quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS


P.: O que significa "é mojubá"?

R.: MOJUBÁ — Para alguns autores, é um cumprimento, uma saudação em iorubá. Para outros, é uma expressão extraída da combinação dos termos Moju (viver a noite) e Ba (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”; nesse contexto, “Exu é mojubá” (dentre algumas variações) significaria uma saudação que reconhece essas características de Exu. Outra variante indica Mojubá como sinônimo de “Meus respeitos”.



P.: "Meu" Caboclo riscava um ponto antes a agora, que mudei de terreiro, ele modificou o ponto dele. Por que?

R.: Modificou muito? Ou apenas acrescentou ou retirou algum detalhe?
Essas perguntas, em resposta, cabem porque não é comum uma situação destas e parece até estranha. No entanto, pode ser (apenas pode ser) que no caso de inserção ou retirada de algum símbolo, se deva à sua nova forma de trabalhar junto às entidades do novo local bem assim como à egrégora. Se trocou o ponto todo, aí isso tem que ser estudado mais a fundo porque o que parece é que a entidade espiritual não é mais a mesma, ainda que dê o mesmo nome de falange.



P.: Minha criança nunca riscou ponto. Isto está certo?



R.: Se está ou não está, é uma decisão dela, levando-se em conta que você seja médium preparado e outras entidades até já tenham riscado seus pontos através de você. Em verdade mesmo, eu nunca vi criança riscando ponto de fundamento mesmo. Já vi até ensaiarem alguns riscos no meio daquelas brincadeiras que sabem muito bem fazer, mas riscar mesmo, como Caboclo e Preto Velho, eu ainda não vi, ainda que alguns autores insistam em dizer que riscam.



 
 
P.: Por que Preto Velho e Caboclo fumam nos Terreiros?


R.:  Eu não diria que fumam porque eu nunca vi ENTIDADE DE LEI tragar, seja cachimbo ou charuto. O que acontece, na verdade é que eles se valem desses "artifícios" para defumarem, espargindo no ambiente e nos consulentes, a energia que sai do médium, modificada pelo aroma dos fumos específicos. Existe uma modalidade de "passe" que é chamado de "passe de sopro". Nessa modalidade, tanto o doador encarnado quanto o desencarnado incorporado, sopram para o paciente, a energia ectoplásmica da qual ele necessita. Você já deve ter visto isso nas baforadas dos Pretos Velhos e Caboclos, não?


 
 
P.: E essas entidades que já chegam bêbadas. O que você teria a dizer sobre elas?



R: Essa é uma resposta que eu pensei muito se daria ou não, porque certamente envolve a crença de muitos que vêem em entidades desse tipo, verdadeiros mitos, quando não são. E porque digo que não são? Vamos a um raciocínio lógico partindo do princípio de que estejam realmente bêbadas e isso não seja teatro delas?
Vamos lá: Quem deu de beber a esses espíritos antes deles chegarem? Se a resposta foi ninguém, então é sinal de que eles, para poderem absorver álcool, ou tiveram que se encostar em alguém ou absorver esse álcool até mesmo de algum armazém ou encruzilhada. E que tipo de entidade se encosta, aqui ou ali pra absorver a essência do álcool no intuito de manter "em morte" o que provavelmente mantinha em vida? É só uma questão de raciocínio e eu nem vou me alongar mais nessa análise. Só vou dizer que entidades deste tipo ALÉM DE NÃO SEREM DE UMBANDA, têm que ser muito bem encaminhadas ou doutrinadas no caso de seu médium ter realmente que com elas trabalhar, caso contrário ...




P.:  Mas e quando chegam, nem bebem e deixam o médium bêbado?



R: Mais uma razão para que o responsável pela Gira as chame de volta (se tiver na unha, como se diz) e as obrigue a deixar o médium em perfeito estado, fazendo-as aprender, desde cedo, que ali naquele Terreiro de Umbanda ELES SÃO APRENDIZES E NÃO PROFESSORES.



P.: Fui num Terreiro e fiquei sabendo que vou trabalhar com o Caboclo Pena Verde. Queria saber do que ele gosta e como ele se veste porque estou com um dinheiro em sobra e pretendo aproveitá-lo pra ir logo comprando o que for preciso.



R: Eu chamo isso de "botar a carroça na frente dos burros". Pegue o seu dinheiro e bote numa caderneta de poupança ou outra aplicação qualquer, já que não tem uso pra ele no momento. Quem disse que o seu Caboclo Pena Verde vai ter que ser igual a qualquer outro? Quem lhe disse que ele vai querer usar isso ou aquilo? Ou será que já temos uniformização de entidades na Umbanda também?
O caso é o seguinte: Você nem sabe, com toda a certeza se vai trabalhar com essa entidade porque nem começou a desenvolver. Daqui há algum tempo, depois que a entidade se manifestar mesmo e puder falar através de você, pergunte a ela. Acho que se for ela mesma a falar, você vai ter uma surpresa enorme.



P.:  Meu pai de santo disse que eu tenho um oriental que pode trabalhar com curas e que eu deveria procurar outro lugar já que ele não trabalha com a linha do oriente. O que você tem a dizer?



R: Em primeiro lugar que o termo correto é PAI NO SANTO e não DE SANTO porque ele é "seu pai" (orientador) na linha de santo e não pai de qualquer santo. Desculpe-me, aproveitei pra dar uma explicação sobre uma terminologia errada mas que, mesmo errada continua a ser difundida.


Em segundo lugar, achei seu Pai NO Santo muito honesto, não pretendendo prendê-la em seu Terreiro e abrindo-lhe a porta para que você procurasse um lugar que pudesse lhe dar melhores informações sobre o seu "carrêgo espiritual" que, como ele mesmo diz, não está dentro de suas práticas. Perfeito. Você pode continuar amiga de seu Pai NO Santo (porque ele é honesto) e continuar seu caminho com outro(s) orientador(es).
 
 
P.: Já estou num terreiro há dois anos e nunca recebi nada. O que faço?



R: Você é médium de incorporação? Tem certeza? Se for, então é porque o Terreiro em que você está não agrada seu carrêgo espiritual e, provavelmente, se você lhe der chance, vai encaminhá-lo futuramente para outro lugar. Simples assim.

Nilo Coelho.

Um comentário:

  1. enormal um pai de santo nao receber os guias dele nos dias de trabalhos

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