domingo, 15 de maio de 2011
SAÍDA DE CAMARINHA
PARABÉNS A BÁRBARA (MÃE PEQUENA)
E MATEUS (OBURÍ)
POR SUA COROAÇÃO NESTE SÁBADO NO C.E.S.J.
OXALÁ ESTEJA SEMPRE COM VOCÊS NESTA SAGRADA CAMINHADA
Yaô Bárbara de Xango
Oburí Cambone Mateus de Oxossi
PORTABILIDADE
Palavra da moda em nosso país é PORTABILIDADE.
Temos portabilidade para a telefonia, planos de saúde e, pelo visto, chegou também à Umbanda.
Isto me ocoreu ao ler o calendário de atividades da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino (OICD), enviada para as listas pelo nosso “amigo” João Luiz Carneiro.
A “portabilidade umbandista” funciona da seguinte forma: no mesmo espaço em que “tocam” as gíras seguindo os fundamentos da Umbanda Esotérica, no dia seguinte se faz a mesma coisa com Omolokô, Catimbó, “Tríplice Caminho”, e vai por ai afora.
Não importa que sejam energias completamente diferentes entre si, mas já que tudo (para eles) é Umbanda, então podemos apenas trocar de roupa, guias e patuás, e “deixar a gíra girar”.
É como acontece com a telefonia, mal comparando: eu permaneço com o “número” (Umbanda), mas troco de “operadora” (Rito). Como não existe mais aquela exigência de fidelidade por um determinado tempo, podemos trocar de “operadora” quantas vezes quisermos, sem o risco de pagarmos um “multa” ou sofrermos qualquer outra penalidade.
Isto é uma “revolução”, com certeza.
Fico imaginando como é a logística física e espiritual para este tipo de coisa. Será que é uma tronqueira para cada rito ou, semelhante aos “smartphones” que podem ser programados para perfil “personal” ou “bussiness“, temos uma “tronqueira inteligente” que detecta as mudanças na configuração do Terreiro?
De uma coisa, porém, eu tenho certeza: os médiuns são “quadriband“, já que conseguem adaptar suas vibrações mediunicas à todos os ritos existentes, assim como os modernos celulares fazem com os diversos padrões de frequências encontradas nas redes de telefonia.
Ah!, estas modernidades…
UM CASO DE CURA DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS
No capítulo entitulado “Da Cruzada espírita ao Abrigo Thereza de Jesus” do livro No mundo dos espíritospublicado em 1925 pelo jornalista Leal de Souza( já largamente garimpado neste blog) , encontramos o discurso do Sr. J.R. Brigagão, feito no salão de conferências do Abrigo Thereza de Jesus, que nos dá alguma dimensão da importância e do grau de notoriedade que os feitos do médium Zélio Fernandino de Moraes ganharam no Rio de Janeiro do século passado e que disponibilizo , seguindo a grafia original do livro, a seguir:
“-Ha poucos dias, na visinha cidade de Nictheroy, uma linda moça, na flor da edade,cheia de sonhos azues e illusões douradas, adoeceu de enfermidade mysteriosa. Foram chamados bons medicos e a enferma não melhorou. Antes, peorou. Novos doutores foram consultados, porém a donzella, aggravando-se rapidamente o seu estado, foi julgada sem salvação. Em desespero, seu pae, um commerciante abastadissimo, ouviu os conselhos de um amigo e solicitou os soccorros ao centro espírita Nossa Senhora da Piedade, onde se manifestam espiritos de caboclos, mas, acabára de pedir taes auxilos, quando recebeu a noticia do desenlace fatal: sua filha fallecera ás 5 horas da tarde.Voltou o pae em pranto, para o seu lar abalado. Veio um medico, examinou a moça e lavrou o attestado de obito. Lavou-se e vestiu-se o corpo. Foi collocado, sob flores, na mesa mortuaria, entre velas bruxoleantes. Um sacerdote fez a encommendação.
Às 8 horas da noite, ao iniciar a sua sessão, o centro espírita Nossa Senhora da Piedade, não tendo sido avisado do fallecimento, fez uma prece pela saude da moça já morta. Manifestando-se o espirito do guia e protector do centro, disse:
“-Um grave perigo ameaça a pessoa por quem oraes. Continuae as vossas preces com fervor e sem interrupção, até que eu volte, pois vou sair para socorrel-a”. Os espiritas do centro Nossa Senhora da Piedade, orando com fervor, esperaram cerca de duas horas, e, ao termo dellas, manifestando-se de novo, o espirito de seu guia disse-lhes: “Está salva a moça”. Espiritos máos, convocados por motivo de ordem pessoal, haviam envolvido a joven em fluidos venenosos, que a estavam matando. Não se quebrára, porém, o fio que liga o Espirito ao corpo.
Às 8 horas da noite, terminou o narrador, a moça continuava na mesa funeraria, com todos os signaes de morte. Às 9 horas, uma demonstração de vida animou-lhe a face e, percebendo-a, seu padrinho preveniu seu pae. Retirada da camara mortuaria e reposta em seu leito, a moça reabriu os olhos, e, momentos após, erguia-se curada, completamente boa. Os espiritos dos caboclos, em combate travado nos espaços, tinham vencido os espiritos máos...”
INCORPORAR? QUANDO?
Não existe um tempo estimado, varía de médium pra médium.
Cada médium tem seu tempo de desenvolvimento, alguns se desenvolvem em pouco tempo e outros levam muito tempo, podendo levar até anos pra se desenvolver.
Existem médiuns que nascem preparados, outros que precisam ser lapidados, o fato é que não há uma regra, para isso, veja bem levando em conta a pluralidade das existências, um médium que desencarna com bastante idade ,ao reencarnar perdeu suas lembranças mas nunca seu conhecimento.
Cada caso é único e depende de uma série de fatores até que o tal desenvolvimento seja atingido.
O desenvolvimento faz parte da Evolução por isso a cada dia e a cada Gira estamos em desenvolvimento.
Há médiuns que estão há anos dentro de uma casa e não chegaram a ter uma incorporação,nesse caso é necessário que o dirigente procure saber o motivo do médium não ter incorporação,pode ser por sua mediunidade não ser de incorporação,ou até mesmo por que o médium bloqueia a Entidade,talvez por medo,insegurança,não consegue atingir a concentração necessária,ou qualquer outro motivo que possa estar atrapalhando a aproximação da Entidade.
Se faz necessário a dedicação dos PMDS estarem atentos as necessidades de seus médiuns iniciantes, para que possam ter orientações,esclarecimentos, para que venham a desenvolver suas faculdades mediúnicas conforme seu nível evolutivo.
Médium,procure dedicar-se,buscar conhecimento,estudar,desligar-se no momento certo,praticar meditação por alguns momentos,buscando a elevação espiritual,concentrar-se em coisas boas,direcionar seus pensamentos a Deus,a espiritualidade de luz,espíritos evoluídos,pratique isso e com certeza irá ter um resultado excelente.
Procure manter-se o mais equilibrado possível nos dias de trabalhos,o mais puro,abstendo-se de certos alimentos,energia sexual,mantendo seus pensamentos positivos, estar em oração,buscando sempre o auxilio espiritual.
Pratique a reforma íntima!
aurea oliveira
Cada médium tem seu tempo de desenvolvimento, alguns se desenvolvem em pouco tempo e outros levam muito tempo, podendo levar até anos pra se desenvolver.
Existem médiuns que nascem preparados, outros que precisam ser lapidados, o fato é que não há uma regra, para isso, veja bem levando em conta a pluralidade das existências, um médium que desencarna com bastante idade ,ao reencarnar perdeu suas lembranças mas nunca seu conhecimento.
Cada caso é único e depende de uma série de fatores até que o tal desenvolvimento seja atingido.
O desenvolvimento faz parte da Evolução por isso a cada dia e a cada Gira estamos em desenvolvimento.
Há médiuns que estão há anos dentro de uma casa e não chegaram a ter uma incorporação,nesse caso é necessário que o dirigente procure saber o motivo do médium não ter incorporação,pode ser por sua mediunidade não ser de incorporação,ou até mesmo por que o médium bloqueia a Entidade,talvez por medo,insegurança,não consegue atingir a concentração necessária,ou qualquer outro motivo que possa estar atrapalhando a aproximação da Entidade.
Se faz necessário a dedicação dos PMDS estarem atentos as necessidades de seus médiuns iniciantes, para que possam ter orientações,esclarecimentos, para que venham a desenvolver suas faculdades mediúnicas conforme seu nível evolutivo.
Médium,procure dedicar-se,buscar conhecimento,estudar,desligar-se no momento certo,praticar meditação por alguns momentos,buscando a elevação espiritual,concentrar-se em coisas boas,direcionar seus pensamentos a Deus,a espiritualidade de luz,espíritos evoluídos,pratique isso e com certeza irá ter um resultado excelente.
Procure manter-se o mais equilibrado possível nos dias de trabalhos,o mais puro,abstendo-se de certos alimentos,energia sexual,mantendo seus pensamentos positivos, estar em oração,buscando sempre o auxilio espiritual.
Pratique a reforma íntima!
aurea oliveira
sexta-feira, 13 de maio de 2011
13 DE MAIO
UM DIA MUITO IMPORTANTE PARA A UMBANDA E OS UMBANDISTAS EM
GERAL !
UMA DAS ENTIDADES MAIS CARISMÁTICAS DA UMBANDA NO BRASIL.
SE VOCÊ PRECISA DE UM PASSE ? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !
SE PRECISA DE UM CONSELHO ? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !
SE PRECISA DE UM BENZIMENTO? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !
OS ATABAQUES VÃO BATER MUITO ALTO !
COMO DIZEM OS PRETOS VELHOS DE UMBANDA :
CURIMBA DE PRETO VELHO COMEÇA QUANDO O DIA AMANHACE !!!
SARAVÁ UMBANDA !
segunda-feira, 9 de maio de 2011
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Gostaria de ter uma opinião sua sobre como se faz um Pai No Santo.
Existe uma forma " correta " na Umbanda ?
Como seria essa feitura, afinal é preciso ter a coroa bem protegida dos ataques espirituais( que acontecem a todos os terreiros )que não são poucos. E quem nao estiver com a coroa firmada, bem feita, sofre bastante , correto ?
Como se consagra um Pai no Santo na Umbanda ?
Afinal muitos mediuns saem de seus terreiros por divergencias, ou presunção, e acreditam que com seus anos de conhecimento e trabalho mediúnico, são suficientes para comandar uma casa. E normalmente se intitulam " dirigentes ", não Pai no Santo, forma de disfarçar que não são sacerdotes.
Explique essa para nós.
Saravá irmão.
Mauro
A questão é a seguinte. Existem Umbandas que fazem INICIAÇÕES PARA ESTE FIM (FEITURAS só no Candomblé) e existem também as que não fazem por só lidarem com Espiritos Humanos desencarnados.
As que fazem e são sérias (e por isto não iniciam para este fim qualquer um), têm por objetivo, além de preparar o iniciado passando-lhes os conhecimentos básicos e fundamentais que irão aplicar no decorrer de suas vidas, tanto no trato com seres espirituais de natureza humana (Espíritos Humanos desencarnados), quanto seres espirituais de natureza não humana (Elementais da Natureza - os que são ligados à Natureza em suas diversas formas e que também são chamados de orixás), para o que se levam um bom tempo (alguns anos) na apreciação das capacidades de quem vai ser iniciado, suas reações frente a diversas situações, tanto espirituais quanto de vida simples, etc.
