quinta-feira, 29 de julho de 2010
PARABÉNS
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NOSSA HOMENAGEM A YALORIXÁ IRACEMA DE OBALUAÉ
PELA PASSAGEM DE SEU ANIVERSÁRIO.
QUE O SAGRADO MANTO DE OXALÁ CONTINUE SEMPRE A LHE COBRIR COM FORÇA E PROTEÇÃO POR TODA SUA VIDA.
MUITO AXÉ.
OS ORIXÁS
Falar, vivenciar e sentir a Umbanda é fascinante, contagiante e envolvente, não é mesmo?
Assistindo a esse vídeo onde Sérgio Loroza canta com o grupo Monobloco a música “Os Orixás” de Luis Carlos Fritz, fico imaginando o que significa essas centenas de pessoas gritando “saravá”, dançando na emoção do tambor, vibrando ao canto de Xangô, de Oiá e de todos os Orixás.
Fico imaginando que, mesmo não tendo nada de sagrado e algumas pessoas, supostamente, não tendo a menor noção do que é e do que representa cada Orixá, a Umbanda acaba envolvendo e ganhando aceitação popular, mesmo que indiretamente ou inconscientemente, surgindo assim uma relação entre a Umbanda e a população de forma bonita e alegre, bem diferente das inverdades que relacionam a Umbanda com macumba (pejorativamente falando), com despacho ou com o pronto-socorro que continuamente acontece.
É fato que a mídia muitas vezes denigre a imagem da Umbanda através das ações negativas de pessoas inescrupulosas que se dizem umbandistas. Portanto, quando a Umbanda é relacionada com a alegria que alguns músicos, atores e artistas proporcionam à população, vejo uma esperança de reconhecimento de nosso Sagrado, mesmo sendo de forma profana.
Fico lisonjeada como umbandista ao ver Zeca Pagodinho, Maria Bethania, Rita Ribeiro, Gilberto Gil, Daniela Mercury, Liz Hermann, Vinícius de Morais, Baden Powell e tantos outros grandes artistas encantando e cantando pelos quatros cantos do mundo nosso Sagrado com tanto amor, carinho, vibração e emoção.
Sabemos que nossa religião pouco aparece na mídia de forma positiva, nem de longe se comparando ao poder dos neopentecostais e católicos, portanto, em minha opinião, temos que valorizar aqueles que muitas vezes comungam e propagam a beleza dos Orixás. Particularmente tenho até calafrios só de pensar em assistir determinadas emissoras de televisão que, com minha audiência, crescerão ainda mais seu poder e sua capacidade de denegrir minha religião.
Aliás, acredito que mais do que reclamar, nós umbandistas temos que dar o exemplo, mostrar e falar de toda alegria e poder de realização da Umbanda, assim essas ideias errôneas perderão força no imaginário popular e não terão mais relação com a nossa querida Umbanda.
Pensem o quanto é fabuloso ter tantas pessoas pedindo a Ogum, Orixá guerreiro e vencedor de demandas; a Iemanjá, Mãe da vida e das águas; a Oxum, Orixá da beleza, do ouro, do amor e mãe de todas as Crianças, que representam a pureza, o encantamento e a alegria de viver; para a fé não se perder, sempre olhando para frente e acreditando em Xangô e em Oiá.
Aliás, talvez poucos saibam mas Xangô é um Orixá de vibração masculina que determina a justiça, que equilibra nossos impulsos com sensatez e vigor. Orixá poderoso, Senhor do nosso destino e determinador da Lei. Yansã-Oiá é um Orixá de vibração feminina, guerreira, determinada, corajosa e transformadora. É o Orixá que representa a alegria de viver e a certeza da conquista pela força, sabedoria, ação e movimento.
Portanto, nada mais Divino, mais encantador e mais fantástico que a vibração desses Orixás em nossas vidas, envolvendo nosso espírito e trazendo para nosso dia a dia toda alegria de viver e de comungar, mesmo que de forma inconsciente, com toda a beleza que é Nossa Umbanda.
Axé para quem é de Axé
Sarava para quem é de Saravá
Amém para quem é de Amém
Aleluia, Shalom, Namastê a todos e MUUUUUUITA UMBANDA pulsando na mente, no coração e no espírito de cada um.
Salve a alegria, o envolvimento e a Força Realizadora que é a Nossa Umbanda.
Os Orixás
Eu já pedi a Oxalá
Meu pai Ogum e Iemanjá
Mamãe Oxum e todas as crianças
Pra me dizer o que fazer
Pra minha fé eu não perder
Olhar pra frente e sempre acreditar
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
E lá na mata com Oxóssi
No meio da natureza
Ver o brilho do sol na cachoeira
E na passagem do milênio
Já pedi pro meu Brasil
Saúde, paz, amor e muito axé
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
A chuva cai fico contente
Um raio forte cai na minha frente
Pra confirmar que ela está aqui
É a guerreira Iansã ieparrei
Ieparrei ieparrei ieparrei
Iansã
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
Oiá oo Xangô, Oiá oo Xangô
música de Luis Carlos Fritz
Jetuá, Boiadeiros !!!
O corpo começa a estremecer, o coração bate mais forte e a coragem, a determinação, a força, a sabedoria, a seriedade e a alegria tomam conta do mental e do emocional do médium que rapidamente gira começando a dançar e a movimentar seu chicote. Ao gritar “Ô Boi!” demonstra o vigor e a força do Boiadeiro agora em terra. O plano astral inferior estremece pois não tem mais como escapar do laço do Boiadeiro que rapidamente envolve todos os seres negativos que perturbam o médium e a Casa Santa. Com amparo de Ogum, seu Orixá protetor, o boiadeiro encaminha todos esses malfeitores para o domínio da Lei, onde serão refreados e redirecionados para o cumprimento da Lei com a grande oportunidade de evolução, o que demonstra ser este um grande trabalho de caridade e, principalmente, de amor ao próximo.
Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxóssi, dos Caboclos. Eles são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, “o caboclo sertanejo”. São os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões, tocadores de viola … é o mestiço brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai. Para algumas correntes de pensamento umbandista, esses espíritos já foram Exus e, numa transição de grau evolutivo, hoje se manifestam como caboclos boiadeiros.
Sofreram preconceitos como sendo os “sem raça” e sem origem mas ganharam a terra do sertão com seu trabalho e luta, sempre respeitando a natureza e aprendendo um pouco com o índio e suas ervas que curam; um pouco com o negro e seus Orixás, mirongas e feitiços; um pouco com o branco e sua religião que fala de Jesus e de Nossa Senhora com respeito e carinho.
Formam uma linha mais recente de espíritos, já que na primeira década da fundação da Umbanda, em 1908, não havia manifestação explícita dessa linha de trabalho. No astral, porém, ela já se preparava para trazer seus ensinamentos, sua alegria e suas experiências, chegando em massa após os anos 20. Os boiadeiros já conviveram mais com a modernidade, com a utilização da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra, e esse ponto ajuda muito a diferenciá-los dos caboclos, que representam povos de costumes mais primitivos e conhecimentos mais naturais.
De modo geral os Boiadeiros usam chapéus de couro com abas largas para proteger do sol forte, calças com as barras arregaçadas e movimentam-se muito rápido. O chicote e o laço são suas “armas espirituais”, verdadeiros mistérios, e com eles vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e os consulentes. A corda é usada com sabedoria para laçar o “boi brabo”, para “pegar aquele que se afasta da boiada”, ou para “derrubar o boi para abate”.
Dentro do campo mediúnico os boiadeiros fortalecem o médium, abrindo a porteira para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus. Da mesma maneira que os Pretos Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples mas com uma força e uma fé gigantescas.
Jetuê, Jetuá
Corda de laçar meu boi
Jetuê, Jetuá
Corda de meu boi laçar
Jetuê, Jetuá
Boiadeiro laçador
Jetuê, Jetuá
Meu boi fugiu, eu vou laçar ….
Salve os Boiadeiros! E um final de semana de muita força, muita coragem e muito Axé a todos!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio
domingo, 25 de julho de 2010
As estações da velhice Nanã
Respeitar o idoso é respeitar a vida, nas rugas dos rostos costuradas pelo tempo e pelo calor humano, retiradas pelas amarguras muitas vezes e trançadas nos corações solitários, compreende-los é construir a estrada de nossas vidas, que poderemos passar um dia, sendo preservada sempre pelas pessoas que participaram da construção dela, construir um caminho sem deixar mágoas pode ser muito difícil, mas voltar a estrada e concerta-la é o caminho do perdão, poder segurar a mão da velha idosa e olhar em seus olhos com firmeza dizer que a ama muito, é balançar o coração daquele que aguarda muito suas palavras, presente sem valor financeiro mas contendo o maior valor que você pode dar que é o valor espiritual, pois todo idoso preocupa-se com seus entes queridos, preocupa-se com o legado deixado no coração daquele que um dia foi seu mimo, daquele que quando criança foi acariciada em seus braços e que muitas vezes compartilhou seu choro e deu forças nos primeiros passos, para um idoso somente o que importa é como seguirá seus filhos depois que ele não puder mais estar em matéria ao seu lado, pois tenha certeza que em espírito nunca abandonará seus entes queridos.
Estes versos foram criados em homenagem a nossa querida Mãe Nanã, pois esta Orixá simboliza a nossa querida vovó, simboliza o amor a vida e fortalece os espíritos desencarnados na compreensão da sua nova estadia, segura as mãos de nossos parentes falecidos, conduzindo-os seguros nos caminhos do sagrado, Mãe dos queridos Pretos Velhos e sagrada velhinha que conduz as transformações de nossas vidas, pois da matéria o espírito é soberano e do amor somos todos necessitados, quando ver em sua frente um velhinho lembre-se de Nanã, pois em seu merecimento o amor será seu maior legado.
POEMA - As estações e a velhice
Dizem que a velhice é como o inverno
As folhas caem e não voltam mais
Tudo se faz seco e frutos não se colhem mais
Os tempos passam
E jamais vi um ano que após o inverno não viesse o verão
e entre eles a colorida e radiante primavera
A velhice são as quatro estações
É verão quente como coração que quer dar amor
Outono sereno de equilíbrio com ventos de calmaria
É inverno gelado como as decepções na vida
Primavera florida, colheita da vida...
E o ciclo se repete
Novo ou velho, aprendemos quando se perde
Acertando ou errando, crescemos quando tudo se repete
Cabelos brancos ou pintados, a cor da vida é a que diverte
Aposentado ou empregado, amar é que enriquece
Podem passar os dias, podem passar os anos
Norte ou sul, leste ou oeste
Sete ou setenta, vinte ou cinquenta.
Dia ou noite, chuva ou sol
A velhice é para todos
A velhice são os que vencem
E passam por todas as gerações
Outono e inverno, primavera e verão
Até chegar nela e se fazerem.
Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
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A Umbanda tem cor?
A Umbanda tem cor?
Tem sim sinhô!
Ela é preta, ela é branca
É de Nosso Sinhô!
A Umbanda tem raça?
Como não tem!
Ela é negra, é ameríndia
e européia também!
A Umbanda é das elite?
É de toda classe sociár!
Ela é dos fios de Zambi
Prá fazer o bem e arretirá o mal!
A Umbanda tem cultura?
Tem fios meus!
Do perdão e da bondade
Que sempre acolhe os seus!
A Umbanda tem História?
Tem meu sinhô!
Basta ver sua trajetória
Nos exemplos de amor!
Mas, a Umbanda tem pressa?
Tem não fios meus!
Cem anos passa ligeiro
Tem fio que nem se apercebeu!
A Umbanda tem objetivo?
Com num tem seu dotôr!
Vem fazer a caridade
Em nome do nosso Mediador!
Mas, qual a cor da Umbanda?
Eu careço de saber!
Prá poder apensar nela
Dentro do meu camutuê!
Prá que tanto de avexame?
Nega veia já vai falar!
Suncê inda num aprendeu
Que agonia faiz é má!
