domingo, 25 de maio de 2014

BAIANOS E BAIANAS


São pessoas quer viveram na Bahia(geralmente) ou Nordeste de forma geral, e que vêm ao terreiro para passar seu Axé, e sua energia positiva na forma de passes e conselhos.
A alegria que essa gira nos traz é contagiante, gostam muito de dançar.
Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas de uma vida sofrida e de luta.
Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário também.Cientes dessa valiosa capacidade sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida.
O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos. 
Conhecem de tudo um pouco, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão alí "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão alí para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, passam segurança ao consulente que tem fé. 
Os trabalhos com a corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.Nesta gira manifestam também os Cangaceiros.

Nomes de Baianos na Umbanda

Baiano dos Sete Cocos
Chico Baiano
Januário
Joaquim Baiano
João Baiano
João do Coqueiro
Juvenal
Juvêncio
Mané Baiano
Serafim
Severino da Bahia
Simão do Bonfim
Zeca do Côco
Zé Baiano
Zé Pereira
Zé Pretinho
Zé Tenório
Zé da Estrada
Zé da Estrada
Zé da Lua
Zé do Berimbau
Zé do Côco
Zé do Ouro
Zé do Prado
Zé dos Trilhos
Zézinho Baiano

Nomes de Baianas da Umbanda

Baiana Rosalva
Baiana da Estrada
Baiana da Palmeira
Baiana da Praia
Baiana dos Cocos
Baiana dos Sete Nós
Chica Baiana
Jacinta
Juvência
Maria (ou Baiana) do Rosário
Maria Baiana
Maria Fulô, Januária
Maria Mulata
Maria da Cruz
Maria das Candeias
Maria do Balaio
Maria dos Anjos
Maria dos Remédios
Quitéria
Raimunda
Rosa Baiana


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