Tendo sido aprovado, não só pela Chefia Encarnada, mas principalmente pela Chefia Espiritual, esse encarnado é então apresentado aos Elementais da Natureza, ou em seus sítios próprios (rios, praias, matas, etc) ou em algum lugar apropriado dentro do próprio Terreiro para o qual esses Elementais são atraídos por oferendas e "rezas" a eles destinadas sem qualquer introdução de ejé (sangue), sendo nestes locais que se fazem uma espécie de "pacto de amizade" que, dependendo do conhecimento do Iniciador e das raízes de seus conhecimentos, vai variar nas formas de seus rituais para este objetivo.
Entendem-se então, que a partir deste "pacto de amizade", ficará o então INICIADO em melhor sintonia com estes seres que, por sua vez, lhes serão mais atenciosos, recebendo-o e atendendo-o amistosamente, bem assim como aos seus pedidos futuros sempre que a eles recorrer.
De uma forma geral, por este "pacto" o então iniciado passa a contar com mais proteção destes seres da Natureza e, por "estreitamento dos laços de amizade" entre eles (e com os Espíritos Humanos também) ao longo do tempo, poderá adquirir a possibilidade de vir a ser, ou não um verdadeiro Pai No Santo de algum grupamento, já que os "axés" necessários para tal vêm exatamente através de seus conhecimentos adquiridos ao logo deste tempo e destes laços de amizade, através da qual virá a receber informações de nível bem mais profundo e às vezes particulares em relação A ELE MESMO e aos dois tipos de Espíritos a que se juntou por pacto e sintonia.
Se você fizer uma análise bem reflexiva do que leu antes, chegará à conclusão de que um VERDADEIRO PAI NO SANTO, só o será se a ESPIRITUALIDADE ASSIM PERMITIR, já que serão eles lá que lhe passarão, OU NÃO (e isto vai depender de vários fatôres) os ensinamentos mais profundos e relativos àquilo que deve e pode receber para que chegue a tal posição e, PRINCIPALMENTE, para que seja RECONHECIDO E RESPEITADO pelos Espíritos humanos e Naturais como tal.
Espero ter podido me fazer entender.
Um GRANDE SARAVÁ pra você também!!!
------------------------------------------------------------------------------------
eu e minha esposa frequentamos algumas sessoes de umbanda, sempre conversavamos com seu ze pilintra,fizemos alguns rituais,ele dizia que minha esposa tinha que trabalhar no centro,mas paramos de frequentar por motivos particulares,entao esses dias sonhei com uma amiga que trabalha nesse centro, ela no sonho me disse que estavao me chamando e eu deveria ir la que queriam conversar comigo.Fiquei meio sem saber oque fazer se vou ou nao oque vc acha. devo ir ou nao?
Salve, ANÔNIMO (Rssss EXISTE COISA PIOR QUE FALAR COM UM ANÔNIMO?)
A questão verdadeira é a seguinte:
1- VOCÊ QUER VOLTAR LÁ?
2- Quando lá esteve sentiu alguma forma de identificação com o que ali acontecia?
3- Observou e compactuou com o comportamento dos médiuns, do(a) Chefe de Terreiro e/ou da entidade com quem lidava?
4- A ENERGIA da Casa foi positiva pra você e sua esposa?
Se todas as suas respostas forem positivas, então não há mal algum em você lá voltar. Mas tenha em mente que, se o Terreiro for dirigido por algum tipo de Zé Pelintra (ou qualquer outro tipo de EXU), ainda que se lhe respeitem, com toda a certeza NÃO É UM TERREIRO DE UMBANDA, ainda que assim seja apresentado.
Receba um fraterno abraço.
----------------------------------------------------------------------------------
Meu nome é Robson, sou iniciado na umbanda a mais de 3 anos e estou em desenvouvimento, porém sou medium consiênte e não me cinto bem com isso.
Achei de grande ajuda o que você disse nesta pagina.
Me tire uma grande duvida. Estou em uma casa onde eu procuro conhecimento sempre que me é dada esta oportunidade. A entidade maria padilia do meu pai NO santo falou para a minha pomba gira cigana, que numa proxima incorporação ela desse o nome e riscase seu ponto. Obs(eu vi, ouvi e lembro de tudo), e isso tem me deixado de cuca quente e meio desesperado.
Como você pode me ajudar neste caso que tem tirado meu sossego, pois fico com a impreção que eu (Robson) é que tenho que resolver.
Me ajude por favor.
Meus parabens, e um grande AXÊ.
Sabe que eu não sei?
O máximo que lhe posso dizer é que confie em você e na entidade porque se ela tiver mesmo que riscar seu ponto, vai fazê-lo. E se não estiver na hora certa, seja lá por que motivo for, ela não vai fazê-lo, o que não deve servir de entrave para sua crença e melhoria futura de sua mediunidade.
Como já disse e você já leu, REAFIRMO que sintonia vibratória entre médium consciente e Espíritos cresce na medida em que haja TREINAMENTO e ADAPTAÇÕES entre um e outro, o que leva tempo e demanda paciência.
Se seu pai no santo acha que você está pronto pra canalizar perfeitmente sua P.G., quem sou eu pra contrariá-lo, não é mesmo?
Só espero que você NÃO "monte a entidade" (e risque você mesmo) e NÃO venha a ser um tipo de "médium" desses ANÍMICOS que se está vendo por aí que sobre ANIMISMO tente solidificar a sua crença e sua fé porque isto muitos já tentaram e hoje pagam dízimos.
Os que ainda tentam (que não são poucos), na melhor das hipóteses, mais cedo ou mais tarde, vão pelo mesmo caminho deixando a Umbanda ... GRAÇAS A DEUS!!!!!!
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Fui em varios centros de umbanda,sempre me falam que tenho mediunidade e tal...no ultimo que fui ..depois do PASSE me colocaram numa GIRA tipo os mediuns faziam um circulo e eu ficava no meio, ai tipo pediram pra eu rodar pra DIREITA eu girei ate notei algo mas fiquei todo consciente...depois pediram pra eu rodar pra esquerda ai eu senti uma energizacao maior...qual o significado de se rodara pra direita(sentido horario) e pra esquerda(anti horario?)?
Este movimento de rodar tem como objetivo inical e básico alterar o estado de consciência do indivíduo e colocá-lo, digamos assim, a mercê de uma atuação externa que tanto pode ser de um Espírito como de um hipnotizador, por exemplo.
No caso de ser Espíritual essa atuação que se busca, não tendo sido sua sensação apenas uma reação ao fato de ter estado rodando pra a direita e logo depois para a esquerda (porque isso também causa desequilíbrio e alterações na consciência) podemos julgar que tenha acontecido pelo fato de que, pelo menos simbolicamente, por uma interpretção ocultista, os giros para a esquerda determinem a descida das entidades (e energias) para a terra e para a direita o contrário - a subida ou à ida oló.
Mas antes que aceite isto como verdade total, sugiro que de uma próxima vez, peça para que iniciem as rodadas para a esquerda e depois para a direita e procure observar as sensações que isto lhe causará.
Comparando as duas formas, sendo diferentes ou não, você já terá uma boa base para iniciar suas própria pesquisas a respeito, creio.
Existe uma forma " correta " na Umbanda ?
Como seria essa feitura, afinal é preciso ter a coroa bem protegida dos ataques espirituais( que acontecem a todos os terreiros )que não são poucos. E quem nao estiver com a coroa firmada, bem feita, sofre bastante , correto ?
Como se consagra um Pai no Santo na Umbanda ?
Afinal muitos mediuns saem de seus terreiros por divergencias, ou presunção, e acreditam que com seus anos de conhecimento e trabalho mediúnico, são suficientes para comandar uma casa. E normalmente se intitulam " dirigentes ", não Pai no Santo, forma de disfarçar que não são sacerdotes.
Explique essa para nós.
Saravá irmão.
Mauro
A questão é a seguinte. Existem Umbandas que fazem INICIAÇÕES PARA ESTE FIM (FEITURAS só no Candomblé) e existem também as que não fazem por só lidarem com Espiritos Humanos desencarnados.
As que fazem e são sérias (e por isto não iniciam para este fim qualquer um), têm por objetivo, além de preparar o iniciado passando-lhes os conhecimentos básicos e fundamentais que irão aplicar no decorrer de suas vidas, tanto no trato com seres espirituais de natureza humana (Espíritos Humanos desencarnados), quanto seres espirituais de natureza não humana (Elementais da Natureza - os que são ligados à Natureza em suas diversas formas e que também são chamados de orixás), para o que se levam um bom tempo (alguns anos) na apreciação das capacidades de quem vai ser iniciado, suas reações frente a diversas situações, tanto espirituais quanto de vida simples, etc.
Tendo sido aprovado, não só pela Chefia Encarnada, mas principalmente pela Chefia Espiritual, esse encarnado é então apresentado aos Elementais da Natureza, ou em seus sítios próprios (rios, praias, matas, etc) ou em algum lugar apropriado dentro do próprio Terreiro para o qual esses Elementais são atraídos por oferendas e "rezas" a eles destinadas sem qualquer introdução de ejé (sangue), sendo nestes locais que se fazem uma espécie de "pacto de amizade" que, dependendo do conhecimento do Iniciador e das raízes de seus conhecimentos, vai variar nas formas de seus rituais para este objetivo.
Entendem-se então, que a partir deste "pacto de amizade", ficará o então INICIADO em melhor sintonia com estes seres que, por sua vez, lhes serão mais atenciosos, recebendo-o e atendendo-o amistosamente, bem assim como aos seus pedidos futuros sempre que a eles recorrer.
De uma forma geral, por este "pacto" o então iniciado passa a contar com mais proteção destes seres da Natureza e, por "estreitamento dos laços de amizade" entre eles (e com os Espíritos Humanos também) ao longo do tempo, poderá adquirir a possibilidade de vir a ser, ou não um verdadeiro Pai No Santo de algum grupamento, já que os "axés" necessários para tal vêm exatamente através de seus conhecimentos adquiridos ao logo deste tempo e destes laços de amizade, através da qual virá a receber informações de nível bem mais profundo e às vezes particulares em relação A ELE MESMO e aos dois tipos de Espíritos a que se juntou por pacto e sintonia.
Se você fizer uma análise bem reflexiva do que leu antes, chegará à conclusão de que um VERDADEIRO PAI NO SANTO, só o será se a ESPIRITUALIDADE ASSIM PERMITIR, já que serão eles lá que lhe passarão, OU NÃO (e isto vai depender de vários fatôres) os ensinamentos mais profundos e relativos àquilo que deve e pode receber para que chegue a tal posição e, PRINCIPALMENTE, para que seja RECONHECIDO E RESPEITADO pelos Espíritos humanos e Naturais como tal.
Espero ter podido me fazer entender.
Um GRANDE SARAVÁ pra você também!!!