Mas, que cor é essa minha preta?
Deixa de tanto arrudear!
E eu lhe arrespondo meu fio:
Ela é da Cor da Bandeira de Nosso Pai Oxalá!
Salve o Povo de Umbanda!
Vicentina de AngolaTem sim sinhô!
Ela é preta, ela é branca
É de Nosso Sinhô!
A Umbanda tem raça?
Como não tem!
Ela é negra, é ameríndia
e européia também!
A Umbanda é das elite?
É de toda classe sociár!
Ela é dos fios de Zambi
Prá fazer o bem e arretirá o mal!
A Umbanda tem cultura?
Tem fios meus!
Do perdão e da bondade
Que sempre acolhe os seus!
A Umbanda tem História?
Tem meu sinhô!
Basta ver sua trajetória
Nos exemplos de amor!
Mas, a Umbanda tem pressa?
Tem não fios meus!
Cem anos passa ligeiro
Tem fio que nem se apercebeu!
A Umbanda tem objetivo?
Com num tem seu dotôr!
Vem fazer a caridade
Em nome do nosso Mediador!
Mas, qual a cor da Umbanda?
Eu careço de saber!
Prá poder apensar nela
Dentro do meu camutuê!
Prá que tanto de avexame?
Nega veia já vai falar!
Suncê inda num aprendeu
Que agonia faiz é má!
Mas, que cor é essa minha preta?
Deixa de tanto arrudear!
E eu lhe arrespondo meu fio:
Ela é da Cor da Bandeira de Nosso Pai Oxalá!
Salve o Povo de Umbanda!
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
REUNIÃO
ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!
DOMINGO 25/07 TEMOS OBRAS.
E
REUNIÃO
EM CARÁTER URGENTE.
ÀS 16:00HORAS.
TODOS DEVEM COMPARECER.
Quem utiliza azeite de oliva?
Poucos são os Terreiros de Umbanda que têm conhecimento e fazem uso do azeite de oliva consagrado em suas giras assistenciais ou mesmo para a própria corrente mediúnica. Menor ainda é o número de médiuns e até de dirigentes que entendem o que este azeite representa e porquê ele é utilizado. Pensando nisso resolvi falar um pouquinho para vocês hoje sobre a representação do azeite de oliva e sobre sua utilização na Umbanda.
Vamos lá ?
Várias lendas narram o nascimento da oliveira. Uma diz ser ela o resultado de uma disputa entre Poseidon (Deus do Mar) e Atena (Deusa da Sabedoria) por um pedaço de terra . Nessa disputa Poseidon fez nascer o mar quando usou a força de seu tridente numa rocha. Atena, por sua vez, fez brotar a oliveira da terra e, por isso mesmo, foi a vencedora da contenda, segundo Zeus, assim ganhando a posse da terra. Daí em diante os frutos dessa árvore serviriam de alimento e deles seria extraído um óleo sagrado que alimentaria e fortificaria o homem aliviando suas dores e suas feridas. Outra lenda, contada pelos hebreus, narra que a oliveira nasceu no vale de Hebron quando Adão fez 930 anos e, pressentindo a sua morte, lembrou que o Senhor lhe havia prometido o “óleo da misericórdia”. Então um querubim enviou-lhe a semente de oliveira que germinou em sua boca após a sua morte.
A Bíblia tem muitas referências aos usos religiosos da oliveira e do óleo de oliva. A pomba que foi enviada por Noé e retornou com um ramo de oliveira indicando a proximidade de terra, no Livro do Gênesis, se transformou no símbolo da paz. O maior significado religioso do óleo de oliva está documentado no Livro do Êxodo, no qual o Senhor diz a Moisés como fazer uma unção com óleo de oliva e durante a consagração este óleo é derramado nas mãos de reis e de sacerdotes católicos. Jesus, quando de Sua passagem em nosso mundo, falava que o bom samaritano recebeu óleo em suas feridas. A Unção dos enfermos utiliza o óleo sagrado, como sinal de Cristo, que alivia a dor e restitui a vida. Cristo foi ungido com o óleo sagrado por Maria Madalena depois de sua morte. Na antiguidade, o óleo estava associado à força de Deus e era utilizado para curar os doentes.
Na Umbanda o azeite de oliva é uma fonte de extremo poder pois é a somatória de forças regentes da Natureza. A raiz da oliveira chega a 6 metros de profundidade com grande possibilidade de conter água, nasce sob qualquer condição e em qualquer lugar: vales, montanhas, entre pedras. Mesmo estando velha ou doente nunca deixam de nascer novos ramos, estando cortada ou queimada ainda assim novos ramos emergirão da raiz e demora aproximadamente 15 anos para fornecer a primeira colheita.
Por tudo isso podemos dizer que a oliveira tem características muitos próximas às do ser humano e que, simbolicamente, Deus compara a oliveira a nós. É símbolo de excelência, de força, pureza, simplicidade e benção Divina.
Nos sacramentos da Umbanda, como batismo, confirmação e extrema-unção, o azeite de oliva é muito importante pois, além dessa maravilhosa simbologia, ele tem a função de purificar o corpo astral, equilibrar os chacras e alinhar o nosso eixo magnético, equilibrando o fluxo energético e melhorando a percepção espiritual, o que facilita a comunicação com o plano astral.
Sendo assim, é altamente aconselhável utilizar o azeite, principalmente quando consagrado ou cruzado por um Guia Espiritual, antes de um desenvolvimento mediúnico ou de uma gira. Também é muito indicado no caso de dores no corpo, dores de cabeça e pancadas, principalmente aquelas que aparecem em nosso corpo misteriosamente. Sua utilização se potencializa com o acréscimo de outros elementos como pedras, minerais, vegetais, raízes, energia solar, lunar etc, uma vez que, com esses elementos adicionados, o azeite tem seu poder de ação ampliado.
O azeite também pode ser usado nos ambientes como, por exemplo, em batentes de portas e janelas, embaixo da cama, na soleira da entrada da casa, na mesa do escritório etc. A forma apropriada de usar o azeite nesses pontos é fazendo o sinal da cruz criando campos de força que geram uma tela de proteção capaz de absorver e diluir todo e qualquer negativismo que passar por ela, além de fechar buracos energéticos e portais magísticos negativos.
