sexta-feira, 25 de novembro de 2011
BAIANA DO ACARAJÉ
Esta sexta-feira, 25 de novembro, é o dia dedicado às baianas de acarajé. Pelas ruas de Salvador, são mais de quatro mil profissionais que viraram símbolo da Bahia vendendo o tradicional bolinho feito à base de feijão fradinho e frito no azeite de dendê.
As homenagens começaram cedo com uma alvorada e às 9h30 será realizada uma celebração na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Centro Histórico de Salvador. Depois da cerimônia, os festejos seguem pelo Terreiro de Jesus, também no Centro Histórico. A comemoração será incrementada pelo samba de roda no monumento da Cruz Caída, onde será servido um almoço às 12h. No local, está instalada o Memorial das Baianas.
A atividade das baianas de acarajé já é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil. O historiador Manoel Passos explica que o tombamento traz, sobretudo, "mais respeito". O especialista explica que bolinho de Oiá, ou de Iansã, como é chamado no Candomblé, começou a ser vendido em maior escala pelas mulheres alforriadas após a abolição da escravatura e a partir daí, ganhou a cidade. Para o pesquisador, a conquista das baianas serve para "barrar o preconceito que ainda insiste em se manter na sociedade".
Nos tabuleiros das vendedoras mais famosas em Salvador, um acarajé custa em média R$ 5, mas o bolinho pode ganhar um preço mais baixo em bairros populares da cidade.
Rita dos Santos, coordenadora da Associação de Baianas de Acarajé, comemora o dia, mas ressalta que a luta das baianas está na tentativa de regulamentação da profissão. "Estamos comemorando este passo para que o Ministério do Trabalho reconheça a nossa profissão", diz. A baiana ainda relata as dificuldades diárias em comercializar a iguaria na capital. "Hoje está muito difícil sustentar a família com a venda do acarajé, principalmente por conta do comércio em delicatessens e outros estabelecimentos fechados", salienta.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
EXU na Umbanda o Grande Mistério. Um Mistério? PARTE V
PEDINDO AGÔ, ANTES DE QUALQUER COISA, MAS, Interessante a figura ao lado, não?
Não lhe dá uma sensação de coisa misteriosa, lúgubre, poderosa e até mesmo infernal?
Não lhe passa uma idéia de que possa representar uma entidade cheia de mistérios não desvendáveis ou apenas desvendável por quem a tem por companhia ou foi capaz de tal feito?
No entanto posso lhe afimar que é apenas uma representação criada e montada por mim a partir de uma figura que roda na Net e a superposição de um gif animado para criar a sensação de que a "entidade" está no meio do fogo ou "possui plenos poderes sobre este elemento". Enfim, é apenas uma figura que se cria e se espalha e que muitas vezes passa a infestar a mente de muito humanos como se ela fosse a própria realidade.
Não o fiz, mas se tivesse dado um nome a essa "entidade", como por exemplo Exu Pinga Fogo (pra sair das mesmices atuais), não tenho a menor dúvida de que, se repetida em vários sites, ela passaria a representar o já meio esquecido Exu Pinga Fogo (maleime). E também não tenho a menor dúvida de que, com o passar dos tempos, o reforço e a continuidade desta crença sem constatações, haveria até quem discutisse defendendo a ferro e fogo a tese de que o senhor Pinga Fogo se apresenta exatamente assim como na figura.
Se a partir desta figura eu criar uma ou algumas lendas sobre seus "poderes incontestáveis", sobre alguns de seus "milagres constadados" (por quem não importa), sua capacidade de ser amigo de quem é seu amigo e inimigo de quem é seu inimigo ... não tenha a menor dúvida de que o senhor Pinga Fogo sairia do ostracismo (não total) em que se encontra e iria disputar com Tranca Ruas e Tata Caveira (hoje em dia os mais falados), o posto de Exu principal na "cabala umbandista", quiçá "quimbandista".
Em outras palavras, íamos começar a ver muito mais "médiuns" dando cabeça para Pinga Fogo do que vemos hoje.
Esta é uma das formas de se criarem MITOS e esses se enraizarem no psiquismo grupal a ponto de se criarem fanáticos defensores de causas e teses que não conhecem a fundo mas apenas por ouvirem falar!
Assim como criei uma imagem para exaltar uma entidade ou falange, criar mitos e lendas não é nada difícil. Dificil mesmo é conscientizar a muitos que esses mitos e lendas (que quando sérios têm no máximo a intenção de exaltar algumas características conhecidas) não podem virar fundamentos para que mais mitos mistérios e lendas se criem em torno de, seja uma entidade, uma falange ou mesmo de uma Linha de trabalho, porque as pessoas começam a levar ao pé da letra cada palavra, cada imagem, cada conto, como se realidades fossem e, para se desfazer esta "realidade" depois ...
O pior desta situação é que é aí mesmo que "mora o perigo" ou parte dele.
Como os nomes Pinga fogo, Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, Barabô (ou Marabô), etc, são nomes de falanges (grupos, escuderias) e não de espíritos particularmente, assim como em todos os grupos que se reúnem na matéria, nunca se sabe profundamente como funciona a cabeça de cada um deles ou quem foram na realidade, como já vimos, e qualquer lenda ou "história" que se escreva sobre um dos que assumem esses nomes,ainda que possa ser verdade, será relativa a apenas UM MEMBRO DA FALANGE e nunca a todos os outros, de forma que se eu, por exemplo, tiver ao meu lado um espírito que tenha sido um mago tibetano e que se apresente hoje como Exu do Lodo, isto nunca vai querer dizer que todos os Espíritos Exus que se apresentem como Exu do Lodo tenham sido tibetanos ou sequer magos, inclusive.
Obter as características pessoais das entidades que se apresentem por você será sempre uma possibilidade que terá, ou não, de acordo com o bom entrosamento que haja entre você e elas e, principalmente delas quererem, ou não, lhas repassar.
Aliás, é sempre bom lembrar que quando uma entidade se enaltece muito, dá muitas "dicas" sobre quem foi, principalmente se colocando sob títulos pomposos, cuidado!
Não há caminho mais fácil para se deixar um humano encarnado debaixo dos pés, do que o método de fazê-lo crer que tem junto de si um rei, uma rainha, um "supermegablaster" destruidor de "inimigos", um mago que deixaria Merlin ao nível de Madame Mim....
Oh, como isto fascina!
Aliás, falando-se em fascinação, para não me dar muito trabalho de ter que explicar a importância do conhecimento sobre este aspecto, vou lançar mão de ensinamentos trazidos pelos espíritos a Alan Kardec que, mesmo tendo sido passados no século 19, nunca foram observações tão atuais e dígnas de serem ensinadas aos mais novos na Umbanda LEAL, SINCERA!
Observe pelo texto e suas observações "em campo", como podem haver por aí médiuns se iludindo, com espíritos e "suas doutrinas" por conta do que vem abaixo:
LIvro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII, da Obsessão
"Fascinação
239. A fascinação tem conseqüências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.
Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem diferir de caráter. Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre."
Pois é! Mas tente você explicar para um fascinado que ele está cego, inventando ou seguindo teorias sem base, criando deuses e divindades, mistérios onde não existem dogmas para esconder o que não sabe explicar ... !
Simplesmente não dá. O máximo que se pode fazer é deixar as sementes plantadas e esperar que em algum dia elas tenham a capacidade de florescerem em terras tão áridas, e rezar ao mesmo tempo, para que essas mesmas sementes possam servir de alerta para os casos de outros que possam estar indo pelos mesmos caminhos, dando-lhes a oportunidade de repensarem sobre seus atos e possíveis "viagens mentais" que possam estar assumindo como "verdades".
Sobre os Espíritos Exus que, volto a dizer (a despeito de saber estar quebrando muitas fascinações), são Espíritos como quaisquer outros, com todos os acertos e defeitos de muitos de nós que ainda estamos aqui dentro da matéria, alguns buscando evolução, outros não, também como nós que aqui estamos, vou findando por aqui, deixando aberto, no entanto, o espaço para que qualquer um faça seu comentário, venha tirar outras dúvidas ou até mesmo complementar o já exposto por seus conhecimentos.