------------------------------------------------------------------------------------
eu e minha esposa frequentamos algumas sessoes de umbanda, sempre conversavamos com seu ze pilintra,fizemos alguns rituais,ele dizia que minha esposa tinha que trabalhar no centro,mas paramos de frequentar por motivos particulares,entao esses dias sonhei com uma amiga que trabalha nesse centro, ela no sonho me disse que estavao me chamando e eu deveria ir la que queriam conversar comigo.Fiquei meio sem saber oque fazer se vou ou nao oque vc acha. devo ir ou nao?
Salve, ANÔNIMO (Rssss EXISTE COISA PIOR QUE FALAR COM UM ANÔNIMO?)
A questão verdadeira é a seguinte:
1- VOCÊ QUER VOLTAR LÁ?
2- Quando lá esteve sentiu alguma forma de identificação com o que ali acontecia?
3- Observou e compactuou com o comportamento dos médiuns, do(a) Chefe de Terreiro e/ou da entidade com quem lidava?
4- A ENERGIA da Casa foi positiva pra você e sua esposa?
Se todas as suas respostas forem positivas, então não há mal algum em você lá voltar. Mas tenha em mente que, se o Terreiro for dirigido por algum tipo de Zé Pelintra (ou qualquer outro tipo de EXU), ainda que se lhe respeitem, com toda a certeza NÃO É UM TERREIRO DE UMBANDA, ainda que assim seja apresentado.
Receba um fraterno abraço.
----------------------------------------------------------------------------------
Meu nome é Robson, sou iniciado na umbanda a mais de 3 anos e estou em desenvouvimento, porém sou medium consiênte e não me cinto bem com isso.
Achei de grande ajuda o que você disse nesta pagina.
Me tire uma grande duvida. Estou em uma casa onde eu procuro conhecimento sempre que me é dada esta oportunidade. A entidade maria padilia do meu pai NO santo falou para a minha pomba gira cigana, que numa proxima incorporação ela desse o nome e riscase seu ponto. Obs(eu vi, ouvi e lembro de tudo), e isso tem me deixado de cuca quente e meio desesperado.
Como você pode me ajudar neste caso que tem tirado meu sossego, pois fico com a impreção que eu (Robson) é que tenho que resolver.
Me ajude por favor.
Meus parabens, e um grande AXÊ.
Sabe que eu não sei?
O máximo que lhe posso dizer é que confie em você e na entidade porque se ela tiver mesmo que riscar seu ponto, vai fazê-lo. E se não estiver na hora certa, seja lá por que motivo for, ela não vai fazê-lo, o que não deve servir de entrave para sua crença e melhoria futura de sua mediunidade.
Como já disse e você já leu, REAFIRMO que sintonia vibratória entre médium consciente e Espíritos cresce na medida em que haja TREINAMENTO e ADAPTAÇÕES entre um e outro, o que leva tempo e demanda paciência.
Se seu pai no santo acha que você está pronto pra canalizar perfeitmente sua P.G., quem sou eu pra contrariá-lo, não é mesmo?
Só espero que você NÃO "monte a entidade" (e risque você mesmo) e NÃO venha a ser um tipo de "médium" desses ANÍMICOS que se está vendo por aí que sobre ANIMISMO tente solidificar a sua crença e sua fé porque isto muitos já tentaram e hoje pagam dízimos.
Os que ainda tentam (que não são poucos), na melhor das hipóteses, mais cedo ou mais tarde, vão pelo mesmo caminho deixando a Umbanda ... GRAÇAS A DEUS!!!!!!
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Fui em varios centros de umbanda,sempre me falam que tenho mediunidade e tal...no ultimo que fui ..depois do PASSE me colocaram numa GIRA tipo os mediuns faziam um circulo e eu ficava no meio, ai tipo pediram pra eu rodar pra DIREITA eu girei ate notei algo mas fiquei todo consciente...depois pediram pra eu rodar pra esquerda ai eu senti uma energizacao maior...qual o significado de se rodara pra direita(sentido horario) e pra esquerda(anti horario?)?
Este movimento de rodar tem como objetivo inical e básico alterar o estado de consciência do indivíduo e colocá-lo, digamos assim, a mercê de uma atuação externa que tanto pode ser de um Espírito como de um hipnotizador, por exemplo.
No caso de ser Espíritual essa atuação que se busca, não tendo sido sua sensação apenas uma reação ao fato de ter estado rodando pra a direita e logo depois para a esquerda (porque isso também causa desequilíbrio e alterações na consciência) podemos julgar que tenha acontecido pelo fato de que, pelo menos simbolicamente, por uma interpretção ocultista, os giros para a esquerda determinem a descida das entidades (e energias) para a terra e para a direita o contrário - a subida ou à ida oló.
Mas antes que aceite isto como verdade total, sugiro que de uma próxima vez, peça para que iniciem as rodadas para a esquerda e depois para a direita e procure observar as sensações que isto lhe causará.
Comparando as duas formas, sendo diferentes ou não, você já terá uma boa base para iniciar suas própria pesquisas a respeito, creio.
MANDE SUAS DUVIDAS OU PERGUNTAS PARA: verynil@gmail.com
LIVROS ESPIRITAS
ESTOU DISPONIBILIZANDO ALGUNS LIVROS E TRABALHOS ACADÊMICOS PARA ESTUDOS.
PARA RECEBER OS LIVROS ENVIE EMAIL PARA verynil@gmail.com
ESPECIFIQUE QUAL LIVRO VC. QUER OU SE QUER TODOS.
OS LIVROS ESTÃO EM FORMATO PDF E VC. PODE IMPRIMIR OU LER NO PRÓPRIO PC.
LEMBRANDO QUE ESTES LIVROS ESTÃO LIBERADOS PELOS AUTORES PARA DISTRIBUIÇÃO DOMÉSTICA GRATUITA. NÃO SENDO PERMITIDO A SUA COMERCIALIZAÇÃO.
CASO SEJA FEITA QUALQUER TIPO DE DIVULGAÇÃO DOS LIVROS (MESMO TRECHOS)
DEVERÁ SER CITADO O AUTOR .
"UMBANDA SEM MEDO VOL.I, II E II";
"AS FALANGES DE TRABALHOS NA UMBANDA";
"PÉTALAS DA FALA POR CABOCLOS E PRETOS VELHOS";
"COMIDA DE SANTO NA COZINHA DOS HOMENS";
"UMBANDA";
"OS EXUS MIRINS DA UMBANDA";
O Tronco, o Guarda-Roupa e a Bússola!
Comumente, em alguns dos meus artigos, tenho chamado atenção para um tema, que muito me preocupa, as relações de Pais/Mães-de-Santo com seus respectivos filhos-de-santo e vice-versa.
Debruço-me bastante sobre esse tema, por entender que esta relação é a célula principal da formação de um terreiro. Em um terreiro geralmente temos o dirigente (Pai/Mãe-de-Santo), os filhos-de-santo e a assistência (freqüentadores habituais ou não). O dirigente é quem se dispôs a comandar um templo religioso, seja por missão, por dar continuidade a uma hereditariedade, por desejar contribuir desta forma com a religião ou mesmo por gratidão ao mundo espiritual umbandista. Os filhos-de-santo são todos aqueles que de uma forma ou de outra, seja qual for o motivo que os levaram a bater na porta de um templo umbandista, resolveram abraçar a fé de boa-vontade e se identificaram com a religião, com a casa que freqüenta e com o dirigente da mesma. Os freqüentadores fazem parte da massa, que procuram os terreiros umbandistas por curiosidade, a busca da solução de seus problemas etc.
Pais/Mães-de-Santo e seus respectivos filhos-de-santo formam uma célula vibratória de suma importância para o andamento dos trabalhos espirituais de um terreiro. Juntos eles formam o que se chama de egrégora espiritual (Egrégora é a somatória de energias mentais e espirituais, criadas por grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica.). Portanto, egrégora em um terreiro é a somatória das energias existentes que harmonizam e possibilitam, que os trabalhos de uma casa alcancem os resultados esperados. A esta célula primordial une-se, é claro e óbvio, o aporte do mundo espiritual que faz as coisas acontecerem. Tudo isso com vistas ao atendimento fraterno dos freqüentadores e dos próprios filhos-de-santo.
Com isso, não estou afirmando que para um terreiro existir é primordial a existência de filhos-de-santo. Em minha opinião, podem e, com certeza, devem existir, Pais/Mães-de-Santo com casa aberta sem filiação. Vulgarmente, pelos ignorantes e incultos, são esses Pais/Mães-de-Santo apelidados de "estéreis", por não terem formado ainda uma família espiritual. Entretanto, para cumprir o objetivo da Umbanda, a prática do bem, do amor e da caridade, a assistência espiritual aos que batem na porta de uma casa umbandista, não se necessita ter de imediato filhos-de-santo. A existência incondicional e/ou quantidade de filhos, que um Pai/Mãe-de-Santo tem em seu terreiro, não é o fator determinante para se conseguir a qualidade dos trabalhos espirituais realizados e propiciar os resultados a serem alcançados pelos beneficiados. Quantos Pais/Mães-de-Santo iniciam sua caminhada em seus terreiros sem possuírem filhos-de-santo. Acontece muito de um grupo de umbandistas se reunirem e montarem um terreiro, começarem a realizar os ritos e o atendimento ao público e essa casa espiritual ainda não ter nenhum filho-de-santo.
Eis o motivo que me leva a adotar os termos Sacerdote/Sacerdotisa, no lugar de Pais/Mães-de-Santo e discípulos ou adeptos em vez de filhos-de-santo.
Os termos Sacerdote e Sacerdotisa ficam mais bem adequados à missão nobre, a qual todo dirigente de terreiro deve estar comprometido. Também fornecem pleno significado para quem deve exercer uma abrangência, que vai além das quatro paredes do seu terreiro e do círculo interno dos seus discípulos, atingindo a coletividade satélite e por fim a sociedade como todo.
No meu entendimento, a principal preocupação dos trabalhos espirituais em um terreiro de Umbanda deve ser com o povo da assistência, ou seja, aqueles que, nos dias de ritos, procuram a casa espiritual na esperança de resolverem os seus problemas, curarem as suas enfermidades, encontrarem a orientação, ou simplesmente para tomar um passe e conversarem com uma entidade. Discípulos ou adeptos é uma conseqüência natural, surgem espontaneamente, sem pressão e forçassão de barra, como se diz.
A meu ver, existem casos no movimento umbandista, que são uma inversão desses valores. Ao se trabalhar prioritariamente a necessidade de angariar filhos-de-santo, os Pais/Mães-de-Santo tendem a perder o foco no atendimento fraterno, na assistência espiritual, na caridade da orientação, da palavra amiga aos visitantes e freqüentadores assíduos ou não de seus terreiros.
Mais uma vez, não fazendo de nossas opiniões uma regra, não podemos deixar de constatar que essas situações de exceção, tem acontecido com freqüência em nosso meio religioso.