Como viram, o azeite de oliva é bastante importante e uma maravilhosa ferramenta de trabalho para os Guias Espirituais. Não deixem de utilizar este poderoso elemento apenas por falta de conhecimento. Busquem, procurem, estudem e façam a diferença pela Umbanda, com fundamento, é claro!
Muito Axé a todos e um ótimo final de semana.
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Umbanda e seus Orixás pelo teólogo Leonardo Boff
O encanto dos Orixás
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso país criando um sistema coerente.
Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe-Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York, que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos, elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título: O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T.S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem, também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas
* Teólogo, autor de Meditação da Luz, o caminho da simplicidade
Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
PENA BRANCA
Certa vez, perguntei ao irmão Alberto Salinas, curandeiro e médium de uma tradição espiritualista mexicana, quais as principais entidades que incorporavam em seu templo. O primeiro nome que ouvi foi : Pena Branca. Em seguida, comentei que no Brasil, também incorporava um índio do mesmo nome. Ele não se surpreendeu e disse que outros “penas” também frequentavam sua sessão de cura, nada impedindo que fossem as mesmas entidades.
Longe dali, no Caribe, existe uma religião chamada de Vinte e Uma Divisões (ou Vinte e Uma Linhas) que é muito parecida com a nossa amada Umbanda. Nos terreiros deste culto, trabalham destemidos espíritos de índios, pretos velhos, exus (ali chamados de candelos) e outros espíritos familiares. Na Linha de Índio Bravo, uma das Vinte e Uma Linhas, encontramos também nosso velho amigo : Pena Branca !
Ali ele baixa, firme e elegante, dando brados e vivas imponentes. Com ele, também incorporam Águia Branca, Índio da Paz e outros “penas” : Pena Azul, Pena Negra, Pena Amarela, etc… Coincidência ?
Nos estados sulistas dos Estados Unidos, existem algumas igrejas espíritas…. Coisa bem diferente, pois por fora parece um templo evangélico e por dentro um terreiro. Os pastores são médiuns e bem íntimos com as manifestações do Mundo Invisível.
O espírito principal que chefia estas igrejas, as vezes chamadas de Igrejas Espiritualistas Africanas, é o Chefe Índio Falcão Negro.
Quando o Chefe Falcão se manifesta, ele puxa outros companheiros das aldeias do astral, como Nuvem Vermelha, Águia Negra (nomes de chefes indígenas que existiram) e entre eles está : Pena Branca ! Mais coincidência ?
Algumas fraternidades esotéricas americanas, que cultuam os Mestres Ascencionados como Saint Germain, El Morya e outros bem conhecidos da Nova Era, conhecem um belo Mestre curador. Ele aparece como um índio banhado em branca e luminosa luz, dando sábios conselhos e mensagens (veja uma imagem dele aqui reproduzida). Seu nome ? Mestre Pena Branca. Olha ele aqui de novo….
Em algumas ilhas do Caribe existe um culto chamado Obeah, de origem africana. Dentro dele são celebrados os mistérios dos espíritos de origem indígena taino, etnia local. Existem muitas entidades indígenas, a maioria com comportamento muito arredio e nomes de animais, como Cobra Verde, Pantera Negra, Jaguar Dourado e etc…
Quando incorpora a Falange do Povo Alado, simbolizada pelos pássaros e morcegos, um deles tem um destaque especial. Este espírito se apresenta sério, compenetrado, usa tabaco fortíssimo e uma pena branca na cabeça. Como é chamado ? Índio Pena Branca. Pois então, novamente o encontramos.
Na Venezuela existe um culto belíssimo, semelhante em tudo com a Umbanda de nossa terra. Tem caboclo, preto velho, exu, marinheiro, Orixás e tudo de bom. É a tradição de Maria Lionza, a Rainha Mãe da Natureza.
Na Linha Índia, comandada pelo famoso espírito do Cacique Gaicaipuro, incorporam centenas de caboclos venezuelanos e americanos. Eles trabalham com pemba, bebidas diversas, água, cocares, maracás e todo o aparato ameríndio. Chegam bradando e saudando o povo, que procura semanalmente os irmandades em busca de alívio, socorro material e espiritual.
Certo dia em Bonaire, uma ilhazinha perto da Venezuela, eu participava de um culto de Lionza. Perto do congá, estava um rapaz incorporado com um caboclo. Atento, o índio ouvia pacientemente uma velha senhora e a limpava com um maço de ervas perfumadas. A senhora chorava muito e tremia. No final da sessão, o semblante dela havia mudado. Feliz, ela sentou-se no banco da assistência e orava agradecida.
Curioso, eu me aproximei e perguntei o nome da entidade que a atendeu. A velha irmã respondeu com reverência. Adivinhem o nome do caboclo. Ele mesmo, o grande índio Pena Branca !
O tempo passou e a pergunta ainda batia dentro da minha cabeça. Será que é o mesmo Pena Branca?
Terá este caboclo conhecido da Umbanda viajado tanto assim ? Afinal, ele é mexicano, americano ou brasileiro ? Quem, afinal, nasceu primeiro, o Pena Branca daqui ou de lá ? Inquietações de um pesquisador, pois os afilhados e médiuns de Pena Branca não ficam, creio eu, tão preocupados com a sua origem.
Uma bela noite, em um modesto e tranquilo terreiro umbandista do interior paulista, acontecia uma gira de caboclo.
A líder do terreiro abriu o trabalho e incorporou. Seu Pena Branca estava em terra, em todo o seu esplendor e força.
Fiquei atento, lembrei-me do Caribe e pensava em tudo isso que agora escrevo aqui.
O caboclo Pena Branca riscou seu ponto, pediu um charuto, deu algumas ordens ao cambono e olhou para onde eu estava. Senti uma estranha energia percorrer minha espinha. Ele continuou olhando e acenou. Me levantei e acenei de volta.
