domingo, 25 de abril de 2010
VOVO CIPRIANO
Com Cipriano aprendi a perdoar me contou a sua historia e muito me fez  chorar como sofreu o velho no cativeiro tanto dor e desespero no horror  da escravidaõ.não cultivou rancor na sua alma hoje chega na umbanda para  ensinar uma lição quem lhe mandou foi a virgem imaculadaa cinda dona  das águas Senhora Conceição mostrar aos filhos que umbanda é caridade e  que Oxalá é a verdade e que sublime e´ o perdão .Eu te perdoei ,e voce  me perdoou.aprendemos a lição na cartilha do vovô Se o perdão é o único  caminho para se chegar, A paz do mestre Oxalá eu agradeço essa lição oa  meu vovô Hoje eu vou te perdoar nesse caminho do bem E na corrente do  amor eu peço o seu perdão também"O PERDÃO E´ O ÚNICO CAMINHO QUE NOS  LEVARA A PAZ!!!""""SE DESEJAS A PAZ DE CONSCIÊNCIA POR PRINCIPIO DE  FELICIDADE;APRENDA A PERDOAR!!!
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Vamos contar um pouquinho desta história... Era             o primogênito de uma família abastada e nobre. Herdeiro direto  do trono            daquela tribo, ainda bem jovem, por volta dos vinte anos,  forte, saudável            e cheio de vida, fui iniciado nos preceitos e conceitos  religiosos do            meu povo. Logo estava recebendo o "Decá" (autorização para a  prática            religiosa da minha tribo de origem). Foi um espanto geral!  Ninguém quis            acreditar. Como um menino daquele conseguira um encargo tão  valoroso?            Talvez por ser o filho primogênito do Chefe tribal. A partir  da minha            consagração as coisas começaram a ficar difíceis, Os demais  membros            da minha comunidade não mais me dirigiam a palavra. O ambiente  foi ficando            insuportável. Afastado da convivência com os outros irmãos,  sofrendo            discriminação e recebendo vibrações de ódio causadas pelo  imenso despeito            dos meus irmãos, preferi me isolar e me entreguei cada vez  mais à prática            dos meus ensinamentos religiosos. Num dia em que sozinho  clamava aos            Orixás por minha tribo, quando pedia a doce Mãe Oxum que  suavizasse            o coração dos meus irmãos, sofri uma terrível emboscada. E num  dia cinzento,            chuvoso, dia em que a tribo não participava tão intensamente  do trabalho            em grupo devido ao tempo, fui arrancado à força de minha  maloca e levado            para um lugar distante da minha Luanda, minha querida  Angola... Indaguei            todo tempo o que se passava, reivindicando a minha posição de  membro            da família real. Mas mesmo assim fui levado por uns homens  estranhos            que me carregaram à força, sem piedade, como se eu fosse um  animal e            eles os caçadores implacáveis. Ali começou o meu martírio. Mas  dor maior            senti ao avistar por perto três dos meus sete irmãos de  sangue. Nesse            momento me conscientizei da terrível traição que sofri e que  deitou            uma profunda ferida na minha alma.
Amarrado como um bicho, passei três  dias amontoado            em cima de uma carroça, onde cada vez mais eram colocados  negros em            grande número, uns por cima dos outros, como se faz com pele  de animais.            E assim fiquei, por baixo daquele amontoado de infelizes,  faminto e            sedento. Desespero maior eu senti ao ser retirado da carroça e  jogado            no porão imundo de uma grande embarcação. Dali por diante nós  nos unimos            em preces, dor e saudade na longa viagem ao Brasil, terra  distante e            desconhecida. Maltratado durante a interminável viagem,  assistindo com            horror cenas que jamais poderia imaginar, vi meus irmãos de  raça e de            religião sendo esmagados em sua hombridade; vi humilhação e  revolta            no olhar dos meus irmãos de destino; vi o açoite cortar  impiedosamente            a carne daqueles que ousavam manifestar a menor reação de  revolta; vi            corpos jogados ao mar e a peste se alastrar, ceifando a vida  de muitos            irmãos. Apesar do horror do navio negreiro consegui chegar com  vida            nesta terra distante chamada pelos seus nativos de Brasil.  Clamei a            Olodumaré por forças, pois pensei que não aguentaria tanta  fome e tanto            sofrimento dentro daquela embarcação maldita que me obrigava a  tomar            água salgada, e de barriga inchada deixei n'África distante  minha juventude            e alegria.