Invariavelmente, encontramos terreiros formados exclusivamente por seus filhos-de-santo, com pouca ou sem nenhuma presença de assistência, ou com até uma presença relevante de freqüentadores, mas que apenas assistem os trabalhos, como algo que quebra a rotina do dia-a-dia, não tendo a oportunidade de interagir, de serem atendidos ou pelo menos orientados ou estimulados a fazê-lo. Nesses casos, os ritos são voltados para uso fruto dos filhos-de-santo. A assistência fica a parte, é adereço, acessório, mais platéia que consulentes. (Leia artigo noblog intitulado: "Umbanda não é um show!").Quadros como esses, se tornam realidade na vida de um terreiro por alguns motivos, me atrevo a identificar dois deles para ficar no exemplo:
1) Consulta particular. Desde que se institucionalizou a consulta particular como meio para se obter renda monetária, em outras palavras ganhar dinheiro, que nada mais pode ser resolvido nos dias dos ritos. Os trabalhos dos médiuns da casa e suas entidades ficam restritos a passes, a uma conversa preliminar e todos os casos que mereçam atenção (expectativa de se render $$$$) devem ser encaminhados para o Pai/Mãe-de-Santo através de uma consulta particular.
2) Falta de doutrina. Não existem orientações públicas, palestras, explanações coletivas, transmissão de conhecimento, ensinamentos etc. A pessoa entra e sai do terreiro apenas com a lembrança do que assistiu e mais nada. Se gostar do que viu volta, senão fica por isso mesmo.
Na falta de atenção à assistência, temos uma centralização no filho-de-santo. Essa centralização, quando de forma exacerbada imputa em uma relação de posse.
Ao se autodenominarem Pais/Mães-de-Santo existem aqueles que se relacionam com seus filhos-de-santo impondo um posicionamento de propriedade. O filho-de-santo deixa de ser um tutelado, um orientado e passa a ser um objeto do bel prazer do Pai/Mãe-de-Santo. O filho-de-santo pertencendo ao Pai/Mãe-de-Santo, não pode pensar e raciocinar por conta própria. Não pode conhecer a Umbanda, como visitar outros terreiros, sem autorização ou acompanhado de seu dono, às vezes não pode nem entrar em contato com outro irmão-de-santo sem o conhecimento e aprovação de seu Pai/Mãe-de-Santo, que antes deve ser inteirado do assunto e da necessidade deste contato. O filho-de-santo deve fidelidade canina ao seu Pai/Mãe-de-Santo, jamais questionando nenhuma atitude, nem tão pouco recusar as "verdades" que são lhe empurradas de goela abaixo. Ele sempre tem que ser um gerador de benefícios para seus Pai/Mães-de-Santo e ai, do coitado se assim não proceder religiosamente, me perdoe o trocadilho.
Existem dois tipos clássicos de relação de posse:
1) O Tronco.
Pais/Mães-de-Santo enxergam seus terreiros como uma grande senzala, com um tronco de açoitar escravos no centro e eles travestidos de feitores. Estamos falando de subjugação e dominação. Nesse tipo de relacionamento o Pai/Mãe-de-Santo chega às raias da intimidação, da humilhação pública e da agressão verbal e até física. O relacionamento tem como base o medo e o caráter imprevisível das ações e reações do Pai/Mãe-de-Santo. O filho-de-santo vive em permanente conflito, nunca sabendo como deve agir, já que reagir não pode. O dirigente que assume este tipo de postura mistura tudo. Sua entidade espiritual e ele são a mesma coisa, ou seja, o que ele tem vontade de dizer ou fazer com o filho-de-santo, para realizá-lo com maior propriedade e peso o faz incorporado com a entidade. Quando raramente percebe que extrapolou, que passou da conta no trato com o filho-de-santo, a diferença surge como num passe de mágica. Quem errou foi a entidade, ele (Pai/Mãe-de-Santo) é outra coisa e não tem nada haver com isso. Se forma um círculo vicioso. O Pai/Mãe-de-Santo vive a corrigir o que a sua entidade espiritual fez, ou a entidade espiritual vive tentando ajeitar o que o seu médium aprontou. No meio, o indefeso filho-de-santo. Uma relação de tapas e beijos. Dolorido, humilhante, constrangedor nos momentos de tapa e eufórico, sufocante e fascinante no instante do beijo. Freud explica e a psiquiatria tem um nome para isso, esquizofrenia-paranóica e relação sado-masoquista.
2) O Guarda-Roupa.
Pais/Mães-de-Santo enxergam seus terreiros como um grande guarda-roupa e seus filhos-de-santo como as roupas de seu uso particular. Enquanto são úteis usam, quando não possuem mais utilidade descartam ou como não gostam de perder, penduram no guarda-roupa para fazer número, pois nunca se sabe quando vai precisar novamente. Se aparece uma roupa nova então, as outras que estavam sendo as prediletas do momento são rapidamente encostadas, ou penduradas para dar lugar a novidade. Neste tipo de relacionamento Pais/Mães-de-Santo, são hábeis e sutis manipuladores. Possuem seus filhos na palma da mão, envolve-os com perfeição em um casulo que lhes bloqueia a vontade, lhes cegam e obstruem seus ouvidos, anulando seus sentidos de forma a que eles somente percebam e acreditem nas "verdades" que saem da boca dos seus genitocratas (Leia artigo no blog intitulado:"Desconstruindo o Despotismo na Umbanda - Parte 1"). Mais astuciosos que os Pais/Mães-de-Santo do primeiro exemplo (O Tronco), eles dividem seus filhos-de-santo em categorias:
Debruço-me bastante sobre esse tema, por entender que esta relação é a célula principal da formação de um terreiro. Em um terreiro geralmente temos o dirigente (Pai/Mãe-de-Santo), os filhos-de-santo e a assistência (freqüentadores habituais ou não). O dirigente é quem se dispôs a comandar um templo religioso, seja por missão, por dar continuidade a uma hereditariedade, por desejar contribuir desta forma com a religião ou mesmo por gratidão ao mundo espiritual umbandista. Os filhos-de-santo são todos aqueles que de uma forma ou de outra, seja qual for o motivo que os levaram a bater na porta de um templo umbandista, resolveram abraçar a fé de boa-vontade e se identificaram com a religião, com a casa que freqüenta e com o dirigente da mesma. Os freqüentadores fazem parte da massa, que procuram os terreiros umbandistas por curiosidade, a busca da solução de seus problemas etc.
Pais/Mães-de-Santo e seus respectivos filhos-de-santo formam uma célula vibratória de suma importância para o andamento dos trabalhos espirituais de um terreiro. Juntos eles formam o que se chama de egrégora espiritual (Egrégora é a somatória de energias mentais e espirituais, criadas por grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica.). Portanto, egrégora em um terreiro é a somatória das energias existentes que harmonizam e possibilitam, que os trabalhos de uma casa alcancem os resultados esperados. A esta célula primordial une-se, é claro e óbvio, o aporte do mundo espiritual que faz as coisas acontecerem. Tudo isso com vistas ao atendimento fraterno dos freqüentadores e dos próprios filhos-de-santo.
Com isso, não estou afirmando que para um terreiro existir é primordial a existência de filhos-de-santo. Em minha opinião, podem e, com certeza, devem existir, Pais/Mães-de-Santo com casa aberta sem filiação. Vulgarmente, pelos ignorantes e incultos, são esses Pais/Mães-de-Santo apelidados de "estéreis", por não terem formado ainda uma família espiritual. Entretanto, para cumprir o objetivo da Umbanda, a prática do bem, do amor e da caridade, a assistência espiritual aos que batem na porta de uma casa umbandista, não se necessita ter de imediato filhos-de-santo. A existência incondicional e/ou quantidade de filhos, que um Pai/Mãe-de-Santo tem em seu terreiro, não é o fator determinante para se conseguir a qualidade dos trabalhos espirituais realizados e propiciar os resultados a serem alcançados pelos beneficiados. Quantos Pais/Mães-de-Santo iniciam sua caminhada em seus terreiros sem possuírem filhos-de-santo. Acontece muito de um grupo de umbandistas se reunirem e montarem um terreiro, começarem a realizar os ritos e o atendimento ao público e essa casa espiritual ainda não ter nenhum filho-de-santo.
Eis o motivo que me leva a adotar os termos Sacerdote/Sacerdotisa, no lugar de Pais/Mães-de-Santo e discípulos ou adeptos em vez de filhos-de-santo.
Os termos Sacerdote e Sacerdotisa ficam mais bem adequados à missão nobre, a qual todo dirigente de terreiro deve estar comprometido. Também fornecem pleno significado para quem deve exercer uma abrangência, que vai além das quatro paredes do seu terreiro e do círculo interno dos seus discípulos, atingindo a coletividade satélite e por fim a sociedade como todo.
No meu entendimento, a principal preocupação dos trabalhos espirituais em um terreiro de Umbanda deve ser com o povo da assistência, ou seja, aqueles que, nos dias de ritos, procuram a casa espiritual na esperança de resolverem os seus problemas, curarem as suas enfermidades, encontrarem a orientação, ou simplesmente para tomar um passe e conversarem com uma entidade. Discípulos ou adeptos é uma conseqüência natural, surgem espontaneamente, sem pressão e forçassão de barra, como se diz.
A meu ver, existem casos no movimento umbandista, que são uma inversão desses valores. Ao se trabalhar prioritariamente a necessidade de angariar filhos-de-santo, os Pais/Mães-de-Santo tendem a perder o foco no atendimento fraterno, na assistência espiritual, na caridade da orientação, da palavra amiga aos visitantes e freqüentadores assíduos ou não de seus terreiros.
Mais uma vez, não fazendo de nossas opiniões uma regra, não podemos deixar de constatar que essas situações de exceção, tem acontecido com freqüência em nosso meio religioso.
Invariavelmente, encontramos terreiros formados exclusivamente por seus filhos-de-santo, com pouca ou sem nenhuma presença de assistência, ou com até uma presença relevante de freqüentadores, mas que apenas assistem os trabalhos, como algo que quebra a rotina do dia-a-dia, não tendo a oportunidade de interagir, de serem atendidos ou pelo menos orientados ou estimulados a fazê-lo. Nesses casos, os ritos são voltados para uso fruto dos filhos-de-santo. A assistência fica a parte, é adereço, acessório, mais platéia que consulentes. (Leia artigo noblog intitulado: "Umbanda não é um show!").Quadros como esses, se tornam realidade na vida de um terreiro por alguns motivos, me atrevo a identificar dois deles para ficar no exemplo:
1) Consulta particular. Desde que se institucionalizou a consulta particular como meio para se obter renda monetária, em outras palavras ganhar dinheiro, que nada mais pode ser resolvido nos dias dos ritos. Os trabalhos dos médiuns da casa e suas entidades ficam restritos a passes, a uma conversa preliminar e todos os casos que mereçam atenção (expectativa de se render $$$$) devem ser encaminhados para o Pai/Mãe-de-Santo através de uma consulta particular.
2) Falta de doutrina. Não existem orientações públicas, palestras, explanações coletivas, transmissão de conhecimento, ensinamentos etc. A pessoa entra e sai do terreiro apenas com a lembrança do que assistiu e mais nada. Se gostar do que viu volta, senão fica por isso mesmo.
Na falta de atenção à assistência, temos uma centralização no filho-de-santo. Essa centralização, quando de forma exacerbada imputa em uma relação de posse.