Foi então que ele falou :
- Filho, era eu, lembra ? Tem aí um maço de ervas bem cheiroso para mim ?
Salve Seu Pena Branca !
ORAÇÃO A SEU PENA BRANCA (rezada no Caribe)
Em nome de Deus Todo Poderoso,
Eu invoco o grande Pena Branca,
fiel espírito índio, grande herói,
zelador de meu altar e morada.
A você que me guia e conhece minhas necessidades,
peço proteção e luz.
Livra-me de toda má intenção e inimigos, ocultos ou manifestados.
Vigia meus caminhos e que nenhum feiticeiro ou bruxo malvado,
possa cruzar comigo.
Grande espírito, te ofereço esta vela (acender uma vela verde) e chamo seu nome.
Amém !
4 litros de água,
Um pouco de erva cidreira,
Um pouco alfavaca,
Algumas pétalas de rosa branca.
Ferver as ervas, esperar esfriar um pouco e acrescentar as pétalas.
Acender uma vela verde antes do banho.
ÁGUA DE PENA BRANCA PARA PURIFICAR A RESIDÊNCIA (receita da Obeah).
1 litro de água mineral,
Um pouco de erva cidreira,
Um pouco de arruda,
Um pouco de verbena,
Sete gotas de essência de almíscar.
Misturar as ervas e ferver. Deixar esfriar e adicionar a essência.
Acender uma vela verde e pedir a Pena Branca para benzer a água.
Depois que a vela acabar, borrifar os cantos da casa, cama e objetos pessoais.
VELA MÁGICA DE PENA BRANCA PARA TRAZER PAZ (receita do culto Maria Lionza).
Uma vela de sete dias branca,
Um pouco de melaço de cana,
Um pouco de açúcar cândi,
Sete cravos-da-índia,
Sete gotas de essência de rosas,
Sete gotas de essência de verbena.
Misturar em um prato o melaço, açúcar e as essências. Untar a vela (mas não o pavio) e espetar os cravos nela, formando uma cruz (pode fazer os furinhos com a ajuda de um prego fino). A vela deve estar sem a capa de plástico. Acender a vela e pedir a ajuda deste caboclo.
Longe dali, no Caribe, existe uma religião chamada de Vinte e Uma Divisões (ou Vinte e Uma Linhas) que é muito parecida com a nossa amada Umbanda. Nos terreiros deste culto, trabalham destemidos espíritos de índios, pretos velhos, exus (ali chamados de candelos) e outros espíritos familiares. Na Linha de Índio Bravo, uma das Vinte e Uma Linhas, encontramos também nosso velho amigo : Pena Branca !
Ali ele baixa, firme e elegante, dando brados e vivas imponentes. Com ele, também incorporam Águia Branca, Índio da Paz e outros “penas” : Pena Azul, Pena Negra, Pena Amarela, etc… Coincidência ?
Nos estados sulistas dos Estados Unidos, existem algumas igrejas espíritas…. Coisa bem diferente, pois por fora parece um templo evangélico e por dentro um terreiro. Os pastores são médiuns e bem íntimos com as manifestações do Mundo Invisível.
O espírito principal que chefia estas igrejas, as vezes chamadas de Igrejas Espiritualistas Africanas, é o Chefe Índio Falcão Negro.
Quando o Chefe Falcão se manifesta, ele puxa outros companheiros das aldeias do astral, como Nuvem Vermelha, Águia Negra (nomes de chefes indígenas que existiram) e entre eles está : Pena Branca ! Mais coincidência ?
Algumas fraternidades esotéricas americanas, que cultuam os Mestres Ascencionados como Saint Germain, El Morya e outros bem conhecidos da Nova Era, conhecem um belo Mestre curador. Ele aparece como um índio banhado em branca e luminosa luz, dando sábios conselhos e mensagens (veja uma imagem dele aqui reproduzida). Seu nome ? Mestre Pena Branca. Olha ele aqui de novo….
Em algumas ilhas do Caribe existe um culto chamado Obeah, de origem africana. Dentro dele são celebrados os mistérios dos espíritos de origem indígena taino, etnia local. Existem muitas entidades indígenas, a maioria com comportamento muito arredio e nomes de animais, como Cobra Verde, Pantera Negra, Jaguar Dourado e etc…
Quando incorpora a Falange do Povo Alado, simbolizada pelos pássaros e morcegos, um deles tem um destaque especial. Este espírito se apresenta sério, compenetrado, usa tabaco fortíssimo e uma pena branca na cabeça. Como é chamado ? Índio Pena Branca. Pois então, novamente o encontramos.
Na Venezuela existe um culto belíssimo, semelhante em tudo com a Umbanda de nossa terra. Tem caboclo, preto velho, exu, marinheiro, Orixás e tudo de bom. É a tradição de Maria Lionza, a Rainha Mãe da Natureza.
Na Linha Índia, comandada pelo famoso espírito do Cacique Gaicaipuro, incorporam centenas de caboclos venezuelanos e americanos. Eles trabalham com pemba, bebidas diversas, água, cocares, maracás e todo o aparato ameríndio. Chegam bradando e saudando o povo, que procura semanalmente os irmandades em busca de alívio, socorro material e espiritual.
Certo dia em Bonaire, uma ilhazinha perto da Venezuela, eu participava de um culto de Lionza. Perto do congá, estava um rapaz incorporado com um caboclo. Atento, o índio ouvia pacientemente uma velha senhora e a limpava com um maço de ervas perfumadas. A senhora chorava muito e tremia. No final da sessão, o semblante dela havia mudado. Feliz, ela sentou-se no banco da assistência e orava agradecida.
Curioso, eu me aproximei e perguntei o nome da entidade que a atendeu. A velha irmã respondeu com reverência. Adivinhem o nome do caboclo. Ele mesmo, o grande índio Pena Branca !
O tempo passou e a pergunta ainda batia dentro da minha cabeça. Será que é o mesmo Pena Branca?
