domingo, 27 de fevereiro de 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS

AQUI PERGUNTAS ENVIADAS POR EMAIL OU COMENTÁRIOS.

Com quanto Exus eu posso trabalhar? (Verônica)

Para explicar tenho que fazer uma introdução de alguns conceitos.


Vejamos: Você recebe, desde o nascimento a influência maior de uma ou duas Vibrações Originais, ou de Raiz ou de Orixás. Tudo bem até aí? Pois bem. Essas Vibrações Originais que são na verdade as ENERGIAS que mais lhe afetam e estão mais em sintonia com suas glândulas pineal, pituitária e outras, permitem que, através de si, se apresentem diversos tipos de entidades espirituais de diversas classes e padrões evolutivos, desde os mais altos até os mais baixos. Numa determinada faixa vibratória encontramos os nossos amigos EXUS e POMBA GIRAS que também, podem atuar em você através dessas canalizações energéticas.

Pois muito bem. Digamos que você esteja sob influência maior da Vibração Original a qual damos o nome de OGUM que, por conseqüência do que já foi dito, lhe permitiria, por exemplo, a atuação de Tranca Ruas, Rompe Fogo, Pimenta e outros. Nesse caso você poderá, de acordo com a gerência de sua coroa, trabalhar incorporando um deles e ter até outro, da mesma vibração (orixá), como dirigente ou chefe. Como não recebemos apenas a influência de uma Vibração Original, então temos o que chamamos o segundo santo, o terceiro, o quarto ... e cada um deles permite a canalização de outros tipos de Exus, de acordo com seus padrões vibratórios, de forma que, talvez, você venha a trabalhar com um Exu do primeiro santo e mais um do segundo ou terceiro ou até mesmo que venha a trabalhar com um do terceiro e resguardo dos outros. O que vai decidir mesmo é a regência de sua Coroa. De uma forma geral e teoricamente você poderia trabalhar com um Exu ou Pomba Gira de cada Vibração Orixá que lhe atua mais fortemente, até o terceiro santo ou quarto na hierarquia de sua Coroa, no entanto, o que acontece mesmo é que se venha a trabalhar incorporando, um ou dois deles e os outros fiquem como que de guarda, só por fora. Trabalhar (incorporar) com meia dúzia de Exus, não é nada certo!
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Exu é diabo, afinal de contas? (Willian)

Diabo, maninho, é o que temos dentro de cada um de nós quando nos desviamos dos caminhos do bem e partimos para engambelar outros, tirar dinheiro dos pobres, dar golpes nos amigos e nos não tão amigos, etc, etc.


O Diabo é o lado negro de nossas próprias personalidades.

Exu pode sim, ser o diabo, como qualquer um de nós também pode, mas originalmente, para a UMBANDA, os Exus são entidades que, tendo vindo da Quimbanda, ainda não atingiram um grau evolutivo que os envie para Planos Dimensionais Superiores, provavelmente por seus comportamentos nada indicados quando ainda em terra. São irmãos espirituais em evolução como qualquer um de nós e se aceitam os princípios de UMBANDA e passam a trabalhar dentro deles, já é sinal de que evoluíram o suficiente para entenderem que precisam se esforçar para melhorarem seus caminhos. Isso quando se tratam de espíritos. Quando se tratam de Elementais, não deixam de ser entidades em evolução, só que essa evolução ocorre paralelamente à nossa e eles nunca chegarão a encarnar, ou seja, todo o trabalho evolutivo deles é pelo lado de lá mesmo.
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Meu pai de santo diz que meu caboclo tem que bater cabeça pro dele e ele não faz. Aí ele diz que eu sou teimosa. Ele está certo? (Flávia)



Minha cara, essa é uma situação difícil de ser analisada assim, por correspondência. Existe um sem número de fatores que podem levar a essa situação e eu não teria condições de, de longe, analisá-las perfeitamente. Experimente "bater um papo" com seu Pai NO Santo e entender, dele, o porquê de seu Caboclo ter que bater cabeça para o dele, ok?
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Quando montei meu grupo pedi a um sacerdote de Almas e Angola pra ir lá e me dar umas orientações. Ele foi e firmou minha tronqueira da forma que disse ser a correta. Estou passando a chefia do Terreiro para um dos médiuns e não sei o que fazer com a tronqueira, já que o sacerdote foi morar longe e eu perdi contato com ele. (Raquel)


Minha amiga. Essa é uma situação básica. Se outro médium vai assumir a direção de seu grupo, naturalmente o(s) Exu(s) dele deverá(ão) estar firmados na tronqueira. Se é assim, converse diretamente com o(s) Exu(s) desse médium e peça a ele(s) e não a qualquer sacerdote de fora, a forma correta dele(s) ser(em) firmado(s) na tronqueira. Se o médium está preparado para assumir tão grande responsabilidade, tem que estar preparado também para dar passagem positiva a seu(s) Exu(s), de forma a que ele(s) possa(m) dizer exatamente o que deve ser feito. Se isso não acontecer é porque o médium não está tão preparado assim.

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Comecei há pouco num Terreiro e quando sinto o espírito se aproximar acho que fico tenso e não sei se sou eu ou é o espírito que está ali presente. (Roberto)

Essa é a dúvida de todos os que se iniciam no desenvolvimento da mediunidade de incorporação, principalmente se essa mediunidade não é karmica (ou cármica) - quando por isso mesmo, as entidades tendem a vir "abrindo espaço" desde o outro lado, ao mesmo tempo em que a "vida rola", de uma forma que, quando o médium chega a ir a um Terreiro, acaba "recebendo" logo na primeira ida e com toda a força.