Ao se autodenominarem Pais/Mães-de-Santo existem aqueles que se relacionam com seus filhos-de-santo impondo um posicionamento de propriedade. O filho-de-santo deixa de ser um tutelado, um orientado e passa a ser um objeto do bel prazer do Pai/Mãe-de-Santo. O filho-de-santo pertencendo ao Pai/Mãe-de-Santo, não pode pensar e raciocinar por conta própria. Não pode conhecer a Umbanda, como visitar outros terreiros, sem autorização ou acompanhado de seu dono, às vezes não pode nem entrar em contato com outro irmão-de-santo sem o conhecimento e aprovação de seu Pai/Mãe-de-Santo, que antes deve ser inteirado do assunto e da necessidade deste contato. O filho-de-santo deve fidelidade canina ao seu Pai/Mãe-de-Santo, jamais questionando nenhuma atitude, nem tão pouco recusar as "verdades" que são lhe empurradas de goela abaixo. Ele sempre tem que ser um gerador de benefícios para seus Pai/Mães-de-Santo e ai, do coitado se assim não proceder religiosamente, me perdoe o trocadilho.
Existem dois tipos clássicos de relação de posse:
1) O Tronco.
Pais/Mães-de-Santo enxergam seus terreiros como uma grande senzala, com um tronco de açoitar escravos no centro e eles travestidos de feitores. Estamos falando de subjugação e dominação. Nesse tipo de relacionamento o Pai/Mãe-de-Santo chega às raias da intimidação, da humilhação pública e da agressão verbal e até física. O relacionamento tem como base o medo e o caráter imprevisível das ações e reações do Pai/Mãe-de-Santo. O filho-de-santo vive em permanente conflito, nunca sabendo como deve agir, já que reagir não pode. O dirigente que assume este tipo de postura mistura tudo. Sua entidade espiritual e ele são a mesma coisa, ou seja, o que ele tem vontade de dizer ou fazer com o filho-de-santo, para realizá-lo com maior propriedade e peso o faz incorporado com a entidade. Quando raramente percebe que extrapolou, que passou da conta no trato com o filho-de-santo, a diferença surge como num passe de mágica. Quem errou foi a entidade, ele (Pai/Mãe-de-Santo) é outra coisa e não tem nada haver com isso. Se forma um círculo vicioso. O Pai/Mãe-de-Santo vive a corrigir o que a sua entidade espiritual fez, ou a entidade espiritual vive tentando ajeitar o que o seu médium aprontou. No meio, o indefeso filho-de-santo. Uma relação de tapas e beijos. Dolorido, humilhante, constrangedor nos momentos de tapa e eufórico, sufocante e fascinante no instante do beijo. Freud explica e a psiquiatria tem um nome para isso, esquizofrenia-paranóica e relação sado-masoquista.
2) O Guarda-Roupa.
Pais/Mães-de-Santo enxergam seus terreiros como um grande guarda-roupa e seus filhos-de-santo como as roupas de seu uso particular. Enquanto são úteis usam, quando não possuem mais utilidade descartam ou como não gostam de perder, penduram no guarda-roupa para fazer número, pois nunca se sabe quando vai precisar novamente. Se aparece uma roupa nova então, as outras que estavam sendo as prediletas do momento são rapidamente encostadas, ou penduradas para dar lugar a novidade. Neste tipo de relacionamento Pais/Mães-de-Santo, são hábeis e sutis manipuladores. Possuem seus filhos na palma da mão, envolve-os com perfeição em um casulo que lhes bloqueia a vontade, lhes cegam e obstruem seus ouvidos, anulando seus sentidos de forma a que eles somente percebam e acreditem nas "verdades" que saem da boca dos seus genitocratas (Leia artigo no blog intitulado:"Desconstruindo o Despotismo na Umbanda - Parte 1"). Mais astuciosos que os Pais/Mães-de-Santo do primeiro exemplo (O Tronco), eles dividem seus filhos-de-santo em categorias:
a) os Números, ou seja, isto mesmo, eles são apenas a quantidade, os que existem apenas para fazer o volume e preencher espaço;
b) os Articuladores e Arautos, que são aqueles, que inconscientemente, servem para aglutinar os outros, organizar tudo e propagar a maravilha que é a pessoa e o médium dirigente da casa a qual pertencem;
c) os Mantenedores ou os que são continuamente exauridos (preferencialmente no quesito financeiro).
Diferente na atitude dos dirigentes do Tronco, esses Pais/Mães-de-Santo, separam-se completamente de sua entidade espiritual. Geralmente a entidade realiza o papel do sublime, do evolutivo, dos ensinamentos elevados e da doutrina espiritual e o dirigente se apresenta no papel de humilde, simples, destituído de ambição, vítima da vida, carente e necessitado de ajuda para sobreviver. Um legítimo pedinte e precisado da caridade alheia. Máscara perfeita para esconder a sua egolatria (culto de si mesmo), as suas atitudes egocêntricas (que exibe atitudes ou comportamentos voltados para si mesmo, de modo relativamente insensível às preocupações dos outros), vaidade, orgulho, ambição, prepotência, arrogância e incapacidade de prover, por si mesmos, o sustento da sua vida.
Em ambos os casos, existem apenas uma única vítima em todos esses processos de relacionamentos citados, o filho-de-santo.
Travestidos de dirigentes de terreiros de Umbanda, o Tronco e o Guarda-Roupa, não dirigem uma casa espiritual e sim um gueto, um reduto para manifestação de seus desejos e vontades, explorar a fé alheia e garantir a manutenção de seu sustento até o fim das suas vidas. Não possuem família espiritual e sim filhos-de-santo explorados, exauridos em todos os sentidos e vilipendiados na sua fé, boa-vontade e consciência.
O Tronco e o Guarda-Roupa não formam, não institucionalizam e nem fornecem respaldo para sucessores em seus guetos. Como fazê-lo, se tudo o que existe é somente deles e de mais ninguém? Quem quiser dar continuidade que se vire. Também não incentivam os filhos-de-santo que chegam a condição de Pais/Mães-de-Santo a abrirem suas casas espirituais. Primeiro, porque não transmitem conhecimentos necessários para isso, já que tudo se for o caso deve ser feitos pelas suas próprias mãos e evidentemente bem cobrado. Segundo, não querem correr o risco de perderem filhos-de-santo para a nova casa, tem medo que o agora Pai/Mãe-de-Santo seja melhores que eles, ou pelo menos pratiquem a Umbanda, como deve ser praticada, visivelmente se contrapondo ao modo de agir de seus genitocratas. Terceiro, por que eles não querem ter prole de casa aberta, e sim patente dentro dos seus guetos para apresentar aos que freqüentam. A moda é ter uma corrente mediúnica lotada de Pais/Mães-de-Santo e não de simples filhos-de-santo. No fundo até ensinam o "pulo do gato" (bem remunerado, é claro), mas não ensinam o gato a pular. É o mesmo que vender o peixe, em vez de se ensinar a pescar.
Muitas vezes, esses "terreiros", começam a sua história bem intencionados, imbuídos de cumprir os objetivos da Umbanda. Com o passar do tempo o Pai/Mãe-de-Santo, se perde ao longo do caminho, desviando-se da rota e rendendo-se ao ganho fácil, ao culto da personalidade e a maravilha de si mesmos.
Isto, não é, foi e nunca será Umbanda! Infelizmente, são armadilhas bem preparadas para os menos avisados, os ingênuos, os de boa-fé, os inocentes, os sensíveis ao sobrenatural, ao maravilhoso etc.
A Umbanda repudia esses guetos! Essa escória nada contribui para o movimento umbandista e apenas ajudam a confundir os que se aproximam, criam uma percepção errônea da religião, denigrem a imagem da Umbanda perante a mídia e afastam, decepcionam e maltratam os verdadeiros filhos-de-fé.
Graças à Zambi, milhares de terreiros espalhados em todo o Brasil são exatamente o oposto disto, pois esses terreiros, casas espirituais, choupanas, tendas, centros, templos cumprem de modo diuturno (prolongado) os objetivos de nossa religião. Possuem nas suas direções, Sacerdotes e Sacerdotisas, que dignificam o bom nome da Umbanda. Têm em seus quadros Discípulos e Adeptos, bem orientados, conscientes de seu papel no movimento umbandista e preparados para contribuir relevantemente com a coletividade que o cerca e a sociedade de forma em geral.
Nesses locais o tipo de relacionamento que existe entre Sacerdote/Sacerdotisa e seus Discípulos/Adeptos é exatamente o único válido, o que chamamos de Bússola.
Em ambos os casos, existem apenas uma única vítima em todos esses processos de relacionamentos citados, o filho-de-santo.
Travestidos de dirigentes de terreiros de Umbanda, o Tronco e o Guarda-Roupa, não dirigem uma casa espiritual e sim um gueto, um reduto para manifestação de seus desejos e vontades, explorar a fé alheia e garantir a manutenção de seu sustento até o fim das suas vidas. Não possuem família espiritual e sim filhos-de-santo explorados, exauridos em todos os sentidos e vilipendiados na sua fé, boa-vontade e consciência.
O Tronco e o Guarda-Roupa não formam, não institucionalizam e nem fornecem respaldo para sucessores em seus guetos. Como fazê-lo, se tudo o que existe é somente deles e de mais ninguém? Quem quiser dar continuidade que se vire. Também não incentivam os filhos-de-santo que chegam a condição de Pais/Mães-de-Santo a abrirem suas casas espirituais. Primeiro, porque não transmitem conhecimentos necessários para isso, já que tudo se for o caso deve ser feitos pelas suas próprias mãos e evidentemente bem cobrado. Segundo, não querem correr o risco de perderem filhos-de-santo para a nova casa, tem medo que o agora Pai/Mãe-de-Santo seja melhores que eles, ou pelo menos pratiquem a Umbanda, como deve ser praticada, visivelmente se contrapondo ao modo de agir de seus genitocratas. Terceiro, por que eles não querem ter prole de casa aberta, e sim patente dentro dos seus guetos para apresentar aos que freqüentam. A moda é ter uma corrente mediúnica lotada de Pais/Mães-de-Santo e não de simples filhos-de-santo. No fundo até ensinam o "pulo do gato" (bem remunerado, é claro), mas não ensinam o gato a pular. É o mesmo que vender o peixe, em vez de se ensinar a pescar.
Muitas vezes, esses "terreiros", começam a sua história bem intencionados, imbuídos de cumprir os objetivos da Umbanda. Com o passar do tempo o Pai/Mãe-de-Santo, se perde ao longo do caminho, desviando-se da rota e rendendo-se ao ganho fácil, ao culto da personalidade e a maravilha de si mesmos.
Isto, não é, foi e nunca será Umbanda! Infelizmente, são armadilhas bem preparadas para os menos avisados, os ingênuos, os de boa-fé, os inocentes, os sensíveis ao sobrenatural, ao maravilhoso etc.
A Umbanda repudia esses guetos! Essa escória nada contribui para o movimento umbandista e apenas ajudam a confundir os que se aproximam, criam uma percepção errônea da religião, denigrem a imagem da Umbanda perante a mídia e afastam, decepcionam e maltratam os verdadeiros filhos-de-fé.
Graças à Zambi, milhares de terreiros espalhados em todo o Brasil são exatamente o oposto disto, pois esses terreiros, casas espirituais, choupanas, tendas, centros, templos cumprem de modo diuturno (prolongado) os objetivos de nossa religião. Possuem nas suas direções, Sacerdotes e Sacerdotisas, que dignificam o bom nome da Umbanda. Têm em seus quadros Discípulos e Adeptos, bem orientados, conscientes de seu papel no movimento umbandista e preparados para contribuir relevantemente com a coletividade que o cerca e a sociedade de forma em geral.