Terá este caboclo conhecido da Umbanda viajado tanto assim ? Afinal, ele é mexicano, americano ou brasileiro ? Quem, afinal, nasceu primeiro, o Pena Branca daqui ou de lá ? Inquietações de um pesquisador, pois os afilhados e médiuns de Pena Branca não ficam, creio eu, tão preocupados com a sua origem.
Uma bela noite, em um modesto e tranquilo terreiro umbandista do interior paulista, acontecia uma gira de caboclo.
A líder do terreiro abriu o trabalho e incorporou. Seu Pena Branca estava em terra, em todo o seu esplendor e força.
Fiquei atento, lembrei-me do Caribe e pensava em tudo isso que agora escrevo aqui.
O caboclo Pena Branca riscou seu ponto, pediu um charuto, deu algumas ordens ao cambono e olhou para onde eu estava. Senti uma estranha energia percorrer minha espinha. Ele continuou olhando e acenou. Me levantei e acenei de volta.
Foi então que ele falou :
- Filho, era eu, lembra ? Tem aí um maço de ervas bem cheiroso para mim ?
Salve Seu Pena Branca !
ORAÇÃO A SEU PENA BRANCA (rezada no Caribe)
Em nome de Deus Todo Poderoso,
Eu invoco o grande Pena Branca,
fiel espírito índio, grande herói,
zelador de meu altar e morada.
A você que me guia e conhece minhas necessidades,
peço proteção e luz.
Livra-me de toda má intenção e inimigos, ocultos ou manifestados.
Vigia meus caminhos e que nenhum feiticeiro ou bruxo malvado,
possa cruzar comigo.
Grande espírito, te ofereço esta vela (acender uma vela verde) e chamo seu nome.
Amém !
RECEITAS TRADICIONAIS
BANHO DE PROTEÇÃO PENA BRANCA (utilizado no Caribe)4 litros de água,
Um pouco de erva cidreira,
Um pouco alfavaca,
Algumas pétalas de rosa branca.
Ferver as ervas, esperar esfriar um pouco e acrescentar as pétalas.
Acender uma vela verde antes do banho.
ÁGUA DE PENA BRANCA PARA PURIFICAR A RESIDÊNCIA (receita da Obeah).
1 litro de água mineral,
Um pouco de erva cidreira,
Um pouco de arruda,
Um pouco de verbena,
Sete gotas de essência de almíscar.
Misturar as ervas e ferver. Deixar esfriar e adicionar a essência.
Acender uma vela verde e pedir a Pena Branca para benzer a água.
Depois que a vela acabar, borrifar os cantos da casa, cama e objetos pessoais.
VELA MÁGICA DE PENA BRANCA PARA TRAZER PAZ (receita do culto Maria Lionza).
Uma vela de sete dias branca,
Um pouco de melaço de cana,
Um pouco de açúcar cândi,
Sete cravos-da-índia,
Sete gotas de essência de rosas,
Sete gotas de essência de verbena.
Misturar em um prato o melaço, açúcar e as essências. Untar a vela (mas não o pavio) e espetar os cravos nela, formando uma cruz (pode fazer os furinhos com a ajuda de um prego fino). A vela deve estar sem a capa de plástico. Acender a vela e pedir a ajuda deste caboclo.
PAI JACÓ
Nasceu em Guiné, na África em 1764. Criança de 7 anos ainda, veio ao Brasil, como escravo. Foi comprado por um fazendeiro, da região do norte de Minas Gerais, que era um homem rústico e de coração duro, que nunca na sua vida foi capaz de chorar nem por sua dor nem a dos semelhantes. Em criança chamava-se Jacó, não sabendo se foi ou não batizado com esse nome. Depois já de velho passaram a chamá-lo Pai Jacó. Sempre fora resignado, humilde e trabalhador. Gozava da confiança do seu patrão, a quem sempre procurava servir satisfeito e da melhor boa vontade. A véspera de Natal, para festejar, era costume do seu senhor convidar, para o lauto banquete, todos os seus vizinhos fazendeiros a passarem a noite na sua fazenda, com grande fogueira onde dezenas de pessoas se reuniam e dançavam até o alvorecer. Desde o dia 22, o seu senhor havia comprado perus, patos, galinhas e leitões para a festa do dia 24 de dezembro. Designou o Pai Jacó para tomar conta destes para que não fugissem. Na manhã seguinte, verificou o senhor que desapareceram muitas aves e animais por um buraco feito no cercado de taquara. Indignado pelo acontecido, mandou prender o Pai Jacó e uma enxovia apropriada, sem luz e sem água, depois de recriminá-lo asperamente e ordenou ainda que nenhum alimento, nem água lhe fossem dado. Na manhã do dia 24, apareceram no terreiro, não se sabe como, todas as aves e leitões desaparecidos. Na madrugada desse dia, Pai Jacó, na sua prisão, ajoelhou-se e, em uma prece sentida entre lágrimas, pedia a Jesus que o seu amo não o culpasse da falta de que estava inocente e orando também por ele, para que recebesse do céu a luz de que carecia; que a ele concedesse a resignação e humildade que necessitava, para suportar a sua ira e a fome, porque estava passando e não sabia quantos dias continuaria assim, sem uma gota de água na sua prisão. Ao terminar a sua prece, viu clarear-se, repentinamente, a prisão, abrir-se o teto e aparecer um anjo, que lhe parecia o "menino Jesus", trazendo, sorridente, em uma das mãos, um pão muito alvo, e na outra um copo com vinho, dizendo-lhe com voz angélica: "Pai Jacó, trago-te, meu amigo, este pão e vinho". Jacó, estupefato, ajoelhou-se novamente, chorando de alegria e fitando aquele menino, que pairava no espaço, à pequena altura, envolto em muita luz. O escravo comeu o pão e viu que saiam chispas de luz do mesmo, cada vez que levava aos lábios; depois bebeu o vinho e o menino Jesus, sempre de fisionomia sorridente, abençoou-o com as suas mãozinhas rosadas e desapareceu, fechando de novo o teto e voltando a escuridão em que se achava. Mas, pouco tempo durou essa escuridão, pois notou que, pelas frestas da tosca e pesada porta, partiam raios luminosos que ele admirava; sem saber explicar o que era, ajoelhou-se