Astrólogos, Videntes e Pais de Santo abusam dos clichês para faturar.
Com a proximidade do Dia dos Namorados cresce o número de charlatões. De olho na clientela à procura de sorte no amor, Astrólogos, Videntes e Pais de Santo abusam dos clichês para faturar. Trata-se de um comércio para lá de alternativo e que ganha movimento extra na cidade de São Paulo. São os “consultórios” de astrólogos, tarólogos, pais de santo, “bruxos” e toda sorte de videntes. Por meio de classificados em jornais, revistas, placas que emporcalham os postes, panfletos distribuídos em avenidas movimentadas e anúncios na internet, é fácil encontrar um adivinho para chamar de seu. “É preciso ficar atento para não cair no conto do vigário”, diz o parapsicólogo Jayme Roitman, que em 2006 participou do quadro do ‘Fantástico’, da Rede Globo, chamado ‘Operação Bola de Cristal’, que desmascarava falsos esotéricos. “E isso é o que mais se vê por aí.” Foi o que a reportagem da Veja São Paulo constatou quando consultou, sem se identificar, dez desses profissionais entre 31 de maio e 2 de junho. Em sete deles, além do valor da consulta, foi pedido um dinheiro extra — que variou de 500 a 3 000 reais — para um trabalho de “limpeza”. Ou seja, se os repórteres não colocassem a mão no bolso, ficariam “com a vida amorosa amarrada para sempre”. Houve quem se dispusesse a ir até um caixa eletrônico sacar a quantia na mesma hora. “Eles se aproveitam da fragilidade alheia”, afirma o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor da USP e especialista em relacionamentos amorosos. “Mas os resultados, se existirem, são por efeito placebo. A pessoa quer tanto acreditar que muitas vezes acaba dando certo mesmo.”
Os Dez Mandamentos da Adivinhação:
Os parapsicólogos Jayme Roitman e Marcia Cobêro explicam como agem os falsos esotéricos
1. Fazem sempre um raio X da vítima. Aparência, roupas e até o carro em que chegou fornecem pistas sobre sua personalidade;
2. Perguntam quem é, o que faz, onde mora e a data de nascimento no início da consulta, além de procurar saber o que traz a pessoa ali;
3. Tentam compreender os anseios do cliente. Isso permite dar as cartas no jogo e conduzir a conversa. Se a pessoa desconfia que o marido tem uma amante, por exemplo, eles confirmam;
4. Emitem apenas afirmações genéricas. Toda família tem alguém doente, uma ovelha negra, alguém endividado ou desempregado. Um novo amor, obviamente, sempre pode aparecer;
5. Deixam que as perguntas pareçam afirmações;
6. Aproveitam dicas oferecidas nas respostas anteriores para formular novas previsões;
7. Prevêem fatos que possibilitem diversas interpretações;
8. Transformam erros em acertos. Se ao perguntar se alguém próximo morreu recentemente e a resposta for negativa, emendam: “Então vai morrer em breve”;
9. Estabelecem prazos.
10. Apostam na casualidade. Acidentes, separações e mortes ocorrem a toda hora.
As palavras que eles mais repetem:
Amarração: oferenda com o objetivo de unir um casal;
Candomblé: religião africana que cultua os orixás;
Exu: mensageiro entre orixás e humanos, pode ser usado para o bem e para o mal;
Orixás: seres divinizados. Cada um deles representa um elemento da natureza, caso de Iemanjá (água do mar);
Pombajira (sic): versão feminina de Exu, ajuda a separar e formar casais;
Serviço ou trabalho: sinônimo de macumba, considerado um termo pejorativo. Consiste em fazer uma oferenda aos orixás em troca de favores positivos ou negativos.
Foram consultados dez astrólogos, tarólogos e outros bruxos da adivinhação.
Chegaram a pedir 3000 reais para trazer a pessoa amada de volta em 24 horas.
Fonte: L. Cardoso Pinto
quero denunciar a uti do amor,paguei 400 reais em 10/10/2011,para separar um casal,meu ex marido e a tual,detalhe perguntei se minha historia com ele tinha acabado,se não daria dar continuidade,o pai ignacio ma falou que minha historia não tinha acabado e separaria ele dela,eles estão orando juntos depois de três meses de namoro,e o que paguei perdi,ele me falopu que quanto mais disatante ele estivesse melhor pra mim, pura lorota,fraude, o cara é safado.
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