quarta-feira, 14 de julho de 2010

EU SOU ZÉ PILINTRA

Sou guia, sou corrente, egrégora e proteção.







Sou chapéu, sou terno, gravata e anel.






Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro.






Sou Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua.






Sou faca, facão e navalha. Sou armada, cabeçada e rasteira.






Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.






Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados.






Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.






Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé. Sou Angola e sou Regional.






Sou porta aberta e jogo fechado.






Sou cachimbo, sou piteira, cigarro de palha e fumo de corda. Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.






Sou jogo de rua, sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.






Sou proteção ao desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.






Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantada.






Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e dou bamba.






Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.






Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.






Sou roda, sou jogo, sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.






Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança.






Sou amigo, parceiro e companheiro.






Sou Magia, sou Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.






Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido.






Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou Camisa Preta.






Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.






Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia.






Sou o desconhecido, sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.






Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida:






Eu Sou ZÉ PILINTRA!

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