novamente e em uma outra prece cheia de gratidão, agradeceu a Deus a sua misericórdia. Quando terminou de orar, ouviu rumores de fora e vozes que se aproximavam; abriu-se a porta e apareceu o seu senhor, seguido do feitor e de outros escravos, e lhe disse: - Pode sair, Jacó. E ordenou a um dos escravos que lhe fosse dado alimento. - Não preciso comer, meu senhor, ninguém abriu até agora esta porta, respondeu-lhe ele. - Como, então não tem fome? - Porque na madrugada do dia 24, creio que era de madrugada... eu fiz uma oração a Deus e abriu-se este teto. O menino Jesus veio cheio de luz com um pão e um copo de vinho e deu-me. Comi o pão do qual saia uma espécie de fogo, e bebi o vinho que era saboroso. "Depois, o menino Jesus subiu lentamente e desapareceu, fechando-se de novo o teto da minha prisão." "Por muitos dias, meu senhor, não precisarei me alimentar". O meu senhor - continuou Jacó -, que ouvia como que petrificado a minha narrativa singela e verdadeira, ficou olhando-me admirado e pelas suas faces corriam grossas lágrimas, lágrimas que ele vertia pela primeira vez na sua vida, pois nunca o chorara assistindo! Chorava, sim, pela primeira vez aquele coração endurecido, que não havia dor que o abatesse. Dai por diante o meu senhor mudou completamente: tratava bem os escravos e, portanto, a mim também, inteiramente regenerado, dando-me a liberdade quando já doente e sem forças para trabalhar. Pouco tempo, entretanto, durou a minha liberdade terrena, porque parti em busca de uma liberdade muito mais ampla, onde me acho, graças à caridade do Nosso Pai. Oh! como sou feliz! Como bendigo os sofrimentos porque passei na Terra! Quanto maiores são os sofrimentos que não buscamos pelas nossas maldades, maiores são também as dádivas do Céu! Felizes dos que sofrem com resignação e humildade, porque sem essa resignação e humildade, teremos de recomeçar na presente ou em nova existência, as nossas tarefas de resgate. "Devendo o meu progresso espiritual à minha condição humilde de escravo, e não de branco e grande médico na Espanha, prefiro que me chamem Pai Jacó e não Antonino Silas; e sinto-me bem quando posso falar na minha meia língua de africano, no meio de íntimos, na Terra". Morreu com 83 anos, próximo a Minas Gerais, no ano de 1847. Responsável pela limpeza espiritual de fluidos deletérios, é um precioso socorrista no resgate de espíritos obsessores agindo na desarticulação de determinados trabalhos oriundos de seguimentos religiosos afrobrasileiros. Desde a fundação do NEC, Pae Jacó foi designado por Dr. Romano para assumir essas tarefas, pelo grande sentimento de caridade que traz consigo, bem como antigos conhecimentos que traz de outras vidas de manipulação de fluidos. Atua também como médico na condição do médico espanhol Doutor Antonino Silas, ou Ansilas. |
segunda-feira, 19 de julho de 2010
COMUNICADO
DEVIDO AO MAL TEMPO NÃO HOUVE OBRAS NESTE DOMINGO.
A REUNIÃO FICA MARCADA PARA O PRÓXIMO DOMINGO - 25/07 - ÀS 16:00HS.
AGRADECEMOS O COMPARECIMENTO DE TODOS.
A INVASÃO DA PM
APÓS PUBLICAR A POSTAGEM SOBRE A INVASÃO DA PM AO TERREIRO EM JARAGUÁ, RECEBI DIVERSOS EMAILS E MANIFESTAÇÕES SOBRE O ASSUNTO.
VAMOS PUBLICAR ALGUNS, ASSIM NOSSOS IRMÃOS PODERÃO SABER QUE ESTAMOS SEMPRE LUTANDO PELA UMBANDA.
A conduta dos militares, além de ILEGAL em todos os aspectos, foi uma demonstração clara de preconceito religioso, truculência e despreparo da Polícia Militar de Santa Catarina. A justifictiva apresentada pela PM de que invadiu porque não foi atendida e que isto foi necessário para "confirmar o flagrante", além de ABSURDA, é RISÍVEL.
ABSURDA porque, no que pese a alegação de perturbação do sossego, que é uma contravenção e não crime, a polícia não pode invadir nenhum local sem ordem judicial, exceção feita no caso em que os milicianos estejam CERTOS da ocorrência de CRIME em andamento ou para salvaguardar a vida humana.
Desncessário dizer que o caso em questão não se enquadram nas exceções.
Outro aspecto legal que deve ser questionado é: existe uma "Lei do Silêncio" em Jaraguá do Sul? Se não houver, convenhamos que um culto que se estende até às 22:30 horas está dentro do razoável. Quem já não teve de aturar festas de vizinhos que viram madrugada com música e conversa alta? Será que a PMSC invadiria uma festa, com um contigente tático, da mesma forma que fez com o Terreiro de Umbanda? Os incomodados vizinhos do Terreiro, seriam tão diligentes em chamar a polícia para acabar com aquela festa de aniversário de um de seus vizinhos?
Perguntas que, certamente, não terão respostas, já que o que ocasionou todo este lamentável episódio foi o preconceito dos vizinhos do Terreiro e dos policiais militares. Simples assim.
Aliás, um preconceito burro, estúpido, criminoso, de todas as partes envolvidas, desde os vizinhos até o comando da Polícia Militar de Santa Catarina que permitiu uma nota de esclarecimento absurda, sem noção mesmo, como a que divulgou.
Estranheza maior ainda, causa a inércia dos "orgão de cúpula" do Movimento Umbandista frente a estes atos preconceituosos e discriminatórios. Alguma federação, associação, conselho, ous eja lá o nome que dão para estas instituições que se dizem representativas (mas sabem bem qual é o verdadeiro interesse por detrás delas...) irão acompanhar o desfecho deste caso? Qual destes "orgãos" meterá a mão no bolso para contratar um advogado e acompanhar a sindicância, o inquérito, o processo.. seja lá o que for?