Aqui chegando, fui levado para uma  feira, como            as batatas compradas hoje por vocês, e vendido, pelos dentes  fortes            e bons que tinha, para uma rica família fazendeira de café.  Dei duro            dia e noite, trabalhando duro nos cangais, sofrendo mais  humilhação,            mais dor. "Nego Véio" era humilde e obediente e tudo fazia  para agradar            aos senhores brancos. Logo fui recompensado pela docilidade,  passando            a trabalhar para Sinhá dona como escravo de dentro, "catiço”  de Sinhá.            Por isso, "Nego" sofreu novamente a inveja dos irmãos de cor,  que passaram            a maltratar o "Véio" na senzala, acusando o "Véio" de não mais  pertencer            àquela raiz. Como estavam enganados! Se "Nego Véio" pudesse,  tirava            todos das correntes do cativeiro. "Nego Véio" era apenas  obediente e            manso. Rejeitado por meus irmãos catiços, procurei aprender  escondido            com Sinhá moça, linda e formosa, as primeiras letras. "Nego  Véio" esperto,            logo aprendeu a ler e a escrever. Com isso, passei a fazer as  anotações            da fazenda. Conquistei a amizade do Sinhô e também acabei  despertando,            por isso, a inveja do capataz da fazenda, que era ruim "por  demais”.            O caminho de espinhos ainda não estava longe dos pés do  "Véio”, e o            destino prega nos "fio" umas brincadeiras ingratas. Bonito,  jovem, agora            letrado, fui me enamorar por quem nunca deveria sequer  levantar os olhos:            Sinhá Moça! Mas foi impossível não me prender aos encantos  daquela jovem            formosa, de pele rosa, carinhosa e doce como uma flor sem  espinhos.            Até os dias de hoje, quando me lembro, suspiro. E como Zâmbi  não separa            os filhos por cor quando traça o seu destino, a jovem Sinhá  também se            encantou com a doçura do "Nego". E o que aconteceu vocês já  podem imaginar...            "Véio" sucumbiu aos encantos da Sinhá e por isso mais uma vez  tive o            meu destino mexido e remexido. Fui arrancado, numa noite, da  minha esteira,            levado para um cemitério distante e lá fui abandonado. O  feitor me alertou            dizendo que dali não poderia mais sair. Que deveria tomar  conta de todas            as campas, que comesse o que conseguisse plantar e nunca mais  aparecaparecesse            nem na Casa Grande, nem na senzala. Pois eu traíra a confiança  do Sinhô            e que ele só não me matava, porque não queria sujar as mãos  com o sangue            do pai do neto dele. Ali naquele cemitério, isolado e triste,  eu vivi            até o fim dos meus dias. Distante de quem eu amei, distante do  meu povo...            Passei a fazer feitiços fortes para o meu povo, que passou a  me procurar            quando os feitores estavam bravos com eles, quando adoeciam,  quando            tinham algum problema. Procuravam a minha rega, a minha magia  forte.            E o sacerdócio recebido na África, acabei exercendo aqui nesta  terra,            dentro de uma Calunga, onde fui por muitos anos o "Guardião  Encarnado”!            "Nego Véio" tem consciência de que não sofreu porque era  bonzinho. Teve            culpa passada e por isso resgatou. Quando retornei à “Pátria  Espiritual”,            verifiquei que não precisava, se quisesse, reencarnar no  planeta Terra.            Mas, como a mágoa é péssima companheira e deveria me livrar  dela de            alguma forma, por misericórdia do Pai a mim foi oferecida a  oportunidade            de trabalhar na "Lei de Umbanda” para, através da caridade e  do amor,            depurar esse "tiquinho” de mágoa existente. Certo dia, ao  baixar no            terreiro, esse “Véio” cantou: "Cipriano Quimbandeiro, chorou  no cativeiro.            Hoje chora de alegria o Rosário de Maria. Chora, chora,  saravando Angola..."
