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Muitas pessoas nessa época do ano estão pensando ou decidindo sua caminhada espiritual, pensando em desenvolver a mediunidade e em participar dos trabalhos espirituais de um Centro, ou seja, Vestir o Branco.
Esta fase é muito importante para qualquer um, normalmente fica-se morrendo de medo, preocupado com a responsabilidade, refletindo se vai dar conta, pensando o que e no que isso compromete, pensando no futuro, na ideia de que é um caminho sem volta, como muitas vezes ouvimos, e ao mesmo tempo cheio de ansiedade para fazer algo diferente, algo de bom, algo que faça a sua vida e a vida das pessoas mudarem…
Conclusão, é um turbilhão de pensamentos e sentimentos, um turbilhão de perguntas que quando não se obtêm respostas claras e lógicas paralisam qualquer ação e qualquer boa intenção.
Pensando nisso gostaria de aproveitar esse espaço para tentar facilitar essa fase tão fundamental e importante para qualquer médium.
Vejam só, todos aqueles que sentem a ação do Alto ou do Embaixo, seja em forma de bênçãos ou de carga negativa, é Médium. Ser médium significa que se está no meio, que intermedia dois planos, que entende, percebe, recebe e sente a ação do céu e do inferno (como diriam os católicos). Portanto todos que se comunicam com Deus, anjos, santos, orixás, mentores… São Médiuns.
Claro que uns têm esse dom muito mais aflorado e outros menos, alguns inclusive tem missão, outros tem obrigação e outros ainda tem função, aí não adianta fugir, não adianta fingir, não dá para dizer que não existe e que não quer.
Nesses casos a necessidade é tão grande que quanto mais o médium recusar mais dor, sofrimento e perdas ele sentirá e terá.
Afinal de contas foi ele que combinou com sua família espiritual!
Entendam, não é um castigo do Astral! Mas sim uma reação da própria ação do médium.
Os Guias Espirituais nesses casos tentam ajudar no que podem.
Falam, alertam, orientam, inspiram, no entanto, não surte efeito, não são ouvidos ou entendidos, a recusa é acentuada pois o campo de visão desses médiuns normalmente está totalmente focado nas necessidades materiais como trabalho, relação amorosa, saúde e em uma infinidade de outras situações e desejos que induzem à perda do real sentido da vida e o real sentido de estar aqui nesse plano. Infelizmente percebemos uma triste ação que inevitavelmente proporciona uma lamentável reação.
É fato, quanto mais recusar a vida em espírito, mas difícil ficará a vida na matéria! É a incontestável Lei da Ação e Reação agindo.
É fato, ninguém faz conosco o que não queremos ou o que não merecemos!
O pedido, o desejo, o acordo de ser médium foi e é NOSSO. Saibam que grandes acordos foram feitos no astral com os Guias Espirituais quando nos encontrávamos desencarnados, assim como grandes promessas são feitas diariamente aos Guias Espirituais pelos próprios médiuns aqui, enquanto encarnados e enquanto necessitam. No entanto, após tudo resolvido e com novas oportunidades as ideias mudam e as promessas são quebradas facilmente.
Saliento e afirmo com toda minha convicção que os Guias Espirituais respeitam o Livre Arbítrio e que não nos forçam a nada, nós é que muitas vezes somos volúveis demais e esquecemos muito rápido os compromissos, os chamados e as bênçãos recebidas. Quantas pessoas foram curadas pela espiritualidade e negam o compromisso da mediunidade, quantas pessoas tiveram suas vidas modificadas pela ação de um Exu e em pouco tempo viram as costas e ainda denigrem a imagem Exu na primeira oportunidade, quantas pessoas prometem, juram, afirmam o compromisso mediúnico em frente aos Guias e quando conseguem o que querem dizem que agora não é a hora, que agora não tem tempo, que não podem perder a oportunidade que receberam. Quantas pessoas prometem, prometem e prometem com tanta facilidade quanto esquecem.
Enfim, mediunidade é um Dom e não uma privação, castigo ou escolha, desenvolver a mediunidade só faz o bem, seja para o próprio médium, seja para o próximo. Aliás, tem uma frase muito inspiradora a todos aqueles que juram uma fé incondicional, mas não agem o Sentido da Fé: A FÉ, SE NÃO TIVER OBRAS, É MORTA EM SI MESMA. Tiago 2:17.
Desenvolver a mediunidade, Vestir o Branco, é entrar em equilíbrio com o próprio espírito, com a própria alma. É sair da agonia, da dor e do sofrimento e viver em Paz de Espírito. Não adianta, quem tem missão, função e obrigação tem que quebrar os tabus, os medos e fazer aquilo que TEM QUE FAZER.
Desenvolver a mediunidade, Vestir o Branco, só faz bem, só melhora e apura nossos sentidos, só engrandece nossa vida e favorece nosso estado de espírito.
Medo??? O medo quando não dominado só paralisa, endurece e estagna um movimento, consequentemente um crescimento. Medo? Medo de espíritos Bons, de energia pura, de fazer o bem? Não, não podemos deixar boas e importantes oportunidades passar. Não podemos alimentar esse tipo de sentimento tão denso e paralisante.
Preocupado com a responsabilidade? Se vai dar conta? Ora, olhe à sua volta, será que você já não deu conta de coisa muito pior, de coisa muito mais difícil que isso? Entenda, desenvolver a mediunidade cria em nós uma energia altamente positiva e Divina, portanto, não tem como não dar conta.
Pensando o que e no que isso compromete? Então saiba que isso só compromete Amor, Dedicação e Convicção. E tenho certeza que isso não é tão difícil assim.
Acha que esse é um caminho sem volta? Pois então compreenda que esse Não é um caminho sem volta, é um caminho de tanta Paz, de tanta Luz e de tanta Alegria que é VOCÊ que não vai mais querer sair desse caminho.
Sei que algumas pessoas passam por apuros no início desse desenvolver, mas nada que não seja de merecimento, que não seja para crescimento e para aperfeiçoamento. Sei que algumas pessoas já tiveram grandes desilusões, mas o que é isso perto da grandeza de sentir um Orixá em nosso corpo, sentir a doçura de um Preto-velho, a clareza de um Caboclo, a pureza e alegria de um Erê e a sabedoria de um Exu.
Enfim, sei que esse assunto é longo, mas termino esse texto afirmando com toda minha convicção, fé e amor que não existe nada melhor, nada mais satisfatório e nada mais grandioso que ser um instrumento de Espíritos tão elevados, tão benevolentes e sábios.
Portanto, a cada nova oportunidade reafirmo a importância e o privilégio que é
SER MÉDIUM.
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