Só não me venham com essas "viagens" de que Exu manobra os átomos da criação, que é o "dono dos misteriosos mistérios da humanidade", controla o tempo através das eras, o ar, o fogo, a terra e a água porque além disto não proceder, fica claro que quem assim pensa não passa de mais um fascinado ou exumaníaco, com todo o respeito que devo e presto a esses amigos que desde há muito deveriam ser cognominados por outros vocábulos como GUARDIÃES, PROTETORES, AMIGOS DO PEITO e até mesmo por COMPADRES E COMADRES, como também já foram chamados, deixando-se o vocábulo EXU de lado, para uso apenas pelos manos dos cultos africanos.
Seria bom que você, se ainda não leu, acessasse este link : EXUMANIA e raciocinasse mais um pouco sobre o que veio lendo até agora!
FIM DA MATÉRIA ...
Mas até quando?
por C.ZEUS
Puxada, ou quando a corda não precisa carregar caçamba extra - II
O real "médium de puxada / transporte", quando bem treinado para tal, ainda terá uma grande vantagem sobre os demais - ele sempre saberá, muito mais facilmente, mesmo antes da incorporação ou aproximação excessiva, se o(s) espírito(s) em um determinado ambiente pode(m) ser enquadrados na categoria de "positivos" ou "negativos", bons ou maus, porque ele terá aprendido a diferenciá-los nas sensações que lhes passam suas energias por prática.
Isto, de certa forma, evitará que seja, num futuro, enganado por algum pseudo iluminado que, mesmo tentando se parecer com um pelos "papos eruditos" ou palavras ensaiadas, ainda trará em sua aura as energias reais que o acompanham, estas sim, marcas registradas de sua real condição.
Isto, de certa forma, evitará que seja, num futuro, enganado por algum pseudo iluminado que, mesmo tentando se parecer com um pelos "papos eruditos" ou palavras ensaiadas, ainda trará em sua aura as energias reais que o acompanham, estas sim, marcas registradas de sua real condição.
Mais um detalhe; Um trabalho de puxada verdadeiro quase NUNCA pode ser efetuado através da pessoa que está atuada negativamente a não ser em casos de possessão ou quase isto, ocasião em que fica muito difícil tirar-se a entidade "colada" no médium para um outro médium ponte.
Fora isto, ainda que o obsessor "baixe" na pessoa diretamente afetada, ele tem que ser levado para um outro médium que não tenha, de preferência, qualquer vínculo (sentimental ou emocional) com o "afetado".
Fora isto, ainda que o obsessor "baixe" na pessoa diretamente afetada, ele tem que ser levado para um outro médium que não tenha, de preferência, qualquer vínculo (sentimental ou emocional) com o "afetado".
Mas se ficou confuso ou complexo, tentemos de outra maneira; Imagine um copo com água e azeite e compreenda:
- o copo como seu corpo físico;
- a água como as energias que componham suas defesas espirituais (normalmente as energias que nos acompanham);
- e o azeite a energia que o "invasor" traz consigo.
Tentando-se fazer penetrar o azeite na água (entenda isto como se forçando integrar as energias do "invasor" às suas) em princípio é meio difícil. Agitando o copo, no entanto ou misturando tudo, vemos que pelo menos parcialmente o azeite se mistura na água e suja o copo também.
Dependendo do quanto este azeite "entre na água" (o que vai ser temporário da mesma maneira que temporária é a passagem do invasor) mais bolinhas de azeite poderão ser notadas.
Se após algum tempo conseguimos retirar a massa maior do azeite que fica por cima (a energia do invasor), pode ter certeza de que ainda veremos algumas mínimas bolinhas de azeite dispersadas na água (considere isto como as energias XEPA, sobras) e, dependendo da quantidade dessas bolinhas, a água, até que todas sejam retiradas, estará "poluída" pelo azeite bem assim como o próprio copo - seu corpo material, neste caso, que, por não estar acostumado com o azeite (a XEPA ENERGÉTICA) poderá sofrer de diversas maneiras apresentando REAÇÕES diversas à presença desta energia deletéria.
A VOLTA da entidade protetora tem exatamente este objetivo: retirar o máximo das bolinhas de azeite que ficaram de forma a deixar, tanto as energias internas, quanto o próprio corpo físico, o mais isento possível de xepas estranhas.
Tentando-se fazer penetrar o azeite na água (entenda isto como se forçando integrar as energias do "invasor" às suas) em princípio é meio difícil. Agitando o copo, no entanto ou misturando tudo, vemos que pelo menos parcialmente o azeite se mistura na água e suja o copo também.
Dependendo do quanto este azeite "entre na água" (o que vai ser temporário da mesma maneira que temporária é a passagem do invasor) mais bolinhas de azeite poderão ser notadas.
Se após algum tempo conseguimos retirar a massa maior do azeite que fica por cima (a energia do invasor), pode ter certeza de que ainda veremos algumas mínimas bolinhas de azeite dispersadas na água (considere isto como as energias XEPA, sobras) e, dependendo da quantidade dessas bolinhas, a água, até que todas sejam retiradas, estará "poluída" pelo azeite bem assim como o próprio copo - seu corpo material, neste caso, que, por não estar acostumado com o azeite (a XEPA ENERGÉTICA) poderá sofrer de diversas maneiras apresentando REAÇÕES diversas à presença desta energia deletéria.
A VOLTA da entidade protetora tem exatamente este objetivo: retirar o máximo das bolinhas de azeite que ficaram de forma a deixar, tanto as energias internas, quanto o próprio corpo físico, o mais isento possível de xepas estranhas.
Essa analogia que foi utilizada serve também para explicar, até certo ponto, sobre as interações energéticas que acontecem entre médiuns e entidades protetoras reconhecidamente suas.
Na verdade, numa aproximação por encosto, situação em que o médium fica totalmente consciente e traduz (às vezes com interpretações suas) as ideias do espírito (o que não chega a ser nem psicofonia porque neste fenômeno o médium já não controlaria toda "a fala do espírito"), as interações energéticas entre encarnado e espírito são mínimas, de forma que esta mistura referida acima praticamente não existe ou, se existir é muito "light", o que torna fácil a liberação delas, por parte do médium, às vezes até mesmo sem que seu protetor tenha que intervir.
No caso dos diversos níveis de incorporação (psicopraxia), a interação energética é clara e necessária (também em diversos graus) e, dependendo do quanto essas energias interagem, tanto o médium fica com parte das energias da entidade, quanto esta fica com as do médium ao final do "desligamento".
Isso explica o fato do médium poder se sentir tão bem após a incorporação de seus protetores levando-se em conta que, estando em sintonia vibratória com eles, suas energias também estarão, o que facilita esta troca. O que ocorre é que, de certa forma, “roubamos” energia dos protetores e eles ficam com parte das nossas, o que não deve ser tão bom pra eles.
Na verdade, numa aproximação por encosto, situação em que o médium fica totalmente consciente e traduz (às vezes com interpretações suas) as ideias do espírito (o que não chega a ser nem psicofonia porque neste fenômeno o médium já não controlaria toda "a fala do espírito"), as interações energéticas entre encarnado e espírito são mínimas, de forma que esta mistura referida acima praticamente não existe ou, se existir é muito "light", o que torna fácil a liberação delas, por parte do médium, às vezes até mesmo sem que seu protetor tenha que intervir.
No caso dos diversos níveis de incorporação (psicopraxia), a interação energética é clara e necessária (também em diversos graus) e, dependendo do quanto essas energias interagem, tanto o médium fica com parte das energias da entidade, quanto esta fica com as do médium ao final do "desligamento".
Isso explica o fato do médium poder se sentir tão bem após a incorporação de seus protetores levando-se em conta que, estando em sintonia vibratória com eles, suas energias também estarão, o que facilita esta troca. O que ocorre é que, de certa forma, “roubamos” energia dos protetores e eles ficam com parte das nossas, o que não deve ser tão bom pra eles.
