Assisti ao vídeo várias vezes. Por alguns momentos simplesmente fechei os olhos e deixei-me levar pela melodia e, de repente, descobri que esta é uma daquelas músicas que não saem de nossas cabeças e que ficarei cantarolando por alguns dias.
Todavia, não é sobre a música que quero discorrer neste texto e sim sobre a atitude de Carlos Buby e os seus seguidores, os chamados “Guaracyanos”, em relação ao atual estado de coisas do movimento umbandista.
Lembro-me de ter lido algo sobre Carlos Buby na Revista Planeta, isto por volta de 1986, ano de início da minha caminhada no seio umbandista. Era uma edição especial sobre Umbanda e Candomblé onde ele, assim como outros expoentes da religião, como nosso avó-de-santé Matta e Silva, tinham textos ali publicados.
Ele discorria sobre a doutrina praticada em seu Templo, de uma história sobre a passagem do Caboclo Guaracy pela Terra. Sinceramente, até hoje, nunca havia dado muita atenção ao Templo Guaracy e à Carlos Buby, porque, para mim, ele era um religioso à parte do Movimento Umbandista. Ou seja, imaginava que ele havia se “fechado em copas”, tocava a sua Umbanda e ponto final.
Lêdo engano de minha parte.
Quando saiu a reportagem sobre ele na Revista Época (que eu comento neste link), comecei a perceber a grandiosa obra que este Babalorixá vinha fazendo. De forma discreta, sem conchavos, politicagem ou orgãos reguladores ou representativos, Carlos Buby levou a Umbanda do guêto para a zona sul, tornando possível que a empregada doméstica e o grande empresário compartilhassem o mesmo banco dentro do Templo Guaracy, unidos pelo um ideal comum.
Personalidades do mundo artístico e político, pessoas conhecidas e anônimas, não somente aqui no Brasil mas também em outros países, conhecem a Umbanda pregada e propagada pelo Caboclo Guaracy.
No que pese minhas discordâncias quanto aos aspectos doutrinários e ritualísticos ali pregados, é inconsteste que ele fez (e faz) mais pela Umbanda do que alguns “mestres” que mantêm seus filhos-de-santé em listas de discussões e outras comunidades virtuais, assim com sites apócrifos ou não, para atacar seus desafetos, com o único objetivo de caluniar, difamar, injuriar, enfim, agredir àqueles que não coadunam com suas idéias em busca, repito, de um improvável controle da Religião.
Carlos Buby, e até onde sei, nenhum outro “Guaracyano”, está ligado à conselhos, federações, ordens ou seja lá o que for. Não vemos seus seguidores trocando farpas, acusações e ofensas em listas de discussões, ou se arvorando de “defensor”, “guerreiro do axé”, “yamunisiddha”, ou “mestre” da “magia disto ou daquilo”.
Quando a comunidade afro-brasileira chega a ter notícia dele, sempre são agradáveis, dignas, significativas para a Umbanda, diferente das eternas arruaças que vemos por parte de outros supostos líderes do meio.
Enfim, Carlos Buby e seus “Guaracyanos” dão um exemplo que deveria ser seguido por todos os demais Umbandistas, eu incluso, de simplesmente viver, sentir e respirar a Umbanda conforme nossos Guias e Protetores nos ensinam.
Nada de guerras teológicas e doutrinárias. Nada de egos inflados e, principalmente, aceitarmos que todos somos eternos aprendizes, independente do título que carregamos.
Ouvindo Vozes de Aruanda
Sabias palavras querido irmão.. suas considerações renovam a esperanca de dias melhores.. onde os certos da discordia torna-se no caminho deste lider um exemplo de foco com o seu trabalho, no estudo maior e continuo...
ResponderExcluirObrigado por sua palavras em Xangô na referencia do Carlos Buby, obrigado por seu exemplo de Obaluaiê, eu agradeço a luz da sua humildade, no meio de tantas bandeiras de Umbanda que se disputam.
Roger Lima
Primeiro quero parabenizar pelo texto refletindo em total a realidade da Casa de Guaracy. Gostaria de acrescentar que a Casa de Guaracy tem hoje continuidade em templos que praticam a Umbanda dos fundamentos Guaracianos. Estes são liderados por médiuns advindos e fieis a filosofia, dentro de nossos templos ostenta-se a bandeira do templo guaracy e a bandeira de nossa querida Umbanda.
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ResponderExcluirObrigado pela sua humilde manisfestação e apreço pelo nosso Babá Guaracyano Carlos Buby. A felicidade é interior, nao exterior, portanto nao depende do que temos, mas do que somos. Somos filhos de um pai que nos ensina como alcançar a luz atraves da leitura da natureza como sendo o nosso livro Sagrado;
ResponderExcluirPraticar os ensinamentos de todos os iluminados;
Idolatrar as agjavascript:void(0)uas,as florestas,os passaros e os animais;
nao negarmos a nossa origem,cultura e familia nao abandonar as crianças os idosos e os doentes;
Nao conrrompemos e nem sermos corrompidos;
Que busquemos a luz primordial e nao as verdades relativas:
Que nao aacreditemos na existencia de demonios;
Que sejamos monoteistas.
Que sejamos nossos proprios mestres.
Enfim uma lista de principios filosoficos para que possamos ser umbandistas amor,luz e amor.
Sôbre meu PAI e amigo, só posso dizer que:
ResponderExcluirNa terra que ÊLE pisa começa a FERTILIDADE...
Numa decisão REI,OGUM E XANGÔ o protegem...
ÊLE e GUARACY manuseiam PROSPERIDADE...
Nunca nos esquecendo de tôdas as outras entidades que estão sempre na proteção de nosso PAI e todos os GUARACYANOS...Trazendo Paz, Saúde, Harmonia e muita Garra...
Sou fã de Carlos Buby pela forma verdadeira de fazer a paz e o amor .
ResponderExcluirDiego Della Nina de Barros