Nesses locais o tipo de relacionamento que existe entre Sacerdote/Sacerdotisa e seus Discípulos/Adeptos é exatamente o único válido, o que chamamos de Bússola.
3) A Bússola.
O terreiro é uma imensa bússola em que os Discípulos/Adeptos representam os diversos pontos cardeais, harmonizados pelo magnetismo da fé, da energia espiritual, do amor, da prática do bem, da caridade e da busca incansável de melhorar-se individual e coletivamente com propósitos de evoluir. Nesses locais existe apenas uma única rota (agulha) que aponta para o Norte, ou seja, os objetivos e planos traçados pela Corrente Astral Superior de Umbanda.
Nesse tipo de relacionamento o Sacerdote/Sacerdotisa, se posiciona naturalmente no Norte, pois eles são os exemplos, os modelos a serem seguidos. As suas experiências e vivências devem servir de ensinamentos e orientação. Existe a transmissão de conhecimento, pois estes sabem de seus papéis de facilitadores para que os Discípulos/Adeptos possam evoluir espiritualmente.
Sacerdotes/Sacerdotisas plenamente conscientes das responsabilidades e deveres com seus tutelados. Inexiste o sentimento de posse, pois sabem que estão em missão e todo e qualquer desvio lhe será cobrado, que o resultado alcançado por cada discípulo/adepto será computado devidamente como vitória ou fracasso seu, pessoal.
Sacerdotes/Sacerdotisas que querem a continuidade de suas casas espirituais e para isso preparam devidamente os seus sucessores, para que ao desencarnarem, o que foi construído não se perca e se desvie do caminho.
Sacerdotes/Sacerdotisas que fomentam o incentivo a abertura de casas espirituais pelos seus discípulos/adeptos, desejando assim a multiplicação dos pontos de trabalho umbandista, contribuindo para abrangência da religião e aumentado a oportunidade de contato, com o mundo espiritual, para aqueles que necessitam e precisam de ajuda.
Sacerdotes/Sacerdotisas que pensam na Umbanda, que vivem para a Umbanda e não dela.
Dirigentes espirituais que não se preocupam com quantidade, mas sim com a qualidade de seus discípulos/adeptos e com o resultado benéfico de seus trabalhos espirituais.
Sim, na Umbanda existem esses valorosos libertadores de consciências, esses formadores morais e éticos, esses colaboradores para evolução espiritual, esses condutores de alma.
Sacerdotes/Sacerdotisas, nem sempre reconhecidos pelos seus pares, nem famosos na coletividade ou na sociedade em que estão inseridos, que podem possuir grandiosos templos de Umbanda, ou apenas um quartinho, batendo a sua macumba em uma Choupana de terra batida, ou no piso de cimento cru no fundo de um quintal.
Sacerdotes/Sacerdotisas que podem pertencer a uma tradição ou escola afamada em nosso meio, ou praticar o que os detratores procuram menosprezar denominando de "catimbozinho atrasado" (sic).
Não importa, se o mundo espiritual se faz presente, se os objetivos da Umbanda são vivenciados, se a prática do bem, do amor e da caridade existem, se assistência espiritual e fraterna norteia os trabalhos realizados, estamos diante de Sacerdotes/Sacerdotisas de relevância espiritual e que possuem o crédito da espiritualidade para conduzir os seus terreiros.
Alerta, irmão umbandista!
Como está sendo conduzido o relacionamento na sua casa espiritual?
Você está se relacionando com o Tronco, o Guarda-Roupa ou a Bússola?
Pense nisto!
O terreiro é uma imensa bússola em que os Discípulos/Adeptos representam os diversos pontos cardeais, harmonizados pelo magnetismo da fé, da energia espiritual, do amor, da prática do bem, da caridade e da busca incansável de melhorar-se individual e coletivamente com propósitos de evoluir. Nesses locais existe apenas uma única rota (agulha) que aponta para o Norte, ou seja, os objetivos e planos traçados pela Corrente Astral Superior de Umbanda.
Nesse tipo de relacionamento o Sacerdote/Sacerdotisa, se posiciona naturalmente no Norte, pois eles são os exemplos, os modelos a serem seguidos. As suas experiências e vivências devem servir de ensinamentos e orientação. Existe a transmissão de conhecimento, pois estes sabem de seus papéis de facilitadores para que os Discípulos/Adeptos possam evoluir espiritualmente.
Sacerdotes/Sacerdotisas plenamente conscientes das responsabilidades e deveres com seus tutelados. Inexiste o sentimento de posse, pois sabem que estão em missão e todo e qualquer desvio lhe será cobrado, que o resultado alcançado por cada discípulo/adepto será computado devidamente como vitória ou fracasso seu, pessoal.
Sacerdotes/Sacerdotisas que querem a continuidade de suas casas espirituais e para isso preparam devidamente os seus sucessores, para que ao desencarnarem, o que foi construído não se perca e se desvie do caminho.
Sacerdotes/Sacerdotisas que fomentam o incentivo a abertura de casas espirituais pelos seus discípulos/adeptos, desejando assim a multiplicação dos pontos de trabalho umbandista, contribuindo para abrangência da religião e aumentado a oportunidade de contato, com o mundo espiritual, para aqueles que necessitam e precisam de ajuda.
Sacerdotes/Sacerdotisas que pensam na Umbanda, que vivem para a Umbanda e não dela.
Dirigentes espirituais que não se preocupam com quantidade, mas sim com a qualidade de seus discípulos/adeptos e com o resultado benéfico de seus trabalhos espirituais.
Sim, na Umbanda existem esses valorosos libertadores de consciências, esses formadores morais e éticos, esses colaboradores para evolução espiritual, esses condutores de alma.
Sacerdotes/Sacerdotisas, nem sempre reconhecidos pelos seus pares, nem famosos na coletividade ou na sociedade em que estão inseridos, que podem possuir grandiosos templos de Umbanda, ou apenas um quartinho, batendo a sua macumba em uma Choupana de terra batida, ou no piso de cimento cru no fundo de um quintal.
Sacerdotes/Sacerdotisas que podem pertencer a uma tradição ou escola afamada em nosso meio, ou praticar o que os detratores procuram menosprezar denominando de "catimbozinho atrasado" (sic).
Não importa, se o mundo espiritual se faz presente, se os objetivos da Umbanda são vivenciados, se a prática do bem, do amor e da caridade existem, se assistência espiritual e fraterna norteia os trabalhos realizados, estamos diante de Sacerdotes/Sacerdotisas de relevância espiritual e que possuem o crédito da espiritualidade para conduzir os seus terreiros.
Alerta, irmão umbandista!
Como está sendo conduzido o relacionamento na sua casa espiritual?
Você está se relacionando com o Tronco, o Guarda-Roupa ou a Bússola?
Pense nisto!
Em tempo: O uso diferenciado para os significados dos termos Pais/Mães de Santo e Filhos-de-Santo em contraponto com os de Sacerdotes/Sacerdotisas e Discípulos/Adeptos, nesse artigo, foi apenas didático para caracterizar e se referir a um posicionamento, a diferenciar comportamentos e o espírito de cada um dos exemplos citados o Tronco, o Guarda-Roupa e a Bússola. Não propugno a mudança de terminologia. Para mim o importante é que Pais/Mães-de-Santo e filhos-de-santo se encontrem na situação descrita como Bússola.
PUBLICADO POR:PAI CAIO DE OMULU
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA
DIA 09 - MARIA
DIA 10 - CAMILA
CALLY
OLAOLU
DIA 12 - NEUZA DE OBALUAÉ
DIA 13 - TENDA ESPÍRITA BENEDITO DE ARUANDA
CASA DE CARIDADE ROSA
DIA 14 - IVAN
ROSA
DIA 15 - TENDA ESPÍRITA SÃO JORGE
DIA 10 - CAMILA
CALLY
OLAOLU
DIA 12 - NEUZA DE OBALUAÉ
DIA 13 - TENDA ESPÍRITA BENEDITO DE ARUANDA
CASA DE CARIDADE ROSA
DIA 14 - IVAN
ROSA
DIA 15 - TENDA ESPÍRITA SÃO JORGE
PARABÉNS A TODOS E QUE OXALÁ ESTEJA SEMPRE LHES COBRINDO DE AXÉ E PROTEÇÃO.
NILO COELHO
Prece de Cáritas
Deus nosso Pai, que sois todo poder e bondade,
Dai a força aqueles que passam pela provação,
Dai a luz aquele que procura a verdade
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus ! Daí ao viajante a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai ! Daí ao culpado o arrependimento, ao Espírito a verdade, à criança o guia, ao orfão o pai.
Senhor ! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes,
Piedade Senhor, para aqueles que Vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem.
Que Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores, derramarem por toda a parte a paz, a
esperança e a fé.
Deus ! Um raio, uma faísca de Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes
dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de
amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, Oh bondade; Oh
beleza; Oh perfeição e queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.
Deus ! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós, dai-nos a caridade
pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde
se refletirá a Vossa imagem.
Dai a força aqueles que passam pela provação,
Dai a luz aquele que procura a verdade
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus ! Daí ao viajante a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai ! Daí ao culpado o arrependimento, ao Espírito a verdade, à criança o guia, ao orfão o pai.
Senhor ! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes,
Piedade Senhor, para aqueles que Vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem.
Que Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores, derramarem por toda a parte a paz, a
esperança e a fé.
Deus ! Um raio, uma faísca de Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes
dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de
amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, Oh bondade; Oh
beleza; Oh perfeição e queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.
Deus ! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós, dai-nos a caridade
pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde
se refletirá a Vossa imagem.
domingo, 1 de maio de 2011
Os Orixas vistos no ritual Almas e Angola
Quem são os Orixás? Esta é uma pergunta que a maioria das pessoas que freqüentam cultos afro-brasileiros fazem a si mesmos e a outros. Orixás são entidades espirituais, dizem uns. Orixás são forças da natureza, dizem outros. Orixás são espíritos de mortos que dependendo do lugar onde morreu pode retornar na forma espiritual como Ogum, se morreu em batalhas, Povo d`Água se morreu no mar, rio ou lago. Todas as alternativas podem estar certas, contudo elas sofrem o inconveniente de serem muito superficiais, haja vista que o orixá deve ser algo muito mais complexo.
Para os seguidores dos rituais de Almas e Angola, os orixás além de simples forças da natureza ou entidade espirituais, dividem-se em duas categorias - Orixá Maior e Orixá Menor.
Orixá Maior é aquela entidade celeste que faz com que a natureza tenha movimento, se transforme e gere vida. É a essência da vida.
Por exemplo, Yemanjá é responsável pelo formação e manutenção da vida marinha. Xângo é o responsável pelo energia do trovão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera. Nanã faz com que a chuva que cai na terra gere nova vida orgânica. Inhasã é a responsável pela limpeza do ar atmosférico e com seus ventos espalha a vida, como pólens. Exú é o Orixá responsável pelo desejo sexual que gera vida nas espécies sexuadas.O Orixá Maior é pura energia, não passou pelo processo de encarnação como seres humanos.
Ele é pura energia cósmica, a força vital que tem origem em Olorum/Zambi e que faz com que a mecânica do universo oscile entre o caos e a ordem gerando vida. Eles são chamados apenas pelo primeiro nome, Ogum, Xângo, Oxum, Omulú... O Orixá Maior é uno e onipresente.
