A história das religiões afro-brasileiras começa ainda no séc XVI quando a cultura canavieira passou a importar mão de obra escrava (o resto e os pormenores dessa história creio que vcs já conheçam)...
Os negros que foram trazidos como escravos para o brasil vinham de várias regiões diferentes da ífrica "desde Cabo Verde percorrendo a costa africana até ao Reino do Congo, Quíloa e o Reino grande Zimbabwe." Essa diferença regional dos negros também era acompanhada de diferenças religiosas, culturais e lingí¼ística.
Ao chegarem no Brasil os negros de vários reinos e tribos diferentes foram misturados entre sí (se não me engano como estratégia para evitar a organização intelectual deles) e foram distribuídos nos principais portos do brasil naquela época: São Luiz, Recife, Bahia e Rio de Janeiro.
Após serem misturados entre sí os negros tiveram de aprender a se comunicar entre sí (regiões diferentes = idiomas diferentes), a conviver entre sí e assim adaptaram suas linguagens e seus cultos.
Há muita discussão em torno das origens e da posse dos Orixás.
De quem é o poder sobre os Orixás.
Eles são divindades do Candomblé ou da Umbanda?
Muito se houve por ai sobre o que são e de onde provém os Orixás.
Quem nunca ouviu, dentro dos terreiros de Umbanda, algum filho que mesmo tendo optado pela iniciação na Umbanda, a seguinte frase:
- Meus Orixás são de nação!
O que seriam Orixás de nação?
Para respondermos a essa pergunta precisamos saber o que quer dizer ou o que representa a palavra Orixá.
Pesquisando um pouco sobre o assunto, apesar das diversas discussões sobre a origem e do que são feitos, poderemos notar aspectos básicos sobre estas divindades que não podem deixar de ser respeitadas em hipótese alguma.
1º - São de Origem Africana.
2º - Apesar de sincretizados não são santos católicos.
3º - Não possuem imagens, não pelo menos as dos santos católicos que os sincretizam.
4º - Não são anjos enviados por Deus para nos proteger.
5º - Não são vingativos.
6º - Em pesquisas foram encontrados mais de 400, apesar de no Brasil cultuar-se, normalmente, cerca de 20 apenas.
7º - Todos são de alguma nação, pois é assim que se passaram a designar-se as etnias ou povos africanos quando vieram para o Brasil, os quais louvavam e cultuavam suas divindades dentro de suas características particulares. Aqui se denominaram Keto, Angola, Jeje, etc...
8º - São considerados forças míticas criadas por Olorum, ancestrais divinos dos homens, ou pelo menos divinizados, isso quer dizer que opõem-se diametralmente ao conceito de Egum, os quais são seres espirituais, ou seja, tiveram vida humana.
Os Orixás, apesar de apresentarem lendas de suas vidas humanas, não são considerados como tais, se fossem seriam Eguns e isso decididamente não passa pela cabeça de nenhum iniciado no culto a eles. Consideram que mesmo sobre os que se contam lendas humanas, não passaram pelo processo de desencarne natural, ou seja não morreram. Por algum motivo extremamente forte, sentimentos, sofrimentos, lutas, transformaram-se em Orixás, como num encantamento.
Orixás são considerados forças da natureza e não homens!
Vejamos então:
Será que na Umbanda não há Orixá?
É óbvio que há!
Orixá de uma maneira genérica é considerado como nosso pai espiritual, um verdadeiro ancestral divino. De acordo com o sentimento do culto, todos os homens tem um Ori (cabeça) e sobre ele rege um Orixá principal, sendo assim, mesmo que a pessoa seja Católica, Evangélica, Budista ou de qualquer outra religião, terá um Orixá pessoal.
A maneira pela qual eles são cultuados é que dá o tom da Umbanda ou Candomblé!
O sincretismo ajuda muito nesta confusão. Muitos acabam afirmando serem filhos de São Jorge ou de Santa Bárbara pelo sincretismo com Ogum e Iansã.
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