Obs: Banho para reenergização e equilíbrio, antecipado ou não de um para descarrego, devidamente orientado pelo Protetor após a participação de uma puxada, é um recurso coadjuvante essencial. Não custa nada perguntar da necessidade não é mesmo?
Para o caso dos obsessores, esta troca energética é importantíssima porque ao trocarmos energias com eles, estaremos cedendo-lhes parte de nossas energias "equilibradas" e imantadas de nossas crenças, o que serve, de certo modo, para imantá-los com energias mais positivas do que as que os acompanham, SE estivermos realmente positivos a este ponto.
Espíritos que se sentem doentes, p.ex., têm carências energéticas sérias e certamente acabarão sugando parte de nossa energia sadia que os ajudarão a se restabelecer se orientados desta forma por aqueles que os levarão, o que não deixa de ser caridade.
Para o caso dos obsessores, esta troca energética é importantíssima porque ao trocarmos energias com eles, estaremos cedendo-lhes parte de nossas energias "equilibradas" e imantadas de nossas crenças, o que serve, de certo modo, para imantá-los com energias mais positivas do que as que os acompanham, SE estivermos realmente positivos a este ponto.
Espíritos que se sentem doentes, p.ex., têm carências energéticas sérias e certamente acabarão sugando parte de nossa energia sadia que os ajudarão a se restabelecer se orientados desta forma por aqueles que os levarão, o que não deixa de ser caridade.
Só que esta "sugada" deles, se não bem administrada (pelo lado espiritual, normalmente), pode nos deixar por exemplo, em estado de prostração posterior, o que indica mais ainda a necessidade da presença do (s) protetor(es) para que dele (s) refaçamos pelo menos parte da energia cedida (aquele roubo concedido, entende?).
Esses estados de prostração, bem assim como algumas outras reações adversas (vômitos, tonteiras, enjoos e até uma fome descabida às vezes) após certas incorporações indicam exatamente isto: O espírito saiu levando do médium uma boa parte de sua energia vital e, ou o deixou com um rombo energético ou deixou parte de sua energia "desgastada" ou conflitante com a vibratória do médium.
Percebe-se então que um trabalho de puxada, por mais que nos pareça simples quando visto pelo lado material é "um pouco" mais complexo do que se imagina, sendo o êxito total, para casos que envolvam IN-COR-PO-RA-ÇÃO, alcançado com muito trabalho do médium e dos espíritos que estejam nele envolvidos.
Esses estados de prostração, bem assim como algumas outras reações adversas (vômitos, tonteiras, enjoos e até uma fome descabida às vezes) após certas incorporações indicam exatamente isto: O espírito saiu levando do médium uma boa parte de sua energia vital e, ou o deixou com um rombo energético ou deixou parte de sua energia "desgastada" ou conflitante com a vibratória do médium.
Percebe-se então que um trabalho de puxada, por mais que nos pareça simples quando visto pelo lado material é "um pouco" mais complexo do que se imagina, sendo o êxito total, para casos que envolvam IN-COR-PO-RA-ÇÃO, alcançado com muito trabalho do médium e dos espíritos que estejam nele envolvidos.
Paz e Luz!
por Edenilson Francisco
ANIMAIS E SEUS SIGNIFICADOS
Os animais estão mais próximos do que nós da Fonte Divina por serem míticos, oníricos. Ao compartilharmos de sua consciência animal transcendemos o tempo e o espaço, as leis de causa e efeito. A relação entre homem e animal é puramente espiritual, pois nosso instinto animal é mais forte e menos racional por serem manifestações dos poderes arquétipos do ser humano. Fortificam o vigor físico e mental, aumentando a disposição e o conhecimento, auxiliando ainda no diagnóstico de doenças e na realização de desafios.
Existem rituais, auxiliados pelo tambor que auxiliam na conecção com o animal, onde também são realizadas as Danças do Animal, que é uma forma de invocação. Cada animal possui uma essência, e assim cada um possui sua própria medicina e sabedoria. Relaciono abaixo alguns dos animais (incluindo os místicos) com seus significados:
Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas;
Existem rituais, auxiliados pelo tambor que auxiliam na conecção com o animal, onde também são realizadas as Danças do Animal, que é uma forma de invocação. Cada animal possui uma essência, e assim cada um possui sua própria medicina e sabedoria. Relaciono abaixo alguns dos animais (incluindo os místicos) com seus significados:
Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas;
Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos;
Abelha - Comunicação, trabalho árduo com harmonia, néctar da vida, organização.
Alce - Resistência, auto-confiança, competição, abundância, responsabilidade.
Antílope - Cautela, silêncio, consciência mística através da meditação, calma, ação.
Baleia - Registros da Mãe Terra, sons que equilibram o corpo emocional, origens;
Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade;
Borboleta - Auto-transformação, clareza mental, novas etapas, liberdade;
Búfalo - Sabedoria ancestral, esperança, espiritualidade, preces, paz, tolerância;
Cabra/Cabrito - Determinação para ir ao topo, nutrição, brincadeiras.
Camelo - Conservação, resistência, tolerância.
Canguru - Proteção maternal, coragem para seguir em frente nas fraquezas.
Castor - Novos canais de pensamentos, construção, segurança, conforto, paciência.
Cisne - Graça, fidelidade, ritmo do Universos, ver o futuro, poderes intuitivos, fé.
Coiote - Malicia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.
Coelho - Fertilidade, medo, abundância, crescimento, agilidade, prosperidade.
Condor - Idem a águia, é um dos filhos do Sol no Peru, representa o Mundo Superior.
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga.
Corvo - Guardião da magia, mistério, predições, mensageiro, dualidade, assistência.
Cavalo - Poder interior, liberdade de espírito, viagem xamânica, força ,clarividência;
Cachorro - Lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço;
Cobra - Transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade;
Coiote - Malícia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.;
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga;
Doninha - Poderes ocultos, vivencia, poder de esconder, observações, segredos.
Elefante - Longevidade, inteligência, memória ancestral, ancestrais enterrados.
Esquilo - Divertimento, planos futuros, reunião, observar o óbvio.
Esturjão - Determinação, sexualidade, consistência, profundidade, ensinamento.
Falcão - Precisão, mensageiro, olhar a volta, abertura a distância, oportunidades.
Formiga - Comunidade perfeita, paciência, trabalho duro, força, resistência, agressividade.
Gaivota - Voar através da vida com calma e esforço para alcançar objetivos.
Gambá - Campo de proteção, reputação, repelir quem não o respeita, respeito.
Gato - mistérios, poderes mágicos, sensualidade, independência, visões místicas, limpeza.
Galo - Sexualidade, fertilidade, oferendas, cerimônias, altivez.
Girafa - Calma, inspiração para se atingir grandes alturas, suavidade, doçura.
Golfinho - Pureza, iluminação do ser, sabedoria, paz, amor, harmonia, comunicação.
Gorila - Sabedoria, inteligência, adaptabilidade, guardião da terra, habilidade.
Guaxinim - Bom humor, limpeza, sobrevivência, tenacidade, inteligência, folia.
Hipopótamo - Desenvolvimento psíquico, intuição, ligação água-terra, aterramento.
Jacaré - Instinto de sobrevivência, o inconsciente profundo, o caos que precede a criação.
Jaguar - A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.
Javali - Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.
Lagarto - Otimismo, adaptabilidade, regeneração, sonhos, renovação, transformação.
Leão - Poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, coragem, saúde, liderança, segurança, auto-confiança.
Leopardo - Conhecimento do subconsciente, compreender aspectos sombrios, rapidez.
Lince - Segredos, conhecimento oculto, tradição, ouvir para o crescimento.
Libélula - Ilusão, ventos da mudança, comunicação com o mundo elemental.
Lobo - Amor, relacionamentos saldáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento.
Macaco - Inteligência, bom humor, alegria, agilidade, perícia, irreverência, amizade.
Minhoca - Regeneração, resistência, auto-cura, transformação.
Morcego - Renascimento, iniciação, reencarnação, habilidades mágicas.