Orixás Menores são aquelas entidades espirituais que fazem a mediação entre o ser humano e o Orixá Maior. Os Orixás Menores são, conforme as diversas lendas africanas, espíritos de antigos reis e heróis africanos, índios, orientais, etc. Em essência, os Orixás Menores podem ser qualquer ser humano. Toma-se por base, por exemplo as lendas de Xângo e Ogum. Esses seres humanos comuns, por terem sido abençoados com poderes sobrenaturais concedidos pelos Orixás Maiores, tornaram-se seres humanos especiais dotados de superpoderes físicos ou mentais para proteger seu povo; e que após a sua morte voltam a ter contato com os seres humanos comuns na forma de Orixás Menores. Esses seres humanos especiais seriam como semi-deuses.
O Orixá Menor possui o mesmo nome do Orixá Maior de onde provem seus poderes, acompanhado de um sobrenome. Por exemplo, Ogum Beira-Mar, Yemanjá Obáomi, Xângo Kaô...A este segundo nome chamamos de dijina ou sunam do Orixá. Assim podemos ter vários Oguns, Xângos, Oxóssis, Yemanjás...
Os Orixás Menores passaram pelo processo da reencarnação, mas são espíritos dotados de poderes sobrenaturais concedido pelo Orixá Maior e que por isso possuem uma grande luz e compreensão espiritual. É isto que diferencia os eguns (espíritos de mortos que possuem compreensão ou luz espiritual mas ainda passam, se necessário, por outras reencarnações por ainda estarem ligados ao mundo material) e kiumbas (espíritos de mortos que ainda não alcançaram a luz espiritual, e nem compreendem que já vivem em outra dimensão e que seu corpo carnal não mais existe). É isso que diferencia o Orixá Menor dos demais seres espirituais que ainda não foram tocados pela energia do Orixá Maior.
A energia concedida ao Orixá Menor também provém de Zambi/Olorun; entretanto, ela é canalizada a ele através do Orixá Maior, que é o elo de ligação entre eles, da mesma forma que o Orixá Menor é o elo de ligação entre o ser humano e o Orixá Maior.
Dessa forma o Orixá Maior pode ser comparado grosseiramente a uma válvula que regula o fluxo de energia entre Zambi /Olurum e o Orixá Menor, podendo dessa forma reduzir, aumentar ou até mesmo retirar os poderes do Orixá Menor.
Em Almas e Angola, crê-se que são esses espíritos, os Orixás Menores que se manifestam nos omo-orixás (médiuns). E somente em momentos muitíssimos especiais é que o filho de santo poderá realmente ser tocado de forma muito rápida pelo Orixá Maior.
O culto do Orixá Menor está ligado ao antigo culto dos antepassados e que nos foi legado pela cultura Bantu; enquanto o culto ao Orixá Maior está ligado ao culto das forças da natureza e nos foi legado pelos yorubanos e gêjes. É importante frisar que na própria África esses dois cultos se mesclam e se completam; da mesma forma que eles se completam aqui no Brasil.
Para os seguidores dos rituais de Almas e Angola, os orixás além de simples forças da natureza ou entidade espirituais, dividem-se em duas categorias - Orixá Maior e Orixá Menor.
Orixá Maior é aquela entidade celeste que faz com que a natureza tenha movimento, se transforme e gere vida. É a essência da vida.
Por exemplo, Yemanjá é responsável pelo formação e manutenção da vida marinha. Xângo é o responsável pelo energia do trovão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera. Nanã faz com que a chuva que cai na terra gere nova vida orgânica. Inhasã é a responsável pela limpeza do ar atmosférico e com seus ventos espalha a vida, como pólens. Exú é o Orixá responsável pelo desejo sexual que gera vida nas espécies sexuadas.O Orixá Maior é pura energia, não passou pelo processo de encarnação como seres humanos.
Ele é pura energia cósmica, a força vital que tem origem em Olorum/Zambi e que faz com que a mecânica do universo oscile entre o caos e a ordem gerando vida. Eles são chamados apenas pelo primeiro nome, Ogum, Xângo, Oxum, Omulú... O Orixá Maior é uno e onipresente.
Orixás Menores são aquelas entidades espirituais que fazem a mediação entre o ser humano e o Orixá Maior. Os Orixás Menores são, conforme as diversas lendas africanas, espíritos de antigos reis e heróis africanos, índios, orientais, etc. Em essência, os Orixás Menores podem ser qualquer ser humano. Toma-se por base, por exemplo as lendas de Xângo e Ogum. Esses seres humanos comuns, por terem sido abençoados com poderes sobrenaturais concedidos pelos Orixás Maiores, tornaram-se seres humanos especiais dotados de superpoderes físicos ou mentais para proteger seu povo; e que após a sua morte voltam a ter contato com os seres humanos comuns na forma de Orixás Menores. Esses seres humanos especiais seriam como semi-deuses.
O Orixá Menor possui o mesmo nome do Orixá Maior de onde provem seus poderes, acompanhado de um sobrenome. Por exemplo, Ogum Beira-Mar, Yemanjá Obáomi, Xângo Kaô...A este segundo nome chamamos de dijina ou sunam do Orixá. Assim podemos ter vários Oguns, Xângos, Oxóssis, Yemanjás...
Os Orixás Menores passaram pelo processo da reencarnação, mas são espíritos dotados de poderes sobrenaturais concedido pelo Orixá Maior e que por isso possuem uma grande luz e compreensão espiritual. É isto que diferencia os eguns (espíritos de mortos que possuem compreensão ou luz espiritual mas ainda passam, se necessário, por outras reencarnações por ainda estarem ligados ao mundo material) e kiumbas (espíritos de mortos que ainda não alcançaram a luz espiritual, e nem compreendem que já vivem em outra dimensão e que seu corpo carnal não mais existe). É isso que diferencia o Orixá Menor dos demais seres espirituais que ainda não foram tocados pela energia do Orixá Maior.
A energia concedida ao Orixá Menor também provém de Zambi/Olorun; entretanto, ela é canalizada a ele através do Orixá Maior, que é o elo de ligação entre eles, da mesma forma que o Orixá Menor é o elo de ligação entre o ser humano e o Orixá Maior.
Dessa forma o Orixá Maior pode ser comparado grosseiramente a uma válvula que regula o fluxo de energia entre Zambi /Olurum e o Orixá Menor, podendo dessa forma reduzir, aumentar ou até mesmo retirar os poderes do Orixá Menor.
Em Almas e Angola, crê-se que são esses espíritos, os Orixás Menores que se manifestam nos omo-orixás (médiuns). E somente em momentos muitíssimos especiais é que o filho de santo poderá realmente ser tocado de forma muito rápida pelo Orixá Maior.
O culto do Orixá Menor está ligado ao antigo culto dos antepassados e que nos foi legado pela cultura Bantu; enquanto o culto ao Orixá Maior está ligado ao culto das forças da natureza e nos foi legado pelos yorubanos e gêjes. É importante frisar que na própria África esses dois cultos se mesclam e se completam; da mesma forma que eles se completam aqui no Brasil.
As Umbandas dentro da Umbanda
Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa religião cresceu e se diversificou, dando origem a diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação dos espíritos para a caridade.
O surgimento dessas diferentes vertentes é conseqüência do grau com que as características de outras práticas religiosas e/ou místicas foram absorvidas pela Umbanda em sua expansão pelo Brasil, reforçando o sincretismo que a originou e que ainda hoje é sua principal marca.
Embora essa classificação tenha sido elaborada por mim (ela não é fruto de um consenso entre os umbandistas e nem é adotada por outros estudiosos da religião), a mesma revela-se uma forma útil de condensar as diferentes práticas existentes, possibilitando um melhor estudo das mesmas.
Umbanda Branca e Demanda
Outros nomes: É também conhecida como: Linha Branca de Umbanda e Demanda; Umbanda Tradicional; Umbanda de Mesa Branca; Umbanda de Cáritas; e Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Origem: É a Umbanda original, fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Mallet, através do seu médium Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Foco de divulgação: O principal foco de divulgação dessa vertente é a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Orixás: Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum e Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados e entidades auxiliares).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras (estes três últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda).
Ritualística: A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”.
Umbanda Kardecista
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Branca; Umbanda de Mesa Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a vertente com forte influência do Espiritismo, geralmente praticada em centros espíritas que passaram a desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais, sendo uma das mais antigas vertentes, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos Orixás nem aos santos católicos.
Linhas de trabalho: Nesta vertente não é utilizada essa forma de agrupar as entidades.
Entidades: Os trabalhos de Umbanda são realizados apenas por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e, mais raramente, Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e não são encontrados o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; “O céu e o inferno”; e “A gênese”.
Umbanda Esotérica e Iniciática
Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandã; Escola da Vida; Umbanda Branca; Umbanda de Mesa Branca; Umbanda de Cáritas; e Umbanda do Caboclo Mirim.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo Mirim através do seu médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 – 03/12/1986), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 13/03/1924, com a fundação da Tenda Espírita Mirim.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: a Tenda Espírita Mirim (matriz e filiais); e o Primado de Umbanda, fundado em 1952.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e de Yofá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há giras para Exus e Pombagiras, uma vez que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca com pontos riscados bordados é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de fumo, defumadores e a imagem de Jesus Cristo nos trabalhos, porém as guias, velas, bebidas, atabaques e demais imagens não são usados nas cerimônias, havendo o uso de termos de origem tupi para designar o grau dos médiuns nelas.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Okê, Caboclo”; “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; e “O evangelho segundo o Espiritismo”.
Umbanda Popular
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Cruzada; e Umbanda Mística.
Origem: É uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior. Entretanto, é a vertente mais difundida em todo o país.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos santos católicos com os Orixás, associados a um conjunto de práticas místicas e religiosas de diversas origens adotadas pela população em geral, tais como: rezas, benzimentos, simpatias, uso de cristais, incensos, patuás e ervas para o preparo de banhos de purificação e chás medicinais. Considera a existência de dez Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns lugares também são cultuados mais dois Orixás: Ossaim e Oxumaré.
Linhas de trabalho: Existem três versões para as linhas de trabalho nesta vertente:
- Na mais antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
- Na intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
- Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos(as), etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda Omolocô
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Omolocô, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Começou a ser fundamentada pelo médium Tancredo da Silva Pinto (10/08/1904 – 01/09/1979) em 1950, no Rio de Janeiro, RJ.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Tancredo da Silva Pinto; as tendas criadas por seus iniciados; e o livro “Umbanda Omolocô”, escrito por Caio de Omulu.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Omolocô. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Omolocô, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A origem de Umbanda”; “As mirongas da Umbanda”; “Cabala Umbandista”; “Camba de Umbanda”; “Doutrina e ritual de Umbanda”; “Fundamentos da Umbanda”; “Impressionantes cerimônias da Umbanda”; “Tecnologia ocultista de Umbanda no Brasil”; e “Umbanda: guia e ritual para organização de terreiros”.
Umbanda Almas e Angola
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Almas e Angola, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Almas e Angola. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, do Povo d’Água (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã e Iansã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, das Beijadas (onde agrupa as Crianças) e das Almas (onde inclui Obaluaiê e agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Exus e Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Almas e Angola, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.
