O Cágado sempre foi muito fofoqueiro. Dizem que ele tinha costume de entrar na casa dos outros bichos para depois contar tudo o que via.
Um dia, ele foi pé ante pé , entrou na casa do Coelho e ficou quieto em um canto, com o pescoço encolhido na carapaça. Quando o coelho o viu , saiu chutando o mesmo pela porta da rua.
A casa era em uma pirambeira e lá embaixo havia um rio. O Cágado se espatifou lá embaixo, pois neste rio existiam muitas pedras. Nesse momento , Yemonja , ouvindo aquele tombo , correu, pegou o mesmo e emendou todos os seus pedaçõs . Ela lhe disse :
- Olhe meu filho, de hoje em diante você fique sabendo que a casa alheia é sagrada. Que isto sirva de exemplo. O falador sempre coisa ruim lhe acontece, e o dente do falador sempre morde a lingua.”
(texto do livro Caroço de Dendê de Mãe Beata de Yemonjá)
Isso é um aviso para um reflexão , um olhar para o interior de nossas casas .
Cada casa tem seu asê , seu conceito. Cada um faz como aprendeu e não podemos nos “meter” na casa dos outros.
Olhe , escute e se cale. ( Provérbio bantu )
Autoria: Robson T Ode
Enviado por Pai Ricardo de Oxossi
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