Onça - Espreita, proteção de espaço, silencio, observação. Precisão.
Pantera - Mistério, sensualidade, sexualidade, beleza, sedução, força, flexibilidade.
Pato - Desenvolvimento de energia maternal, fidelidade, nutrição energética.
Peru - Dar e receber, transcendência, dádivas, celebração.
Porco -Espinho - Fé, confiança, inocência, inspiração para realizações, dentro da essência.
Puma - Força, mistério, silêncio, sobrevivência, velocidade, graça, liderança, coragem.
Pica-Pau - Regeneração, limpeza, comunicação, proteção, unido aos Espíritos do trovão.
Pingüim - Viver em comunidade, fidelidade, lealdade nos romances.
Pombo - No cristianismo simboliza o Espírito Santo, paz, comunicação, mensagem.
Raposa - Habilidade, esperteza, camuflagem, observação, integração, astúcia.
Rato - versatilidade, alerta, introspecção, percepção, satisfação, aceitação.
Salmão - Força, perseverança, nadar contra a maré, determinação, coragem.
Sapo - Evolução, limpeza, transformação, mistérios, humor, ligado a chuva.
Tartaruga - Estabilidade, organização, longevidade, paciência, resistência, proteção, experiência, sabedoria, Mãe-Terra.
Tatu - Limites, doas dá a armadura, limites emocionais, protege a saúde.
Texugo - Agressividade, coragem, formar, alianças, persistência, agir em crise.
Tigre - Aproximação lenta, preparação cuidadosa, aproveitar oportunidades.
Touro - fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.
Urso - Introspecção, intuição, cura, consciência, ensinamentos, curiosidade.
Vaga - Lume - Iluminação, entendimento, força de vida, luz e escuridão, maravilhas.
Veado - Delicadeza, sensitividade, graça, alerta, adaptabilidade, coração/espírito, gentileza.
Animais Místicos
Cavalo Alado - Elevação, transmutação, beleza, viagem astral,aventuras, mistério, fascínio.
Centauro - Instinto animal, ligação homem-animal, anarquia, sexualidade, fertilidade, cura.
Dragão - Potência e força viril, proteção Kundalini, calor, mensageiro da felicidade, senhor da chuva, fecundação, força vital.
Elefante Branco - Força, bondade, escolha de caminhos, ligações extraterrestres, mistério.
Fênix - Renascimento, fascínio, animal do Sol, imortalidade da alma, elevação, purificação.
Sátiro - Libertinagem, divertimento, impulso sexual, instintos, fantasias sexuais.
Unicórnio - Rapidez, mansidão, pureza, salvação, espiritualidade, inofensivo.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Cigano Rodrigo – O “Rei dos Ciganos”
Poderosa entidade que hoje incorpora e trabalha em centros espíritas de Umbanda, através da incorporação de médiuns.
Rodrigo nasceu por volta do ano de 1.800, na região da tríplice fronteira, onde se fundiam as terras de Brasil, Paraguai e Argentina, numa área pouco delimitada onde não se sabia ao certo em que país se estava.
Os Ciganos são um povo nômade, estão em constante movimento, para eles não existem barreiras. Na época de Rodrigo, existiam inúmeros grupos ciganos na região, com números que variavam desde 20 até mais de 100 pessoas por grupo.
O pai de Rodrigo, Manolo, já era o Rei dos Ciganos na época, porém sua influência limitava-se a poucas aldeias, pois os povos eram muito separados. Rodrigo, por nascimento, não tinha o trono garantido, pois a família era composta por muitos irmãos, e logo, vários tinham chance de assumir o cargo do pai no futuro.
A infância de Rodrigo foi bastante normal, vivendo junto com sua família. Foi na adolescência que se aproximou de seu pai, com quem aprendeu a gostar das coisas boas e desfrutar a vida; também iniciando a almejar o posto de Rei para seu futuro. Naquela época, se destacar era uma questão de
realização pessoal, pois as pessoas comuns viviam uma vida sem grandes atrativos.
Por haverem muitos irmãos, Rodrigo sabia que seu cargo não era garantido e teria que se esforçar para conquistar a confiança de todos. Desta forma, procurava se destacar dos demais. Sua cabeça já tinha o objetivo traçado, de forma que dedicava pouco tempo às frivolidades da adolescência. Mulheres, até às tinha, mas não deixava de lado suas obrigações para se dedicar a elas. Rodrigo sabia que poderia usufruir da vida que desejasse e que os prazeres proporcionados pelo poder não lhe faltariam quando chegasse aonde queria.
Certo dia, Rodrigo tomou uma postura e passou a analisar a situação que o cercava. Dos seus cinco irmãos, quem tinha maior chance de um dia ser rei, era o mais jovem, Rômulo, afinal de contas seu pai era saudável e não morreria tão cedo. Rodrigo passou então a proteger, cuidar e de certa forma também limitar os poderes do irmão. O crédito pelos feitos de ambos, invariavelmente era dado a Rodrigo, que além destes, também se destacou por suas próprias conquistas e méritos.
Conforme o tempo passava, Rômulo criou muitas inimizades, porém era sempre defendido por Rodrigo, que intermediava e acalmava as situações. E assim, Rodrigo passou a ganhar cada vez mais crédito junto ao seu grupo de Ciganos. Passou a ser braço direito do seu pai Manolo, e começou a tomar atitudes e resolver muitos problemas no lugar do pai, com a orientação deste.
A partir dos 16 a 17 anos, a fama de Rodrigo se espalhava. Ganhava cada vez mais confiança do Povo Cigano e de seu pai. Quando chegou aos 21 anos, seus créditos se solidificavam, até que passou de fato a governar no lugar do pai, tomando atitudes e decisões importantes, tal a confiança e respeito que tinha perante a família e o povo.
O Rei Manolo, achando estar velho demais, cansado e sem tanto crédito, convocou uma festa para pessoas influentes oriundas de diversos grupos. No auge da festa, Manolo riscou no chão o símbolo de medalhão de rei da família e pediu a Rodrigo que riscasse ao lado o símbolo do sol dos ciganos. Todo o povo observava atentamente enquanto ambos desenhavam no chão. Em seguida, Manolo pediu que cada pessoa colocasse uma moeda num dos símbolos.
Sem saber o propósito daquilo tudo, cerca de dois terços do povo colocou moedas no desenho de Rodrigo, enquanto que 1/3 depositou moedas no desenho de Manolo. Após a festa, dias depois, Manolo, pensativo, resolveu concordar com a constatação reafirmada por Rodrigo, que seria a hora de abrir mão do trono.
Uma grande festa se realizou, com a participação de todas as aldeias do grupo e também de grupos vizinhos, amigos. E assim, aos 23 anos, Rodrigo assumia o cargo de Rei dos Ciganos, um rei que foi muito bem recebido por todos, pois a sucessão foi entregue por seu próprio pai, um líder muito admirado.
A primeira idéia de Cigano Rodrigo, no cargo de rei do seu povo, foi de unificar os grupos ciganos. E passou a se dedicar com muito afinco à esta tarefa. Embora as aldeias amigas tenham, a princípio, relutado, ao final todas acabaram aceitando a união, formando um grupo cada vez maior e mais poderoso.
As responsabilidades do cargo eram cada vez maiores, de forma que Rodrigo sentiu a necessidade de obter um apoio, um braço direito. Esta função Rodrigo encontrou no seu irmão mais novo, Rômulo, admirador incontestável do irmão mais velho, que considerava seu protetor e tinha uma dívida de gratidão. E assim, os dois irmãos, trabalhando juntos e unidos, passaram a buscar novos grupos para tornar ainda maior sua comunidade.
Seguindo o plano expansivo, cada grupo que encontravam era convidado a se juntar à próspera comunidade. Quem não aceitava, era alertado que sofreria as conseqüências. Os irmãos cuidavam e protegiam dos seus, ao mesmo tempo que agregavam cada vez mais pessoas ao grupo. Havia segurança e conforto.