Acontece que, em grande parte das vezes e até mesmo por este "temor" que existe naturalmente, os médiuns vão sendo "tomados aos poucos" e de acordo com a perda desse medo e sua entrega psíquica à entidade incorporante. Dessa forma, somente aos poucos e com bom e muito treino, a mente vai se embotando na presença da entidade ao mesmo tempo em que ela vai assumindo mais e mais controle, inclusive sobre o corpo físico.

Quanto de controle a entidade vai precisar ou vai se utilizar é que depende muito de inúmeros fatores, sendo que, até para existir a possibilidade destes maiores ou menores controles, será preciso que o médium tenha tido preparação adequada em seus treinamentos e isso demanda tempo.
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Nossos guias são sempre mais evoluídos que nós? (Renato)

Se forem GUIAS DE FATO mesmo, são sim. O que vemos muito na atualidade é uma imensa maioria aceitar que porque chega no Terreiro e incorpora então já é GUIA, o que está muito longe da verdade.


Somente podem ser considerados GUIAS DE FATO, espíritos que, além de se preocuparem em fazer caridade para outros, cuidam de seus médiuns, principalmente no que concerne a princípios de crescimento espiritual, comportamental e éticos. Os VERDADEIROS GUIAS são nossos MENTORES ESPIRITUAIS e não todos os que, através de nós, descem à terra para praticarem a caridade e com isso aprontarem a própria evolução - a estes damos a classificação de ESPÍRITOS PROTETORES, quando o são realmente.

O VERDADEIRO GUIA preocupa-se com seu "cavalo", "aparelho", médium e traz ensinamentos, não só sobre a vida carnal, mas também sobre a espiritual, com um detalhe que muitas vezes passa despercebido mas que deveria ser levado em alta consideração: NÃO TENTAM INTERFERIR NO LIVRE ARBÍTRIO. Eles ensinam e esperam a resposta de compreensão de seus "filhos". Se não a vêem, depois de algum tempo nessa tentativa, acabam por "irem ao ló" em busca de quem os compreenda, sendo substituídos até mesmo por outras entidades da mesma falange mas em grau de PROTETOR.

Espíritos protetores têm ações diferentes em relação à mesma situação - incompreensão, "ouvidos de mercador".

Eles costumam avisar, avisar e, depois, se for importante para eles, criam algumas situações, às vezes até "meio doidas", através das quais o médium entenda que está indo contra a correnteza, podendo até, no caso da compreensão de alguns deles, "domarem o cavalinho" com algumas "surras".

E por que essas atitudes tão diferentes de um e de outro? Simples. ESPÍRITOS GUIAS, MENTORES, são mais evoluídos que os médiuns que ELES escolhem para orientar - por isso mesmo podem GUIÁ-LOS pelos caminhos da espiritualidade - e não dependem só deste ou daquele médium. Não está na caridade que possam fazer a todos as suas missões e sim, principalmente, no que podem ensinar a este ou aquele ser vivo, já que suas missões são de ORIENTADORES e não mais de trabalhadores braçais (embora não fujam quando têm que encarar as batalhas), enquanto que os PROTETORES precisam desses médiuns para poderem fazer caridades através deles, razão pela qual, tentam domá-los quando estes não colaboram.

Em síntese: PROTETORES podem ser mais evoluídos ou não que o médium, enquanto que GUIAS, se forem mesmo, SEMPRE SÃO MAIS EVOLUÍDOS que o médium. O problema é saber separar quem é GUIA de quem é PROTETOR.
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Meu Exu disse que já podia ter passado para o lado dos Guias mas preferiu continuar o trabalho duro nas trevas porque ali sente que poderá ajudar mais. O que acha disso? (Alessandra)

Partindo do princípio de que ele esteja agindo assim por esta razão mesmo, existem, tanto Exus quanto Oguns e outros, que trabalham ao nível de umas espécies de UMBRAL (uma porteira ou uma porta dimensional, como queiram) que tanto dão passagem para níveis inferiores, quanto inversamente. Nesses portais existem as entidades que trazem outras das trevas e as que as recebem e encaminham. Seu Exu tem todo o direito de trabalhar de qualquer um dos dois lados, por que não?
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Os orixás batem em seus médiuns? (Laura)

Não existe isso de baterem em médiuns. Entidades que "batem" em médiuns, dependendo da(s) besteira(s) que possa(m) estar fazendo, são entidades espirituais em nível ou grau de obsessores, Protetores e muito raramente Guias.
Agora, se você está se referindo àquelas "sovas" que costumam acontecer quando alguns médiuns em inicio de aprendizagem costumam levar, elas se devem a uma não doutrinação das entidades (não orixás) que tentam incorporar à força e também à falta de sintonia entre elas e o médium que, com medo normalmente, acaba criando barreira psíquica e energética para a entrada das energias que tem que receber antes mesmo do processo de incorporação.

Melhores explicações sobre esse tema no Livro Umbanda Sem Medo
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Meu Pai de Santo ensinou que devemos segurar os irmãos quando a entidade sobe. Uma pessoa de outra casa disse que não devo segurar o irmão. O que faço? (Luiz)

Médium coroado não se segura!
Só seguramos Abians. Por segurança do próprio médium iniciante que ainda não tem a concentração e é receioso com a entidade. Com o passar  do tempo e a firmeza, não será mais necessário. Para ser coroado o médium tem que estar firme para a incorporação e para a desencorporação. Na verdade segurar um médium coroado pode trazer mas males do que bem. Muitas vezes a entidade está deixando algum axé ou fluido energetico que se dissipa com a interferencia de outra pessoa.


Nilo coelho

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