabe dos ótimos conselhos que ela sempre distribui entre sorrisos gentis e calorosos.

Que a Divina Luz esteja entre nós

domingo, 2 de novembro de 2014

Dia de Finados

Neste mês de novembro, no dia 02, temos por  tradição o dia de finados. Para nós, umbandistas, esta data tem grande  importância por tratar-se do dia em que louvamos a força e o poder do Divino  Orixá Pai Omulu, o Senhor da Morte e das Transições no Universo Divino. De  uma forma geral, na sua doutrina, a Umbanda se apega intensamente na Vida, ou  seja,em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar  a hora do desencarne, podermos garantir um lugar bom nas esferas  espirituais. Hoje, quero comentar sobre a visão da morte e a importância da  mesma, sendo que cultuamos uma Divindade regente desse sentido da vida. Para  a Umbanda a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o  fim de um ciclo, ou seja, da passagem encarnatória. Após o ato da morte física  do ser encarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente  com seus atos e vibração emocional acumuladas durante a passagem no corpo  físico. Aqui no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista,onde tudo  se encontra,sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades  dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo,  se o ser vibrar ódio,um lugar com seres odiosos será sua morada. Se vibrar o  amor,sua morada será um lugar agradável. Nós somos aquilo que criamos ao nosso  redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós  morte. Então, nada se acabará com o fim da vida física,quando o corpo perece  este é o fim de uma etapa e o início de outra. Morremos para o mundo físico e  renascemos para o mundo espiritual. Assim ,o contrário acontece quando  reencarnamos:”morremos”para a vida no plano etérico e nascemos para o plano  físico. Nós umbandistas, devemos nos preocupar com o que criamos na nossa  vida,pois já podemos desconfiar do resultado no desencarne. A Umbanda não crê em  ressureição, como não crê em um Salvador ou Messias resgatador de seu  rebanho,uma vez que ela prega a transcendência que cada ser deve alcançar.  Ninguém fará nada por ninguém,cada qual com seu quinhão. No entanto,a crença no  reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do  ser. No dia de finados, é fundamental que o umbandista,ao realizar o culto ao  Divino Orixá Pai Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes  desencarnados,solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos ,pois se algum  antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas suas questões  emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este  resgate, e, aquele que já esteja em situações privilegiadas, então se sentirá  gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos  antepassados que promoveram a sua passagem presente. O culto ao Orixá Omulu é  o momento de exaltação da Divindade e o que mesmo representa, pois como  entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na  tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a esse Orixá.  Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa Vida, por exemplo,  o fim um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e o fim de  um ciclo de convivência entre duas pessoas. Neste momento de finalização lá está  presente a vibração desse Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos  individuais, também posso citar a mudança de emprego, de moradia, fim de  amizade, etc... Sempre em situações, principalmente de rompimentos ou  encerramentos de ciclos,é esta a vibração divina que se faz presente na Vida dos  envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o  desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o  espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores  com ataques de espíritos negativos.