Durante o processo de expansão, inevitavelmente Rodrigo e Rômulo fizeram muitos inimigos, que acabaram se unindo em grupos para enfrentá-los. Os grupos pequenos foram dizimados, enquando que os grupos maiores continuaram crescendo e se opondo.
Cigano Rodrigo, finalmente no auge de sua vida e exercendo o poder que tanto desejava, não deixou de seguir os costumes do seu povo, em especial o fato de ter várias mulheres. De fato, Rodrigo vivia sempre com pelo menos sete mulheres, sendo que todas eram igualmente bem tratadas, e para elas nada faltava. Rodrigo estava sempre presente na vida de todas, amparando, cuidando, protegendo e satisfazendo-as por igual.
Em certo momento da história, um ex-líder de um grupo absorvido, chamado Ramirez, resolveu se aproximar de Rodrigo. Ramirez se mostrou uma pessoa muito prestativa, demonstrando genuína vontade de ajudar e estar presente na liderança da comunidade. Rodrigo nunca achou que poderia confiar em duas pessoas ao mesmo tempo, mas dada à insistência e disponibilidade de Ramirez, ignorou seus próprios sentimentos antigos.
Ramirez passou a conquistar liberdade e influência, e assumiu um cargo de confiança ao lado de Rômulo. As brigas passaram a surgir. Rômulo e Ramirez, naturalmente, competiam por sua posição de confiança, atiçando uma disputa ao poder. Ramirez, apesar de tudo, continuava se mostrando da mais útil serventia.
Certo dia, um grupo inimigo bastante grande, mas pouco conhecido de Rodrigo, resolveu se render e se unir à causa comum. Foi planejada uma grande festa para comemorar o acontecimento.
Entretanto, a festa iria terminar em tragédia. No meio da celebração, o grupo recém incorporado mostrou sua verdadeira face, se rebelando e passando a atacar o grupo de Rodrigo. Uma grande briga se sucedeu, causando muita violência e muitas mortes
Rodrigo, perplexo, preparava-se para entrar na briga, quando foi subitamente apunhalado pelas costas. Ao tombar, Rodrigo se virou e constatou, para sua surpresa, que havia sido apunhalado por Ramirez. Tarde demais, o Rei dos Ciganos percebia o grande erro que havia cometido.
Era o fim de sua história. Enquanto Rodrigo agonizava, a briga continuava. Em pouco tempo, Rodrigo veio a falecer. Naquela noite, centenas de mortes se seguiram. Após o acontecido, todos os grupos se separaram e voltaram a ser o que eram. O reino unificado do Rei Rodrigo chegava ao fim.
Rômulo, naturalmente, assumiu o lugar de Rodrigo. Porém, sem o pulso firme do irmão mais velho, pouco pode fazer para conter a vontade de separação e manter o povo unido. Quanto a Ramirez, naquela mesma noite da festa, foi morto por pessoas que presenciaram o cruel assassinato que havia cometido.
Rômulo continuou rei de um grupo pequeno, com menor valor. Os demais grupos passaram a se afastar cada vez mais. Foi o início de uma definitiva separação e diluição da raça cigana nesta região do mundo. Rômulo morreu de velho, ainda no posto de rei.
Rei Rodrigo governou o Povo Cigano no seu auge. Tal como uma estrela supernova, que brilha muito mas extingue rápido, seu brilho ofuscou todos os outros líderes da época.
O Povo Cigano, até hoje, é mal interpretado e perseguido no mundo todo. Muitos atribuem a eles a fama de encrenqueiros ou desonestos. De fato, existem muitos supostos ciganos que nada mais são do que mendigos, com sangue impuro e sem a descendência nobre do povo legítimo.
Entretanto, o verdadeiro Povo Cigano é honesto e batalhador. Seus méritos se fazem por serem exímios negociadores, sendo muito difícil levar a melhor ao negociar com um cigano. Muitos povos, ao levar desvantagem em um negócio, se vingavam ou falavam mal deste povo, justificando um pouco o estigma que carregam.
O lema do Povo Cigano é: “Sempre tenho o que você quer, mas quero o que você tem. Se quer o que eu tenho, pague o meu preço.”
O Cigano como Entidade, é representado por Cigano Rodrigo, Rei dos Ciganos, que possui, como todas as entidades, muitos seguidores em sua falange.
A linha cigana possui, como sua característica, um desapego às linhas tradicionais de esquerda ou direita dos terreiros, seguindo uma filosofia própria. Por serem negociantes, tudo para eles é uma questão de troca. Quem quer receber, terá primeiro que dar, negociar ou prometer.
Cigano Rodrigo não incorpora para conversar com qualquer pessoa, mas somente para aquelas que pensam como ele. Ou seja, pensar grande, não ser mesquinho, ter a mente aberta e profundo desejo de crescimento espiritual e material.
Embora seja muito difícil para alguém seguir e trabalhar na linha dos Ciganos, aqueles que estão ao seu lado alcançam prosperidade e riqueza, além de muitos relacionamentos amorosos. Cigano sempre teve sete mulheres ao seu lado, e com abundância de mulheres e ouro devem andar seus seguidores.
TODAS AS ARMAS PARA A LUTA
Quanto mais estudo religiões mais me convenço que os religiosos, em sua grande maioria, são idiotas fanáticos que desvirtuam completamente os ensinamentos de sua própria Fé. E isto ocorre em todos os movimentos religiosos, até mesmo naqueles onde o que se esperaria a mais monástica serenidade e alto controle, como é o caso do Budismo.
Com o aniversário do atentado de 11/09, toda este clima de "guerra santa" voltou a assombrar o mundo. De um lado, alguns idiotas protestantes que se dizem "pastores" e "pregadores da Palavra de Deus" resolveram colocar fogo no Corão, afrontando cerca de um bilhão de muçulmanos ao redor do planeta.
Do outro, milhares de muçulmanos, igualmente idiotas, comemorando a bárbarie perpetrada por terroristas islâmicos radicais que matou, inclusive, outros muçulmanos inocentes.
Aliás, esta coisa de "terrorista islâmico" virou até mesmo redundância, já que basta falar com qualquer um sobre "terrorismo" e logo o incauto o associa ao Islam. Não é bem assim.
Há séculos cristãos e muçulmanos trocam sopapos no oriente médio, sendo que na época das Cruzadas a justificativa era Jerusalém, mas todos sabemos que, pelo menos no que diz respeito aos cristãos, o interesse era financeiro. Os cristão, por ordem do Papa, saem da Europa, invadem o oriente médio, matam, estupram, espoliam e são tratados como "cavaleiros", enquanto os defensores eram "bárbaros pagãos".
O Estado de Israel é visto, nos dias de hoje, como uma "ilha cercada de terroristas por todos os lados", mas ninguém fala que os judeus usaram de táticas de terrorismo na luta pela criação e reconhecimento do seu país. Havima dois grupos terroristas judeus mais ativos, o Palmaj e o Haganah, que tiveram, respectivamente, Ytzhak Rabin e Ehud Barak como líderes.
Na Europa, apenas apra ficar nos mais conhecidos, vimos ações de grupos terroristas formadas por cristãos, como as Brigadas Vermelhas na Itália, o IRA (Exército Republicano Irlandês) na Irlanda, e o ETA (Euskadi Ta Askatasuna - "Pátria Basca e Liberadade") na Espanha.
Poderiamos falar também do terrorismo étnico perpetrado em alguns países d'África, assim como das FARC's e do extinto Sendero Luminoso na américa latina.
Os ataques contra Terreiros de Umbanda e Centros Espíritas perpetrados por evangélicos, também podem ser associados a uma forma de terrorismo, assim como o "terrorismo psicológico" levado à cabo por alguns "líderes umbandistas" com pomposos títulos em sânscrito e, agora, em yorubá.
Diante desta realidade, realmente, não há como entender esta associação automática entre "terrorismo" e "islamismo". Nunca vi ninguém queimando Bíblias quando ataques do ETA e ou IRA ceifaram centenas de vidas inocentes. Não vejo ninguém queimando a Torah quando o exército judeu ataca a população civil da Faixa de Gaza e descumpre acordos internacionais.
