quinta-feira, 17 de junho de 2010

OLHA A CORRENTE ,GENTE! VAMOS CONCENTRAR!


Se você é pai no santo ou médium freqüentador de algum
terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer:

-"Olha a corrente, gente ! Vamos concentrar"!

Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as
que falam) não sabe!

O que é essa tal de "corrente"?
Será uma corrente de ferro ou
de fibras que se forma no invisível?
Será uma corrente que vai prender
os espíritos?
Será? Será?

Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado)
chama a atenção para a "corrente" é porque ele sentiu uma queda ou
diminuição na energia ambiental (EGRÉGORA) que deve ser mantida
pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os
trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de autopreservação.

Essa questão da "corrente" ou egrégora é tão importante que
vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto para que você possa
perceber, se orientar e orientar a outros.

Vou tomar como exemplo uma gira de Umbanda, mas advirto
que você pode adaptar minhas explicações para entender práticas
espirituais, inclusive das Igrejas Evangélicas que fazem curas etc.

Vamos considerar um grupo de 10 pessoas e partir do princípio
de que TODAS ESTÃO UNIDAS POR UM MESMO IDEAL.

Isso é a base de tudo !

Criada a egrégora como já vimos antes (pela união dos pensamentos
direcionadas aos mesmos fins), cada vez mais energias de
mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas
atuam imediatamente nas pessoas que ali estão e em alguns casos, se
for bem forte já começam a operar alguns "milagres", desde que as
pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e
ansiando por receberem um bem).

As entidades (aí eu já estou falando de seres espirituais) afins penetram e até são atraídas para o interior.
Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a
energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se
tudo estiver "correndo bem").

Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora,
ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se
consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos
espirituais.

As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os
que ali estão na medida de suas possibilidades.

A técnica usada nos terreiros de Umbanda e Candomblé para
formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está
baseada nos rituais de "abertura".

Já nas Igrejas Evangélicas e outras, consiste basicamente nas pregações, que fazem com que os adeptos se concentrem ou dirijam seus pensamentos de acordo com a "pregação".

Se você for um estudioso e não carregar preconceitos, notará
que nessas "pregações" há sempre um direcionamento do raciocínio
dos ouvintes de forma a fazê-los pensar positivamente e
acreditarem firmemente na possibilidade de alcançarem os bens
que foram procu-rar. Nesse momento, embora nem saibam às
vezes, estão gerando a egrégora.

Fazer com que a assistência participe ativamente, pensando
positivamente, deve ser parte obrigatória de TODAS as giras de Umbanda.
Essa no entanto é uma prática esquecida e o que vemos em
muitos terreiros é uma assistência quase que sempre alheia, só
participando em alguns momentos, de preferência quando vêm de encontro ao que lhes interessa.

Dessa egrégora, como já disse, são retiradas as energias para a
realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for
forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada.

Por outro lado, se a corrente ou egrégora das "giras" não for
suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do
tempo, sendo que, o(a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e
para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e
mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as
maiores conseqüências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.

Veja abaixo alguns tipos de complicações que podem ocorrer.

Complicações que podem ocorrer ainda dentro da sessão:

a) Médium dirigente e/ou médiuns auxiliares não conectados
positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança.

b) Perturbações por intromissão de entidades do Baixo Astral
que encontram entrada fácil nesses casos.

c) Problemas com médiuns e/ou assistência com relação até
mesmo à integridade física, pois não é raro em sessões dessa
natureza, haverem manifestações turbulentas de entidades
descontroladas e médiuns idem.

d) Cansaço físico de dirigente e médiuns ao final dos trabalhos
pela perda energética sofrida. O normal é que quando
se encerram os trabalhos, todo os médiuns se sintam em
perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de
descarga e desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se
melhor do que quando chegaram, justamente porque conseguiram
atrair uma grande quantidade de energia positiva da
qual todos poderão desfrutar.

Observação:
Existem mais situações que podem acontecer, mas
vamos ficando por aqui pois só as citadas já darão como
conseqüências as que vêm após.

Complicações que podem ocorrer com a continuidade dos
problemas:

a) Enfraquecimento crescente dos contatos entidade/médium.
b) Corpo mediúnico cada vez mais inseguro.
c) Dificuldades crescentes para a realização de trabalhos.
d) Problemas começam a surgir na vida material de todos.
e) Discórdias entre o grupo começam a gerar desentendimentos
maiores.
f) Formam-se grupos dentro do grupo dividindo a energia ao
invés de somá-la.
g) Doenças e dificuldades começam a aparecer.
h) Como os contatos espírito/médium já não são tão positivos,
torna-se difícil ou impossível a solução de problemas que
antes eram nada (aí, não raramente começam a se consultar
em outros lugares).
i) Para sintetizar: Todos serão altamente prejudicados por seus
próprios atos e desunião e, como ocorre normalmente, ao
final ELEGERÃO SEMPRE UM CULPADO - ou o
dirigente ou a própria Umbanda (no nosso caso).

Ainda sobre a egrégora de terreiros de Umbanda, é preciso que
se explique que ela, além de ser formada e nutrida com a energia
gerada em cada reunião, também é favorecida pelas "firmezas" ou
"assentamentos" que devem ser tratados, reforçados e respeitados.
Mais uma explicação.

Assentamento, como muitos podem crer, não é prática exclusiva
das religiões Afro. Até mesmo elas "importaram" essa prática de
Seitas e Religiões muito mais antigas.

Se os assentamentos estiverem bem "sintonizados" com as
energias e entidades para os quais foram dirigidos, sabendo o/a dirigente
acioná-los, eles serão de grande importância (caso contrário
serão meros ocupantes de lugar) pois poderão trazer para o ambiente
essas energias e entidades que beneficiarão sobremaneira a realização
de trabalhos positivos.

Para resumir e ficar bem entendido, observe o seguinte:

a) Energia positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
b) Pensamentos (que geram energia) positivos atraem energias e fatos
positivos (ou negativos...).
c) Medo, insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da
ação de energias positivas.
d) Fé (certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e,
quanto maior for, maior será a ação dessa energia.
e) Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada
dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as
criará.
f) Egrégoras (se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião
para trabalhos mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que
podem prestar.
g) Egrégoras formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de
trabalho etc. Só que nesses casos, como não costuma haver um
direcionamento das energias que a formarão (a não ser em poucos
casos) elas correm o risco de serem negativas.
h) Grupos desunidos, por mais forte que queira parecer o dirigente,
estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem
gerar o ambiente propício para a presença de verdadeiros
Espíritos Guias.
i) A disciplina e a união em torno de objetivos comuns são parte
sólida da base que construirá o verdadeiro Templo - aquele onde
comparecerão sempre os verdadeiros Amigos Espirituais.

do livro:Umbanda Sem Medo I
Claudio Zeus 

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