Eu mesmo respondo: NENHUM.
Estes orgãos, em sua maioria (e vista a carapuça quem quiser...), objetivam nada mais do que projetar seus líderes dentro da comunidade umbandista, afim de arrecadar dinheiro, conquistar poder e influência, mas sem nenhuma atitude prática e concreta. A maioria das federações, associações e, principalmente, alguns "conselhos" que surgiram de um tempo para cá, nada mais são do que poderosas máquinas de propaganda em favor do egos de uns e outros.
É nesta hora que os "tans", "shans", "piagas" (ou serão "piadas") deveriam sair dos seus feudos, de suas roupas de linho, parar de se esconder atrás de listas de discussão e fazer algo de concreto em relação a este tipo de ocorrência.
Os "paladinos da umbanda" do orkut, aqueles que se acham no direito de caluniar e difamar, que se dizerm "defensores da religião", deveriam, igualmente, largar da covardia que lhe é peculiar e ir à luta para fazer algo pela religião de veradade, ao invés de ficarem como lavadeiras fofoqueiras em sites de relacionamentos.
Enfim, larguem desta postura virtual, falsa, corrupta, fingida de "defensores da umbanda" e façam, realmente, alguma coisa em pró da religião, corja.
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12 de julho de 2010 às 18:36
Isso e um absurdo num pais cm o nosso que as leis se referem ao ser humano
assim propaganda de nossa terra mostra que o respeito as religiões não interessando quais tem o direito de expressar sua fé.
o que ta faltando e a união do nosso povo(espirita, umbandista,etc..)
mostrar nossaforça sem preconceito e denunciar as autoridades competentes .
Uma pergunta onde estão nossa afobraz nessa hora?
qual o orgão nos protege destas pessoas?
MANDE SEU EMAIL DE REPUDIO AS AUTORIDADES;
Governador Leonel Pavan
Secretário de Segurança Abdré Mendes da Silveira
Comandante Geral da PM Coronel Luiz da Silva Maciel
Procurador Geral de Justiça Promotor Gercino Gerson Gomes Neto
Prefeita de Jaraguá do Sul Cecília Konell
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- Não teria coragem de jogar uma Bíblia no lixo porque é sagrada para alguém. Onde nós vamos parar com essas agressões?
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ACABO DE ENTRAR NO BLOG DE VCS ,ADOREI!!! E ENTREI COMO SEGUIDOR TAMBÉM,COM MUITA HONRA!!!E QDO PUDEREM VISITEM O MEU BLOG TB:www.kaokabiesile.blogspot.com VÍ E LÍ SOBRE ESTAS BARBÁRIES Q OCORRERAM NO ESPAÇO RELIGIOSO E ESPIRITUAL DE VCS...UM VERDADEIRO ABSURDO...ATÉ PAREÇE OS TEMPOS DAS CRUZADAS RELIGIOSAS,DOS TEMPOS DAS CAÇAS ÀS BRUXAS E DOS TEMPOS DA CHAMADA SANTA INQUISIÇÃO!!!VENDO AS FOTOS EU ME TRANSPORTEI PARA 600 ANOS ATRÁS!!!VERDADEIRO DESRESPEITO,TRUCULÊNCIA E VIOLÊNCIA POR PARTE DESSES POLICIAIS,QUE,COM CERTEZA SE ISSO FIZERAM FORAM COM COBERTURA DE AUTORIDADES MAIORES!!!NÃO PARECE QUE VIVEMOS O SÉCULO 21,ÉPOCA DE INTERAÇÃO,DE ECUMENISMO,DE DIÁLOGO ENTRE AS VÁRIAS CRENÇAS E CULTURAS!!!VENDO ISSO DÁ NOJO!!! Ñ DÁ PRÁ ACREDITAR Q AINDA ACONTEÇA ESSES ABSURDOS RELIGIOSOS NO BRASIL...CENA ANIMALESCA MESMO!TINHA QUE ENTRAR COM PROCESSO CONTRA O ESTADO E CONTRA QUEM DE DIREITO POR ESTE TAMANHO ABUSO TOTAL...ISSO É CRIME,É RACISMO,É INFÂMIA!!!QUE ESTA ANIMALIDADE E BESTIALIDADE NO ESTADO DE SANTA CATARINA,ACABE DE VEZ!!!QUE NINGUÉM SEJA OBRIGADO A GOSTAR NEM ACREDITAR NA RELIGIÃO DO PRÓXIMO,MAS,QUE TEMOS QUE RESPEITAR ISSO TEMOS!!!ACORDA GENTE!!!VIVEMOS JÁ NO SÉC 21!!! ESTES TEMPOS DA IDADE DAS TREVAS JÁ FICOU PRÁ TRÁS HÁ UNS 500 ANOS!!
ELIAS DE AYRÁ-SP-
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Sabem me dizer o que está sendo feito aí em Santa Catarina contra isso?
Adami, o que a SEPPIR vai fazer neste caso. E não vem me falar de pacto federativo.
E esses PM ainda querem ganhar melhores salarios. No mínimo é para serem mais racistas ainda.
Acho que esse povo do terreiro em voga deve entrar com ação de perdas e danos contra todos os vizinhos que assinaram o abaixo assinado.
Mais ainda. Ação de indenizaçao contra o Estado e pedido público de desculpas ao terreiro e a nossa religião.
Outa coisa, amanhã começa a Conferencia Internacional contra o Assédio Moral aqui no RJ. Vou colocar este episódio na pauta da conferencia.
Todo no país precisam saber e temos que denunciar e nos pronunciar conra mais essa arbitrariedade deste poder´público estruturalmente e institucionalmente racista.
Asé.
Luiz Mendes
Diretor de Imprensa e Divulgação
Sindjus/RS
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o problema é que vai denunciar a policia pra quem?! pra policia? é capaz de ser preso por calunia e difamação! abuso de autoridade eles sempre fazer, acham que estão por cima de todos, quando a função deles é proteger a comunidade eles fazem ao contrario. ----------------------------------------------------------------------------
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