domingo, 15 de maio de 2011

UM CASO DE CURA DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS

No capítulo entitulado  “Da Cruzada espírita ao Abrigo Thereza de Jesus” do livro No mundo dos espíritospublicado em 1925 pelo  jornalista Leal de Souza( já largamente garimpado neste blog) , encontramos o  discurso do Sr. J.R. Brigagão, feito no salão de conferências do Abrigo Thereza de Jesus, que nos dá alguma dimensão da importância e do grau de notoriedade que os feitos do médium  Zélio Fernandino de Moraes  ganharam  no Rio de Janeiro do século passado e que disponibilizo , seguindo a grafia original do livro, a seguir:
“-Ha poucos dias, na visinha cidade de Nictheroy, uma linda moça, na flor da edade,cheia de sonhos azues e illusões douradas, adoeceu de enfermidade mysteriosa. Foram chamados bons medicos e a enferma não melhorou. Antes, peorou. Novos doutores foram consultados, porém a donzella, aggravando-se rapidamente o seu estado, foi julgada sem salvação. Em desespero, seu pae, um commerciante abastadissimo, ouviu os conselhos de um amigo e solicitou os soccorros ao centro espírita Nossa Senhora da Piedade, onde se manifestam espiritos de caboclos, mas, acabára de pedir taes auxilos, quando recebeu a noticia do desenlace fatal: sua filha fallecera ás 5 horas da tarde.Voltou o pae em pranto, para o seu lar abalado. Veio um medico, examinou a moça e lavrou o attestado de obito. Lavou-se e vestiu-se o corpo. Foi collocado, sob flores, na mesa mortuaria, entre velas bruxoleantes. Um sacerdote fez a encommendação.
Às 8 horas da noite, ao iniciar a sua sessão, o centro espírita Nossa Senhora da Piedade, não tendo sido avisado do fallecimento, fez uma prece pela saude da moça já morta. Manifestando-se o espirito do guia e protector do centro, disse:
“-Um grave perigo ameaça a pessoa por quem oraes. Continuae as vossas preces com fervor e sem interrupção, até que eu volte, pois vou sair para socorrel-a”. Os espiritas do centro Nossa Senhora da Piedade, orando com fervor, esperaram cerca de duas horas, e, ao termo dellas, manifestando-se de novo, o espirito de seu guia disse-lhes: “Está salva a moça”. Espiritos máos, convocados por motivo de ordem pessoal, haviam envolvido a joven em fluidos venenosos, que a estavam matando. Não se quebrára, porém, o fio que liga o Espirito ao corpo.
Às 8 horas da noite, terminou o narrador, a moça continuava na mesa funeraria, com todos os signaes de morte. Às 9 horas, uma demonstração de vida animou-lhe a face e, percebendo-a, seu padrinho preveniu seu pae. Retirada da camara mortuaria e reposta em seu leito, a moça reabriu os olhos, e, momentos após, erguia-se curada, completamente boa. Os espiritos dos caboclos, em combate travado nos espaços, tinham vencido os espiritos máos...”

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