Diante disto tudo, chego à conclusão que somente quando as religiões deixarem de ser lideradas por idiotas fanáticos que se pastoreiam outros o mundo não terá paz. O atual "movimento umbandista" é exemplo disto.
POR OUVINDO AS VOZES DE ARUANDA
SONHOS
Chama-se de emancipação da alma, o desprendimento do espírito encarnado, possibilitando-lhe afastar-se, momentaneamente, do corpo físico. No estado de emancipação da alma o espírito se desloca do corpo físico, os laços que o unem à matéria ficam mais tênues, mais flexíveis e o corpo perispiritual, age com maior liberdade.
Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais. Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos.
Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Os sonhos em sua generalidade não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas.
A CIÊNCIA E O ESPIRITISMO
A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas (sonhos), ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade o sono e o sonho.
Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções do perispírito, fica realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendiam a se manifestar, e, uma destas manifestaçõe.s seria através dos sonhos.
Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos em seus aspectos fisiológicos e espirituais.
Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinam.
SONHOS COMUNS
São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico.
O espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido pela onda de imagens e pensamentos de sua própria mente, das que lhe são afins e do mundo exterior, uma vez que vivemos e nos movimentamos num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar.
Nos sonhos comuns quase não há exteriorização perispiritual. São muito freqüentes, dada a nossa condição espiritual. Puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília (vivências ocorridas durante o dia, quando acordados).
Nos sonhos comuns o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que povoam a sua memória, trazendo impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos.
SONHOS REFLEXIVOS
Há maior exteriorização que nos sonhos comuns. Por reflexivos, categorizamos os sonhos, em que a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente, inconsciente e super-consciente e plasmadas na organização perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o espírito em relação com fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências.
Ocorrências de séculos e milênios gravam-se indelevelmente em nossa memória, estratificando-se em camadas superpostas.
A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a gozar o espírito, no sono, o faz entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho.
Mentores espirituais poderão revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências.
Poderão os espíritos inferiores motivar estas recordações com a finalidade de nos perseguir, amedrontar, desanimar ou humilhar, desviando-nos dos objetivos benéficos da existência atual.
Geralmente os sonhos reflexivos são imprecisos, desconexos, freqüentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e seqüência.
Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, estiverem em nossa vida mental durante o sono.
SONHOS ESPÍRITAS
Também chamados de viagem astral ou espiritual; há mais ampla exteriorização do perispírito.
Leon Denis chama a estes sonhos de etéreos ou profundos, por suas características de mais acentuada emancipação da alma.
Durante a viagem astral a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, encontrando-se com parentes, amigos, instrutores e também com os inimigos desta e de outras existências. Nas projeções temos que considerar a lei de afinidade.
Nossa condição espiritual, nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade de nossos sonhos, as companhias espirituais que iremos procurar, os ambientes nos quais permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa: o religioso buscará um templo; o viciado procurará os antros de perdição; o abnegado do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima, para assistí-los fraternalmente; o interessado em aproveitar bem a encarnação irá de encontro a instrutores devotados e ouvirá deles conselhos, esclarecimentos e instruções que proporcionarão conforto, estímulos e fortalecimento das esperanças.
Infelizmente, porém, a maioria se vale de repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas. Ao despertarmos, conserva o espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Fica em nós apenas uma espécie vaga de pressentimento dos acontecimentos, situações e encontros vividos durante o sono.
RECORDAÇÃO DO SONHO
O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono, mas nem sempre nos lembramos daquilo que vimos ou de tudo o que vimos. Isto porque não temos nossa alma em todo o seu desenvolvimento.
Na questão 403, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga : “Por que não nos lembramos de todos os sonhos? Nisso que chamas sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. No sono ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros, seja neste ou noutro mundo. Mas, como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo espírito durante o sono, mesmo porque o espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo.”
MECANISMO DA RECORDAÇÃO
O registro pelo cérebro físico, do que aconteceu durante a emancipação da alma através do sono, é possível através da modificação vibratória. As diversas modificações vibratórias dos fluidos é que formam os ambientes dimensionais de atuação do espírito. Quanto maior for a velocidade vibratória, mais sutil é o fluido. Quanto mais lenta é a velocidade vibratória, mais denso é o fluido.
Este raciocínio explica aquela dúvida que sempre ouvimos: porque raramente lembro de meus sonhos? É por que não sonhei? A resposta para está dúvida é a seguinte: as pessoas que não se lembram dos sonhos é porque os acontecimentos vividos ou lembrados durante o sono não foram registrados no cérebro físico, ficaram apenas registrados no cérebro do perispírito. Agora, quando recordamos dos detalhes dos sonhos é porque tivemos predisposição cerebral para os registros. O fato de não lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado, ou seja, vivemos uma vida no plano espiritual e apenas não recordamos.
Dessa oportunidade se valem nossos amigos do espaço para dar-nos conselhos e sugestões úteis ao desenvolvimento de nossa encarnação. Procuram afastar-nos do mal, fortalecem-nos moralmente e apontam-nos a maneira certa de respeitarmos as Leis Divinas. Ao despertarmos, embora não lembremos deles, ficam no fundo de nossa consciência, em forma de intuições, como idéias inatas.
Podemos dedicar os momentos de semi-libertos à execução de tarefas espirituais, sob a direção de elevados mentores.
Acontece muitas vezes acordamos com uma deliciosa sensação de bem-estar, de contentamento e de alegria. Isto acontece por termos sabido usar bem de nossa estada no mundo espiritual, executando trabalhos de real valor. Contudo, não raras vezes despertamos tristes e com uma espécie de ressentimento no fundo do nosso coração. O motivo dessa tristeza, sem causa aparente, é que muitas vezes nos são mostradas as provas e as expiações que nos caberão na vida, as quais teremos de suportar, e, conquanto sejamos confortados por nossos benfeitores, não deixamos de nos entristecer e ficamos um tanto apreensivos.
Há espíritos encarnados que ao penetrarem no mundo espiritual através do sono, entregam-se aos estudos de sua predileção e por isso têm sempre idéias novas no campo de suas atividades terrenas. Outros valem-se da facilidade de locomoção para realizarem viagens de observação, não só na Terra, mas também nas esferas espirituais que lhe são vizinhas.
Assim como visitamos nossos amigos encarnados, também podemos ir visitar nossos amigos desencarnados e com eles passarmos momentos agradáveis, enquanto nosso corpo físico repousa; disso nos resulta grande conforto.
Estado de Entorpecimento: são comuns nos encarnados cujos espíritos não se afastam do lado do corpo, enquanto este repousa. Ficam junto ao leito, como que adormecidos também.
É comum o sono favorecer o encontro de inimigos para explicações recíprocas. Esses inimigos podem ser da encarnação atual ou encarnações antigas. Os mentores espirituais procuram aproximar os inimigos, a fim de induzí-los ao perdão mútuo. Extingüem-se assim muitos ódios e grande número de inimigos se tornam amigos, o que lhes evitará sofrimentos. É a maior e melhor percepção de que goza o espírito semi-liberto pelo sono, facilita a extinção de ódios e a correção de situações desagradáveis e por vezes dolorosas.
OS SONHOS E A EVOLUÇÃO
Considerável porcentagem de encarnados, ao entregarem seu corpo físico ao repouso, continuam, sono adentro, com suas preocupações materiais. Não aproveitam a oportunidade para se dedicarem um pouco à vida eterna do espírito. Estudam os negócios que pretendem realizar, completamente alheios aos verdadeiros interesses de seus espíritos e nada vêem e nada percebem do mundo espiritual no qual ingressam por algumas horas.
Há encarnados que, ao se verem semi-libertos do corpo de carne pelo sono, procuram os lugares de vícios, com o fito de darem expansão às suas paixões inferiores, na ânsia de satisfazerem seus vícios e seu sensualismo. Outros se entregam mesmo ao crime, perturbando e influenciando perniciosamente suas vítimas, tornando-se instrumentos de perversidade.
