Somente com a luz viva da verdade espiritual, com o conhecimento da reencarnação, com o entendimento da destinação evolutiva do homem, com a compreensão da lei de ação e reação, o ser humano conseguirá captar a importância da busca pela riqueza espiritual, cumprindo o mister de renovar a sociedade, renovar os homens.
A renovação das criaturas se fará através da EDUCAÇÃO. A educação se inicia na infância, desde os primeiros momentos do espírito encarnado e a responsabilidade de educar estas almas que retornam compete aos PAIS. Se há grande importância em dirigir um carro, dirigir uma empresa, maior ainda é a importância de dirigir um espírito eterno em seus primeiros passos na presente encarnação. As situações meramente humanas passam, mas a moral, o caráter, os sentimentos são elementos divinos que caracterizam a alma, que na infância se encontra predisposta à chance de reajustar-se e aprender novas lições.
Em Allan Kardec temos magistral questão: Pode considerar-se como missão a paternidade? É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro.
O compromisso de sermos pais ou mães foram assumidos na Pátria Espiritual e reafirmados por ocasião de nosso casamento, na formação da nova família. A responsabilidade dos pais é imensa na educação dos filhos. Não somente na preocupação de dar-lhes alimento, vestuário, lazer, escola, conforto, mas principalmente na dedicação em colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes iluminarão os caminhos.
Novamente Kardec elucida: Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.
Deste modo, ninguém poderá subtrair dos genitores a responsabilidade da tarefa. Isto não significa, em hipótese alguma, que os pais devam transformar seus filhos em alguns anos de convivência. O que Jesus nos pede é que sejamos sempre esforçados e dedicados a tão importante encargo, não desanimando ante as dificuldades ou desprezando o lar pela busca obsessiva dos fatores transitórios.
O Espírito não se modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo, toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido encaminhados a um coração endurecido pelo mal, ainda carregando muitas dificuldades.
Não haverá consciência atormentada quando formos pais leais, devotados e sinceros, mesmo com a tristeza de ver nossos filhos incursionando pelos caminhos do desequilíbrio e da ilusão. O que causará grande tormenta em nossa consciência será a preguiça no exercício de nosso papel paterno ou materno, o amor sem limites que cega, a profunda má vontade de grande parte dos pais que acham já saberem tudo, não enxergando suas falhas, e a falta de humildade em reconhecer-nos ainda insipientes quanto aos conhecimentos acerca da educação. Não somos responsáveis pelas imperfeições de nossos filhos, mas, sim, se adubamos essas tendências infelizes ou se não as combatemos quanto podíamos.
O mais importante não é darmos de virtudes paternais, e sim que nossos filhos, ao deixarem a vida física, estejam mais enriquecidos espiritualmente e moralmente do que quando chegaram a ela, mesmo que teimem em recalcitrar, resistindo teimosamente em abandonar as próprias sombras.
Santo Agostinho esclarece-nos: Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranquila a consciência.
Para os pais espíritas o grau de compromisso aumenta, tendo em vista o rico e inestimável material que trazem em mãos, competindo a estes pais aproveitarem a fecundidade destes recursos. Devemos desenvolver o caráter de nossos tutelados, ministrar-lhes as noções religiosas imprescindíveis, oferecer-lhes o melhor esforço de exemplificação, dar-lhes assistência material e moral constante, indicar-lhes um rumo certo a seguir, orientar-lhes constante e carinhosamente, apoiá-los, protegê-los, ajudá-los, ser-lhes amigos, amá-los, animá-los em seus ideais, incentivá-los em suas virtudes, auxiliá-los a enfrentarem as influências perniciosas, a invigilância, a ignorância.
O grande trabalho dos pais não é esconder o filho dos problemas, e sim prepará-los, dando-lhes as armas com as quais poderão triunfar sobre estes desafios. Podemos dizer que, antes de conhecer o Espiritismo, educar era difícil; agora, com o Espiritismo, continua e às vezes até aumenta a dificuldade. Só que estaremos tão mais bem preparados que, a par da dificuldade, produzimos e acertamos mais.
Aos pais e dirigentes espíritas envia-se o alerta: que em todos os agrupamentos espíritas nasçam atividades voltadas para a preparação e apoio aos pais.
Que nós, pais espíritas, sejamos os tradutores de Jesus junto a nossos filhos, iluminados pelo evangelho, educando-os com segurança e convicção.”
VOCÊ SABIA?
Segundo a enciclopédia livre Wikipédia , o Dia do Pai tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou e escupiu em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
Em 1909 Sonora Louise Dodd, filha do veterano da guerra civil John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão de sua mãe, teve a ideia de celebrar o dia dos pais. Sonora queria um dia especial em homenagem ao pai, que viu sua mulher morrer dando a luz ao sexto filho, tendo que criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Então, já que John Bruce Dodd, pai de Sonora, nascera no mês de junho, ela escolheu celebrar o primeiro dia dos pais em Spokane, Washington, no dia 19 de junho de 1910 .
Nos Estados Unidos o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Em Portugal é comemorado em 19 de março. No Brasil é comemorado no segundo domingo de agosto, data atribuída ao publicitário Sylvio Bhering que festejou o Dia dos Pais pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família (dia que também se comemora o dia do padrinho, segundo a tradição católica).
Uma ótima semana a todos e muito Axé !!
Mãe Mônica Caraccio
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