Curimba de força e de fé. Para os  filhos que            não sabem, Cipriano é convertido na Lei de Deus. Dentro desta  pequena            história têm várias outras. Mas, o viver na caridade é o mais  importante            neste momento, fazer o bem sem olhar a quem, em nome de Oxalá.  Esta            missão permanece com o ”Véio". Que as bênçãos de Nossa Senhora  da Conceição            Aparecida, Mamãe Oxum, lhes fortaleçam o caminhar.
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PAI CIPRIANO, "NEGO VÉIO" QUE AMO E QUE ME DÁ A GRAÇA DE SER SEU "APARELHO"...
ResponderExcluirS[o os que conhecem e tem contato com este veio CIPRIANO É QUE CONHECEM O QUE É AMOR AO PROXIMO, O CARINHO COM QUE ATENDE SEUS FILHOS, A SIMPLICIDADE DE SUAS PALAVRAS QUE JORAM PARA MUITOS A FELICIDADE, O CONSOLO, A PAZ E A OUTROS A CURA NÃO SOMENTE DE SEUS MALES ESPIRITUAIS COMO OS FÍSICOS.
ResponderExcluirPOR ISSO ATÉ HOJE ESSE VEIO É OLHADO POR SEUS IRMÃOS DA TERRA, POR OUTROS MÉDIUNS COM CERTO DESPEITO.E MESMO ATÉ COM INVEJA ACHANDO QUE ESTE VEIO PENSA EM SOBRESSAIR QUANDO NA REALIDADE ELE SIQUER ACEITA AGRADECIMENTOS DE SEUS FILHOS E SIM ELE AGRADE AO PAI MAIOR ZAMBI POR PERMITIR QUE ELE POSSA CADA VEZ MAIS AJUDAR A TODOS QUE A ELE SE DIRIGE AGINDO DESTA FORMA COMO UMA REMISSÃO DE SUAS FALTAS E SUA ELEVAÇÃO ESPIRITUAL.SALVE VEIO CIPRIANO, QUE A LUZ DO CRIADOR ESTEJA SEMPRE CONTIGO, QUE SUAS PALAVRAS E MANDINGAS SEJAM SEMPRE PARA ALIVIAR A DOR DE QUEM LHE PROCURA.
Gostaria de mais informações sobre Pai Cipriano, e da forma que ele cura, e se seus feitiços são para luz e apredizado de que o procura
ResponderExcluirTenho a honra de trabalhar nesta casa e com essa entidade que me deu essa honra, orgulho de poder ceder meu corpo,mente e alma para que este velho possa trabalhar, fazer a caridade, com suas rezas e mandingas, que sá, feitiços, o bom médium que tem a honra de trabalhar com ele, sempre trabalha para ajudar aqueles que necessitam, se não podem interferir, ele sempre fica quieto sem nada a falar.
ResponderExcluirpossui uma calma e transmite essa calma aqueles que o procuram. Sua sabedoria é mágica de várias vidas, não somente a de preto velho, mas também como alquimista, mágico e ate mesmo feiticeiro.
Sabe usar essas práticas quando o convém ou quando a necessidade assim se fizer.
Sua benção meu velho, salve Pai Cipriano das almas. Yalorixá Iracema D'obaluaê.
Boa tarde, desenvolvo com está entidade que muito aprecio, gostaria de mais informações!! jeremiasll@hotmail.com
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