No livro Mecanismos da Mediunidade, psicografado por Chico Xavier, André Luiz nos diz que quanto mais inferiorizado, mais dificuldade terá o Homem em se emancipar espiritualmente. Qual ocorre ao animal de evolução superior, no Homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico.
No animal o sonho é puro reflexo das atividades fisiológicas, e, no Homem primitivo, em que a onda mental está em fase inicial de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariavelmente ação reflexa de seu próprio mundo consciencial e afetivo.
Há leis de afinidade que respondem pelas aglutinações sócio-morais-intelectuais, reunindo os seres conforme os padrões e valores. Estaremos, então, durante o repouso noturno, nos emancipando espiritualmente, vivenciando cenas e realizando tarefas afins.
Buscamos sempre, durante o sono, companheiros que se afinam conosco e com os ideais que nos são peculiares. Procuraremos a companhia daqueles espíritos que estejam na mesma sintonia, para realizações positivas, visando nosso progresso moral ou em atitudes negativas, viciosas, junto àqueles que, ainda, se comprazem em atos ou reminiscências degradantes, que nos perturbam e desequilibram a alma.
Parcialmente liberto pelo sono, o Espírito segue na direção dos ambientes que lhe são agradáveis durante a lucidez física ou onde gostaria de estar, caso lhe permitissem as possibilidades normais.
Os sonhos espíritas, isto é, naqueles que nos liberamos parcialmente do corpo e gozamos de maior liberdade, são os retratos de nossa vivência diária e de nosso posicionamento espiritual. Refletem de nossa realidade interior, o que somos e o que pensamos.
O tipo de vida que levarmos durante o dia determinará, invariavelmente, o tipo dos sonhos que a noite nos ofertará, em resposta às nossas tendências. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual.
ANÁLISE DOS SONHOS
A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto-descobrimento. Devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens e lembranças esparsas. Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossas percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos.
Se ao despertarmos, nos sentirmos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico. Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos certamente a situações e espíritos desequilibrados. Daí, a necessidade de adequarmos nossas vidas aos preceitos do bem, vivenciando o amor, o perdão, a abnegação, habituando-nos à prece e à meditação antes de dormir, para nos ligarmos a valores bons e sintonia superior. Assim, teremos um sono reparador e sonhos construtivos.
PREPARA-SE PARA BEM DORMIR
Elizeu Rigonatti, no livro Espiritismo Aplicado, diz que para termos um bom sono, que ajude o nosso espírito a desprender-se com facilidade do corpo, é preciso que prestemos atenção no seguinte: o mal e os vícios seguram o espírito preso à Terra. Quem se entregar ao mal e aos vícios durante o dia, embora o seu corpo durma à noite, seu espírito não terá forças para subir e ficará perambulando por aqui, correndo o risco de ser arrastado por outros espíritos viciosos e perversos. A excessiva preocupação com os negócios materiais também dificulta o espírito a desprender-se da Terra.
A prática do bem e da virtude nos levarão, através do sono, às colônias espirituais onde fruiremos a companhia de mentores espirituais elevados; receberemos bom ânimo para a luta diária; ouviremos lições enobrecedoras e poderemos nos dedicar a ótimos trabalhos.
Oremos ao deitar, mas compreendamos que é de grande valia a maneira pela qual passamos o dia; cultivemos bons pensamentos, falemos boas palavras e pratiquemos bons atos, evitando a ira, rancor e ódio. E de manhã ao retornarmos ao nosso veículo físico, elevemos ao Senhor nossa prece de agradecimento pela noite que nos concedeu de repouso, ao nosso corpo, e de liberdade ao nosso espírito.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
No estado de vigília, quando estamos acordados, as percepções se fazem com o concurso dos órgãos físicos; os estímulos exteriores são selecionados pelos sentidos e transmitidos ao cérebro pelas vias nervosas. No cérebro físico, são gravados para serem reproduzidos pela memória biológica a cada evocação.
Quando dormimos cessam as atividades físicas, exceto as autônomas, motoras e sensoriais. O espírito liberto age e sua memória perispiritual registra os fatos sem que estes cheguem ao cérebro físico; tudo é percebido diretamente pelo espírito. Por “adaptação vibratória”, as percepções da alma poderão repercutir no cérebro físico; quando lembramos, dizemos que sonhamos, mas na verdade sonhamos todo dia.
Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais. Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos.
Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Os sonhos em sua generalidade não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas.
A CIÊNCIA E O ESPIRITISMO
A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas (sonhos), ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade o sono e o sonho.
Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções do perispírito, fica realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendiam a se manifestar, e, uma destas manifestaçõe.s seria através dos sonhos.
Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos em seus aspectos fisiológicos e espirituais.
Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinam.
SONHOS COMUNS
São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico.
O espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido pela onda de imagens e pensamentos de sua própria mente, das que lhe são afins e do mundo exterior, uma vez que vivemos e nos movimentamos num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar.
Nos sonhos comuns quase não há exteriorização perispiritual. São muito freqüentes, dada a nossa condição espiritual. Puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília (vivências ocorridas durante o dia, quando acordados).
Nos sonhos comuns o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que povoam a sua memória, trazendo impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos.
SONHOS REFLEXIVOS
Há maior exteriorização que nos sonhos comuns. Por reflexivos, categorizamos os sonhos, em que a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente, inconsciente e super-consciente e plasmadas na organização perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o espírito em relação com fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências.
Ocorrências de séculos e milênios gravam-se indelevelmente em nossa memória, estratificando-se em camadas superpostas.
A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a gozar o espírito, no sono, o faz entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho.
Mentores espirituais poderão revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências.
Poderão os espíritos inferiores motivar estas recordações com a finalidade de nos perseguir, amedrontar, desanimar ou humilhar, desviando-nos dos objetivos benéficos da existência atual.
Geralmente os sonhos reflexivos são imprecisos, desconexos, freqüentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e seqüência.
Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, estiverem em nossa vida mental durante o sono.
SONHOS ESPÍRITAS
Também chamados de viagem astral ou espiritual; há mais ampla exteriorização do perispírito.
Leon Denis chama a estes sonhos de etéreos ou profundos, por suas características de mais acentuada emancipação da alma.
Durante a viagem astral a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, encontrando-se com parentes, amigos, instrutores e também com os inimigos desta e de outras existências. Nas projeções temos que considerar a lei de afinidade.
Nossa condição espiritual, nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade de nossos sonhos, as companhias espirituais que iremos procurar, os ambientes nos quais permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa: o religioso buscará um templo; o viciado procurará os antros de perdição; o abnegado do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima, para assistí-los fraternalmente; o interessado em aproveitar bem a encarnação irá de encontro a instrutores devotados e ouvirá deles conselhos, esclarecimentos e instruções que proporcionarão conforto, estímulos e fortalecimento das esperanças.
Infelizmente, porém, a maioria se vale de repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas. Ao despertarmos, conserva o espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Fica em nós apenas uma espécie vaga de pressentimento dos acontecimentos, situações e encontros vividos durante o sono.
RECORDAÇÃO DO SONHO
O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono, mas nem sempre nos lembramos daquilo que vimos ou de tudo o que vimos. Isto porque não temos nossa alma em todo o seu desenvolvimento.
Na questão 403, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga : “Por que não nos lembramos de todos os sonhos? Nisso que chamas sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. No sono ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros, seja neste ou noutro mundo. Mas, como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo espírito durante o sono, mesmo porque o espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo.”
MECANISMO DA RECORDAÇÃO
O registro pelo cérebro físico, do que aconteceu durante a emancipação da alma através do sono, é possível através da modificação vibratória. As diversas modificações vibratórias dos fluidos é que formam os ambientes dimensionais de atuação do espírito. Quanto maior for a velocidade vibratória, mais sutil é o fluido. Quanto mais lenta é a velocidade vibratória, mais denso é o fluido.