Umbandomblé
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Candomblé, notadamente as de Candomblé de Caboclo, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Em alguns casos, o mesmo pai-de-santo (ou mãe-de-santo) celebra tanto as giras de Umbanda quanto o culto do Candomblé, porém em sessões diferenciadas por dias e horários.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente existe um culto mínimo aos santos católicos e os Orixás são fortemente vinculados às tradições africanas, principalmente as da nação Ketu, podendo inclusive ocorrer a presença de outras entidades no panteão que não são encontrados nas demais vertentes da Umbanda (Oxalufã, Oxaguiã, Ossain, Obá, Ewá, Logun-Edé, Oxumaré).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens dos Orixás na representação africana, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas nos Candomblés, incluindo o sacrifício de animais, podendo ser encontrado, também, curimbas cantadas em línguas africanas (banto ou iorubá).
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda Eclética Maior
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Oceano de Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais conhecido como mestre Yokaanam, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 27/03/1946, com a fundação da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são a sede da fraternidade e suas regionais.
Orixás: Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de pelo menos nove Orixás: Oxalá, Ogum, Ogum de Lei, Oxóssi, Xangô, Xangô-Kaô, Yemanjá, Ibejês e Yanci, sendo que um deles não existe nas tradições africanas (Yanci) e alguns deles seriam considerados manifestações de um Orixá em outras vertentes (Ogum de Lei/Ogum e Xangô-Kaô/Xangô).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, fortemente associadas a santos católicos: de São Jorge (Ogum), de São Sebastião (Oxóssi), de São jerônimo (Xangô), de São João Batista (Xangô-Kaô), de São Custódio (Ibejês), de Santa Catarina de Alexandria (Yanci) e São Lázaro (Ogum de Lei).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), e Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de uma cruz, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, velas, porém os atabaques, as guias, as bebidas e fumo não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Evangelho de Umbanda”; “Manual do instrutor eclético universal”; “Yokaanam fala à posteridade”; e “Princípios fundamentais da doutrina eclética”.
Umbanda Esotérica
Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandã; Aumbhandan; Conjunto de Leis Divinas; Senhora da Luz Velada; e Umbanda de Pai Guiné.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Guiné de Angola através do seu médium Woodrow Wilson da Matta e Silva, também conhecido com mestre Yapacani (28/06/1917 – 17/04/1988), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1956, com a publicação do livro “Umbanda de todos nós”. Sua doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia, pela Astrologia, pela Cabala e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada no instrumento esotérico conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves D’Alveydre e com o qual se acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta universal que relaciona os símbolos astrológicos, as combinações numerológicas, as relações da cabala e o uso das cores.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Matta e Silva; e as tendas e ordens criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de sete Orixás: Orixalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Yori, Yorimá, sendo que dois deles não existem nas tradições africanas (Yori e Yorimá).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias feitas de elementos naturais, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto riscado nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Doutrina secreta da Umbanda”; “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho”; “Mistérios e práticas da lei de Umbanda”; “Segredos da magia de Umbanda e Quimbanda”; “Umbanda de todos nós”; “Umbanda do Brasil”; “Umbanda: sua eterna doutrina”; “Umbanda e o poder da mediunidade”; e “Macumbas e Candomblés na Umbanda”.
Umbanda Guaracyana
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo Guaracy através do seu médium Sebastião Gomes de Souza (1950 – ), mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo, SP, em 02/08/1973, com a fundação da Templo Guaracy do Brasil.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são os Templos Guaracys do Brasil e do Exterior.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições africanas, havendo, entretanto, uma ligação dos mesmos com elas. Considera a existência de dezesseis Orixás, divididos em quatro grupos, relacionados aos quatro elementos e aos quatro pontos cardeais: Fogo/Sul (Elegbara, Ogum, Oxumarê, Xangô), Terra/Oeste (Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe, Obá), Norte/Água (Nanã, Oxum, Iemanjá, Ewá) e Leste/Ar (Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Exus e Pombagiras.
Ritualística: Roupas coloridas (na cor do Orixá) são a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas e atabaques nos trabalhos, porém não são utilizadas imagens e bebidas nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda dos Sete Raios
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Ney Nery do Reis (Itabuna, (26/09/1929 – ), mais conhecido como Omolubá, e por Israel Cysneiros, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em novembro de 1978, com a publicação do livro “Fundamentos de Umbanda – Revelação Religiosa”
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são as obras escritas por Omolubá e as tendas criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições africanas. Considera a existência de doze Orixás, divididos em sete raios: 1º raio, Iemanjá e Nanã; 2º raio, Oxalá; 3º raio, Omulu; 4º raio, Oxóssi e Ossãe; 5º raio, Xangô e Iansã; 6º raio, Oxum e Oxumaré; e 7º raio, Ogum e Ibejs.
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Orientais, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Pilintras, Exus e Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens de entidades, fumo, defumadores, velas, bebidas, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente possui os seguintes livros e periódicos como fonte doutrinária: “ABC da Umbanda: única religião nascida no Brasil”; “Almas e Orixás na Umbanda”; “Cadernos de Umbanda”; “Fundamentos de Umbanda: revelação religiosa”; “Magia de Umbanda: instruções religiosas”; “Manual prático de jogos de búzios”; “Maria Molambo: na sombra e na luz”; “Orixás, mitos e a religião na vida contemporânea”; “Pérolas espirituais”; “Revista Seleções de Umbanda”; “Tranca Ruas das Almas: do real ao sobrenatural”; “Umbanda, poder e magia: chave da doutrina”; e “Yemanjá, a rainha do mar”.
Umbanda Aumpram
Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandhã; e Umbanda Esotérica.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Tomé (também chamado Babajiananda) através do seu médium Roger Feraudy (?/?/1923 – 22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1986, com a publicação do livro “Umbanda, essa desconhecida”. Esta vertente é uma derivação da Umbanda Esotérica, das quais foi se distanciando ao adotar os trabalhos de apometria e ao desenvolver a sua doutrina da origem da Umbanda, a qual prega que a mesma surgiu a 700.000 anos em dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário, os quais teriam sido os locais em que terráqueos e seres extraterrestres teriam vividos juntos e onde estes teriam ensinado àqueles sobre o Aumpram, a verdadeira lei divina.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os livros escritos por Roger Feraudy; e as tendas e fraternidades criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica (Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yori e Yorimá) e mais Obaluaiê, o qual consideram o Orixá oculto da Umbanda.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos 7 Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso da imagem de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, cristais e incensos nos trabalhos, porém as guias e os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Umbanda, essa desconhecida”; “Erg, o décimo planeta”; “Baratzil: a terra das estrelas”; e “A terra das araras vermelhas: uma história na Atlântida”.
Umbanda de Síntese
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Iniciática; Ombhandhum; e Proto-Síntese Cósmica.
Origem: É a vertente fundamentada pelo médium Francisco Rivas Neto (1950 – ), mais conhecido como Arhapiagha, surgida em São Paulo, SP, em 1989, com a publicação do livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”. Esta vertente começou como uma derivação da Umbanda Esotérica, porém aos poucos foi se distanciando cada vez mais dela, conforme ia desenvolvendo sua doutrina conhecida como movimento de convergência, que busca um ponto de convergência entre as várias vertentes umbandistas. Nela existe uma grande influência oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito, e há a crença de que a Umbanda é originária de dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”; a Faculdade de Teologia Umbandista, fundada em 2003; o Conselho Nacional da Umbanda do Brasil, fundado em 2005; e as tendas e ordens criadas pelos discípulos de Rivas Neto.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica, associados, cada um deles, a mais um Orixá, de sexo oposto, formando um casal: Orixalá-Odudua, Ogum-Obá, Oxóssi-Ossaim, Xangô-Oyá, Yemanjá-Oxumaré, Yori-Oxum, Yorimá-Nanã. Por esta associação nota-se que alguns Orixás tiveram seu sexo modificado em relação a tradição africana (Odudua e Ossaim).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás principais do par: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras de Umbanda e a roupa preta, associada ao vermelho e branco, nas de Exu, sendo admitidos o uso de complementos por sobre a roupa dos médiuns, tais como cocares de caboclos. Nela encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, atabaques e tábuas com ponto riscado nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa o seguinte livro como principal fonte doutrinária: “Umbanda: a proto-síntese cósmica”.
Umbanda Sagrada
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, através do seu médium Rubens Saraceni (1951 – ), surgida em São Paulo, SP, em 1996, com a criação do Curso de Teologia de Umbanda. Sua doutrina procura ser totalmente independente das doutrinas africanistas, espíritas, católicas e esotéricas, pois considera que a Umbanda possui fundamentos próprios e independentes dessas tradições, embora reconheça a influências das mesmas na religião.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, fundado em 1999; o Instituto Cultural Colégio Tradição de Magia Divina, fundado em 2001; a Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, fundada em 2004; os livros escritos por Rubens Saraceni; o Jornal de Umbanda Sagrada editado por Alexandre Cumino; o programa radiofônico Magia da Vida; e os colégios e tendas criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente os adeptos podem realizar o culto aos santos católicos da maneira que melhor lhes convier e os Orixás são entendidos como manifestações de Deus que ocorreram sobre diferentes nomes em diferentes épocas, sendo reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de catorze Orixás agrupados como casais em sete tronos divinos: Oxalá e Logunan (Trono da Fé); Oxum e Oxumaré (Trono do Amor); Oxóssi e Obá (Trono do Conhecimento); Xangô e Iansã (Trono da Justiça); Ogum e Egunitá (Trono da Lei); Obaluaiê e Nanã (Trono da Evolução); e Iemanjá e Omulu (Trono da Geração). Os sete primeiros de cada par são chamados Orixás Universais, responsáveis pela sustentação das ações retas e harmônicas, e os outros sete, Orixás Cósmicos, responsáveis pela atuação corretiva sobre as ações desarmônicas e invertidas, sendo que alguns deles seriam considerados manifestações do mesmo Orixá nas tradições africanas (Obaluaiê/Omulu e Iansã/Egunitá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Povo(s) do Oriente, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, atabaques, imagens e pontos riscados nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa toda a bibliografia publicada por Rubens Saracen, tendo os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A evolução dos espíritos”; “A tradição comenta a evolução”; “As sete linhas de evolução”; “As sete linhas de Umbanda: a religião dos mistérios”; “Código de Umbanda”; “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”; “Formulário de consagrações umbandistas: livro de fundamentos”; “Hash-Meir: o guardião dos sete portais de luz”; “Lendas da criação: a saga dos Orixás”; “O ancestral místico”; “O código da escrita mágica simbólica”; “O guardião da pedra de fogo: as esferas positivas e negativas”; “O guardião das sete portas”; “O guardião dos caminhos: a história do senhor Guardião Tranca-Ruas”; “Orixá Exu-Mirim”; “Orixá Exu: fundamentação do mistério Exu na Umbanda”; “Orixá Pombagira”; “Orixás: teogonia de Umbanda”; “Os arquétipos da Umbanda: as hierarquias espirituais dos Orixás”; “Os guardiões dos sete portais: Hash-Meir e o Guardião das Sete Portas”; “Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos”; e “Umbanda Sagrada: religião, ciência, magia e mistérios”.
Assinar:
Postagens (Atom)