Este raciocínio explica aquela dúvida que sempre ouvimos: porque raramente lembro de meus sonhos? É por que não sonhei? A resposta para está dúvida é a seguinte: as pessoas que não se lembram dos sonhos é porque os acontecimentos vividos ou lembrados durante o sono não foram registrados no cérebro físico, ficaram apenas registrados no cérebro do perispírito. Agora, quando recordamos dos detalhes dos sonhos é porque tivemos predisposição cerebral para os registros. O fato de não lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado, ou seja, vivemos uma vida no plano espiritual e apenas não recordamos.
Dessa oportunidade se valem nossos amigos do espaço para dar-nos conselhos e sugestões úteis ao desenvolvimento de nossa encarnação. Procuram afastar-nos do mal, fortalecem-nos moralmente e apontam-nos a maneira certa de respeitarmos as Leis Divinas. Ao despertarmos, embora não lembremos deles, ficam no fundo de nossa consciência, em forma de intuições, como idéias inatas.
Podemos dedicar os momentos de semi-libertos à execução de tarefas espirituais, sob a direção de elevados mentores.
Acontece muitas vezes acordamos com uma deliciosa sensação de bem-estar, de contentamento e de alegria. Isto acontece por termos sabido usar bem de nossa estada no mundo espiritual, executando trabalhos de real valor. Contudo, não raras vezes despertamos tristes e com uma espécie de ressentimento no fundo do nosso coração. O motivo dessa tristeza, sem causa aparente, é que muitas vezes nos são mostradas as provas e as expiações que nos caberão na vida, as quais teremos de suportar, e, conquanto sejamos confortados por nossos benfeitores, não deixamos de nos entristecer e ficamos um tanto apreensivos.
Há espíritos encarnados que ao penetrarem no mundo espiritual através do sono, entregam-se aos estudos de sua predileção e por isso têm sempre idéias novas no campo de suas atividades terrenas. Outros valem-se da facilidade de locomoção para realizarem viagens de observação, não só na Terra, mas também nas esferas espirituais que lhe são vizinhas.
Assim como visitamos nossos amigos encarnados, também podemos ir visitar nossos amigos desencarnados e com eles passarmos momentos agradáveis, enquanto nosso corpo físico repousa; disso nos resulta grande conforto.
Estado de Entorpecimento: são comuns nos encarnados cujos espíritos não se afastam do lado do corpo, enquanto este repousa. Ficam junto ao leito, como que adormecidos também.
É comum o sono favorecer o encontro de inimigos para explicações recíprocas. Esses inimigos podem ser da encarnação atual ou encarnações antigas. Os mentores espirituais procuram aproximar os inimigos, a fim de induzí-los ao perdão mútuo. Extingüem-se assim muitos ódios e grande número de inimigos se tornam amigos, o que lhes evitará sofrimentos. É a maior e melhor percepção de que goza o espírito semi-liberto pelo sono, facilita a extinção de ódios e a correção de situações desagradáveis e por vezes dolorosas.
OS SONHOS E A EVOLUÇÃO
Considerável porcentagem de encarnados, ao entregarem seu corpo físico ao repouso, continuam, sono adentro, com suas preocupações materiais. Não aproveitam a oportunidade para se dedicarem um pouco à vida eterna do espírito. Estudam os negócios que pretendem realizar, completamente alheios aos verdadeiros interesses de seus espíritos e nada vêem e nada percebem do mundo espiritual no qual ingressam por algumas horas.
Há encarnados que, ao se verem semi-libertos do corpo de carne pelo sono, procuram os lugares de vícios, com o fito de darem expansão às suas paixões inferiores, na ânsia de satisfazerem seus vícios e seu sensualismo. Outros se entregam mesmo ao crime, perturbando e influenciando perniciosamente suas vítimas, tornando-se instrumentos de perversidade.
No livro Mecanismos da Mediunidade, psicografado por Chico Xavier, André Luiz nos diz que quanto mais inferiorizado, mais dificuldade terá o Homem em se emancipar espiritualmente. Qual ocorre ao animal de evolução superior, no Homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico.
No animal o sonho é puro reflexo das atividades fisiológicas, e, no Homem primitivo, em que a onda mental está em fase inicial de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariavelmente ação reflexa de seu próprio mundo consciencial e afetivo.
Há leis de afinidade que respondem pelas aglutinações sócio-morais-intelectuais, reunindo os seres conforme os padrões e valores. Estaremos, então, durante o repouso noturno, nos emancipando espiritualmente, vivenciando cenas e realizando tarefas afins.
Buscamos sempre, durante o sono, companheiros que se afinam conosco e com os ideais que nos são peculiares. Procuraremos a companhia daqueles espíritos que estejam na mesma sintonia, para realizações positivas, visando nosso progresso moral ou em atitudes negativas, viciosas, junto àqueles que, ainda, se comprazem em atos ou reminiscências degradantes, que nos perturbam e desequilibram a alma.
Parcialmente liberto pelo sono, o Espírito segue na direção dos ambientes que lhe são agradáveis durante a lucidez física ou onde gostaria de estar, caso lhe permitissem as possibilidades normais.
Os sonhos espíritas, isto é, naqueles que nos liberamos parcialmente do corpo e gozamos de maior liberdade, são os retratos de nossa vivência diária e de nosso posicionamento espiritual. Refletem de nossa realidade interior, o que somos e o que pensamos.
O tipo de vida que levarmos durante o dia determinará, invariavelmente, o tipo dos sonhos que a noite nos ofertará, em resposta às nossas tendências. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual.
ANÁLISE DOS SONHOS
A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto-descobrimento. Devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens e lembranças esparsas. Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossas percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos.
Se ao despertarmos, nos sentirmos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico. Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos certamente a situações e espíritos desequilibrados. Daí, a necessidade de adequarmos nossas vidas aos preceitos do bem, vivenciando o amor, o perdão, a abnegação, habituando-nos à prece e à meditação antes de dormir, para nos ligarmos a valores bons e sintonia superior. Assim, teremos um sono reparador e sonhos construtivos.
PREPARA-SE PARA BEM DORMIR
Elizeu Rigonatti, no livro Espiritismo Aplicado, diz que para termos um bom sono, que ajude o nosso espírito a desprender-se com facilidade do corpo, é preciso que prestemos atenção no seguinte: o mal e os vícios seguram o espírito preso à Terra. Quem se entregar ao mal e aos vícios durante o dia, embora o seu corpo durma à noite, seu espírito não terá forças para subir e ficará perambulando por aqui, correndo o risco de ser arrastado por outros espíritos viciosos e perversos. A excessiva preocupação com os negócios materiais também dificulta o espírito a desprender-se da Terra.
A prática do bem e da virtude nos levarão, através do sono, às colônias espirituais onde fruiremos a companhia de mentores espirituais elevados; receberemos bom ânimo para a luta diária; ouviremos lições enobrecedoras e poderemos nos dedicar a ótimos trabalhos.
Oremos ao deitar, mas compreendamos que é de grande valia a maneira pela qual passamos o dia; cultivemos bons pensamentos, falemos boas palavras e pratiquemos bons atos, evitando a ira, rancor e ódio. E de manhã ao retornarmos ao nosso veículo físico, elevemos ao Senhor nossa prece de agradecimento pela noite que nos concedeu de repouso, ao nosso corpo, e de liberdade ao nosso espírito.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
No estado de vigília, quando estamos acordados, as percepções se fazem com o concurso dos órgãos físicos; os estímulos exteriores são selecionados pelos sentidos e transmitidos ao cérebro pelas vias nervosas. No cérebro físico, são gravados para serem reproduzidos pela memória biológica a cada evocação.
Quando dormimos cessam as atividades físicas, exceto as autônomas, motoras e sensoriais. O espírito liberto age e sua memória perispiritual registra os fatos sem que estes cheguem ao cérebro físico; tudo é percebido diretamente pelo espírito. Por “adaptação vibratória”, as percepções da alma poderão repercutir no cérebro físico; quando lembramos, dizemos que sonhamos, mas na verdade sonhamos todo dia.
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